Pegamos os skates e mandamos uma sms pro Jake dizendo que
estaríamos na pista e seguimos pra lá deslizando pelas ruas de Los Angeles, com
o vento batendo em nossos rostos. Disputamos fazendo algumas manobras na pista
com uns outros caras que estavam lá, pouco antes de Jake chegar, sentamos pra
tomar alguma coisa.
"Mas
os caras já estão mortos?"
"Porra,
bro, a gente já disputou ali na pista, estamos descansando um pouco."
"Bando
de maricas mesmo." Balançou a cabeça.
"Vou
te quebrar na pista." Levantei e peguei meu skate.
"Vamos
ver, Robert." Riu.
"Prepare-se,
Lawson."
Assim
fomos pra pista disputar, estávamos tão compenetrados que quando nos encaramos
pela primeira vez começamos a rir um da cara do outro.
"Vocês
são dois idiotas." Josh disse rindo.
"Claro
que não." Ri.
Passamos
boa parte da manhã ali e depois fomos almoçar em um fast-food, em 1 hora
estávamos em casa novamente. Jogamos várias partidas de Xbox durante a tarde,
iríamos sair às 20h30 mais ou menos, então fui ficar um tempo com a minha
família antes de ir pro meu apartamento.
"Tem
mesmo certeza?" Minha mãe colocou a mão sobre meu rosto.
"Tenho,
mãe. Mesmo depois desse tempo, eu ainda a amo e quero tê-la de volta."
"Então
eu apóio sua decisão, só espero que não se decepcione."
"Estou
me preparando pro que possa acontecer."
"Eu
espero que não precise se preparar, na verdade tenho certeza de que não vai
precisar." Alli me abraçou de lado.
"Quando
você volta?"
"Tudo
depende do que vai acontecer pra eu saber quando voltar."
"Sendo
assim, espero que demore." Riu.
"Eu
também espero."
Olhei
pro relógio no meu braço, 18h20, ótimo quase lá. Jantei com eles, mas não
conseguia me concentrar na conversa, estava viajando num mundo totalmente meu
em meus pensamentos, quase que montando uma história em mente. Uma história de
amor, um romance adolescente e um final incerto em todos os sentidos. Antes das
20h já estava no apartamento com tudo pronto, as malas já estavam no carro e
tudo mais, era hora de ir. Dirigi até a casa dos meus pais e Flo já estava
esperando, Alli e minha mãe ficaram me desejando boa sorte um trilhão de vezes
antes de sairmos. Meu pai nos levaria e traria o carro de volta pra não termos
que ir de táxi e tudo mais. Não preciso dizer que a aflição tomou conta de mim
ao pisar no aeroporto.
"Apenas
12 horas da sua Ísa." Flo sorriu.
"12
longas horas." Ri pelo nariz.
"Vai
passar rápido, você vai ver."
"Espero
que sim."
[...]13
horas ao todo, contando com o tempo de atraso. Estava tenso, meio sem saber o
que fazer.
"E
ai, vamos de táxi?" Flo perguntou quando estávamos em frente ao ponto.
"Vamos."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Logo
que cheguei do trabalho fui pro quarto, depois de um banho me joguei na cama. A
boa notícia é que era sexta. Estava organizando uns papéis quando minha mãe
entrou no quarto depois de três batidas na porta.
"Tem
visita pra você."
"Pra
mim? Não estou esperando ninguém." Levantei.
"Vem,
meu amor, você vai gostar."
Coloquei
um roupão de seda por cima do baby-doll e desci com minha mãe, pra não ter avisado
que viria, deveria ser alguém conhecido. Quase caí de costas ao ver o Flo ali e
fui abraçá-lo.
"Meu
Deus! Que surpresa, senhor Florent." Ri.
"Já
que você não vai pra lá, né..."
"Eu
fui, mas você estava em turnê."
"Foram
bem corridas as últimas turnês, quase não paramos em L.A."
"Senta."
Apontei pro sofá.
"Eu
tenho um amigo do lado de fora e ele quer muito te conhecer, só achei legal
perguntar primeiro se podia."
"Claro
que pode, que pergunta." Disse.
"Pode
abrir por favor, dona Elisa?"
Minha
mãe se dirigiu pra porta e meu pai estava com um sorrisinho no rosto, arqueei
as sobrancelhas e ele deu ombros, me fazendo rir. Meu corpo todo pareceu se
fixar no chão ao olhar pra porta, só podia ser um sonho! Olhei pro Flo e ele
sorriu em incentivo, Cody estava parado também e me olhava com um brilho
intenso em seus olhos.
"Vai
abraçar o garoto." Flo disse e eu senti meu corpo tremer.
Não
precisei nem me mexer, ele veio até mim e me abraçou forte, aquele perfume,
aquele toque, aquele homem... Meus olhos ficaram marejados e eu os fechei por
segundos pra impedir as malditas lágrimas de descerem. Uma de suas mãos foi pro
meio do meu cabelo com um leve afago. Nos soltamos e ele tinha um sorriso bobo
nos lábios, minha cara devia estar confusa, extremamente confusa.
"Isso
é incrível, estar de frente pra você de novo, não sabe o quanto eu esperei por
isso, Ísa."
Seu
rosto foi se aproximando do meu, sua respiração quente se misturava à minha,
meu coração palpitava quase rasgando meu peito, tinha plena certeza de que
todos estavam ouvindo meus batimentos. Estávamos quase colando os lábios quando
virei o rosto e me separei dele, já não tinha ninguém na sala além de nós dois.
"Cody..."
"Não
sente a minha falta?" Seu tom remetia desaponto.
"Sinto,
já senti demais, mas não pode chegar aqui e simplesmente vir me beijar. Você
não sabe como está a minha vida."
"E
como está?"
Levantei
minha mão direita, mostrando o anel de brilhantes.
"Então
não é só um anel?"
"Não
é só um anel." Abaixei a cabeça. "Eu estou noiva."
"Noiva?"
Me olhou incrédulo. "Não pode ser verdade."
"Sinto
muito..."
Ele
balançou a cabeça. "Eu esperava até te encontrar namorando, mas noiva?
Isso é demais pra mim..."
"Foram
quase 3 anos."
"Não
é tanto."
"Claro
que é."
"Helô?"
Loren abriu os bracinhos no topo da escada.
Fui
até ela, a peguei no colo e voltei pra frente do Cody.
"Essa
é a sua irmã?" Perguntou boquiaberto.
"Ela
mesma." Sorri.
"Oi,
eu sou a Loren."
"Eu
sou o Cody." Sorriu pra ela.
"Você
é amigo da minha irmã?"
"Sou...
"
"E
você gosta de crianças?"
"Claro
que gosto, mas por quê está perguntando?"
"O
namorado da minha irmã não gosta."
"Loren,
eu já te expliquei." Suspirei e ela deu ombros.
"Então
eu sou bem diferente dele, porque eu adoro crianças."
"Então
você vai brincar comigo?"
"Claro."
Estava
contendo meu sorriso, mas ele continuava o mesmo Cody de sempre, Loren logo
saiu do meu colo e começou uma conversa animada com ele, meus apareceram vindo
do lado de fora e tentaram subir sem serem vistos, o que foi em vão.
"Eu já vi os dois."
Disse.
"Não
queríamos atrapalhar." Meu pai disse.
"Não
atrapalharam."
"Vou
dar uma arrumada no seu quarto, Cody."
"Quarto?
Como assim?"
"Convidamos
ele pra ficar aqui ao invés de ir pra um hotel."
"Ah..."
"Se
você quiser, e se sentir melhor, eu posso ficar num hotel."
"Não,
pode ficar aqui, Cody."
"Mamãe,
papai, o Cody é muito legal!"
"Que
bom que achou isso, pequena." Minha mãe riu. "Quer me ajudar a
arrumar o quarto pra ele?"
"Hm...
Quero!" Levantou animada e as duas subiram.
George
foi pra cozinha, novamente estávamos sozinhos, o clima fechou novamente, era
estranho depois de anos estar com ele outra vez. Pra quebrar o silêncio, peguei
o controle e liguei a tv.
"Thomas
vai vir pra cá hoje?" Minha mãe perguntou ao descer.
"Não
que eu saiba."
"Ótimo,
vou pedir pizzas pra nós."
"Mãe!"
"Não
foi por mal, desculpa." Falou enquanto cassava o telefone da pizzaria numa
gaveta. "Do que vocês querem?"
"De
calabresa pro Cody, ele não come queijo."
"Exato."
Ele disse com um sorriso nos lábios. "Obrigado por lembrar."
Corei.
"Porque
você não come queijo? É tão gostoso, eu gosto de queijo com pãozinho no café da
manhã."
Ele
riu pelo nariz. "Eu não sei bem o porquê, mas não gosto."
"É
bom, muito bom."
Decidimos
os sabores de pizza e minha mãe pediu, Cody foi tomar banho e eu fiquei
processando a ideia de ele estar ali.
"Gostou
da surpresa?"
"Quer
mesmo que eu responda, pai?"
Ele
riu. "Só acho que gostou."
"Eu
não estava preparada."
"Deveria
estar, meu amor. É lindo da parte dele ter vindo atrás de você."
Suspirei,
sabendo que ela estava certa, mas eu não queria admitir.
"Cody
está lindo, não acha?"
"Como
sempre." Disse e em seguida corei.
"Estamos
progredindo."
"Está
querendo ou tentando me empurrar pra ele?" Arqueei a sobrancelha.
Ela
deu ombros e riu pelo nariz.
"Mãe,
eu vou me casar com o Thomas, coloque isso na cabeça."
"Você
já colocou na sua?"
"Já."
"Mas
não parece, vocês não parecem um casal, quase nunca ficam juntos."
"Almoçamos
juntos quase todos os dias, sempre que possível ele me traz em casa e outras
coisas."
"Agora
sim parecem um casal..."
"De
amigos." Completou.
"Estão
sendo ridículos discutindo o meu relacionamento."
Cody
desceu, fazendo eles saírem do assunto. 15 minutos depois, as pizzas chegaram e
nos preparamos na sala de jantar pra comermos. Meu pai e minha mãe ficaram
conversando com ele sobre algumas coisas que eu não conseguia entender por
estar perdida em meus pensamentos.
"Filha,
não vai comer?"
"Estou
meio sem fome." Cortei um pequeno pedaço da minha fatia de pizza.
"Sem
fome, sei."
"Sim,
sem fome."
"A
pizza francesa é diferente da de Los Angeles, não acha, Ísa?"
"Acho,
mas as duas tem seu ponto forte."
~ POV Cody Simpson ~
Ela
estava diferente, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Estava mais bonita
do que nunca, com mais curvas, o emocional também estava um pouco mudado, sabia
que a minha Ísa ainda estava ali dentro dela, mas talvez pelo tempo que não nos
víamos não tínhamos mais liberdade um com o outro. Esse não era um fator que
pudesse me fazer desistir, não tinha vindo até aqui pra desistir na primeira
vez que deu errado. Antes de subir pro quarto, recebi a instrução de não bater
a porta do quarto pra fechá-la ou ficaria preso, a fechei com calma e deitei
pra ver televisão. Nada de interessante passando, mas mesmo assim deixei em um
canal. Meu celular vibrou, uma nova mensagem da Alli.
Alli: "Chegou? Viu ela? E ai?"
Cody: "Cheguei. Vi. Estou no quarto de
hóspedes da casa dela."
Alli: "Da casa dela? Ai meu Deus! Me diz que
vocês se acertaram."
Cody: "Ela vai se casar, Alli."
Alli: "Casar? Com quem?"
Cody: "Sim, casar, não sei com quem."
Alli: "Você vai desistir? :("
Cody: "E eu lá sou homem de desistir?"
Alli: "Assim que eu gosto, bruvva."
Cody: "Quero minha pequena de volta nos meus
braços."
Alli: "Eu vou torcer por você."
Cody: "Obrigado, acho que agora eu vou
dormir."
Alli: "Boa noite, amo você."
Cody: "Amo você, boa noite. Xoxo"
Alli: "Xoxo"
Desliguei
a tv, virei de um lado pro outro e custei bastante a dormir. De manhã, coloquei
uma bermuda, uma regata, arrumei o cabelo e fiz as higienes matinais e desci.
Apenas tia Elisa estava acordada e fazendo o café.
"Bom
dia." Sorri.
"Bom
dia, querido. Dormiu bem?"
"Melhor
impossível, na verdade possível, mas não aconteceu."
"A
Ísa poderia ter sido menos grossa, não é?"
"Poderia,
mas não temos mais a intimidade de antes." Sorri meio decepcionado.
"Só por curiosidade, tia, que horas são?"
"9h15,
o pessoal costuma acordar cedo por causa dos trabalhos durante a semana e de
sábado dormem até tarde."
"Ela
está trabalhando aonde?"
"Na
Obsession." Ela disse enquanto colocava a toalha na mesa.
"E
o tal noivo dela, quem é?" Sentei num banco.
"Ele
é empresário da revista, mas eu não acho ele bom pra minha filha, não é o tipo
dela."
"Como
assim?"
"Ele
é muito certinho, não faz nada errado, eles nem saem juntos quase."
"Diferente
de quando eu estava com ela..."
"Sabe..."
Ela disse num sussurro. "...eu torço pra vocês voltarem."
"Eu
também, tia."
Olhei
pra escada e ela estava descendo com um camisetão de manga longa e até os
joelhos, os cabelos presos em um coque frouxo e uma baita cara de sono, de
qualquer jeito estava linda.
"Bom..."
Bocejou. "...dia."
"Bom
dia."
"Madrugou,
meu amor?"
"Eu
não consegui dormir mais." Sentou no banco à minha frente.
"O
café está acabando de fazer."
"Ok."
"O
que vai fazer hoje? Podia levar o Cody pra conhecer a cidade."
"Ele
já conhece."Olhou pra mim. "Mas, bem, se quiser posso te mostrar
alguns outros lugares."
"Adoraria."
"Então
eu te levo depois do café."
Já era
um passo, me animei com isso. Mas é só um passeio pela cidade, ela ainda está
noiva. Depois do café ela subiu pra se trocar e voltou falando no telefone.
"Como
assim dois dias? Depois serão duas semanas! O que está acontecendo?... Ok, que
se foda, vá pra sua viagenzinha ridícula." Desligou e olhou pra mim.
"Vamos?" Perguntou mais calma.
"Vamos."
"Bom
passeio." A mãe dela piscou pra nós.
Ela
dirigiu até uma parte da cidade que eu não conhecia, ou não me lembrava de ter
passado.
"Pra
onde estamos indo?"
"Tem
um rio bem legal por aqui e como você adora água achei que seria legal te
mostrá-lo."
"Não
sabia que tinha um rio aqui em Paris."
"Poucos
sabem." Riu pelo nariz.
"Seu
noivo te ensinou a dirigir?"
"Não,
foi o George."
"Faz
tempo?"
"Faz
bastante, até que ele foi um bom professor, passei direto na prova de volante."
"E
a motorista ajuda, você é boa."
Ela
riu pelo nariz e depois disso nada foi falado, não que eu esperasse ouvir algo,
mas pelo menos uma conversa como amigos... Chegamos no local, tinha uma
paisagem bonita pelo pouco que vi do carro, Ísa estacionou e descemos. Um
enorme rio ao centro e várias árvores, parecendo um parque ecológico, se
estendiam por todo o resto, poucas pessoas estavam ali, talvez pelo horário.
Coloquei meu óculos de sol e fui seguindo ela.
"Podemos
sentar aqui?" Apontou pra duas pedras grandes.
Assenti
e sentamos.
"Se
tiver sorte poderemos ver alguns pássaros raros que vêm pra cá pela manhã."
"Espero
que tenhamos sorte."
"Eu
também." Sorriu. "É lindo."
Olhei
pro horizonte enquanto duas lanchas se aproximavam de onde uma outra estava
estacionada. Ísa olhava pro mesmo lugar que eu, algumas pessoas desceram,
pegaram seus carros e foram pra seus carros estacionados ali perto. Os minutos
iam passando e nem nos olhávamos direito.
"Acho
que não tivemos sorte, as lanchas fizeram muito barulho." Ela disse depois
de alguns minutos mais.
"Deixa
pra outro dia."
Ela ia
dizer algo mas foi interrompida por seu celular.
"Fala,
Thomas..." Suspirou. "Não, não estou em casa e desistiu porque quis.
... Pedi o caralho, só disse pra ir, claro que eu não concordava, depois serão
mais duas semanas. ... Seu convite não vale, não vou me meter em algo pra
correr o risco de ser mandada embora. ... O único que está sendo ridículo aqui
é você. Não vou voltar pra casa porque eu estou ocupada, agora chega. ...
Tchau, até depois." Desligou e respirou fundo.
"Tudo
bem?"
"Tudo..."
"Se
quiser voltar pra casa, nós voltamos."
"Não
se incomode, eu não quero." Levantou. "Vamos andar pra lá?"
Apontou pro meio de algumas árvores.
"Como
você quiser, peque... Ísa."
Ísa
sorriu sem graça, fomos andando na direção que ela apontou, fui na frente na
parte que tínhamos que passar por cima de algumas pedras e dei a mão pra ela
vir. As árvores faziam uma espécie de túnel, os raios de sol passavam por entre
elas trazendo a luz necessária. Na pequena parte do rio que ia pra lá, alguns
patos estavam lá com seus filhotes flutuando pela água.
"Não
vimos os pássaros, mas..."
"Patos
são fofos, não acha?"
"Acho."
Ri.
"Poderia
ficar o dia inteiro olhando eles."
"Nada
te impede."
"Não
acha isso besta?"
"Porque
eu acharia?"
"Por
que o Thomas acha."
"Não
se esqueça de que eu não sou ele." Sentei na grama.
Ela
sentou alguns centímetros longe de mim, perdemos a noção das horas enquanto
estávamos lá, minha barriga estava roncando de fome já, mas não queria acabar
com a vibe dela.
"Como
estão nossos amigos casais?" Se virou pra mim finalmente.
"Alli
e Josh estão ótimos, Nick e Jake também, acho que melhor do que antes e o Flo
arrumou uma namorada, Louise."
"Parece
que o amor está reinando em
Los Angeles. "
"Depende
de pra quem se olha."
"Está
com fome?" Ela mudou o assunto em tom divertido quando ouviu minha barriga
roncar mais alto.
"Não...
Quer dizer, na verdade um pouquinho."
Saímos
de lá pra um restaurante ali perto, estava tenso por não termos nem pensado em
conversarmos sobre nós, nossa relação e isso era desconfortável, agíamos como
se estivéssemos nos conhecendo nesse exato momento. Quando voltamos pro carro,
antes de ela começar a dirigir, resolvi dar início à conversa.
"Acho
que deveríamos conversar."
"Sobre?"
"Sobre
nós."
"Não
temos muito o que falar."
"É
claro que temos, veja só como estamos agindo, Ísa."
"Normalmente."
"Claro
que não, parecemos dois estranhos que não tiveram exatamente nada no passado,
amigos de escola que se encontraram por acaso e começaram a conversar, apenas
isso." Suspirei por ela nem se mexer. "Não está certo, eu vim até
aqui pra falar contigo, tentar resolver nossa situação, mas você não está
fazendo nenhum esforço pra me ajudar."
"Não
tem como mudarmos o que já aconteceu há tempos, eu mudei, você mudou, não somos
mais a prioridade um do outro."
Confesso
que meu coração apertou ao ouvir isso, apenas balancei a cabeça e olhei pra
janela.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Doía
mais em mim do que nele estar sendo fria com ele, disso eu tinha certeza, mas
não podia ceder aos encantos do cara dos meus sonhos. Seria possível alguém ter
total poder sobre outro alguém apenas pelo jeito de sorrir, falar ou
simplesmente por existir e estar ali mostrando que se importava? A vontade de
me jogar pra ele era imensa, mas eu não podia fazer isso, Thomas era meu futuro
marido e eu deveria me acostumar. Ele foi de cara fechada até em casa, estava
magoado, tinha certeza disso. Cody desceu primeiro, me deixando sozinha no
carro, apoiei a cabeça no volante e bufei, logo em seguida entrei em casa. Thomas estava
no sofá, o que menos queria agora era outra discussão, Cody estava escorado no
corrimão da escada, passei direto pelos dois rumo ao segundo andar.
"Heloísa,
aonde você vai?" Levantou do sofá.
"Subir,
não quero discutir na frente dos outros."
"Não
seja por isso, fazemos isso no seu quarto."
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Hey girls, não demorei tanto pra postar, né? pkapkspakpas O que acham que vai sair dessa conversa? O que acharam dela com o Cody? Na opinião de vocês, o que vai acontecer? Comentem bastante que o próximocapítulo está quase pronto, assim que tiver +10 comentários eu posto, COMENTEEEM! xoxo <3