Conversamos
mais um pouco com eles, combinando hora e tudo mais. Minha mãe deu o toque uma
meia hora depois, nos despedimos e voltamos pro carro, pegamos minha mãe em
frente ao prédio do meu pai.
“Como foi,
mãe?”
“O mesmo
de sempre, ele perguntou de você.”
“Isso sim
é uma novidade...”
“Acabei
contando pra ele o que aconteceu.”
“E ele?”
“Brigou,
como sempre.”
“Nem sei
porque eu pergunto.” Dei um leve riso.
Quando
chegamos, minha mãe disse que queria falar comigo e subimos pro meu quarto.
“Mãe,
antes de tudo, a noite eu e o pessoal vamos pro apartamento da Nick, ok?”
“Ok.”
“Pode
falar o que queria.”
“Então, eu
e seu pai já estamos separados há alguns meses e...”
“Conheceu
alguém e estão juntos?” Interrompi.
“Não
exatamente, já nos conhecíamos há algum tempo...”
“E você
está feliz com ele, mãe?”
“Ainda não
estamos tão juntos assim, mas eu me sinto bem.”
“Então eu
apoio.” Sorri.
“Mesmo?”
“Mesmo,
mas quero conhecer.”
“Ele
também quer conhecer você e sua irmã.”
“Na
próxima turnê eu passo lá ou vocês vem pra cá antes disso, iniciaremos a turnê
em 2 meses, mais ou menos.”
“Não sei se nesse tempo vai dar, mas nós vemos.” Riu.
“HELÔ?”
Ouvi Tom gritar do outro quarto.
“JÁ VOU,
TOMMY.”
“Vai lá,
querida, era só isso.”
Beijei o
rosto dela e fui pro quarto do Tom, que estava jogando com o Cody e o tio Brad.
“O que
foi, Tommy?”
“Joga com
a gente, o Cody queria te chamar, mas ficou com vergonha da sogra dele.”
Ri. “Acho
que só vou ver, não quero jogar.” Fiz uma careta.
“Vai ficar
com vontade de jogar quando eu ganhar dos dois.”
“Vai
ganhar? Vai nessa, pai.”
Quando
eles começaram, Alli se juntou a mim na “platéia”. A cada vez que um ganhava,
eles pediam revanche, acabamos atrasando o almoço por isso, já que nossas mães
também vieram ver. A solução foi irmos até um fast-food almoçarmos, já que elas
não estavam com pique de fazer o almoço às 15h da tarde. Logo que chegamos, já
separamos as roupas e fomos pro banho, já que tínhamos marcado de estarmos no
apartamento entre 17h30 e18h. Um banho rápido, secador no cabelo, lápis
marcando os olhos, um short cintura alta, uma regata básica preta por dentro
dele e um Vans também preto.
Desci e
sentei no sofá, na espera do Cody, que tinha entrado no banho depois de mim e a
Alli, que provavelmente demoraria, como sempre.
“Onde é
essa reuniãozinha?”
“Na casa
da Nick, tio.”
“Vocês
voltam pra dormir aqui?”
“Sim, só
vamos nos distrair um pouco e voltamos.”
“Cody vai
dirigindo?” Tia Angie perguntou em um tom de preocupação.
“Provavelmente,
por quê?”
“Não deixa
ele beber, querida.”
“Ok, tia.”
Cody
desceu com uma camisa branca com os dois botões de cima abertos, uma calça
jeans e sapatos pretos, seu perfume invadiu a sala logo que apareceu no topo da
escada. Ele sentou ao meu lado, com um dos braços ao redor da minha cintura.
“Está
linda.”
Neguei com
a cabeça. “Você que está lindo.” Pausei. “E bem cheiroso.”
“Realmente.”
Nossas mães concordaram rindo.
Ele riu
com as bochechas começando a corar. “E a Alli? Vamos nos atrasar.”
“Ainda
está lá em cima se arrumando.”
“ALLI,
VAMOS LOGO OU VAI FICAR EM CASA, TE DOU DEZ MINUTOS.”
Ouvimos a
porta se abrir e logo ela desceu, com um short preto, uma blusa branca com uma
bandeira dos Estados Unidos e um All Star branco.
“Vamos?”
Cody levantou.
Levantei e
nos despedimos dos nossos pais e do Tommy.
“Juízo por
aí e se cuidem.”
“Principalmente
você, Cody.”
“Sempre
Cody, tudo Cody... Ok, pai, ok.”
“Se não fosse
dirigir não teria problema, mas se vai, tem que ter juízo. Sabe o que aconteceu
da outra vez.”
“O que
aconteceu da outra vez?” Perguntei.
“Nada,
amor...”
“Com 16
anos, ele bateu em um poste depois de beber, nada grave, mas...”
“Alli...”
Passou as mãos pelo rosto e suspirou. “Vamos antes que nos atrasemos mais
ainda.”
Fomos pra
Rang Rover branca, eu no banco do passageiro e Alli atrás. O apartamento ficava
há uns 20 minutos de casa, mas pegamos um pouquinho de trânsito, então chegamos
em meia hora. Cambo e Manu ainda não tinham chegado, dessa vez não fomos os
últimos. Cumprimentamos todos que estavam lá e sentamos com eles na sala.
“Seu irmão
liberou?”
“Liberou,
foi aproveitar a noite, logo começam os dias de show e não poderemos mais sair
desse jeito.”
“Vamos
ficar de papinho ou começar a festa?”
“Ainda
faltam dois, Jake.”
“Pelo
menos a música, morena.”
“Ok, mas
não liga alto.”
Jake
pareceu não entender e ligou no volume 25, fazendo com que a Nick levantasse e
desligasse.
“Vamos
ficar sem música por culpa sua. Estamos em um prédio, não se pode ligar alto
desse jeito.”
Ele fez
uma careta. “Ok, ok... Liga baixo então.”
Nick ligou
o rádio um pouco mais baixo e voltou a sentar. Cambo e Manu chegaram alguns
minutos depois, sentamos em um círculo e ficamos nos olhando.
“O que
vamos fazer?” Josh perguntou.
“Vamos
jogar um jogo da verdade?”
“Sem
desafio?”
“Sim,
vamos inovar um pouco.” Riu.
~ POV Monique Stirling ~
Esvaziamos
uma garrafa e eu coloquei no meio do círculo, Jake girou, caiu nele mesmo e no
Cambo.
“Deixa eu
pensar...” Pausou. “Qual a primeira coisa que você repara em uma garota?”
“O
sorriso.”
“Sei...”
Os meninos disseram em tom de malícia.
“Não sou
como vocês.”
“Meu amor
é o mais fofo, morram de inveja.” Manu deu língua pra nós.
“Se achou
agora.” Alli riu.
“Alli, o
Josh também é bem fofo, não se preocupe.”
“Valeu
pela parte que me toca.” Cody fez beicinho.
“Ah, amor,
você também é fofo.”
“Vai,
parem de melação, casais.” Disse e girei a garrafa.
“Jake, o
que você mais gosta na Nick?” Helô perguntou.
“Eu não
sou bom com essas coisas, mas deixa eu pensar... Eu gosto do jeito como ela é
decidida, de como chegou de surpresa na minha vida. Eu gostei dela desde o
momento que ela chegou e pensei ‘essa garota vai ser minha’, ela não é só
bonita por fora, mas por dentro também. A Nick faz com que eu me sinta bem e é
isso que eu gosto nela.” Abriu um sorriso lindo ao fim.
Não
esperava isso dele, não no meio do jogo, fiquei sem fala alguma e todos à nossa
volta também. Tentei dizer algo, mas não consegui formular frase alguma, ele
riu e me deu um selinho, dizendo pra continuarmos o jogo. Cody girou a garrafa.
Retomei o
fôlego pra perguntar. “Helô, canta um pedacinho da música que quando você
escuta, te lembra o Cody.”
“Ai meu
Deus, não posso só falar a música?”
“Não.”
Ela
respirou fundo e fechou os olhos. “Touching him was like realizing all you
ever wanted was right there in front of you. Memorizing him was as easy as
knowing all the words to your old favorite songs. Fighting with him was like
tryin’a solve a crossword and realizing there’s no right answer. Regretting him was like wishing you’d
never find out that love could be that strong. Losing him was blue, like I’ve
never known, missing him was dark grey, all alone, forgetting him was like
trying to know somebody you never met, but loving him was red.” (Tocá-lo foi como realizar tudo o que você sempre quis ali mesmo na sua
frente. Lembrar dele era tão fácil como saber todas as palavras para suas
antigas canções favoritas. Lutar com ele era como resolver palavras cruzadas e
perceber que não há resposta certa. Lamentar ele era como desejar que você
nunca descobrisse que o amor poderia ser tão forte. Perdê-lo era azul, como eu
nunca tinha conhecido, a falta dele era cinza escuro, sozinha, esquecer ele era
como tentar conhecer alguém que você nunca conheceu, mas amá-lo era vermelho.)
Aplaudimos
ela, que ficou extremamente corada. Cody sorriu e disse algo no ouvido dela, os
dois se beijaram.
“Chega,
era um jogo de perguntas, não um jogo de declarações. Ficar de vela não é nada
legal, senhores.”
“Se junta
com o Josh, amiga.” Manu disse.
“Vocês
adoram fazer isso, não é?”
“Te deixar
sem graça? Sempre, irmã.” Cody riu.
“Idiota.”
Revirou os olhos.
“Não tem
nada pra jantarmos?” Josh saiu do assunto.
“Esfomeado!
Vou pedir alguma coisa.” Levantei. “Pode ser esfiha?”
Eles
concordaram e eu pedi, voltei a sentar com eles.
“Ai bro,
ela já pode cantar com você.” Josh riu.
“Palco?”
Helô riu. “Isso não é comigo, prefiro ficar lá em baixo com a minha câmera.”
“Que tal
um cover na internet? As fãs vão gostar.” Alli sugeriu.
“Acho que
não vão mesmo.”
“Eu gostei
da ideia.” Cody disse.
“Vamos
pensar, ok?”
“E ai,
dona da casa, o que mais vamos fazer?”
“Não sei,
podemos ficar no jardim um pouco, de noite fica iluminado lá em baixo.”
“Ou
podemos dar uma volta pela praia.”
“Praia de
novo, bro?”
“Ok, vamos
ficar lá em baixo mesmo.”
As esfihas chegaram, comemos e já descemos. Sentamos na grama, perto de uma das
lâmpadas.
“Podemos
fazer alguma coisa amanhã também.”
“Amanhã
não contem comigo, vou ficar com a minha mãe, de tarde ela pega o voo pra
França novamente.”
“Ah é, eu
vou ver ela amanhã.”
“Ok,
Jake.”
Depois de
algum tempo sentados, resolvemos dar uma volta pelo bairro, que era um
pouquinho animado de noite. Compramos iogurtes congelados e sentamos nos
banquinhos. Já eram mais de meia noite quando todos foram pra suas casas.
~ POV Cody Simpson ~
Paparazzis
nos fotografaram do prédio da Nick até em casa, só quando entramos, os flashes
pararam.
“Até que em fim.” Minha mãe disse.
“Nem
demoramos, dona Angie.” Beijei o rosto dela.
“É
verdade, querida, eles já chegaram muito mais tarde do que isso.”
“Ok, eles
estão bem, vamos dormir?”
Nossos
pais se despediram e subiram. Alli foi pra seu quarto e eu apaguei as luzes
enquanto a Ísa subiu pra tomar banho. Comi dois ou três biscoitos na cozinha e
subi, ela já estava deitada vendo tv. Entrei pro banho e não demorei quase
nada, coloquei um short e deitei ao lado dela.
“Gostou de
hoje, amor?”
“Claro, eu
gosto de estar com eles.”
“Não disse
nada tão bom quando você cantou pra mim, mas saiba que eu adorei, de verdade.”
Ela
sorriu, corada.
“Even with your hair up, girl, what's up?
Even in your sweatpants, girl, what's up? Even when you wake up without any
make-up, I'm in love.” Cantei baixo no ouvido dela, que se arrepiou.
“Eu amo a sua voz.” Sorriu.
“Eu amo tudo em você.”
“Para, vai me deixar sem graça de
novo.”
“Também amo fazer isso.” Ri.
Ela bocejou. “Boa noite, amor.” Me
deu um selinho.
“Boa noite.”
Fiquei encarando o teto por um
longo tempo, o sono não vinha de jeito nenhum. Ísa já dormia, mexi no twitter
um pouco, mas não twittei nada.
“Eu te amo.” Disse baixo antes de
fechar os olhos pra tentar dormir.
De manhã, acordei antes de todo
mundo, então voltei pra cama e continuei deitado.
“Oi.” Sorri quando ela acordou.
“Oi. Não esperava que estivesse
acordado.”
“Já faz um tempo.” Ri. “Vamos ficar
por aqui hoje?”
“Eu vou, se quiser sair fique a
vontade.” Sentou na cama.
“Não quero sair, quero ficar com
você e está frio lá fora.”
“Aqui dentro também está.”
“Ficou com frio?”
Ela assentiu enquanto se embrulhava
no lençol. Passei meus braços ao redor dela e a puxei mais pra mim. Ficamos
assim por um bom tempo, mas já estávamos ficando com fome e nos trocamos pra
descer. Passamos boa parte do dia sentados no chão da sala, Jake, Cambo e Josh
foram pra lá também. Passamos um som e, depois do almoço, fomos levar tia Elisa
pro aeroporto.
“Tchau, mãe...” Ísa disse com os
olhos já marejados.
“Tchau, querida.” Abraçou ela. “Se
cuida, viu?”
Ela assentiu. “Você também.”
Meus pais e Alli se despediram dela
também e ela me abraçou.
“Cuida da minha filha por mim?”
“Com toda a certeza, tia.”
“Eu te amo, filha.” Beijou a testa
da Ísa.
“Também te amo, mãe.”
À medida que ela se afastava, as lágrimas
da ísa rolavam com mais intensidade. A abracei e beijei sua testa.
“Eu odeio despedidas.” Fungou.
“Logo vocês vão se ver de novo,
amor.”
“De qualquer jeito, estava com
saudades dela e agora ela já está indo novamente.” Limpou as lágrimas com a
costa da mão. “Só queria minha mãe comigo...”
“É melhor nós irmos, não é?”
“Podem ir, vou levar ela pra beber
alguma coisa e depois a gente vai.”
“Tudo bem, filho.”
Fomos pra um café que tinha no
aeroporto e eles foram embora, depois de beber um suco, ela se acalmou um
pouco.
“Vamos pra praia? Lá pode se
acalmar melhor.”
“Vamos.”
Andamos até a praia e nos sentamos
na areia, encostados em umas pedras. Estávamos com moletons, já que a brisa
estava extremamente gelada. As ondas estavam se quebrando na praia ferozmente,
o vento fazia com que as ondas fossem muito altas. Poderia passar o dia inteiro
olhando as ondas e não me cansaria. Ísa estava com a cabeça em meu ombro e já
tinha se acalmado por completo, poucas pessoas estavam na praia e não tinha
quase nenhum quiosque aberto. Um ou dois surfistas tentavam pegar as ondas e eu
os observava, ficando com cada vez mais vontade de surfar. Beijei a testa da Ísa
e a olhei.
“Está um pouco melhor?”
“Sim, obrigada.” Abriu um leve
sorriso.
“Estava certo sobre a praia
acalmar, não estava?”
“É, estava. Por isso gosta tanto de
praia?”
“Não sei, eu cresci na praia,
praticamente, eu gosto do movimento das ondas, da brisa do mar, da areia nos pés...
A praia é o meu lugar favorito.”
Ela sorriu. “A praia é sempre um ótimo
lugar.”
~~~~~~~~~~~
Gente, desculpa se eu não posto todos os dias, mas cara não dá, sério... Bem que eu queria, mas tenho algumas coisas pra fazer e às vezes as ideias somem, quem escrever sabe como é... Eu amo entrar aqui e ler os comentários de vocês, me deixam feliz, de verdade (: Espero que vocês estejam gostando da fic, elogios, críticas e sugestões são bem vindos. Ah e leitoras fantasmas, não custa nada deixar um comentário (; Depende de vocês pra eu continuar, continuo com pelo menos 10 comentários. XX