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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Capítulo 48 - "Essa é sua decisão final?"


Pensei por mais um tempo e finalmente disse: "Não, Rebecca, não vou me afastar dela."

"Essa é sua decisão final?"
"Não vou deixar ela sozinha, prefiro estar com ela e não vai ser você que vai separar."
"Assinando o fim da vida dela? Bom. Me aguarde."
Queria arrebentar a Rebecca, mas ao levantar a mão e a parar no ar, ela a segurou.
"Vai me bater? Está se saindo um verdadeiro malcriado, estou começando a duvidar da educação que seus pais te deram." 
"Não fala dos meus pais." Disse por entre os dentes enquanto a segurava pelo braço.
"Aperta mais, deixa sua marca."
A soltei bruscamente, fazendo com que ela batesse contra a parede. "Eu vou te dar um único aviso, antes de fazer qualquer coisa com a minha namorada, vai ter que passar por cima de mim ou eu te mato."
"Nossa, que medo."
"É melhor ter."
Sentei nas escadas do ônibus com a cabeça nas mãos, logo Ísa sentou ao meu lado, entrelaçou os braços envolta de mim, de modo em que sua cabeça se encaixasse no meu ombro. Ficamos em completo silêncio e em certo momento eu a abracei forte.
"Você está estranho." Disse depois de nos soltarmos.
"Bobagem sua, amor."
"Não." Balançou a cabeça. "Eu te conheço."
"Esquece isso." Passei meu braço pelo ombro dela e beijei sua testa. "Eu amo você, amo demais. Sabe que eu faria de tudo por você, não é?"
"Ih... Onde está querendo chegar com isso?"
"Lugar nenhum, só estou falando." Forcei um sorriso.
"Ninguém fala por falar, me diz agora o que está acontecendo. Não confia em mim, é isso?"
"Não seja boba, claro que eu confio, se estivesse acontecendo algo eu diria."
"Algo me diz pra não acreditar no que está me dizendo."
"Ísa, por favor..."
"Vocês são o casal mais lindo." Alli disse com voz fofa.
"Fala pro seu irmão me dizer o que está acontecendo, Alli."
"Não está acontecendo nada, amor, já te disse."
"Eu não acredito nisso."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Quando Rebecca saiu do ônibus, Cody ficou mais branco do que o normal, isso estava estranho, ele me abraçou forte de lado. A fuzilei até de que desaparecesse do meu campo de visão, sugeri que saíssemos com o ônibus, a deixando pra trás, mas não me ouviram. Ela falava no celular baixo e estava estranha, o que fez com que eu estranhasse ainda mais. Subi as escadas batendo os pés e Cody me seguiu.
"Vai contar meus passos agora?"
"Não fica assim comigo." Beijou seu rosto. "Vai..."
Acabei sorrindo e virei pra ele. "Ok, Cody, mas não gosto que me esconda as coisas, poxa."
"Não estou escondendo nada." Sentou no sofá e me puxou pro seu colo.
"É por causa da Rebecca?"
"Nã-não."
"Gaguejou..."
"Para com isso."
"Me diz o que é, Cody!"
A equipe entrou, fazendo com que o Cody não me falasse nada mesmo... 
~ POV Jake Thrupp ~
Quando levantei, não tinha barulho nenhum barulho em casa, mas Nick não estava mais dormindo. Deitei no sofá e passei os canais até achar um jogo de baseball passando ao vivo. Assisti até Nick e minha mãe chegarem e me chamarem pra ajudar a guardar as coisas.
"Perdi o jogo." Disse ao acabar.
"E ganhou experiência com as compras."
"A Nick vai fazer isso quando nos casarmos, não preciso saber." Abracei ela por trás.
Ela ficou sem reação, mas com um sorriso enorme. 
"Amor?" Fiz com que despertasse do transe.
"Oi?" Ela disse sorridente.
"Amo você."
"Também amo você."
"Vamos ajudando, casal." Minha mãe bateu palmas, rindo.
Acabamos ajudando no café, depois dele, passamos o dia na praia com minha família. Acabamos ficando só nós dois lá. 
Passei meu braço por seu ombro. "Está gostando daqui ou preferia que estivéssemos com o pessoal na turnê?"
"Que pergunta, estou adorando ficar aqui com você."
Sorri. "O que quer fazer?"
"Hm..." Fez uma cara pensativa. "O que você quiser fazer."
"Vamos correr?"
"Correr?"
"Sim, pela beirada, o vento no rosto, pés molhados, mãos dadas... Vai ser legal." Levantei e estiquei a mão pra ela, que levantou.
"Me leva um pouco?"
Com ela nas minhas costas, comecei a correr pela beirada da água, riamos feito dois loucos. Depois, apostamos uma corrida até uma árvore distante, em certo ponto, ela desequilibrou e me levou junto, fazendo com que eu ficasse por cima. Nossos olhares estavam fixos e sorrisos bobos estampavam nossos rostos. Tirei uma mecha de cabelo do rosto dela, colocando atrás da orelha, nos beijamos.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Havíamos passado boa parte da tarde procurando um equipamento de fotografia que eu gostasse e que o Cody concordasse em levar. 17h00 estávamos no local do show e lá tinha uma academia, na verdade uma sala com alguns poucos aparelhos. Ficamos por lá algum tempo, Cody foi pro banho assim que entramos no camarim. 
"Vamos pro shopping, amiga?"
"Ok, vamos."
"Posso ir?" Flo perguntou.
"Claro, Flo."
"Aonde vocês vão?" Cody perguntou ao sair do banheiro.
"Pro shopping."
"Não vão assistir meu show?" Me abraçou por trás.
"Se quiser, eu fico."
"Não." Balançou a cabeça. "Estou brincando, podem ir." Riu.
"Não vai ficar chateado?"
"Claro que não, amor."
"Chega de melodramatismo, vamos Helô." Alli riu e me puxou pela mão.
"Ei, ei, espera aí." Cody me puxou pro lado oposto.
"Boa sorte." Coloquei o rosto dele entre as mãos e o beijei. "Amo você." Disse baixo, quase num sussurro.
"Amo você." Um leve sorriso tomou conta de seus lábios.
"Pense em mim enquanto cantar." Disse em tom de brincadeira.
"Vou pensar, sabe disso." Me deu um outro selinho.
"VAMOS, HELOÍSA!" 
"Vai antes que ela anuncie pra todos que vão sair." Riu.
"Até mais tarde, Cody."
"Até." Acenou.
"Boa sorte!" Alli e Flo disseram antes de sairmos.
Pegamos um taxi até o shopping mais próximo, estávamos lá em pouco tempo. Muitas garotas, provavelmente fãs do Cody, nos cercaram em certo ponto do shopping, tínhamos saído sem seguranças e os do shopping tentaram afastá-las.
"Helô, são verdadeiros ou rumores?"
"Que rumores?"
"Que o Cody te deixou com esses hematoma depois de uma briga." Apontou pro meu braço.
"De onde tiraram isso?"
Um dos seguranças afastou a garota que estava procurando algo no celular e Alli me puxou, sem deixar que pudesse saber do que ela e as outras estavam falando. Procuramos um fast-food fora do shopping pra comermos, fiquei com pensamento distante até me lembrar de que eu estava com meu Iphone. Rolei pela timeline enquanto Flo esperava os lanches. Vi tweets como "Isso não deve passar de rumor" "Cody não bateria nela" até achar um link de uma reportagem de uma revista teen. 
"O que tanto vê ai?" Alli perguntou.
"Eu já vou saber."
Abri a reportagem que já começava com o título 'Onde está nosso Gentlemen?', em seguida vinha o texto: "Cody Simpson e Heloísa Dobrev passando por complicações delicadas, será? Uma fonte próxima do casal afirma que os dois andam em pé de guerra. "Na frente das câmeras os dois são completamente diferentes, durante as brigas, rola até tapas da parte dele.". O casal hiper fofo estaria agora passando por isso? A fonte, que prefere não ser identificada, nos mandou essas fotos onde se vê uma possível agressão e até a marca no braço de Heloísa. Cody estaria mesmo agredindo a gata? É esperar pra ver e torcer pra ser boato."
"Isso é coisa da Rebecca, só pode. Ele estava me levantando, não me batendo."
"Eu sei, ele faz isso comigo na academia direto. A Rebecca pegou pesado."
"Cody vai pirar, é a imagem dele."
"Claro que vai... Porque ela tinha que aparecer agora? Odeio o Rebecca, odeio."
"Alli, o que ela fez com a vida do Cody no passado?"
Ela suspirou. "É melhor ele mesmo te contar a história toda."
"Que caras são essas?" Flo colocou a bandeja na mesa e sentou.
Explicamos o que tinha acontecido e comemos até que rápido e já voltamos pro ônibus de taxi. Nem entramos, se eu visse a Rebecca na minha frente, partiria a cara dela em 5 partes. Entramos no camarim e de lá dava pra se ouvir o show, Cody cantava Wish U Were Here, provavelmente já deviam ser as últimas músicas. Disse que seria melhor falar com Matt, Alli e Flo concordaram, corri até o backstage, me esbarrando com algumas pessoas. Matt assistia ao show com concentração e um sorriso no rosto, cutuquei seu ombro.
"Preciso falar com você."
"Urgente?"
"Bastante." Estiquei meu celular, já aberto na reportagem.
Ele leu e me olhou incrédulo no fim.
"Todos nós vimos que ele estava te levantando com aquela cara de como se não te aguentasse. Cody faz isso com a Alli." Balançou a cabeça. "Quem fez isso?"
"Tem alguma dúvida de que foi a Rebecca?"
"Essa garota, puta que pariu."
"Pensei em falar com o Jus e ver o que ele pode fazer, o que acha?"
"Boa ideia."
Não foi uma tarefa fácil encontrar ele pelo local imenso e cheio de corredores, mas consegui. Ele disse que iria fazer o possível e o impossível pra conseguir algo pro dia seguinte, já que não teríamos show por dois dias, e já foi pro camarim em busca de seu notebook. Voltei pro backstage e vi os últimos minutos do show. Cody veio em busca de sua água, depois de alguns goles fez um toque com Matt e me abraçou, me suspendendo centímetros do chão.
"Achei que viriam mais tarde."
"Contra-tempo..."
"Preciso falar com você."
"Depois do meu banho, Matt, preciso relaxar."
Fomos pro camarim. Ele entrou num banheiro e eu entrei no que estava vago, a maioria do pessoal já tinha tomado banho e já estava no ônibus. Saí do banho antes dele e sentei no sofá que tinha ali. Ele beijou meu rosto ao sentar do meu lado.
"Sabe o que Matt quer falar comigo?"
"Sei, mô..."
"É algo ruim?"
Suspirei. "É."
Nisso, Matt entrou. "Até que em fim saiu do banho."
"Estava cansando." Deu um leve riso.
"Posso falar agora?" Sentou de frente pra nós.
"Pode."
"Bom, surpreendentemente, o Justin conseguiu em pouco tempo, uma coletiva pra você pela manhã em um estúdio aqui perto."
"Coletiva? O que eu fiz?"
"Segundo a Rebecca, você fez isso." Mostrei o hematoma do meu braço.
"O que? Como? Filha da puta!" Deu um murro no estofado.
"Calma, Cody, isso vai se resolver amanhã."
"Calma é o caralho, essa puta vai se fuder na minha mão." Levantou indo em direção ao corredor em passos rápidos e fortes.
"Ele vai fazer besteira, melhor alcançarmos ele."
Eu e o Matt corremos o mais rápido que deu e pegamos Cody pelos braços.
"De cabeça quente você não vai fazer nada, Cody. Só pode piorar a situação."
"Acho que já está bem ruim."
"Amor, calma, por favor."
"Não tem calma, Ísa, tem noção do que ela fez? Eu seria incapaz de te bater, sabe disso."
"Sei, claro que sei, e suas fãs vão acreditar em você."
"Eu quero aquela garota fora do MEU ônibus já!"
"Ela não pode descer onde não conhece."
"Faço questão de colocá-la num avião e pagar a passagem."
"Não é tão simples, precisa de passaporte e o tempo de espera de liberação demoraria ainda mais."
"Tem que ter um jeito, ela vai acabar com a nossa vida."
"Vou falar com o tio dela pela manhã."
Caio passou por nós, indo em direção ao camarim, e Cody o barrou.
"Tem dedo seu nisso, não tem?"
"Do que está falando, cara?"
"Da reportagem que sua prima mandou pra imprensa."
"Eu e minha prima não temos nada a ver, nem nos falamos."
"Não se faz de idiota, seu trouxa."
"Para, Cody, o Caio não tem nada a ver."
"Para de defender, é a minha imagem, você é a vítima da história da Rebecca."
"Não desconta em mim!"
Ele passou as mãos pelo rosto. "Desculpa."
"Deixa o Caio em paz, ok? Ele não tem nada a ver com tudo isso."
"Obrigado, Helô." Ele deu um leve riso. "Licença." Continuou o caminho pra onde estava indo.
"Ama ir contra mim."
"Você estava errado."
"Ei, ei, chega. Não queremos brigas de verdade."
Fitamos o chão e nos olhamos ao mesmo tempo, Cody me puxou pra um abraço apertado e beijou minha cabeça. Fomos abraçados pro ônibus. Matt entrou antes, Cody me encostou na lateral do ônibus, me encurralando com os braços. Abri um sorriso pelo jeito como ele me olhava, seus olhos brilhavam, e por esse tempo me esqueci completamente de tudo. Nos aproximamos e um beijo teve início, um de seus polegares acariciava minha bochecha e eu adorava isso, fomos parando o beijo com selinhos em meio aos sorrisos.
"Não vamos deixar que nada e nem ninguém nos separe." Ele disse com os lábios ainda próximos dos meus.
~ POV Alli Simpson ~
O pessoal já estava todo em suas camas, só restando eu e Josh na sala, nos olhávamos de canto e riamos baixo, até que ele se aproximou.
"Saudades do seu beijo."
"Aqui não é seguro, Josh."
"E onde é?"
"Lugar nenhum, mas talvez lá fora seja melhor."
"Quando vamos contar?"
"Eu não sei." Dei ombros.
"Que tal agora?"
"Não." Ri. "Vamos pra lá logo antes que alguém venha."
Fomos pra fora do ônibus já bem próximos e nos beijamos pouco pra lá da porta, só paramos ao ouvir alguém coçar a garganta, gelei. Quando olhamos, Cody e Helô estavam abraçados e rindo, com toda a certeza, eu estava extremante corada.
"Somos só amigos, nada mais." Helô disse me imitando.
"Agora não tem como vocês negarem."
"Ok, ok, estamos juntos." Revirei os olhos, rindo.
"Sabia disso faz tempo."
"Fomos discretos, vai." Josh disse enquanto passava um dos braços por minha cintura.
Helô e Cody se olharam. "Não." 
"Como vocês são legais." Disse. "Mas, mudando de assunto, e a matéria da Rebecca?"
"Vamos resolver isso amanhã."      

“Vão arrumar um jeito de fazer com que ela vá embora?”
“Matt disse que vai falar com o tio dela, espero que algo se resolva.”

“Eu também, não aguento mais essa garota.”
"Não vai conseguir tão cedo, querida." Rebecca disse descendo do ônibus.

"Quem você pensa que é, sua puta?" Cody disse num tom exaltado indo pra cima dela, mas Josh parou na frente.
"Cody, não faz nada."
"Cody Simpson se mostra um verdadeiro agressor, batendo em pobre e indefesa modelo." Ela disse abrindo as mãos no ar, como um outdoor.
"Para, Rebecca! Deixa meu irmão em paz."
"Hm..." Fez uma cara pensativa. "Acho que não."
Cody torcia os lábios, seus olhos tinham ódio e eu via isso, Helô o puxou pra dentro do ônibus.
"Se toca, garota, não vai conseguir nada dele!"
"Ah, vou."
Rebecca se distanciou alguns passos de nós, olhei cúmplice pro Josh, que me entendeu muito bem. Contei três baixo e corremos pro ônibus, ele segurou a porta enquanto eu  buscava a chave. Trancamos e nos jogamos no sofá, rindo alto, batemos as mãos e demos um selinho.
"Ops, alguém trancou a porta." Guardei as chaves no meu bolso.
"Bom trabalho, ela vai ficar no relento e aquele pijama não vai aquecê-la."
Rimos novamente.
"De que riem tanto?" Helô perguntou de sua cama.
"3... 2... 1."
Ela começou a esmurrar a porta pedindo pra abrirem.
"Amo vocês." Mandou beijo pra nós.
"Que gritaria é essa?" Matt perguntou vindo do corredor com a maior cara de sono.
"Alguma fã histérica tentando entrar." Josh deu ombros.
"Melhor mandar o segurança lá."
"Não!" Nós três dissemos num pulo.
"Vai que ela veio com mais gente e alguém consegue entrar?"
"Está certa, Alli." Fechou a porta que separava a cabine do restante do ônibus, o barulho se abafou. "Então boa noite."
"Boa noite, Matt."
Matt foi pra sua cama e apagou a luz do quarto. Cody foi pra cama da Helô, os dois gritaram "boa noite" e fecharam a cortina. Eu e Josh ficamos mais um tempo na sala namorando e fomos deitar. 
~ POV Cody Simpson ~
De manhã, Matt nos sacudiu pra que acordássemos, dizendo já estar quase na hora da coletiva. Levantamos ainda "dormindo", nos trocamos, tomamos café correndo e descemos. Antes do ônibus sair, abriram a porta e Rebecca entrou batendo os pés, indo em direção à Alli.
"Você vai me pagar."
"Está linda com os cabelos desse jeito, devia fotografar assim um dia desses." Alli riu.
"Nossa, que engraçada você, Alli." Saiu batendo os pés.
Demoramos alguns minutos pra chegarmos no estúdio de tv, uma imensa fila de carros estava na rua. Peguei na mão da Ísa e entramos com a barragem dos seguranças, já que estávamos cercados por paparazzis. O estúdio já estava cheio de jornalistas esperando por nós, colocaram dois copos de água na mesa, Matt, Jeff e Justin ficaram parados ao lado de nós. 
"Podemos começar?" Um jornalista perguntou.
"Claro." Disse me sentando.
Posicionaram as câmeras e vieram ligar os microfones presos em suportes em cima da enorme mesa, Ísa entrelaçou a mão na minha por cima de seu colo.
"Calma." Ri de leve.
"Então, Cody, porquê bateu nela?"
"Não bati nela, isso foi um enorme mal entendido." 
"Mal entendido?"
"Sim, estávamos na academia."
"E resolveu bater na sua namorada?"
Respirei fundo. "Eu levantei ela, como faço com a minha irmã."
"E como explica os hematomas nos braços dela?"
"Eu briguei com uma garota, a mesma que mandou essa calúnia pra imprensa."
"Não está dizendo isso por medo de ele repetir o ato?"
"Claro que não, não tem o porquê de eu ter medo do meu namorado,ele nunca me bateria e eu tenho plena certeza disso. Podem perguntar pra quem estava na academia o que aconteceu lá." Pausou. "Matt, Jeff e Justin mesmo estavam lá, se quiserem perguntem."
Os três contaram exatamente o que aconteceu, dando mais credibilidade pros jornalistas. Já estava nervoso com a situação e queria sair o mais rápido possível dali. Mais algumas perguntas foram feitas e eles enfim acreditaram no que dissemos. Saímos de lá, mas não fomos pro ônibus, Ísa pediu pra que eles chamassem Alli e Josh pra irem conosco até um Starbucks numa rua próxima daqui, depois do almoço já iríamos pra outra cidade, onde seria o próximo show. 
"Dá meu frappuccino, Cody." Tentou pegar da minha mão, que estava alta e ela não alcançava.
"Um beijo e eu te dou."
Ela me beijou seguindo com uma sequência de selinhos, Alli e Josh riram, entreguei o frappuccino dela e fomos pra uma mesa. Alli bateu uma foto dos quatro copos e a postou no Instagram com a legenda: "tempo relax | @joshwinno @codysimpson @helo_dobrev". Conversamos bastante e ficamos de bobeira por um tempo, voltamos abraçados em casais pro ônibus, mas Alli e Josh se soltaram antes de entrarem. 
"Boas notícias, Cody, seus patrocinadores conseguiram vaga pra passarmos o dia e a noite num hotel na cidade pra onde estamos indo."
"Até que em fim." Ri.

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Eae meninas, bom, desculpem a demora, sei que demorei demais mas a escola tá foda... Cheia de trabalhos, lições etc e logo teremos provão, então me entendem, não é? Espero que tenham gostado do capítulo, não é um dos melhores, mas eu estava sem ideias... Ah, por favor, não parem de comentar, deixem um comentário sempre que der, é MUITO importante pra mim saber a opinião de vocês, podem dar sugestões também, mas não deixem de comentar por favor... É isso, continuo com mais de 10 comentários (: xx

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Capítulo 47 - Ameaça.


~ POV Monique Stirling ~
Quando descemos do avião, o sol já estava fortemente reluzindo no céu, longas horas... Ficamos sentados na frente do aeroporto até às 10h, o pai dele veio nos buscar. Ele foi super gentil comigo durante o caminho e eu mal esperava pra conhecer o restante da família Thrupp. Fui vidrada na janela do carro o caminho todo, Gold Coast era linda, paramos em uma casa que era praticamente de frente pra praia. Uma mulher e duas crianças estavam no quintal em frente da casa. Jake foi correndo abraçá-los.
“Está gostando de Gold Coast?” O pai dele perguntou.
“Estou amando, é tudo muito lindo.”
“Amor, vem cá.” Jake me chamou.
Fui até lá e ele me apresentou pra mãe e pros irmãos, Poppy e Kippy, a mãe dele já me arrastou pra conhecer a casa. Ela era totalmente divertida, me mostrou cada canto, as fotografias, tudo. Jake estava na sala com os irmãos e riu da cena quando descemos.
“Mãe, deixa ela descansar, a viagem foi cansativa.”
“Tudo bem, amor, não estou cansada.”
“Vem aqui.” A irmã dele, que estava em seu colo, me chamou com um sorriso lindo e inocente estampando seu rosto.
Sentei ao lado do Jake, Poppy contou tudo sobre ela, idade, onde estudava, como era a escola, sobre seus brinquedos, sobre os irmãos, a família, ela era uma fofa e não parava de falar por um só segundo. Kippy era mais quieto, mas consegui puxar assunto com ele também, depois que começou, falou até demais, mas eu gostava disso. Olhei pro Jake e ele sorriu pra mim, era o que eu precisava.
~ POV Heloísa Dobrev ~
“Estamos saindo, povo.” Cody disse me puxando.
Os outros da equipe levantaram também.
“Aonde pensam que vão?”
“Vamos com vocês.”
“Hm, acho que não, é um programa nosso.”
“Hm, programa.” Disseram em tom malicioso.
“Isso mesmo, vamos nessa.” Me puxou pela mão antes que eles pudessem dizer qualquer outra coisa.
Estava frio, então aproveitamos pra colocar roupas que cobrissem parcialmente nossos rostos. Não sabíamos se daria certo esses “disfarces” dariam certo, mas tentamos. Andamos pela avenida principal e dela fomos pra outras, tudo nas ruas de Las Vegas chamava atenção. Postamos várias fotos no Instagram e no twitter. Almoçamos em um dos restaurantes mais famosos, Cody fez questão de ir nele, almoçamos até que cedo. Continuamos a andar pelas movimentadas ruas, pessoas agasalhadas e tomando chocolate quente era o que mais víamos por aqui. Andávamos de mãos dadas e minha cabeça estava encostada nele, várias pessoas nos olhavam, mas poucas nos pararam. Enfim, Cody encontrou o lugar que estava procurando desde que havíamos saído, a fachada era de extremo luxo, passei a imaginar os quartos.

Cada centímetro do quarto era lindo, o mais lindo pra qual ele já tinha me levado, uma cama enorme, um lustre com brilhantes e uma hidro dava pra ser vista no banheiro. Um balde com gelo, champagne e duas taças estava no meio da cama, Cody abriu a garrafa e encheu as duas taças, me entregou uma e brindamos.
"Ao nosso amor?" 
"Ao nosso amor." 
Brindamos e viramos as taças, deixei meu cachecol e a jaqueta no sofá, Cody tirou a touca e a jaqueta e se juntou a mim na cama. Entrelaçamos as mãos e nos juntamos, ele beijou meu rosto.
"Você é linda, muito linda." Sorriu.
"Para." Ri.
"E gostosa também."
Me virei pra ele e o beijei, o deitando na cama. Suas mãos traçaram o caminho até minha bunda, ele dava leves tapas enquanto sugava meus lábios. Cody ficou por cima, meus dedos foram ágeis desabotoando todos os botões de sua camisa, a joguei em qualquer lugar e passei a dar beijos nos locais descobertos, ele voltou a me beijar e suas mãos partiram pra minha blusa, já se livrando dela. Meu pescoço foi devorado por ele, cada pelo do meu corpo se arrepiava com o toque dele e meus olhos se fechavam. Desabotoei a calça dele e ele me ajudou a tirá-la, tirei minha calça também e fiquei de joelhos na ponta da cama, deslizei as mãos por meu próprio corpo, Cody mordeu o lábio. Abri meu sutiã e joguei pra ele enquanto mordia o lábio, ele sorriu, massageei meus próprios seios por segundos, a excitação dele já era notável. Quando ia tirar minha última peça, ele me jogou na cama e a tirou, apertou minhas coxas e beijou a virilha, sua boca foi indo pro lado e finalmente chegou em minha intimidade, com movimentos circulares, sua língua me levava ao delírio, hora ou outra ele sugava meu clitóris. Gemia alto e ele se empolgava mais ainda com isso, cheguei ao meu primeiro orgasmo, ele sorriu satisfeito, subiu os beijos pelo meu corpo e me beijou. Respirei fundo pra me recuperar, tirei a box dele, começando a masturbá-lo com movimentos rápidos, seu membro já estava rígido quando o levei à boca, minha língua passava pela cabecinha e descia até o meio de seu membro, ele gemia e me segurava pelos cabelos, quando já estava perto de gozar, ele me deitou na cama e afastou minhas pernas, de início colocou poucos centímetros dentro de mim, foi penetrando aos poucos até estar por completo em mim. Seus movimentos eram rápido e quando parava eu rebolava, gemíamos juntos e extremamente alto, nossas mãos estavam entrelaçadas no topo da cama. Quando gozamos, sorrimos juntos e nos beijamos, passei meus braços em volta dele e respirávamos ofegantes, tomamos um banho juntos e, com as roupas intimas, deitamos novamente, ficando por um tempo deitados.

“São 15h30, Cody! Vamos.”

“Estamos há 20 minutos do ônibus, relaxa.” Riu.
Ele levantou, colocou meu rosto entre suas mãos e me beijou. Ele também se trocou e em seguida posicionou a câmera do Iphone de modo que pegasse o quarto todo.
“Não vai fazer isso, não é?”
“Vou sim, olha esse quarto.”
“Olha a bagunça da cama.” Ri.
“Melhor ainda.”
Ele bateu a foto e postou, pagou a conta, que foi um absurdo por termos ficado só uma hora dentro daquele quarto, e voltamos de mãos dadas pro ônibus.

“Quase se atrasaram.”
“Sabe como é, Matt.”
Ele riu. “Vou falar pro motorista sair com o ônibus, ok?”
“Como quiser.”
Sentamos no sofá.
“O casal está na área de novo.” Josh disse.
“Acho que temos dois então, não é Alli e Josh?”
“Eu e Josh?”
“Sim, não tentem negar, durmo na cama ao lado da sua e vejo os olhares e sorrisos.”
“Foi só uma noite dormindo do meu lado.” Alli riu.
“Já foi o bastante.”
“Hm, Cody e Helô foram pro motel mais luxuoso daqui.” Andrew veio pra sala com o Iphone em mãos. “Essa cama, não sei não, heim.”
“Os comentários estão bombando.” Justin completou.
“Eu disse pra você não fazer isso.” Bati no ombro do Cody.
“Ai! Não tem nada de mais nisso, Ísa.” Riu.
“É sério, Cody. Agora suas fãs vão ficar falando e falando.”
“Ele gosta de causar.” Alli disse.
Em meia hora estávamos no local do show, Cody colocou a roupa que tinha separado pro M&G , Josh bateu as fotos, já que Matt precisou da minha ajuda com umas coisas. Montei meu equipamento em frente ao palco e Cody me mandou uma sms pedindo pra que eu fosse até o camarim.
“Bege ou preto?” Levantou dois ternos.
“Preto, amo você de preto.”
Ele riu. “Tenho cinquenta minutos livre.” Me puxou pra si.
“E o treino com as músicas?”
“Já faço isso.”
Nos beijamos por algum tempo, até que Alli entrou desesperada e pálida no camarim.
“Viu fantasma?”
“Não, mas a Rebecca vai virar um daqui a pouco.”
“O que ela fez?” Perguntamos juntos.
“Melhor vocês mesmos verem.”
Fomos correndo pelos corredores e saímos no palco, uma rodinha estava em frente a ele, Matt estava longe deles e parecia estar puto com alguma coisa, pois andava de um lado pra outro, e o guitarrista gritava. Me aproximei com Cody, o guitarrista dizia coisas como “você é louca, como eu te trago e você faz isso?”, meu olhar foi pro chão, já que não via nada de mais nos rostos de ninguém. Um nó tampou minha garganta e meu sangue subiu ao ver meu equipamento totalmente estraçalhado no chão. Olhei pra Rebecca com ódio, queria matá-la e era isso o que eu iria fazer.
“PUTA, COMO VOCÊ FAZ ISSO? PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO?”
“EU DISSE QUE VOCÊ IRIA ME PAGAR, GAROTA!”
“ISSO É TRABALHO, NÃO TINHA NADA A VER COM A NOSSA BRIGA.”
“TEM RAZÃO.” Balançou a cabeça. “NOSSA BRIGA É PELO CODY, MAS EU NÃO POSSO TE MATAR E FICAR COM ELE.”
“NÃO PODE ME MATAR PORQUE EU VOU FAZER ISSO COM VOCÊ.”
Acertei um tapa na cara dela e Cody me puxou pelos braços, não sei de onde tirei forças pra me soltar. Rolamos pro chão e eu dava cotoveladas sem ver quem estava tentando me puxar, mas hoje essa garota aprenderia a não se meter comigo.
“VAGABUNDA!” Acertei um soco na barriga dela.
Ela virou a situação, me colocando pra baixo e passou a estapear meu rosto e puxar meus cabelos. Com uma joelhada, ela caiu no chão e eu voltei pra cima, ficamos assim até Jeff conseguir me suspender de cima dela pelos dois braços, me debatia pra tentar me soltar, mas ele era umas mil vezes mais forte do que eu. Olhei pro rosto da Rebecca, ainda sim, queria que ela estivesse pior e aquele rostinho de modelo industrializada fosse destruído, mas já era um bom começo. Levaram ela pra longe de mim e só ai Jeff me soltou. Corri pros braços do Cody, molhando o ombro dele com algumas lágrimas e um pouco de sangue que escorria do meu nariz.
“Calma, pequena, calma.” Acariciou meus cabelos. “Amanhã mesmo vamos ir atrás de outro equipamento pra você.”
“Não é questão disso, Cody.” Funguei. “Ela não podia fazer isso, é meu trabalho, meu equipamento, minhas fotos!”
“Ela foi longe de mais, realmente...”
“Vou matar ela.”
“Não vai matar ninguém, eu vou falar com ela e vai ser agora mesmo.”
“Você não vai fazer nada além de aquecer sua voz.” Matt disse enfurecido. “Leva ela com você.”
Cody assentiu pra não estressá-lo mais ainda e me levou pro camarim, Alli nos seguiu.
“Temos que cuidas do seu rosto.”
“Não precisa, Alli.”
“É óbvio que precisa.”

Pegou a caixa de primeiros-socorros que estava numa estante e sua bolsa. Cody colocou os fones e começou a aquecer a voz, o que nos fazia rir. Alli passou algo no meu rosto e cobriu com base.
“Prontinho.” Sorriu e me virou pro espelho.
“Nada mal.” Ri.
Justin entrou no camarim e pediu pra que o Cody já se trocasse.
“Helô, foi o que restou, acho que já é alguma coisa.” Me entregou o cartão de memória da câmera.
“Obrigada, Justin...”
“Seu rosto está bem melhor.”
“Obra minha.”
“Sabia.” Riu.
“Já vamos pro pré-show?”
“Assim que o Cody sair.”
Ele saiu alguns minutos depois, já estava com os cabelos arrumados e amarrou os sapatos no sofá.
“Pronto.” Pegou os óculos na mesa.
Reunimos a equipe no camarim e fizemos a típica oração pré-show com as mãos juntas.
“Simpson!” Levantamos elas após o grito de guerra.
Ainda tínhamos 15 minutos pra entrarmos.
“Tenho que falar com você.” Josh me puxou, levando pra um canto do camarim. “Meu equipamento está montado pra você.” Sorriu.
“Pra mim? Não, o Matt pediu pra você cobrir, eu faço isso amanhã.”
“Não, Helô, eu sei o quanto você quer cobrir o primeiro show da turnê.” Levantou meu rosto com a ponta dos dedos. “Não aceito ‘não’ como resposta.”
“Quer mesmo que eu cubra?”
“Quero e você também quer, o equipamento é seu por essa noite.”
“Obrigada, Josh.” O abracei forte.
“Você merece fazer isso e o Cody vai gostar de te ver fotografar.”
“Não estou gostando dessa proximidade, Cody diz. Alli concorda com o pensamento.” Flo disse do sofá.
Eu e Josh rimos e voltamos pro sofá, beijei o rosto do Cody.
“Adivinha quem vai cobrir seu show?”
“Sério?” Ele perguntou num pulo.
“Sério, Josh me emprestou a câmera dele.”
Cody me abraçou; “Vai ser ótimo com você lá.” Me deu um selinho.
“7 minutos, Helô e Flo, vamos.” Matt disse indo em direção à porta.
“Boa sorte!” Dei um último selinho nele.
Alli veio comigo e com o Flo, a primeira foto que tirei foi das fãs, elas gritavam loucamente o nome dele. Quando ele entrou, fazendo uma coreografia com os dançarinos, elas foram ao delírio. Tentei captar o máximo, ele sorriu pra mim ao término da última música, disse algumas coisas pras fãs em agradecimento e tudo mais e saiu do palco. Fiquei falando com Alli e Flo por um tempo, um grupo de fãs que estavam pouco mais pra trás se aproximaram com duas enormes sacolas.
“Licença, nós reunimos essas coisas das fãs do nosso país pro Cody. Podem entregar pra ele? É importante pra nós.”
Eu e Alli pegamos as sacolas e elas fotografaram tudo, bateram fotos conosco e pegaram autógrafos. O sorriso irradiante daquelas meninas por estarem ali foi muito especial.
“Esperem!” Disse quando elas viraram as costas. “Se esperarem ele acabar o banho, peço pra ele vir pegar.”
“Faria isso por nós?”
“Claro que sim.” Apoiei a sacola no canto do palco. “Vocês esperam?”
“Mocinhas, pra fora.” Um dos seguranças do local disse.
“Não, elas estão com a gente.” Alli disse.
“Não podem ficar.”
“Qual a diferença delas pra nós? Se elas não podem, nós também não.”
O segurança suspirou. “A responsabilidade é de vocês. Vou fechar a saída principal.” Se afastou.
“Uau! Obrigada.” Elas sorriram.
“Sentem no palco com a gente.” Disse apontando.
Flo, como um bom gentlemen, subiu e nos ajudou.
“Vou falar pro Cody vir pra cá logo depois do banho.”
Alguns minutos depois, ouvi Cody gritar meu nome pelos corredores atrás do palco.
“Aqui no palco, Cody.”
Ele apareceu e ficou sem graça ao ver as cinco meninas, mas por trás do sorriso tímido, ele estava feliz e eu via isso nos olhos dele. Elas quase morreram por estarem com ele, ele fez questão de ver todos os presentes, menos o bolo de cartas, elas tiraram fotos com ele, fotografaram ele abrindo os presentes e pegaram vários autógrafos. Esse tempo devia ter sido muito bom pra ele, em meio à isso, fiquei sabendo de que antes elas não gostavam de mim por eu namorar o Cody, mas disseram que o que eu tinha feito por elas não tinha preço, foi muito bom ter ouvido isso delas. Elas saíram com sorrisos de orelha a orelha. Cody abraçou eu e a Alli de uma só vez.
“Ísa, Alli, obrigado pelo momento incrível.”
“Elas mereciam, Cody.” Alli disse sorrindo.
“Cara, os presentes são lindos, mas o sorriso delas foi melhor ainda.”
“Elas ficaram muito felizes.”
Todos da equipe tomaram os banho e se trocaram, Justin pediu comida em um restaurante naquela rua e comemos no camarim mesmo, quando voltamos pro ônibus, desejava nem ver a cara da Rebecca. Cody deitou comigo na minha cama, deitou de modo em que pra que eu olhasse pra ele, não visse o corredor. Com ele acariciando meus cabelos e me enchendo de beijos, eu acabei dormindo.
~ POV Cody Simpson ~
Acordei no meio da noite quase caindo da cama da Ísa, resolvi beber água antes de ir pra minha, ao pegar meu copo, uma sombra vinha do corredor. O rosto de Rebecca se iluminou parcialmente, mas ela tinha um sorriso cínico nos lábios e ficou me encarando enquanto eu virava o copo, ia passar por ela sem dizer nada, mas ela me barrou.
“Não me viu?”
“Pior que vi.”
“Não vai me atacar ou algo do tipo?”
“Atacar só se for pra te matar.”
“Eu avisei sua namoradinha pra não se meter comigo.”
“Não se mete com ela ou você vai se acertar comigo, eu estalo os dedos e você some do mapa em dois tempos.”

“Não teria coragem.”
“Se fizer algum mal pra ela, eu arrumo coragem de onde não tem.”
“Então vamos combinar uma coisa? Vai depender de você.”
“De mim? Só pode estar brincando.” Ri sarcasticamente.
“Não estou brincando, falo muito sério. Quer proteger ela? Então se afasta.”
“Não vou me afastar da garota que eu amo.” Disse num tom exaltado.
“Baixa o tom.”
“Vadia.”
“Cadê o respeito que a Angie te deu?”
“Ele não é aplicado com pessoas como você.”
“Nossa, mas não fiquei ofendida, você gosta de pessoas como eu.”
“Para de se meter na minha vida! Some daqui.”
“Hm...” Fez uma cara pensativa. “Acho que meu joguinho só está começando.”
“O meu também vai começar agora, mas no meu joguinho, você pode sumir sem deixar vestígios.” Cruzei os braços. “Se afasta da Heloísa, de mim e de todo mundo.”
“Acha que eu tenho medo de você? Se eu sumir, alguém acaba com ela e na sua frente.”
“Você é maluca.”
“Sou, realmente, maluca por você. Não vai se livrar de mim.”
“Ah não? Então vamos ver, Rebecca.”
“Vamos, vamos ver.” Voltou pra sua cama rindo.
Deitei na minha cama, mas não consegui pregar os olhos, então fui pra da Ísa, estando ao lado dela, eu saberia que estava tudo certo com ela. Preguei os olhos por alguns minutos e os pensamentos se tornaram um filme de terror, não podia considerar a hipótese de perdê-la, não assim. Olhei pra ela, que dormia profundamente e desejei que Rebecca não passasse de uma alucinação da minha cabeça. Não sabia se ela realmente teria coragem de fazer algo, mas podia esperar tudo dela... Meus olhos marejaram e senti uma dor forte no coração, Ísa se mexeu então tratei de limpar as lágrimas.
“Ainda aqui?” Ela perguntou baixo.
“Posso ficar?”
“Claro que sim.” Sorriu. “Boa noite.”
“Boa noite.”
Ela já estava fechando os olhos novamente quando eu a chamei.
“Ísa?”
“Hm?”
“Eu te amo.” Meus olhos marejaram novamente.
“Porque está chorando?”
“Não estou.” Cocei os olhos. “É só sono.”
“Me diz o que aconteceu.”
“Saudades de casa.” Menti.
“Certeza?” Arqueou uma sobrancelha.
“Certeza.”
“Ok... Eu também te amo.”

Passei meus braços ao redor dela e assim tentei dormir, em certo ponto da noite, consegui. De manhã, acordei num pulo depois de um pesadelo e Alli e Ísa, que conversavam na cama da Alli, se assustaram.
“Tudo bem, Cody?”
“Tudo...”
“Você está estranho...”
“Já disse, amor, saudades de casa.”
“Você não me engana.”

“Nem a mim.” Alli disse.
“Não é nada, inicio de turnê é assim mesmo...”
Rebecca passou pelo corredor e um frio percorreu minha espinha, mas ela passou direto. Fui tomar café e aproveitei pra perguntar pro Matt quando ela iria embora, ele não tinha uma data certa, mas disse que em duas semanas mais ou menos. Fiquei na cozinha sozinho por algum tempo, todos estavam do lado de fora do ônibus, na parada que o motorista tinha dado em um estacionamento.
“Já pensou no que eu disse?” Rebecca perguntou.
Várias coisas passaram pela minha cabeça, não sabia que decisão tomar e nem se seria a certa. Se eu falasse pra Ísa ou pra alguém seria ainda pior, então tinha que dizer isso agora mesmo ou depois não teria coragem.
~~~~~~~~ 
E ai, qual a decisão do Cody? Rebecca vai fazer algo? Desculpem novamente a demora, mas acho que vocês estão entendendo que está corrido, não é? Posto assim que der, CONTINUO COM MAIS DE 10 COMENTÁRIOS, DEPENDE DE VOCÊS, xx <3


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Capítulo 46 - Intrusa.


A hora passou rápido, logo estávamos em casa novamente, já estava escuro, deviam ser umas 19h30, o caminho foi silencioso. Fui pro meu quarto, tomei um banho e separei a maioria das minhas roupas em cima da cama, as ajeitei nas malas até tio Brad avisar que o jantar estava pronto. Lá também o silêncio reinou, apenas Tom falava sobre o dia com Alice. Quando acabei as malas, fui pro quarto da Alli e a ajudei com o restante das roupas. Antes de dormir, senti falta dele ao meu lado e resolvi ir até o quarto dele, bati na porta duas vezes e ninguém abriu, então entrei. Cody estava com os fones e uma cara nada boa, ao me ver deixou os fones de lado e me fuzilou com o olhar.

"O que você quer?" Perguntou seco.

"Vim te dar boa noite."

"Boa noite, tchau."

"Porque está me expulsando?"
"Quero dormir."
Ergui uma sobrancelha. "Me fala o que aconteceu."
"Sai daqui, Heloísa."
"Não quero."
"Que eu saiba, o quarto é meu, sai logo."
"Não antes de me dizer o que está acontecendo."
Ele passou as mãos pelo rosto. "Pergunta pro seu amiguinho." Disse torcendo os lábios.
"Faz muito tempo que eu não vejo o Dylan, larga de paranóia." Levantei.
"Quem disse que estou falando dele?" Levantou também, ficando a alguns centímetros de mim e me encarando de cima.
"Do que está falando, Cody?"
"Do seu amiguinho."
"Que amiguinho, caralho?"
"O Florent."
Ri do que ele disse e da cara que fez. "O Flo? Sério?"
"Eu não estou brincando." Me olhou sério.
"Nem eu, Flo é meu amigo do mesmo jeito que é seu amigo."
"E o que foi aquela cena na ponta do iate? Estava na cara que ele queria te comer."
"Me comer? Tem noção do que está dizendo? Pra você, todo mundo quer me comer, impressionante."
"E não é assim?"
"Está me chamando de puta de novo?"
"Não, mas que querem te comer, querem."
"O ciúmes te cega, eu e ele estávamos só conversando."
"Muito próximos por sinal."
"Vai pra puta que pariu, não vou discutir com você."
Saí do quarto com passos fortes, mas parei no meio do caminho e acabei rindo. Ciúmes do Flo? Não tínhamos feito nada de mais, só o Cody mesmo... Balancei a cabeça e entrei em meu quarto, antes de empurrar a porta com o pé, senti me puxarem. Cody fechou a porta por trás de si, colou nossos corpos e me beijou.
"Bipolar." Ri.
"Culpa sua."
"Minha?"
"Sua."
"Percebeu que não tem porque ter ciúmes do seu amigo com a sua melhor amiga?" Entrelacei os braços no pescoço dele.
"Sim... Ísa, não dá pra ser só seu amigo, não consigo."
"Pelo menos por um tempo."
"Significa que vou ter outra chance?" Perguntou com os olhinhos brilhando.
"Não sei, Cody."
"Já é um mínimo começo."
"O senhor queria dormir, não era?"
Ele se jogou na minha cama. "Agora quero dormir aqui."
"Não, e se alguém vier aqui antes de você sair?"
"Prometo que saio antes."
Deitei ao lado dele. "Tá... Vamos com o ônibus até a cidade do primeiro show ou de avião?"
"De ônibus, para aqui em frente às 4h30."
"4 horas até irmos."
"Sabe se as meninas dormiram na casa dos meninos?" Me puxou pra perto de si, encostando minha cabeça em seu peito.
"Acho que sim, fica mais perto pra elas."
"Espero que ninguém se atrase."
"Relaxa e dorme, Cody."
"Nossa." Riu. "Boa noite."
"Boa noite." Ri.
Dormimos na mesma posição que estávamos, estar nos braços dele era tão bom, me sentia protegida. O tempo que tínhamos pra dormir se passou muito rápido, acordei com ele me dando vários beijos pelo rosto e pedindo pra que eu acordasse.
"Hm?"
"São quase 4 horas, levanta."
"Já?"
"Já, pode dormir no ônibus." Me deu mais um beijo no rosto.
Sentei na cama e vi que ele já estava trocado e de banho tomado, fui tomar o meu e coloquei a roupa que tinha separado. Ele me ajudou a descer as muitas malas, Alli já estava lá em baixo. Fizemos um lanche rápido e o ônibus já estacionou, nos despedimos do Tommy e do tio Brad e da tia Angie. Na calçada, Justin bateu uma foto de nós e a postou como “E a tour começa aqui #crew”. Matt e Jeff conferiram se todos estavam presentes e fomos guardando as malas, Nick e Jake pegaram as que tinham separado pros dias na Austrália, se despediram de nós e seguiram pro aeroporto com tio Brad, que rinha combinado de levá-los. Vimos ao longe três pessoas correndo com vários malas sendo arrastadas por eles, os olhares foram fixados neles.

“Quem são?” Perguntei baixo pro Matt.
“O novo guitarrista, o filho e a sobrinha, mas os dois vão desembarcar logo.”
“Ah...” Continuei os olhando se aproximar.
Se o Cody estivesse bebendo ou comendo algo com certeza se engasgaria, todos disseram “Rebecca...” num sussurro e alguns olhares se direcionaram pra mim. Já tinha ouvido esse nome antes, mas não conseguia me lembrar direito quem era ela. Ela e o garoto pararam de frente pra nós e o guitarrista veio logo atrás, a garota tinha um sorriso cínico nos lábios. A analisei de cima a baixo, como todos tinham feito, ela usava roupas ousadas e o silicone reinava naquele corpo, mas mesmo assim, os meninos não pararam de olhar.
“Posso?” Perguntei apontando pra porta do ônibus.
Matt assentiu e, assim que entrei, me joguei na primeira cama que encontrei, a mesma que tinha escolhido na turnê anterior. Revirei minha memória tentando me lembrar do nome, todos deviam conhecê-la, mas quem era? Senti uma ponta de ciúmes pelo jeito que Cody olhou pra ela, mas ele podia olhar pra quem quisesse, não éramos nada além de ex-namorados que viraram melhores amigos e que se beijam de vez em quando, ou quase sempre. O garoto que havia chegado com eles entrou no ônibus e pegou uma cama no fim do corredor.
“Oi.” Ele acenou um pouco tímido.
“Oi.” Abri um pequeno sorriso.
“Você é a...?” Perguntou enquanto se aproximava.
“Heloísa e você?”
“Caio.” Deu um sorriso sedutor.
“Vai fazer parte da equipe?” Sentei com as pernas dobradas, ficando de frente pra ele.
“Não, desço em três semanas e minha prima em duas, mais ou menos.”
“Ah... Sua prima conhece o pessoal?”
“Conhece, não sei direito desde quando e nem nada, não nos falamos muito.”
Dei um sorriso sem vontade.
“Porque entrou tão rápido?”
Pensei um pouco antes de responder. “Frio e sono, queria dormir, mas não vou conseguir.”
Todos da equipe tentaram entrar de uma vez só, ficamos nas mesmas camas da outra turnê, então tinha a visão privilegiada do Cody. O companheiro de guitarra do Andrew se apresentou, mas não consegui prestar muita atenção no que ele dizia, já que a tal garota não tirava os olhos do Cody. Pensei em esfregar na cara dela que aquele pedaço de mau caminho já tinha “dona”, mas desisti. Pensei em jogá-la do ônibus, mas...
“Ei, acorda!” Alli estalou os dedos na minha frente, rindo.
“Oi?”
“Perguntei o que foi.”
“Nada, amiga.”
Ela apontou pra cozinha com um meneio de cabeça, eu a segui até lá.
“Quem é essa... garota?” Torci os lábios.
“Rebecca foi a namorada do Cody depois de você, já te contaram sobre ela.”
“Sabia que tinha alguma coisa.”
“É só uma semana ou duas. Acredite, eu odeio ela mais do que você.”
Cody veio pra cozinha, fazendo com que o assunto se encerrasse. Ele sentou na bancada e me puxou pra ficar no meio de suas pernas e de frente pra ele.
“Vou ficar de vela já?”
“Não posso abraçar minha amiga?” Passou os braços pela minha cintura.
Senti um alivio enorme por ele estar aqui e não com aquela morena siliconada.
“Fiquem a vontade.” Rindo, voltou pro quarto.
“Que carinha é essa?” Bateu o dedo indicador na ponta do meu nariz.
“Nada. Balancei a cabeça.
“Não precisa se preocupar com a Rebecca.” Chegou perto do meu ouvido. “Eu amo você.” Sussurrou.
“Sem gracinhas na cozinha.” Matt disse rindo enquanto pegava um copo e enchia de água.
“Só estamos conversando.”

“Sei.”

“Shiu, Matt.” Ri.
“Estou atrapalhando, não é?” Balançou a cabeça e voltou pro quarto.
“Você pode ficar com quem quiser, até com ela.” Fiz uma careta.
“Você é muito cabeça dura, sabia?”
“Sabia, você é mais do que eu.”
“Para de mentir.”
Estávamos bem próximos quando Rebecca também veio pra cozinha.
“Vejo que já está namorando.”
“Não está, mas poderia.” Sorri cínica, ficando de frente pra ela e pousando as mãos dele na minha cintura novamente.
“Ninguém vai me superar, querida, a primeira vez a gente nunca esquece.”
“Do jeito que ele é galinha já deve ter esquecido faz tempo.” Disse sem lembrar de que ele estava atrás de mim.
“Ei! Eu estou aqui.” Arqueou uma sobrancelha.
“Desculpa...”
“Mas é muito atrapalhadinha.” Riu.
“Quer que a atrapalhadinha parta sua cara ao meio?”
“Que medo.”
A fuzilei com o olhar, ia dar um passo em direção a ela, mas Cody me puxou.
“Não faça isso.” Disse baixo.
Respirei fundo pra me livrar da vontade de esganá-la, Cody beijou meu rosto demoradamente. Rebecca se encostou no armário do outro lado e ficou nos encarando, aquilo me incomodava muito.
“Perdeu alguma coisa aqui?”
“Nada que preste.” Deu ombros.
“Então porque não pega seu rumo e para de nos assistir?”
“Porquê eu não quero.”
“Posso jogar ela na estrada?” Me virei pro Cody, que apenas riu. “Prometo que não digo que você sabia disso.”
“Nossa, como você é engraçada.”
“Não é pra ter graça, estou falando sério, ninguém quer te jogar desse ônibus tanto quanto eu.”
“Vem, Ísa.” Ele me puxou pela mão pro quarto.
A maioria estava dormindo. Deitei na cama e fiquei olhando pro Cody, que fazia o mesmo, acabamos rindo. De tanto fixar o olhar nele, adormeci. Só acordei com uma barulheira no ônibus, não entendi o que estava acontecendo e sentei na cama. Acabei descobrindo que a discussão envolvia Rebecca e Manu e elas discutiam pela cama, daí foram se juntando os outros. Fiquei sentada esperando a discussão ter um fim, Caio veio da sala e abriu um sorriso ao me ver.
“Parece que essa discussão não vai acabar.” Sentou na cama ao lado da minha, que era da Alli.
“Já faz tempo que estão discutindo?”
“Já e o assunto já mudou várias vezes.”
“Nem quero me meter.”
“O pouco que parei pra ouvir, seu namorado estava envolvido.”
“Ele não é meu namorado.”
“Mas rola alguma coisa.”
“Terminamos há algum tempo.”
“Explicado.”
“Está tão na cara que rola alguma coisa além de amizade?”
“Um pouco, mas eu sou um ótimo observador.”
“Percebi.” Ri. “Vocês vieram de onde?”
“Vegas.”
“Queria um tempo em Vegas, tipo férias.”

“Iria gostar das ótimas boates e cassinos de lá.”

“Iria mesmo, vou pedir férias pro senhor Simpson.”
“Férias pra que?” Perguntou num tom frio enquanto se aproximava.
“Pra ir até Vegas.”
“Estamos indo pra lá.”
“Pro show, queria conhecer as diversões de lá.”
“Ninguém vai te impedir de conhecer.” Deu ombros e pulou em sua cama.
“Acho que eu vou pra minha cama.” Caio sentiu o clima pesar e levantou. “A gente se esbarra.” Foi pro fim do corredor.
“O que foi?” Perguntei ao ver Cody encarando o teto.
Ele não respondeu, como eu esperava. Já que estava batendo fome, peguei alguns biscoitos na cozinha. Aquela discussão ridícula e sem fim estava me deixando cada vez mais estressada. Reuni todo o ar ao me aproximar deles.
“CHEGA!” Gritei o mais alto que consegui, fazendo com que eles calassem a boca. “Não tem só vocês nesse ônibus e eu não sou obrigada a aguentar os gritos de vocês discutindo por uma cama! Rebecca, você não tem direito de escolher nada aqui, pega a cama que sobrou e ponto. Somos uma equipe e você não é nada além de uma passageira indesejada! A paz reinava entre nós antes de você chegar, então se aquieta e fica na sua.”
“Isso não vai ficar assim, garota!” Ela disse e foi batendo os pés.
Voltei pra minha cama com um sorriso triunfante estampando meu rosto.
“Meu Deus! Aquilo tudo é raiva dela?”
“Estresse e um pouco de dor de cabeça também.”
“Gostei de ver.” Riu.
“Espero que agora ela se manque.” Sentei na cama.
“Para de arrumar confusão com ela.” Cody disse no mesmo tom de anteriormente.
“Nem vem descontar sua raivinha em mim.”
“Eu estou falando sério, não arranja confusão com a Rebecca.”
“Se ela não se meter comigo.” Dei ombros. “E para de defender ela.”
“Estou te dando um aviso, ela vai fazer da sua vida um verdadeiro inferno se continuar a se meter com ela.” Disse mais baixo.
“Não tenho medo dela.”
“Para de ser teimosa.”
“Para de brigar comigo por ela, então.”
Ele bufou. “Escuta o que eu te falo, Ísa.”
“Tá, Cody.”
Alli ficou entre nós, mas nem abriu a boca. Fiquei pensando no que ele disse, não que estivesse com medo, apenas pensando no porquê de ele ter dito. O dia passou devagar, essa noite não teríamos show, mas já estávamos em Vegas, onde seria o primeiro show, mas pela chuva ficamos ilhados no ônibus. Matt sugeriu um filme, não quisemos ver e fomos dormir cedo.
~ POV Cody Simpson ~
Acordei de manhã com a ísa me enchendo de beijos, não teve como não sorrir.
“Bom dia.” Ela disse baixo.
“Bom dia.” Roubei um selinho.
Ela riu. “Levanta daí pra tomar café comigo.”
“Só tem você acordada?” Apoiei minha cabeça na mão.
“Na verdade, eu, Alli, Matt e Sarah, mas quero você.”
“Com um pedido desses...” Ri e pulei da cama.
Me troquei rápido e fui pra cozinha do ônibus, abraçando ela por trás.
“Bom dia.” Apoiei a cabeça no ombro dela.
“Bom dia.” Disseram em coro.
“Hm, o amor voltou a reinar por ai.” Sarah riu enquanto colocava a garrafa de café na mesa.
Ísa ficou com as bochechas coradas e soltou um riso sem som. Sentamos e tomamos café sem nenhum dos outros levantar.
“Foi legal ter trazido a Sarah.” Alli disse.
“Foi mesmo, assim ficam juntinhos.” Ísa disse com voz meiga.
“Apaixonada.” Alli riu enquanto cutucava ela.
“Para, amiga!” Alisou onde ela estava cutucando.
“Pode admitir que está apaixonada por mim, todos já sabem.”
“Convencido.” Os quatro disseram juntos.
“Eu sei que é verdade.” Dei ombros. “A Ísa ME ama.”
“Para de me deixar vermelha, Cody Simpson.”
“Estão vendo? É verdade.”
“Bom dia, pessoal. Bom dia, baby.” Rebecca disse no tom enojado de sempre e piscou pra mim.
“Estava bom demais pra ser verdade.” Revirou os olhos.
“Ah, sinto muito, Isabela.”
“HELOÍSA!”
“Que seja, não preciso lembrar seu nome.”
“Eu queria não ter que olhar pra essa sua cara nojenta todos os dias.”
“Começou o inferno.” Suspirei. “Matt, dá um jeito?”
“Meninas, chega, por favor.”

“Manda essa garota intrusa pra fora, Matt.”

“Eu não posso, Helô.”

“Ela me tira a paciência, além de me enojar.”

“Chega, Ísa.” Disse. “Vem comigo.” A puxei pra porta.
“Está chovendo.” Se soltou.
“Vem.”

A levei pra cabine do motorista que estava dormindo agora e fechei a porta que separava da sala.

“Vai me afastar dela toda vez que discutirmos?”
“Se for preciso faço isso até ela ir embora.”
“Porque tem medo dela?”
“Não é medo, mas só eu sei o que ela fez com a minha vida depois que terminamos.” Sentei no banco do motorista com as pernas pro lado e a sentei no meu colo. “Então não provoca ela, é isso o que ela quer.”

“Ela quem me provoca, entende isso.”

“Então se controla e não rebate.” Nossos rostos estavam bem próximos. “Faz isso por mim.”
Ela revirou os olhos. “Vou tentar.”
“Quero seu beijo.”
Ela sorriu sapeca. Nos beijamos e desse beijo vieram muitos outros. Os beijos iam ficando cada vez mais quentes, desci o beijo pro pescoço dela e ela fez o mesmo, mas logo nos separamos.
“Não podemos fazer nada aqui, nem lá dentro... Estamos na seca.” Riu.
“Não.” Balancei a cabeça. “Estamos em Vegas, baby.” Sorri malicioso.
“Podemos sair daqui?”
“O ônibus só sai daqui às 16h.”
“Não tem cassinos abertos durante o dia, tem?”
“Eu não sei, mas quem disse que estou falando de cassinos?”
“Hm, entendi.” Entrelaçou os braços no meu pescoço.
“A avenida principal é há pouco de onde estamos, podemos ir até lá, almoçarmos e irmos pra algum lugar depois.”

“Gostei.” Riu.

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Desculpem a demora, foi corrido pra mim hahahaha AAAAAAA um comentário mais lindo que o outro, vocês são lindas gente <3 Caio e Rebecca novos, hm, o que vocês esperam com isso? Comentem, continuo com mais de 10 comentários <3 Quem mudou o user, deixa o novo nos comentários pra eu poder avisar e tal'z (: Bem-vindas vocês que são leitoras novas, xx