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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Capítulo 67 - Fuga.

~ POV Heloísa Dobrev ~

Três noites se passaram desde que tínhamos chegado, não aguentava mais ficar nesse "buraco", ainda mais sem saber quem estava por trás disso.

"Levanta daí, patricinha." O cara disse logo que entrou.
Apenas meus braços estavam amarrados e eu levantei. "Pra onde vai me levar?" Perguntei quando ele me puxou.
"Conhecer umas pessoas." Deu ombros. "Fica caladinha porque não quero te ouvir, flw?" Olhou pro Tom. "Você espera ela aí." Trancou a porta.

Subimos as escadas, o resto da casa era "parecido" com o quartinho em que estávamos mantidos, essa casa parecia não ser habitada frequentemente. Também não havia barulho de carros, não devíamos estar no centro se ainda estivéssemos em Los Angeles... Uma porta estava aberta, ele me empurrou pra dentro, estava escuro... Tateei com os pés o lugar e me encostei na parede, logo ouvi passos.

"Olha só quem está aqui." 

Conhecia aquela voz mas não conseguia me recordar de quem era. Permaneci em silêncio com medo do que podia acontecer...
"Cortaram sua língua?"
"Qu-quem é você? Porque eu e o Tom estamos aqui?"
"Vamos repassar os fatos, você me desafiou, roubou o que era meu, está bom ou quer mais?"
"Re-rebecca?" Gaguejei com a voz falha.
"Acertou na mosca!" Acendeu uma das luzes, mesmo assim ainda estava escuro. "Disse pra não se meter comigo, garota." Cravou os dedos dos dois lados das minhas bochechas e soltou bruscamente.
"Solta o Tom, ele não tem nada a ver com isso. Esse assunto é entre nós duas."
"Vou pensar no seu caso."
"Você tem que apodrecer em um manicômio."
Ela riu. "Apenas estou te mostrando que com Rebecca não se brinca."
"O que você ganha com isso?"
"Tudo o que eu quiser."
"Para de sonhar! Nem tudo é como você pensa, está querendo que paguem resgate com isso? Se diz ter tanto dinheiro, porquê quer mais? E ainda desse jeito."
"Não se mete na minha vida, otária."
"Me meto a partir do momento em que isso interfere na minha vida!"
"Modera esse tom pra falar comigo!"
"Solta o Tom, Rebecca, é a única coisa que te peço. Pode fazer a merda que quiser comigo, mas deixa ele ir."
"Boa proposta, adoraria te ver sofrendo um pouquinho."
"Você não sabe o que diz e muito menos o que faz! Teu lugar é atrás das grades."
Ela apertou meu rosto novamente enquanto cerrava os lábios. "Pensa que alguém vai ficar sabendo? Se qualquer pessoa souber, faço questão de torturar todos a sua volta, TODOS." Riu. "Inclusive o Cody."
"O que quer que eu faça?"
"Me obedeça, por enquanto." Andou envolta de mim. "Hoje a noite o garotinho estará longe daqui." Parou à minha frente. "Logo nos vemos, Ísa."
Ao voltar pro porão, guiada pelo cara mascarado, não disse nada pro Tommy sobre o ocorrido e nem sobre provavelmente ele sair daqui. Já escurecia quando entraram no quarto.
"Você vai embora daqui, Tommy." Disse baixo.
"Não vou te deixar sozinha."
"Você vai sair, pense apenas nisso, ok? Eu vou ficar bem."
"Não, Helô, não posso sair!"
"Vai acalmar sua família, eles precisam de você."
"Parou com o lenga-lenga." O cara soltou ele, que me abraçou.
Ele foi arrastado até a porta, que logo bateu. Agora era apenas eu aqui, apenas eu por mim, sentia medo do que podia acontecer. Apoiei a cabeça na parede e me perdi em pensamentos tortuosos.
~ POV Cody Simpson ~
Após uma ligação fui pra rua pedida e cheguei exatamente na hora que pediram, não tinha ninguém por ali... Talvez fosse um teste pra ver se eu iria mesmo, mas ainda tinha esperanças de algo bom acontecer ali naquela noite, talvez não, mas tinha que esperar. Batia os dedos freneticamente à espera de algo. Demorou pra que eu avistasse dois faróis bem a frente, o carro não ficou muito ali, esperei alguns segundos e resolvi ir até lá, sem me importar se aconteceria algo ruim. Uma pessoa coberta pela sombra vinha na direção do meu carro, um calafrio percorreu meu corpo, não podia voltar atrás agora. Parei a poucos metros da pessoa e pude perceber que era o Tom, ele apressou os passos e me abraçou forte quando desci do carro.


~ POV Alli Simpson ~

A equipe toda estava em casa pra tentarmos resolver algo quanto ao sequestro mas não chegávamos a conclusão alguma, Cody havia saído a bastante tempo sem dizer onde ia e isso nos deixava preocupados. Um silêncio dominava a sala, mas foi quebrado pelo destrancar da porta, Cody entrou com um leve sorriso nos lábios.

"Tenho uma surpresa pra vocês."
Nesse momento, Tommy entrou em casa e ele fechou a porta. Não tive reação se não a de me derramar em lágrimas, ele parou na minha frente depois de abraçar nossos pais, secou minhas lágrimas e me abraçou. Notei que Cody estava com o mesmo sorriso mas seus olhos traziam grande brilho quando ele subiu sem que o percebessem. Segui ele com o olhar e quando Tommy foi falar com o restante da equipe fui pro andar de cima. Bati na porta do quarto do Cody mas ele não estava lá, andei até o quarto da Ísa e o encontrei sentado na cama com a cabeça baixa.
"Posso?" Perguntei apenas com a cabeça pra dentro.
Ele assentiu e eu me abaixei a seu lado.
"O que houve?"
"Eu não aguento, Alli, preciso dela de volta."
"E porquê não a soltaram também?" Juntei minha mão na dele.
Ele ficou em silêncio fitando a cama. "Não sei..."
"Você sabe de algo a mais, desabafa comigo, fica entre nós, eu prometo."
"Que fique entre nós." Suspirou. "O Tom não é a peça chave do sequestro e sim a Ísa, além de tudo ser pra me atingir."
"Como assim? Como você sabe?"
"Eu estava sendo ameaçado e pediram pra eu terminar com ela, como não fiz isso..."
"Meu Deus!"
"O pior de tudo é não poder fazer nada, não saber o que está acontecendo..."
"Fala com o Tommy depois, ele pode acalmar você."
"Ou me preocupar mais."
Entortei os lábios e suspirei. "Alguém falou pra irmã dela?"
"Não, eu não tenho cabeça pra isso."
"Acho melhor falar, é a irmã dela..."
"Então você liga, minha situação com a família dela não está boa, sabe disso..."
"Sei... Vem, vamos falar com o Tom." Levantei e estiquei a mão pra ele.
"Depois, só quero ficar sozinho agora."
~ POV Cody Simpson ~
Alli saiu do quarto e eu levantei pra trancar a porta, não queria ninguém aqui, apenas precisava de um tempo só... O quarto estava arrumado exatamente do jeito que ela tinha deixado, tudo estava arrumado do jeito dela. Pensei em tudo o que tínhamos passado até agora, apesar das brigas e tudo não ficávamos sem o outro, sempre estávamos perto seja brigando ou se amando. Olhei nossa foto na cabeceira da cama e a peguei, acariciei o rosto dela com a ponta dos dedos.
"Preciso de você, pequena..." Funguei. "Preciso de você." Repeti num sussurro.
Permaneci olhando pra foto enquanto pensava, como seria quando ela voltasse? Pra isso não se repetir, sabia que teria que fazer o que eles pedissem. Como iria terminar com a garota que mais amava? Com toda a certeza isso acabaria comigo, mas preferia terminar e ter ela perto e protegida ao invés de tê-la longe e sem saber o que estava acontecendo. Pensava em se ela estava sentido dor, se estavam machucando ela... Se pudesse trocaria de lugar com ela sem pensar duas vezes. Afoguei o rosto nas mãos e cocei meus olhos pra secar as lágrimas, suspirei e desci sem que me percebessem, passei pela cozinha e acendi uma vela, a levei pro jardim, com a vela em mãos fiz uma oração, fixei a vela em um local seguro e fiquei olhando o fogo a derreter. Uma corrente forte de vento passou por ali, mas a chama da vela permaneceu depois de quase ter sido apagada.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Tommy já devia estar em casa a essa hora, não aguentava mais estar aqui, nas mãos da Rebecca... 
"E ae, princesinha." O mesmo cara entrou. "Vim fazer meu trabalho, espero que fique boazinha."
"O que vai fazer comigo?" Perguntei com a voz folha.
"Se estivesse nos planos, te comeria agora mesmo, mas como não posso, vou fazer o que a chefe pediu." Deu ombros.
"O que vai fazer comigo?" Repeti com temor à resposta.
"Seja boazinha e eu serei bonzinho com você." Abriu as algemas da parede e desatou os nós das cordas que prendiam meus braços.
Ele prendeu cada corda a uma algema e as prendeu em meus braços novamente, minhas pernas foram soltas e eu temia o que poderia acontecer. Um pano foi amarrado em minha boca, estava muito desconfortável e o medo em meu olhar devia ser nítido. Fechei meus olhos e em pouco tempo senti algo estalar em minhas coxas fortemente, o grito foi impedido de sair por causa do pano. Minhas mãos tremiam e meus olhos já deixavam cair várias lágrimas, o pequeno chicote voltou a cortar minha pele, ardia demais e a dor era insuportável. Queria gritar e me soltar mas era impossível, a cada chicoteada eu parecia ficar tonta, estava com medo, muito medo. 
Olhei pra minhas pernas e estavam cortadas em vários pontos, os cortes latejavam e o sangue escorria, agora ao invés de acertar em mim, ele acertava no colchão. Minha tontura aumentava a cada vez mais, em questão de segundos tudo começou a girar e eu apaguei.
Não sei ao certo durante quanto tempo fiquei desacordada, estava sem o pano na boca, um de meus braços estava solto e um copo com água estava a meu lado, o esvaziei rapidamente. Minha fraqueza aumentava a cada segundo... Rebecca entrou no quartinho com um sorriso no rosto e acompanhada pelo mascarado.
"Bom trabalho, espero que capriche enquanto eu estiver fora."
"Pode deixar comigo."
"Tenha bons dias, Ísa." Riu e deu meia volta. "Me ajuda a descer as malas." 
Demorou algum tempo mas o cara voltou.
"Quer deitar um pouco?"
Não consegui responder, minha fraqueza me deixava mole e "sem movimentos". Ele empurrou o colchão pra mais perto de onde estavam as algemas, de modo com que eu pudesse deitar. 
"Como se sente?"
O encarei com o canto dos olhos e entortei os lábios. 
"Foi idiota perguntar isso. É crueldade o que a Rebecca está me mandando fazer contigo e, bom, eu paro por aqui."
"Me tira daqui." Disse baixo.
"Não posso."
"Por favor... Eu posso te pagar por isso."
"Não é a questão." Retirou um saquinho do bolso com um pó branco nele.
Ele despejou um pouco na palma da mão e inalou tudo em poucos segundos.
"Quer um pouco?"
"Não, obrigada."
"Me sinto mais calmo com isso aqui." Pausou. "Deveria experimentar."
"Não acho uma boa."
"O que posso pegar pra você se sentir melhor?"
"Água."
"Já volto."
Enquanto ele foi, pensei um pouco, tinha que achar um jeito pra ele me ajudar a sair daqui, um jeito de convencer ele antes de a Rebecca voltar de viagem. Ele me entregou uma garrafa com água e voltou a se sentar.
"Quando a Rebecca vai me soltar?" Bebi um gole da água.
"Não faço ideia."
"Tenho medo do que ela possa fazer."
"Ela não faz, manda fazer."
"De qualquer jeito..."
"Se quer tanto sair, eu posso ajudar."
"Sério?"
"É, a minha irmã se foi em um sequestro, sua família deve estar como nós estávamos."
"Sinto muito por ela."
"Eu também... Ela tinha uma dívida e não conseguimos pagar."
"E porquê faz isso com as pessoas agora?"
"É o único jeito de sustentar meu vício."
"Existem outras maneiras, tipo trabalho."
"É fácil pra uma riquinha com estudos dizer isso. É difícil ver sua família se desintegrando, quase sendo despejada... Eu já tentei trabalhos mas ninguém quer quem não tenha estudos, esse é o único jeito, minha família depende disso, minha droga também."
"Eu não posso dar palpites, não sei como é, desculpa."
"Não devia mesmo."
"Desculpa..."
Sob o efeito das drogas ele tinha ficado compreensivo com a situação e talvez assim eu conseguisse algo.
~ POV Cody Simpson ~
"Quer conversar?" Tommy sentou ao meu lado.
"O que aconteceu lá?"
"Ficamos em um quartinho amarrados, vez ou outra um cara mascarado entrava lá pra dar comida ou ver o que estávamos fazendo."
"Como a Ísa estava quando saiu?"
"Com medo, eu não queria ter deixado ela sozinha, ela não sabe o que faz..."
"Porquê diz isso?"
"Ela responde o cara com tom de desafio."
"Puta que pariu!" Passeis as mãos fortemente pelo cabelo.
"Cody, temos que resgatar ela."
"Eu não sei o que fazer."
"CODY, SEU CELULAR." Alli gritou da janela.
O peguei rapidamente e atendi, era de um programa pedindo show, disse que não podia e a moça deve ter entendido como agenda cheia ou coisa assim. Fiquei por um longo tempo com o celular em mãos, até ele tocar. A voz estranha perguntou apenas se tinha recebido meu irmão, não tive chances de perguntar nada por logo desligarem. 
"Droga!" Murmurei e chutei a grama. 
Subi sem falar com ninguém e deitei pra um cochilo, coloquei o despertador para as 3 da manhã e dormi até lá. Juntei tudo o que precisava em uma mochila, coloquei um moletom e uma calça e desci devagar, olhei cautelosamente antes de sair, tentei fazer o mínimo barulho possível até cruzar o quarteirão. Era uma decisão perigosa mas dirigi até o lugar em que havia pegado meu irmão mais cedo, fui à diante tentando achar um mínimo sinal de vida em meio ao matagal que cercava a estrada, em poucos metros ele ia desaparecendo e dando espaço a cascalhos e árvores secas. Andava sem direção e ao olhar pro relógio uma hora já tinha se passado, não me importava com a hora ou com a distância, apenas precisava achá-la. 
~ POV Heloísa Dobrev ~
Pela janela empoeirada dava pra se notar que o sol estava nascendo quando acordei, talvez hoje pudesse sair daqui se o cara acordasse com o mesmo humor do dia anterior, claro... Me perdi olhando pra janela, os primeiros raios de sol começaram a entrar algumas horas depois.
"Bom dia." Entrou e me entregou algumas bolachas em um pacote.
"Obrigada." Peguei o pacote.
"Estive pensando durante a noite sobre como te mandar pra casa e eu pensei em uma coisa."
"Pode falar." Mordi metade da bolacha.
"A Rebecca não iria gostar de que você morresse aqui..."
Interrompi. "Vai me matar?"
"Não." Riu de leve. "Mas ela pode pensar que depois de tanto sangue perdido você teve uma fraqueza muito forte e permanece desacordada, não sei mas posso pensar melhor."
"Achei genial, serei eternamente grata."
"Não é pra tanto, princesinha."
"É claro que é."
"Antes de eu sair, preciso deixar isso com você." Tirei o relógio e o restante das pulseiras que estava usando.
"Não posso aceitar."
"É um presente, se for em um lugar bom conseguirá um bom dinheiro com isso."
"Não pos..."
Interrompi. "Não é educado recusar um presente."
"Me lembre de devolver seu celular antes de ir, está em algum lugar lá em cima."
"Ok... Bom, pegue." Estiquei a mão com as coisas pra ele.
"Obrigado..."
Pela tarde ele começou a treinar o que falaria.
~ POV Cody Simpson ~
Me hospedei em um hotel de beira de estrada apenas pra não ficar ao relento ou dormir no carro, tinha gasolina reserva no porta-malas e isso me deixava mais tranquilo em relação a quanto tempo ficar. Recebi uma ligação de casa mas não atendi na primeira, sabia que iria receber sermão...
~ Ligação ~
"Alô?"
"Cadê você, meu filho?"
"Estou resolvendo as coisas, mãe, só volto quando eu tiver a Ísa comigo."
"Está louco? Volta já pra casa, Cody Robert Simpson, eu estou mandando!"
"Não vai rolar... Eu vou ficar bem, te amo."
"Filho, não!"
"Preciso disso, eu vou conseguir levar minha pequena, você vai ver."
~ Ligação Off ~
Joguei o Iphone na cama e passei as mãos no rosto pra tentar me acalmar, por onde poderia começar? Peguei água no frigobar e desci apenas com os documentos no bolso, andei pelo meio das trilhas, nenhum sinal, nenhuma merda de sinal de vida. Voltei pro hotel quando vi que essa trilha não daria em lugar algum, com o carro poderia ir mais longe na estrada, mas precisava comer antes. Tomei um banho rápido e pedi algo do hotel pra comer. Tracei uma rota pra onde iria seguir com o carro.
~ POV Alli Simpson ~
"Cody enlouqueceu de vez, como esse garoto sai desse jeito pra procurar ela?"
"Não tem como parar um apaixonado, Matt. Ele fará de tudo pra conseguir o que quer, eu conheço bem meu irmão."
"Não deixa de ser um irresponsável."
"Ele logo vai estar de volta, temos que ter fé e rezar por eles." 
"Cody disse que não volta até achá-la, vocês não entendem isso?"
"Ficar aqui falando não vai adiantar nada." Meu pai levantou seguido do Matt.
"Aonde vocês vão?"
"Atrás do Cody."
"Não sabem onde ele está, pode ser perigoso."
"Acharemos."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Estava confiante de que iria sair esta noite, mas isso pareceu ter mudado... O cara não voltava a um bom tempo e eu começava a ficar aflita. Como estava solta resolvi andar um pouco pra tentar me acalmar.
"Conseguiu?" Perguntei logo que ele entrou.
"Acha que vai ser assim fácil? Isso vai ter um preço."
"Preço? Eu te dei todas as minhas jóias."
"Agora vai me dar outra coisa."
"Que tipo de coisa?"
"Você, e é bom ficar bem quietinha." Sacou uma faca da cintura. "Ou vai ser pior." Se aproximou de mim.
"Porque está fazendo isso?" Fui me afastando.
"Por que um sequestrador não perde a oportunidade de comer uma gostosa assim como você." Puxou minha cintura.
"Não me toca!" Empurrei ele.
"CALA A BOCA!" Virou um tapa no meu rosto. "Tu vai fazer o que eu mandar?" Apoiou a ponta da faca no meu braço.
"Vo-vou."
Ele riu sarcasticamente e tirou a máscara, já colando seus lábios em meu pescoço, dando um chupão ali. Não podia deixar escapar nenhuma lágrima, devia agir com cautela pra tentar sair dessa. 
"Espera." Me esquivei.
Ele me encarou.
"Eu me entrego desde que não me ameace com essa faca."
"Acha que eu vou te obedecer?"
"Gostaria, é só um pedido." Ajeitei a camisa dele. "Prometo ser boazinha." Disse baixo no ouvido dele.
Ele aderiu ao meu pedido e colocou a faca em cima de um móvel e me puxou com brutalidade. Ele retirou sua camisa e passou a apalpar meu corpo, cerrei os lábios e percebi minhas mãos trêmulas. 
"Vamos ver se esse corpo é tão gostoso quanto parece."
Minha jaqueta logo estava no chão e não demorou pra que a regata fosse pra lá também.
"Posso me divertir também?" Sorri maliciosa, ou tentei chegar perto disso.
Fui pra trás dele sem me afastar em momento algum do móvel, deslizei as mãos pelo abdômen dele tentando convencer de que estava me divertindo. Parei duas vezes no cós da calça dele e passei a tentar me concentrar na próxima coisa a se fazer.
"A diversão começa agora."
Dei meio passo pra trás e chutei o ponto fraco dele, que soltou um urro. Antes de ele se virar, tateei o móvel e peguei a faca.
"Não se aproxime." Apontei a faca pra ele. 
"Vadia!" Entortou os lábios enquanto uma de suas mãos massageava seu membro por cima da calça.
Chutei minha jaqueta pro outro canto e dei alguns passos pro lado, sem tirar os olhos dele. 
"Eu vou te matar, garota, não vai sair daqui."
"Vamos ver."
Ele veio em minha direção, a fúria em seus olhos me deixava morta de medo, segurei fortemente na faca. Não sei como mas quando ele tentou pegar a faca, eu consegui cortá-lo na mão, enquanto ele resmungava juntei minhas forças e acertei mais um chute, ele caiu como esperava, peguei minha jaqueta e corri na direção da porta. A tranquei do lado de fora, subi correndo as escadas e tranquei a de cima também. Minhas pernas ainda doíam mas não conseguia pensar nisso no momento, coloquei a jaqueta e a fechei. Em um banco estavam minhas coisas, as enfiei nos bolsos e fui atrás das chaves da porta de saída.
"Tem que estar aqui. Droga!"
Procurei em todos os cantos, menos na porta e lá estava ela, pendurada no trinco. Destranquei a porta e joguei a chave pela janela quando estava do lado de fora. Estava livre! Saí rapidamente pela estrada vazia, dei sinal pra dois carros e um ônibus mas nenhum deles parou, andei alguns metros até avistar mais um ônibus, dei sinal e esse parou.
"Pode me dar uma carona, senhor? Não tenho como sair daqui."
"Pra onde vai?"
"Los Angeles."
"Da rodoviária terá que pegar outro, não vou até a cidade."
"Então pode me deixar na rodoviária?"
"Sim, sente-se."
"Obrigada, senhor." Busquei um lugar pra sentar.
Todos do ônibus olharam pra mim, acho que não por me reconhecerem mas pelo meu estado, o caminho foi hiper longo até a tal rodoviária, davam 00h10 quando o ônibus estacionou. Não era uma rodoviária grande, parecia um ponto de ônibus três vezes maior e havia uma lanchonete ao lado. Olhei os horários em um quadro de canetão e o próximo ônibus pra Los Angeles sairia às 9 da manhã.

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Oi amores, desculpem a demora, mas essa semana teve tudo quanto foi tipo de recuperação, o capítulo já estava pronto e tudo, mas não dava tempo pra entrar, agora eu estou oficialmente de FÉRIAAAAASSS e vou poder escrever mais pkaksapkkspas O que acharam do capítulo? Como acham que vai ser a volta da Ísa? Não deixem de comentar, tá? Muuuuuito obrigada pelos comentários e mais uma vez me desculpem pela demora... COMENTEEEEEM! xoxo <3

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Capítulo 66 - "Culpa minha."


“O que está mexendo no meu celular?” Puxei da mão dela assim que saí do banho.
“Nossa, só estava jogando, desde quando é proibido?”
“Desde agora.”
“Que bicho te mordeu?”
“Nenhum, Ísa, só não quero que mexa.” Joguei dentro da gaveta novamente.
“Tem algo aí que eu não possa ver? Porque pelo visto...”
“Não, não tem nada.” Pausei. “Vou tomar café, vai descer?”
“Daqui a pouco, pode ir, e coma bastante cereal pra se alegrar.”
Saí do quarto sem pegar o celular, mas antes de descer voltei pra pegar, todos já estavam na cozinha.
“Bom dia, Cody.” Minha mãe, meu pai e Tom disseram.
“Bom dia.” Sentei.
“Cody, vai me levar pra comprar o negócio que eu te pedi?”
“Que negócio, Tom? Eu tenho que ir pra um programa hoje.”
“Ah, deixa... Peço pra outra pessoa.”
“Nossos pais não vão poder, tem que me acompanhar em uma revista.” Alli disse.
“Peço pra Ísa, não seja por isso.” Pausou. “Ou vai dizer que ela vai com você, Cody?”
“Acho que ela não vai.”
“Ótimo.”
“Oi, gente.” Ísa desceu e sentou em seu lugar à mesa.
“Ísa, vai comigo em uma loja?” Tom perguntou. “Preciso comprar uma coisa.”
“Que coisa?”
“O presente da minha namorada.”
“Awn que fofo! Claro que eu vou.”
“Obrigado.”
O café não teve muita conversa, subi pra me trocar, optei por uma roupa básica do dia-a-dia, camiseta pólo, calça jeans e tênis. Esperei o Matt na sala, Ísa ficou me encarando do outro sofá.
“O que foi?” Olhei pra ela.
“Eu que te pergunto, virou um grosso de uma hora pra outra.”
“Só não queria que mexesse no meu celular.”
“Era só falar, não precisava ficar desse jeito.”
“Tá, Ísa. É desculpas que você quer?”
“Não, não quero desculpas.” Suspirou.
Matt logo tocou a campainha, antes de sair pedi 5 minutos pra ele e me abaixei ao lado da Ísa, que olhou pro outro lado, se desvencilhando de mim.
“Foi mal, amor.”
“Foi péssimo.”
“É sério, não quero brigar com você.”
“Ok, ok, vai antes que o Matt brigue contigo.”
“Antes quero um beijo.”
“Quando você voltar.”
“Quando eu voltar nada.” Roubei um selinho dela, ganhando um beijo depois.
“Vamos, Cody!”
“Já levantei, Matt, pronto.” Disse indo em direção a ele. “Até mais tarde, amor.”
“Até.” Deu um leve sorriso.
~ POV Heloísa Dobrev ~
“Vamos, Ísa?” Tommy perguntou algum tempo depois de seus pais terem saído.
“Vamos, vou apenas trocar de blusa, ok?”
Subi rapidamente e troquei de blusa, combinando uma jaqueta jeans por cima, já que podia esfriar. Fomos a pé até algumas lojas, ele não encontrava nada que gostasse.
“Podem me dar uma informação?” Uma voz perguntou atrás de nós enquanto passávamos por uma espécie de “beco” que cortava passagem pra outra parte da avenida.

[...] Uma dor de cabeça terrível me consumiu assim que abri os olhos, tudo ficou preto em questão de segundos.

"Helô?"

Tom estava comigo nesse lugar estranho, ele tinha um semblante assustado no rosto.

"Onde estamos?"
"Eu não sei." Ele disse.
Olhei o quarto em volta, era um cômodo descuidado e escuro, com paredes descascando e iluminado apenas por uma luz fraca. Um colchão estava no chão, junto com um cobertor velho, ao fundo uma porta pequena tinha um banheiro atrás de si. Duas argolas presas na parede traziam duas correntes presas e, ao fim delas, duas algemas estavam lá.
"Quem trouxe a gente pra cá?"
"Não sei, Helô, acordei pouco antes de você."
"Só pode ser brincadeira."
"Ou sequestro."
Pensei sobre as ameaças, seria isso? Mas elas tinham parado de chegar há bastante tempo, olhei novamente em volta do cômodo procurando algo que desse uma pista ou uma janela, qualquer coisa que desse pra sairmos. Uma janela velha estava coberta por poeira e parecia emperrada. O tempo aqui não passava, depois do que pareciam horas, ouvimos o destrancar da porta e um cara mascarado entrou.
"Estão se divertindo?" Disse com ar de deboche.
"Quem é você? Porque estamos aqui?"
"Mesmo que soubesse não diria." Retirou alguns pedaços de corda da gaveta de uma mesa velha. "Colaborem e juntem as pernas." 
Não fizemos o que ele pediu, fazendo com que ele pedisse com tom firme. Tommy obedeceu e ele amarrou as pernas dele, em seguida os braços. O cara veio pra perto de mim e me pediu pra fazer o mesmo, não obedeci e ele puxou meus braços.
"Não encosta em mim!" Tentei chutar ele. 
"Melhor tu calar essa boca e ser bem boazinha."
"Então não encosta em mim."
"Helô..." Tom disse. "Vai ser pior se debater."
"Melhor escutar o garotinho, vira de costas e põe as mãos pra trás."
~ POV Cody Simpson ~
Estava a caminho do camarim quando meu celular tocou.
~ Ligação ~
"Alô?"
"Ótimo programa, Cody." Riu.
"De novo? Que porra! Me deixa em paz."
"Hm... Acho que não, aliás só quando tiver o que eu quero."
"Dinheiro? Quanto?"
"Se fosse dinheiro estava fácil, meu amor." Pausou. "Vamos ao que interessa, você foi um mau menino e não fez o que eu te pedi, isso teve consequências."
Um calafrio percorreu meu corpo e eu apressei os passos até o estacionamento, mudando totalmente meu rumo. "Que consequências? O que eu não fiz?"
"Terminou com a vadia da sua namorada?"
"Não vou terminar com a minha namorada."
"Ama ela?"
"Amo."
"Quer protegê-la?"
"Onde quer chegar caralho?"
"Quero chegar ao ponto de que eu estou com ela e ela vai ficar comigo por um tempinho, se não terminar com ela isso pode acontecer novamente, mas dessa vez não terá outra chance. É você quem escolhe."
"Só pode estar brincando!" Entrei em meu carro. "Não está com ela."
"Se você acha... Se meter a polícia no meio, ela e o seu irmão vão morrer e faço questão de que você assista a todo o ocorrido que, aliás, é sua culpa. Já sabe, nada de polícia!"
~ Ligação Off ~
Dei um soco no volante e torci os lábios, ainda não acreditava nisso, dirigi em disparada pra casa. Não tinha ninguém lá, ela e Tom já deviam ter chegado da tal loja, peguei o telefone e liguei pra ela, chamava até dar fora de área, tentei o do Tom mas deu no mesmo... Daí comecei a me preocupar, voltei pro carro e dirigi pelo bairro, fui até algumas lojas mas nada deles, Matt me ligou no meio do caminho pra perguntar o porquê de eu ter ido embora, disse que não podia falar agora e desliguei, voltando a prestar atenção na rua. Rodei o bairro por algumas horas, indo até mais além, quando voltei pra casa, Alli estava na sala.
"Cadê a Ísa e o Tom?"
"Eu que vou saber?"
"Só perguntei, caralho."
Subi correndo, nem sinal... Meus pais estavam no jardim, era hora de falar com eles.
"Posso falar com o pai, mãe?" Sentei à frente deles.
"O que foi, filho?" Ele perguntou depois de ela se afastar.
"É sobre a Ísa e o Tommy, pai."
"Eles estão demorando."
"Sim... Vou te contar uma 'história', preciso que apenas escute a princípio." Ele assentiu e eu continuei. "Tenho recebido umas mensagens e ligações com ameaças, não estava com muita fé nelas, mas agora tudo está se encaixando... Se eles não voltarem, é porque por culpa minha eles foram sequestrados." Abaixei a cabeça.
"Sequestrados, Cody? Devem estar tirando com a sua cara, é apenas uma demora habitual."
"Não é, eu rodei tudo por aqui e nenhum sinal deles, liguei no celular e dá fora de área, e ainda tem a ligação dos supostos sequestradores."
"Filho, acha mesmo que é verdade?"
"Por isso vim te falar, pai, se não achasse, não iria preocupar ninguém com isso."
Ele passou as mãos pelo rosto e suspirou. "Vamos avisar a polícia."
"Não podemos, teremos que apenas esperar..."
"Como não? Ficaremos aqui sem ajuda nenhuma?"
"Sim, uma hora vão ligar de novo e eu espero que seja rápido."
"Vou falar com sua mãe." Levantou desanimado.
Entrei com ele e sentei na sala com a cabeça nas mãos. Alli ficou me encarando até finalmente perguntar o que tinha acontecido.
"Ainda se importa com a sua família?"
"É claro." Revirou os olhos.
Antes que eu pudesse começar a falar, ela ouviu o telefone de seu quarto tocar e subiu rapidamente. 
~ POV Heloísa Dobrev ~
A noite já tinha caído e o medo me dominava, Tom estava preso do outro lado do quarto e parecia pensar em algo. Tentava me acalmar pensando que logo sairíamos dali, mas nada conseguia me acalmar, não sabia onde estava, nem quem estava por trás, muito menos o que aconteceria aqui. Pensei em todos, minha família, meus amigos, o Cody... Tom veio se arrastando com dificuldade pro meu lado.
"Vamos sair logo daqui, você vai ver."
"Espero que sim, Tommy."
"E vamos sair inteiros." Riu de leve.
"Será que já sabem que estamos aqui?"
"Eu acho que não imaginam que estejamos sequestrados."
Novamente a porta se destrancou e abriu, o mesmo cara trazia dois copos de água e dois sanduíches. 
"Virem logo porque eu não estou com paciência."
Ele desatou os nós que prendiam nossos braços.
"É bom vocês comerem logo porque eu vou ter que ficar aqui."
Tom começou a comer e eu apenas tomei dois goles da água.
"Não vai comer não, princesinha?"
"Não."
"Não vou te soltar depois."
"Não quero comer, quero sair daqui."
"Não posso fazer nada, só acho melhor parar de frescura e comer."
"Já disse que não."
Ele puxou meus braços pra trás e me amarrou mais forte do que da outra vez. "Não tenho paciência pra patricinha."
"ME SOLTA!"
Ele ergueu a mão e virou um tapa no meu rosto, senti minha pele arder e cerrei os lábios.
"Já vi que contigo vai ter que ser assim." 
O cara amarrou o Tom assim que ele acabou, retirou as coisas que tinham ficado e nos trancou novamente. Meu olhar ficou fixo no nada por algum tempo e lágrimas trilharam um caminho por meu rosto.
"Não pode agir assim, tem que fazer o que eles pedem, Helô."
"É meio impossível."
"Tente fazer possível, não quero te ver morta."
"Não quero morrer, mas não sei se consigo obedecer, Tommy."
~ POV Cody Simpson ~
A noite foi tortuosa, permaneci sem pregar os olhos durante a noite toda, pensava nos dois a todo momento. Apenas queria os dois bem e de volta aqui. Sentei na varanda do quarto e observei as estrelas por instantes, meus olhos marejaram mas tratei de secar as lágrimas assim que escorreram. Ouvi batidas na porta e me virei, Alli entrou e parou ao meu lado na varanda.
"São quase 2h, achei que estivesse dormindo."
"Não consegui, fiquei pensando que não me contou o que houve."
"Jura que não percebeu, Alli?" Encarei-a.
"Não, estive no meu quarto até agora."
Balancei a cabeça com os lábios cerrados.
Ela olhou em volta do quarto. "Preferiu dormir sozinho hoje?"
"Não preferi, eu sequer tive chance de escolher."
"Ah, brigaram, que novidade." Revirou os olhos.
"A Ísa e o Tommy foram sequestrados, Alli, tem como parar de ser esnobe por alguns segundos? Obrigado." Fui em direção ao closet, peguei uma garrafa de uísque e bebi alguns goles.
Alli estava meio em choque e as lágrimas rolavam por seu rosto, seu corpo meio que bambeou e ela caiu sentada na cama. "Não posso acreditar! Quem? Como?"
"Não sei quem e nem como, mas foi isso, Alli."
"E-eu nem imaginava, senão eu não teria agido daquele jeito." Fungou. "Eles tem que voltar."
"Eles vão voltar." Abracei ela. "Eu espero que logo."
~ POV Alli Simpson ~
Perto de amanhecer, nós adormecemos. Depois do almoço teria uma sessão de fotos mas apenas iria até lá pra dizer que não poderia ser hoje. Me arrumei com uma roupa qualquer e fui pro andar de baixo, Gio e Ruby estavam no sofá.
"Oi, meninas..." Cumprimentei.
"Que clima de enterro por aqui hoje." Gio fez uma careta. 
"O que estão fazendo aqui?" Suspirei.
"Viemos pra te acompanhar até a sessão."
"Não vou fazer hoje, tenho que desmarcar."
"Ah, que pena..." As duas se olharam.
"Nesse caso, é melhor irmos pra casa, o clima está pesado."
As duas logo saíram, comi algo e pedi pro meu pai me levar, ele disse que poderia apenas daqui meia hora porque tinha que falar com Cody, assenti e sentei no sofá. Caí no choro outra vez ao passar pela galeria de fotos do meu celular. Cody desceu com nosso pai, limpei as lágrimas e levantei.
"Cody vai te levar, querida, realmente não tenho condições de dirigir, me desculpa."
"Tudo bem, pai." Abracei ele de lado e beijei seu rosto.
"Não demorem."
Cody viu a rua no GPS e saiu em disparada, ele deve ter passado por dois faróis fechados até parar em um por conta do trânsito à frente.
"Cody, é melhor ir devagar, preste atenção na estrada pelo amor de Deus."
"Desculpa, Alli." Passou as mãos pelo rosto. "Não estou conseguindo me concentrar em nada, precisamos achar o dois."
"Já foi até uma delegacia?"
"Não posso." Deu partida no carro.
"E porquê não? Entraram em contato com você?"
"Só acho que vai ser melhor, Alli."
"Melhor? Tem noção do que diz? Os dois podem estar passando sei lá pelo o que... Temos que chamar a polícia."
Ele foi em silêncio até estacionar em frente da agência e preferiu esperar na recepção, fui pra sala do Joseph depois de me identificar, ele não estava lá mas logo entrou.
"Preciso falar com você, Joseph."
"Alli, já estou sabendo, fofa."
"Sabendo de quê?"
"De que fechou com outra agência, mas fique tranquila já te substituímos."
"Substituíram? Outra agência? Isso é algum engano, só pode. Vim aqui pra avisar que precisava desmarcar por problemas familiares."
"Agora eu sinto muito."
"Não podem me dispensar assim."
"Bem vinda ao show buss, pequena Simpson." Pegou alguns papéis. "Se me dá licença..."
"Quem me substituiu?" Segurei o braço dele.
"Venha comigo." 
Ele me guiou até o estúdio de fotografia, duas loiras estavam de costas e vestiam biquínis lindos.
"Por falta de uma, temos duas."
"Que ótimo pra vocês..."
"Meninas, estão fabulosas." Bateu palmas e as duas viraram.
Não acreditava no que estava vendo, minhas "amigas" tinham tramado isso? 
"Alli!" As duas acenaram. "Veio nos ver?"
"Vocês tramaram isso?" Meus olhos marejaram. "Vocês foram baixas demais."
Giorgia se aproximou e levantou meu queixo com a ponta dos dedos. "O show não pode parar." Piscou.
"Vai parar assim que você ficar com um olho roxo." Direcionei minha mão pra cara dela, mas ela a segurou.
"Acho que não, aceita." Riu. "Depois disso nós vamos ficar famosas, obrigada amiga."
"Amiga o caralho." Empurrei ela. "Curtam a fama de vocês."
Dei as costas e saí de cabeça erguida, porém destruída por dentro. Passei direto pelo Cody e ele veio atrás de mim.
"O que aconteceu?" 
"Nada." Entrei no carro.
Ele entrou no banco do motorista e colocou o cinto. "Deu pra mentir agora?"
"Não é mentira."
"Sou seu irmão, me fala."
"Todo mundo estava certo, Cody."
"Sobre o que?" Perguntou enquanto manobrava.
"Giorgia e Ruby... Elas foram até em casa de manhã, inventaram uma história e tomaram meu lugar."
"Porque você não me ouve, cabeça dura?" Bateu as mãos no volante. "Que merda! Eu avisei, a Ísa avisou, o Josh..."
"Não me deixa pior... Por favor." Pausei. "Vocês podem me perdoar?"
"Eu não tenho muito o que dizer, eu amo você." Riu de leve. "A Ísa vai te perdoar, o Josh eu não sei... Você pegou muito pesado com ele."
~ POV Jake Thrupp ~
"Parem de correr pela casa!" Gritei enquanto Poppy e Kipp subiam e desciam as escadas. "Um dos dois ainda vai se machucar."
"Deixa a gente, Jake."
"Ok, não venham chorar quando se matarem."
A campainha tocou e eu fui abrir.
"E ae, bro." Fiz um toque com ele. "De boa?"
"Não, podemos conversar? Estou precisando."
"Se não se importar com os pestinhas correndo..." Ri.
"Não me importo."
Ele sentou de frente pra mim no outro sofá.
"Está tudo virado, não sei o que fazer."
"O que rolou?" 
"Isso tem que ficar em sigilo, pode ser?"
"Segredo de bro."
"Comecei a receber umas ameaças, não fiz o que pediram e agora minha namorada e meu irmão estão sequestrados... Por minha culpa." 
"Como assim? Tá de zoeira?" Arregalei os olhos.
"Não, preciso fazer algo mas não sei o que..."
"Chama a polícia."
"Não posso, todos dizem isso mas não posso, Jake. Caralho, devia não ter ido pro programa ontem."
"Se fosse ou não, aconteceria do mesmo jeito e a culpa não é sua."
"Claro que é, eu não me afastei da Ísa e agora eles estão lá. Se acontecer algo, vou me culpar eternamente."
"Não vai acontecer nada, pensa positivo e eu vou te ajudar no que puder e no que não puder também. Vamos tirar eles de lá logo, você vai ver." Dei um leve sorriso.
"CODY!" Poppy pulou em cima dele. 
"Oi, Poppy!" Ele riu.
"Quer brincar com a gente?"
"Hoje não, princesa."
"E amanhã?"
"Ok, amanhã."
"Traz o Tommy, tá?" Ela disse quando subiu correndo as escadas atrás do Kipp.
Cody recebeu uma ligação de casa dizendo pra que ele voltasse e ele o fez.
~ POV Cody Simpson ~
Abri a porta de casa e dois policiais estavam na sala.
"Que porra é essa?" Perguntei com um semblante assustado no rosto.
"Vai ser melhor com eles ajudando, filho."
"Melhor no que? Que eu saiba, não aconteceu nada."
"Se acalme e nos conte, senhor Simpson."
"Não tenho nada pra contar, foi um trote, uma brincadeira dos dois, podem se retirar da minha casa, obrigado."
"Queremos ajudar."
"Caralho, já disse que é uma brincadeira dos dois, quando eles chegarem eu tiro uma foto e mando pra vocês. Tem gente precisando de vocês pela cidade toda e vocês vão se preocupar com uma brincadeira? Façam-me o favor." Disse com tom de deboche.
"Podem ir." Meu pai passou as mãos pela testa.
Apenas Alli ficou na sala, meus pais acompanharam os policiais até o portão. Virei um copo de uísque e enchi outro, bebendo metade.
"Porque fez isso, Cody?" Minha mãe fechou a porta. "Eles iam ajudar a achar os dois."
"PORQUE VOCÊS METERAM A POLÍCIA? EU DISSE QUE NÃO QUERIA ELES ENVOLVIDOS, MAS NINGUÉM ME ESCUTA NESSA PORRA!" Arremessei o copo na parede e algumas lágrimas rolaram. "SE ESTÃO AFIM DE ENCONTRAR ELES MORTOS EU NÃO ESTOU, NÃO VOU PIORAR A SITUAÇÃO QUE EU CRIEI. SE COLABORASSEM COMIGO SERIA BOM, ALIÁS ÓTIMO." Passei as mãos pelo rosto, mas as lágrimas insistiram em rolar.
Alli levantou e me abraçou forte, encharcando meu ombro com suas lágrimas.
"Estou com você pro que der e vier, bruvva." Alisou minhas bochechas com os polegares em busca de secar as lágrimas. "Logo nosso irmão vai estar aqui com aquele jeito doidinho de sempre e a Ísa também. Tudo vai dar certo." Ela disse enquanto as lágrimas rolavam.
A abracei novamente, sem conseguir dizer nada, meus pais também não disseram nada, subi pro meu quarto e continuei do mesmo jeito. Não quis almoçar e passei a tarde no quarto com o Iphone do lado, sempre na esperança de ele tocar... 

~~~~~~~~~~~~~~ 
Oi meninass, como vocês estão? Sei que o outro capítulo ficou meio sem sentido, mas eu tinha que pular logo pra essa parte pakpskapaas O que acharam do capítulo? Ísa e Tom vão sair logo dali? O que acham que vai acontecer durante o sequestro? Agora eu vou tentar postar mais rápido, depende dos comentários, ok? Então COMENTEM, xx <3


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Capítulo 65 - Surpresa.

“Sim, ela pediu pra você não demorar.”
“Ok, tia, já vou descer.” Cocei os olhos.
~ POV Monique Stirling ~
Tinha acabado de chegar na praia com Jake, era pra termos ido mais cedo, mas não deu certo...
“Devíamos ter vindo mais cedo, a essa hora o sol já está forte.”
“Pra isso serve protetor.”
Peguei o protetor que tinha trazido e espalhei por todo meu corpo, ele fez o mesmo, me ajudando a passar nas costas e eu o ajudei.
“O que fazemos agora?”
“Caímos na água.” Riu.
“Fala assim porque você já sabe o que fazer lá, eu não sei nem me equilibrar.”

“Então vamos treinar um pouco. Coloca sua prancha na areia e deita de barriga pra baixo nela.”
Fiz o que ele pediu. “E agora?”
“Rema com os braços?”
“Na areia vai ser meio difícil, não acha?” Coloquei minha mão na testa pra que o sol não me impedisse de olhar pra ele.
Ele pensou por segundos e riu. “É, vai ser melhor.”
Fomos pra água e eu fiz o mesmo que na areia, desta vez remando com os braços como ele tinha pedido.
“Agora tem que sentar na prancha desse jeito.” Me mostrou em sua prancha e eu tentei repetir, mas o riso não deixava.
“Parece que vamos demorar.” Ele riu.
“Não ri, eu vou conseguir.”
Sentei na prancha e caí da primeira vez, mas na segunda fui um pouco melhor. Ele me fez repetir isso algumas vezes, até ficar por mais tempo. Depois foi a vez de ele me ensinar a subir, primeiramente ele apoiou a prancha enquanto eu subia, depois posicionou meus pés de um modo em que eu não desequilibrasse.
“Se conseguir se equilibrar até eu subir na minha vamos lá pro fundo.”
Como eu já esperava, desequilibrei novamente e fui pra água, ele me fez subir novamente na prancha, com mais duas tentativas consegui ficar por 30 segundos em cima da prancha, o que pra mim foi um recorde. Fomos pro fundo remando com os braços, ele acelerou e conseguiu pegar uma onda pra me mostrar como teria que fazer.
“Agora você tem que fazer isso, amor, acha que consegue?”
“Claro, está falando com Monique Stirling.” Pausei. “Se eu morrer, diz pra todos que eu os amo, ok?”
“Não vai morrer.” Ele riu. “Eu estou aqui, fica tranquila que vai conseguir.”
Tentei pegar uma onda quando ele me disse pra ir, mas não consegui, comecei a rir e levei um capote. Tentei por diversas vezes até conseguir ficar em pé em metade de uma onda.
~ POV Heloísa Dobrev ~
“Porque veio me buscar?” Perguntei a primeira coisa desde que havia entrado no carro.
“Preciso falar com você.”
“Vai dar sermão? Se for, eu já volto pra casa.”
“Não.” Balançou a cabeça. “Só preciso conversar.”
Percebi que o caminho estava bem mais comprido do que o de costume, mas não disse nada, afinal poderíamos estar indo pra um café ou algo do tipo. Ela entrou no estacionamento de um prédio e estacionou em uma vaga.
“Onde estamos?”
“No meu prédio.”
“Bom saber que se mudou e não me disse nada.”
“Não faz drama.” Bateu o alarme pra travar o carro.
“Porque está tão chata? A fama subiu pra cabeça?”

Ela suspirou e andou na frente, subimos até a cobertura e entramos no apartamento.
“Fica a vontade.”
“O Ian e o Liam não estão?” Perguntei por causa do silêncio.
“Liam está dormindo.” Sentou ao meu lado no sofá. “Lá pras 10h ele acorda.”
“Não posso demorar muito, tenho algumas coisas pra fazer.”
“Tudo bem, não vai demorar.”

“O Ian não está?” Repeti a pergunta.
“Não...” Suspirou. “E não sei se vai voltar.”
“Como assim?” Arqueei a sobrancelha.
“Brigamos ontem e eu não sei se vamos continuar juntos.”
“Vão terminar tudo por causa de uma briga? Uma briga não é o fim de tudo, eu e o Cody brigamos tantas vezes e continuamos juntos.”
“É diferente, Helô.”
“Por que brigaram?”
“Porque encontramos alguns paparazzis no caminho de volta da praia, ele foi andando e eu parei pra dar entrevista. Ele não gostou e disse um monte de coisas, eu também não deixei barato...”
“E onde ele está agora?”
“Em um hotel, não sei.”
“E você não vai atrás do seu marido?”
“Não, já tentei ligar e ele não me atendeu.”
“Posso te dar a real? O Ian, e todos a sua volta, estão percebendo que você está pensando sempre em imagem e fama, isso está te deixando esnobe com as pessoas. Você não era assim e, acredito, que ninguém queria que fosse, por que essa mudança radical agora? Conviver com pessoas que só pensam em fama não é nada legal, eu sei disso porque você não é a única, o Ian deve estar se sentindo como nós estamos lá em casa.” Pausei. “Entende o que eu quis dizer?”

“Entendo... Acha que eu estou diferente?”
“Tenho certeza disso. A Nina que chegou aqui em L.A. não tinha esse nariz empinado.”
“Mas eu não percebi essa mudança, apenas... foi.”
“E você tem que mudar isso.”
“Como?”

“Começa pedindo desculpas pro Ian, depois você vai ajeitando, conversa com ele sobre isso e tenta pedir a compreensão dele, ok?”
“Ok...”
“Vai fazer isso?”
“Eu vou tentar.”
“Vou estar aqui pra te ajudar, sabe disso, mas eu vou deixar você tentar, em três dias eu volto e quero seu marido aqui dentro.”
“Me empresta seu celular pra eu falar com ele?”
~ POV Cody Simpson ~

[...] "Se arruma em 5 minutos."
"Pra quê, Matt? Entrevista, show, algo do tipo?"
"Não, você vai saber, vai logo estarei no carro." Foi em direção à porta.
"Pra quê, Matt?" Repeti a pergunta.
"Só se arruma."
Rolei os olhos mas fui fazer o que ele tinha pedido, tudo bem que não demorou 5 minutos, mas... Fui pro carro e tentei saber novamente pra onde estávamos indo. O caminho foi bem longo e ele estacionou em frente ao que parecia ser uma boate. 
“Uma boate, Matt? Tenho uma namorada ciumenta, sabia?”
"Eu sei, mas entra aí."
"Puta que pariu, se a Ísa me matar a culpa é totalmente sua."
Matt destrancou a porta de entrada, achei bem estranho ele estar com a chave.
"Porra, Matt, o que está aprontando?" Disse enquanto ele me empurrava pra dentro.
"Divirta-se!" 
Quando virei pra trás ouvi o barulho da porta se trancando e ele não estava mais lá... Luzes estavam apagadas e apenas uma se acendeu perto do palco, fazendo com que quem estava no palco ficasse como uma "sombra". Cruzei os braços e encostei no balcão, o que estava pra acontecer não sabia, mas sabia que não poderia sair dali, ainda mais sem uma chave... Uma música começou com batida um tanto quanto sensual, as luzes continuavam apagadas mas agora duas vermelhas piscavam rapidamente no palco, a garota estava a frente de uma daquelas barras de poledance e iniciava alguns movimentos. Com apenas um maiô colado sobre seu corpo, suas curvas eram nítidas de onde eu estava, quando pensei que veria seu rosto vi que uma máscara o cobria. Os movimentos de poledance que ela fazia me deixavam meio hipnotizado, nesse momento não conseguia me concentrar em nada além dela. Ela começou a rebolar, ainda de frente para mim, segurou a barra com uma das mãos e girou devagar, parou de costas para mim e foi descendo lentamente rebolando algumas vezes. Ela se virou e foi levantando, empinando sua bunda. Enroscou sua perna na barra, deu um pulo acompanhado de um giro. Meu membro já dava sinais de ereção e eu o massageava por cima da calça, depois de mais alguns movimentos sem a barra, ela desceu do palco, vindo em minha direção. Parou em frente a uma única cadeira e apontou pra ela, meu tesão respondeu prontamente e eu andei até lá, sentando na cadeira em seguida. Ela sentou em meu colo virada de costas e começou a rebolar, apalpei sua bunda e dei um aperto com um pouco de força, passei a língua por seu pescoço e nuca, o que fez com que ela se arrepiasse. Mordi o nódulo de sua orelha e coloquei o cabelo dela pro outro lado pra continuar os beijos pelo pescoço. Apertei seus seios por cima do maiô, fazendo com que ela abafasse um gemido. Em seguida ela se levantou e puxou algo da mesa ao lado. Algemas. Meus braços foram posicionados pra trás e ela fechou as algemas, deixando a chave no mesmo lugar de antes. 
"Acha que vai comandar?"
Ela riu e começou uma dança na minha frente, a música estava em tom ambiente, tornando tudo ainda mais quente. Desabotoando os botões de minha camisa, ela ia deslizando os dedos por meu abdômen conforme descia.
"Acho que terá problemas." Disse me referindo ao fato de que ela não conseguiria passar a camisa pelos braços.
Seus dedos foram pra minha boca como num pedido pra que eu me calasse, desta vez ela sentou de frente pra mim, desceu beijos por meu pescoço e por toda extensão de meu abdômen. Ao chegar no cós da bermuda, ela se livrou sem demoras dela e tocou meu membro, que já estava explodindo, por cima da box, mordi o lábio inferior enquanto apreciava o toque dela.
"Me solta aí, gostosa."
Ela não fez o que eu pedi e nem ao menos deu atenção. Mesmo estando escuro, tive uma ótima visão daquele belo corpo quando ela se livrou do maiô.
"Que delícia de corpo, heim. Ficaria ainda melhor junto do meu." Passei a língua pelos lábios.
Novamente ela apenas riu, quando voltou a se aproximar, tentei beijá-la, mas ela virou o rosto. Abaixei um pouco a cabeça e passei a língua por seus seios, ela gemia baixo e inclinava seu corpo mais em minha direção. 
"Me solta." Disse baixo ao pé de seu ouvido.
Dessa vez ela atendeu meu pedido, pegou as chaves e destrancou as algemas, sacudi as mãos pra que a circulação voltasse e levantei rapidamente. A peguei pela cintura e a conduzi até o fundo do local, pelo pouco que pude ver, havia um sofá. A empurrei pra lá e fui por cima, beijando todo seu corpo, penetrei dois dedos nela, ela estava em uma posição que possibilitava que eu desfrutasse de seus seios enquanto isso, seus gemidos agora estavam mais altos e isso ia me deixando mais louco de prazer. Logo ela virou a situação e se livrou de minha box, deixei apenas que ela batesse uma rapidinha e já tomei controle novamente. Posicionei uma perna na parte de cima do sofá e a outra também aberta, iniciei as estocadas vorazmente, fazendo com que ela gritasse e chegasse na mesma hora a um orgasmo, mantive o ritmo rápido. Apertava a bunda dela pra ter um certo apoio, ela teve um outro orgasmo antes de eu chegar ao meu ápice, tirei meu membro de dentro dela e o gozo se espalhou por sua barriga toda. 
"Que tal reanimar meu amiguinho?" Perguntei meio ofegante. "Mas antes, me deixa conhecer o rosto que me trouxe enorme prazer?"
Ela tateou a parede ao sentar e acabou acendendo as luzes. O nó da máscara foi desatado por ela e a mesma caiu no sofá.
"E ai, Simpson."
Acho que minha cor nesse momento havia sumido por completo.
"Ísa?!" Gaguejei e minha voz quase sumiu, me fazendo ter que limpar a garganta. "Que surpresa, meu amor."
"Gostou?" Passou as costas da mãos pelo rosto. "Você ficou praticamente excitado por outra! E se não fosse eu aqui? Estaria transando com outra?"
"Cla-claro que não, eu sabia que era você."

"Também achei que soubesse, mas não sabe! Não conhece nem a droga do meu corpo!"

"Amor, não é assim."

"Claro que é, praticamente me traiu!"
"Com você mesma?"
"Podia ser qualquer puta de máscara." Deu um soco no meu peito e levantou.
"Para de ser maluca! Isso era um teste de fidelidade?" Coloquei minha box.
"Não, era apenas uma surpresa que eu estava preparando há bastante tempo, mas pelo visto foi um teste." Foi em direção ao banheiro e bateu a porta.
Acabei de me vestir e sentei numa cadeira com a cabeça nas mãos, pensando no que eu tinha feito. Mas como saberia que era ela? Tudo bem foi uma espécie de traição... Liguei pro Matt e pedi pra que viesse nos buscar. Ao sair do banheiro, já trocada, Ísa nem olhou pra minha cara e sentou do outro lado.
"Matt vai vir nos buscar."  
"Eu sei, acabei de ligar." Ela disse seca.
"Ísa, me perdoa..." Me aproximei de onde ela estava. "Eu te amo, você sabe disso."
"O problema é que você nunca consegue ser fiel, sempre desliza e eu estou cansando disso!"
"Veja pelo lado bom, foi com você."
"Para de ser cara de pau, poderia não ser eu."
"Porque você tem que ser tão perfeitinha? Aceita como uma diversão diferente."
"Não consigo ser uma ogra como você."
"Não seja infantil."
"Apenas tenho sentimentos, Cody, e se fosse com você? Se coloca no meu lugar."
"Para de tentar ser perfeita."
"Eu não sou e nem nunca vou ser, estou bem longe disso, mas pelo menos eu sei quando erro e tento não falhar com quem eu amo." Os olhos dela traziam lágrimas para seu rosto.
"Não... Não chora." Sequei as lágrimas dela.
"Não me toca." Balançou a cabeça.
Respeitei o pedido dela e voltei pro meu canto. Assim ficamos esperando Matt chegar.
"Se divertiram?" Matt perguntou ao entrarmos no carro.
Nenhum dos dois respondeu, ele disse um "vish" e fomos de cara fechada até em casa. 
[...] No final do segundo dia sem falar comigo, ela estava na rua e quando chegou abriu correndo a porta do meu quarto.
"Resolveu falar comigo?"
"Cody, a Rebecca e o carro..." Disse se embaralhando toda com as palavras.
"Vai com calma e me conta." Sentei na cama.
"Estava atravessando aqui tranquilamente quando um carro quase me matou."
"E onde a Rebecca entra?" Perguntei temendo a resposta dela.
"Ela estava aqui na rua bem na hora, tipo como se esperasse, sabe? Estou com medo."
"Fica tranquila que nada vai acontecer, eu estou com você." Passei os braços envolta dela.
"E se ela vier aqui e fizer algo?"
"Não vai fazer porque eu não vou deixar ela encostar nem um dedo em você, te prometo."
"Não prometa o que não pode cumprir." Pausou. "E eu ainda estou brava, me solta."
"Para com isso, já te pedi desculpa..."
"E eu não aceitei."
"Nada impede de aceitar agora." Dei dois beijos na bochecha dela. "Desculpa, vai."
"Não."
Quando comecei a fazer cócegas nela, Tom gritou do lado de fora que tinha visita, Ísa gelou e me olhou.
"É ela, tenho certeza."
"Não deve ser." Disse.
"Com certeza é."
"Então fica aqui que eu vou lá ver."
"De jeito nenhum, eu também vou."
"Não, fica."
"Ela pode entrar aqui com uma faca e me assassinar."
"Não viaja, pequena." Ri. "Se quiser vir, pode vir."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Desci com ele pra sala, como eu previa, ela estava lá... Nojenta, loira e cínica como sempre. 
"Oi, Cody."
"O que você quer na minha casa, Rebecca?"
"Vim falar com você, saudades."
"Já falou, tchau."
"Nossa, gatinho. Venho aqui de boa pra falar contigo."
"Qual parte do tchau não entendeu? Só quero ficar de boa com a minha mina aqui em casa."
"Que romântico, meu Deus."
"Sai daqui."
"E a tua namorada? Perdeu a língua depois que foi quase atropelada?"
"Não, ela está muito bem, apenas não perde tempo com pessoas insignificantes."
"Não sou tão insignificante, se fosse você já teria me esquecido."
"Já tinha esquecido, pra que foi aparecer? Porque você não some?"
"Porque eu quero te ter, ué."
"Sai da minha casa antes que eu mande os seguranças te tirarem daqui."
"Que maldade."
"Vaza."
"Quer que eu chame os seguranças?"
"Se ela não sair em um minuto, pode chamar, Ísa."
"Não precisa não, vou embora." Foi em direção a porta mas virou novamente. "Mas eu volto mais rápido do que possam imaginar." Destrancou a porta e a bateu.
"Está vendo, Cody?"
"Ela só fala."
"Quem garante?"
"Não sei, veremos."
"Estou com medo disso tudo."
"Não precisa ficar, já disse que estou com você." Me abraçou de lado e beijou minha testa.
"Promete que vai estar sempre?"
"Prometo, até quando não puder mais."
"Está falando só pra eu te desculpar?"
"Em partes, mas é verdade eu te prometo, pequena." Pausou. "Me desculpa?"
"Desculpo." Dei ombros.
"Isso não me convenceu."
"Desculpo fofinho, amor da minha vida."
"Agora soou falso."
"Então vai pra puta que pariu."
"Brincadeira, amor."
"Está muito brincalhão pro meu gosto, viu."
"Vem me dar um beijo, estou com saudades."
Dei três selinhos nele e ele me puxou pra um beijo.
"Parece que o amor voltou a reinar por aqui." Tia Angie riu.
"Vamos ver por quanto tempo, tia." Disse rindo.
"Idiota." Cody me apertou de costas contra ele, tirando minhas pernas do chão.
"Idiota é você, narigudo." Disse depois de ele me soltar e saí correndo pro lado de fora.
Ele correu atrás de mim, dava uns olés nele até ele me agarrar pela cintura, nos fazendo cair.
"Quem é narigudo mesmo?"
"O ser presente em cima de mim."
"Ah é?"
"É, mas..."
"Mas...?"
"Mas é meu narigudo e eu até gosto." Apertei o nariz dele.
"Que fofinha, não?"
"Claro, sou até mais."
"Metida."
"Disse o rei do espelho."
"Isso não é verdade."

“É claro que é, quem fica no espelho o dia todo?”
“Ninguém.”
“Errado, você. Em qualquer reflexo que possa ver seu cabelo fica se arrumando.” Dei língua pra ele.
“Ah, cala a boca, Ísa.”

“Vem calar.”
“Não estou a fim.”

“Então sai de cima de mim, emburradinho.”
“Também não estou a fim.”
“AH CODY!” Bati no peito dele. “Está me esmagando.”
“Além de tudo eu sou gordo, quanto amor.”

“SAI DE CIMA!” Ri.
“Para de gritar, escandalosa.”
“Eu estou com frio, quero ir pra dentro.”
Ele me deu língua, levantou e me esticou a mão pra que levantasse também. Ficamos na sala até o jantar sair e depois fomos cada um pro seu quarto, mas no meio da noite resolvi ir pro dele. Bati na porta, ninguém respondeu, então entrei.
“Amor?” Chamei baixo perto da cama.
“Hm?”
“Posso ficar aqui?”
Ele sentou na cama e coçou os olhos. “Não, vai lá pro seu quarto.”
“Está chato lá sem você.” Deitei ao lado dele. “Vou ficar, ok? Boa noite.”
“Boa noite.” Ele deitou novamente.
Deitei a cabeça no braço dele e ele passou os braços por mim, de modo com que ficássemos totalmente entrelaçados.
~ POV Cody Simpson ~
Logo que acordei de manhã, meu celular já tinha mensagens restritas e isso me incomodava cada vez mais, as mesmas ameaças da outra vez eram repetidas... Passei as mãos pelo rosto, guardei o celular na gaveta e fui pro banho pra tentar esquecer ou pensar em uma solução, se é que existia uma...
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E ai meninas, o que acham que vai acontecer no próximo capítulo? Posso adiantar que vai ser um baque ahahahahaha, não deixem de comentar, como eu já disse, é muito importante pra mim! (international reader, I hope you're enjoying it, even with the shit translation) COMENTEEEEEEM! xoxo <3