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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Capítulo 103 - "Você tá grávida?"

Deixei o celular de lado e olhei pra ela outra vez, voltei pra cama com um enorme peso na consciência. Acariciei seu cabelo e ela acabou acordando.
"Oi, amor." Me deu um selinho. "Bom dia."
"Bom dia, pequena."
"Que cara é essa?"
Tentei disfarçar com um leve sorriso, mas não foi o bastante. "Nada."
"Tem certeza?"
"Absoluta." Dei um selinho nela.
"Sabe o que eu pensei?"
"O que?"
"Em irmos até a casa do meu pai agora de manhã, tomar café com ele, depois já vamos pra casa dos seus pais pra ajudar com os preparativos."
"Ok, pode ser."
Ela levantou antes de mim e foi se arrumar, fiquei perdido nos meus pensamentos enquanto esperava.
"Ei." Estalou os dedos à minha frente. "Vá se arrumar, amor."
Fui pro banheiro, fiz minhas higienes e me troquei o mais rápido que deu, ela já tinha aberto as janelas e deixado Teddy com comida e água novas. Descemos pro estacionamento e ela foi me explicando o caminho até o prédio onde seu pai morava. Chegando lá, interfonaram e logo nossa subida foi liberada. Não sabia bem o que esperar dessa conversa com o pai dela e, quando a porta do apartamento se abriu, eu gelei.
"Filha!" Abraçou ela. "Cody." Me cumprimentou com a cabeça, parecia tão sem jeito quanto eu, que fiz o mesmo.
Ísa me puxou pra dentro e nós sentamos no sofá, o pai dela sentou à nossa frente.
"Não sabia que estava em Los Angeles, Helô."
"Não faz muito tempo, pai."
"Já está hospedada?"
"Já, fica tranquilo."
"Não está mais noiva daquele almofadinha, está?"
Ela riu. "Não, não estou."
"Que ótimo! Aceitam tomar café, a empregada já está colocando na mesa."
O café correu um pouco silencioso, os dois falaram um pouco sobre a saúde do pai dela e eu apenas prestava atenção, sem optar em nada. Voltando pra sala, Ísa começou a me envolver nos assuntos, mas continuava sem jeito.
"Cody, você concordou em vir comigo e tentar se acertar com meu pai, faça o mínimo esforço, por favor."
"Desculpa, amor, é que só estou sei lá, é estranho..."
"Acertar?" O pai dela perguntou. "Temos algo pra acertar?"
Ela arqueou as sobrancelhas. "Não tem mais nada contra meu relacionamento com o Cody?"
"Prefiro ele do que o que era seu noivo, se é pra se relacionar, que seja com quem te faz bem."
"Isso é sério?"
"Claro, rapaz."
"Obrigado, é importante pra mim que aceite nosso relacionamento, tudo o que eu quero é fazê-la feliz."
"Eu sei, percebi isso quando foi pra França atrás dela."
"Que bom que percebeu isso, pai, é realmente muito importante."
Ele balançou a cabeça. "Os dois estão felizes?"
Nós olhamos e foi inevitável o sorriso. "Muito." Dissemos juntos.
"Então fico feliz por vocês."
Almoçamos com o pai dela, depois de eu ter ligado pra minha mãe e ela dizer que não estava precisando de ajuda. Fomos pra casa logo, eu e o pai dela já estávamos conversando um pouco mais a vontade antes de irmos, o que me deixou aliviado. O dia foi passando muito rápido, logo estava na hora de nós arrumarmos pra ir, ao pegarmos as sacolas com os presentes pra levarmos pro carro senti um enorme peso na consciência me bater, enquanto ela estava sorridente, mas me parecia um pouco nervosa. O caminho foi hiper rápido até a casa dos meus pais, ela deixou as coisas comigo e foi com Alli pra cozinha. Tirei tudo das sacolas e deixei na árvore com o restante.
"E aí, cara?" Josh colocou a mão em meu ombro. "Conseguiu algo?"
"Não tem porra nenhuma aberta em Los Angeles."
"Cara, como pode esquecer? Acho que devia ser seu presente mais importante."
"E era, mas eu pensei que já tinha comprado."
"Você estaria fodido se não fosse por mim e pela Alli."
"Como assim?"
"Iríamos trocar as alianças hoje, mas resolvemos te dar as alianças pra Ísa não pirar."
"É sério?"
"Claro que é sério, broh." Me entregou uma pequena sacola, cuja mesma já estava com uma etiqueta com o nome da Ísa.
"Obrigado, cara!" Abracei ele.
"Só mão deixe ela olhar dentro das alianças e logo compre outras pra trocar."
"Pode deixar."
Agora mais sossegado, relaxei no sofá, depois de algum tempo vi que Alli estavam no andar de cima e fui lá pra agradecer.
"Já agradeci o Josh, agora obrigada, Alli." Abracei ela.
"Por nada, não podia te deixar fazer essa besteira." Riu de leve. "Pisou na bola." Ela olhou pra baixo e percebi que fez um sinal, mas como isso era normal entre ela e o Josh não liguei.
Alguns longos segundos de silêncio ficaram entre nós.
"Posso te fazer uma pergunta?" Alli perguntou finalmente.
"Claro, o que foi?"
"Você pretende ter filhos?"
"Porque essa pergunta agora?"
"Porque eu nunca te perguntei antes, é uma curiosidade."
"Ok... Pretendo só que bem mais pra frente, quando minha carreira se estabilizar, mas no momento não."
"Porquê não?"
"Porque atrapalharia todo meu trabalho até aqui, eu ficaria sem tempo pra me concentrar em músicas, turnês, etc."
"Ah..."
"Alli, porque está me perguntando isso?" Arqueei as sobrancelhas.
"Curiosidade, já disse. Bom, vou lá com os outros."
"Eu também vou."
Eu e Alli íamos descer as escadas, Ísa estava nos degraus com a cabeça nas mãos, sentei do lado dela e Alli continuou o caminho.
"O que foi, pequena?"
"Nada."
"Porquê está aqui cabisbaixa?" Passei o braço pela cintura dela.
Ela se soltou, levantando em seguida. "Nada, Cody."
Ela subiu e foi pro quarto. Olhei pela porta de vidro e fui até Alli, que estava com Josh.
"Alli, o que a Ísa tem? Eu posso saber?"
"Pergunta pra ela."
"Você sabe o que é?"
"Sei, mas fala com ela."
"Alli, caralho!"
"Caralho nada, fala com ela."
"Josh, fala pra ela me falar."
"Se ela não quer falar é sério, então vai lá falar com a tua namorada."
"Ela precisa de você, bruvva."
"Está me deixando mais nervoso ainda."
"Vai logo, Cody!"
Entrei em casa novamente e fui até o quarto sem fazer barulho, mas quando abri a porta, ela me olhou, seu rosto estava inundado pelas lágrimas e seu rímel escorria.
"O que aconteceu?"
"Não foi nada, Simpson." Passou as mãos pelo rosto.
"Levanta daí pra gente conversar."
"Me deixa em paz."
"Não até falar comigo."
Rendida, ela sentou. Sentei também, estava de frente pra ela e ela continuava chorando descontroladamente.
"Poxa, amor, não consigo te ver assim, ainda mais sem saber o porquê..." Ela permaneceu quieta. "Pequena, fala comigo."
"Eu não tenho o que falar."
"Tem sim, a Alli sabe e eu também quero saber."
"Não precisa saber de algo que você não quer."
"Mas eu quero, dá pra você me falar?"
"Eu vou me afastar pra não estragar sua carreira, pra não te deixar sem tempo pra compor e pras turnês." Fungou deixando ainda mais lágrimas rolarem.
Fiquei sem reação olhando pra cama e meus olhos marejaram.
"Vo-vo-você está grávida?"
Ela assentiu. "Mas não se preocupe, eu fico longe de você."
"Ísa..." Coloquei o rosto dela entre as mãos e sequei suas lágrimas. "Você não vai ficar longe de mim, agora eu entendi o porquê de a Alli ter me feito aquela pergunta, mas eu nem imaginava que você estava grávida."
"Isso não muda o fato de você não querer uma criança agora."
"Eu não queria, mas se vamos ter um bebê eu vou aceitar, vou assumir, vou cuidar, vou amar, eu posso pensar na minha carreira depois e, além do mais, posso continuar a rotina, você viaja comigo. Eu quero esse bebê contigo, é o início da nossa família."
"Cody..." Olhou pro chão.
"Fala." Levantei o rosto dela com a ponta dos dedos.
"Não é um bebê."
"Como não?!"
"Não é um... São dois."
"Gêmeos?" Arregalei os olhos.
"É uma possibilidade grande." Suspirei. "Pode gritar comigo, pode fazer o que quiser..."
Dei um sorriso, abracei ela fortemente e dei um beijo demorado em seu rosto. "Vou estar do seu lado sempre, vou te ajudar em tudo, é uma promessa."
Ela aumentou a força do abraço e apoiou o queixo no meu ombro.
"Vamos ser muito felizes, nós cinco."
"Cinco?" Me olhou limpando as lágrimas.
"Nosso primeiro filho, Teddy."
"Bobo." Riu de leve.
"Eu amo você." Dei uma sequência de selinhos nela.
"Eu amo você também."
Peguei em uma das mãos dela. "Vou estar do seu lado." Repeti.
~ POV Alli Simpson ~
"Para de andar de um lado pro outro." Josh disse.
"Não dá, estou nervosa, Josh."
"O que aconteceu de tão grave?"
"Na hora certa vocês vão saber."
"Estou ficando com medo do que possa ser." Riu de leve.
Os dois saíram de casa de mãos dadas e vieram em nossa direção.
"Estava chorando?" Josh apontou pro rosto dela que estava hiper vermelho.
"Já passou." Deu um leve sorriso.
"Conversaram? Digam que sim."
"Conversamos e nos acertamos." Cody disse.
"Awn, parabéns!" Abracei os dois.
"Dá pra vocês me explicarem? Estou boiando."
"Nós vamos falar?"
"Pelo menos pra equipe por enquanto."
"No jantar?"
"Pode ser." Abraçou ela de lado.
"Dá pra pararem de suspense comigo?"
"Espera um pouquinho, bro."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Cody sentou numa espreguiçadeira e me chamou pra sentar com ele, ele passou o braço por meu ombro e entrelaçou a mão na minha. Minutos depois, notei seu olhar fixo em minha barriga.
"O que foi?" Perguntei baixo.
"Só estava pensando em daqui alguns meses." Sorriu um pouco bobo.
"Coisas boas ou ruins?"
"Claro que boas." Beijou minha testa.
"Como está se sentindo com tudo isso?"
Ele brincou com meus dedos antes de responder. "Feliz, mas com um pouco de medo."
"Acho que é normal ter medo, eu também estou me sentindo assim."
"Nova fase da nossa vida a dois... Ou a quatro." Riu.
"Vai ser complicado pra nos virarmos."
"Talvez não."
"Do que estão falando tão baixo?" Angie perguntou.
"Segredos de casal." Ri.
"Hm, vou ficar curiosa."
"Depois você fica sabendo, tia."
"Depois quando?"
"No jantar." Cody disse.
"Apenas no natal." Corrigi. "Depois da meia-noite."
"Quanto suspense." Riu.
"Tem que ter, mas..." Olhei pro relógio no pulso do Cody. "...já são 22h, tia."
"22h?" Indagou. "Meu Deus! Não é à toa minha fome."
"E nem a nossa." Cody disse.
"Vou apressar o jantar, crianças." Correu pra dentro de casa.
"Crianças..." Ri pelo nariz.
"Crianças que fazem crianças não são mais crianças." Beijou meu rosto enquanto me apertava.
"Bobo."
"Mas é verdade." Riu. "Você já sabe o sexo?"
"Só no mês que vem. O que você prefere?"
"Por mim tanto faz, desde que venham saudáveis e tudo, mas se forem gêmeos, seria legal termos um casal." Fez uma cara meio de bobo, mas foi fofa.
"Já pensou? Seria tipo duas experiências em uma."
"Seria ótimo." Ele sorriu. "Desde quando você sabe da gravidez?"
"Desde a França..."
"E porquê não me disse antes?"
"Queria que aproveitássemos sem que você pensasse que eu vim pra Los Angeles só porque estou grávida, quando essa não é a verdade."
"Eu não pensaria isso."
"Claro que pensaria, eu conheço você."
"Ah, amor, sei lá... Poderia ter contado antes."
"Vai ficar bravo com isso?"
"Não, não vou, o importante é que você contou."
"Exatamente." Sorri. "Ainda temos muito pela frente, 7 meses pra ser mais exata."
O jantar logo foi servido, estava cada vez chegando mais perto da 00h e isso me deixava com um enorme frio na barriga com medo da reação do pessoal, Cody estava grudado comigo desde a hora que eu tinha contado da gravidez, Alli nos olhava e começava a rir.
"Como fazemos em toda a noite de natal antes da meia-noite, vamos dizer pelo que somos gratos nessa noite." Tio Brad pausou. "Quem quer começar?"
"Eu começo." Cody disse. "Nessa noite eu sou grato por estar com a minha família reunida, por ter tido um ano produtivo e, principalmente, por ter a minha namorada comigo agora, por ela me dar os melhores presentes do mundo e me fazer um cara melhor." Sorriu pra mim.
"Que lindos, que fofos, que tudo." Alli disse. "Agora vai você, cunhada."
"Ai que vergonha." Passei as mãos pelo rosto. "Bom, sou grata por vocês terem me recebido novamente aqui como se fossem minha família e sou grata por estar com o Cody, com o nosso amor aumentando cada vez mais."
Ele beijou meu rosto demoradamente.
"Agora eu." Alli disse, sorrindo. "Sou grata por estar com todos vocês nessa noite, por que é o melhor que poderia acontecer."
"Eu sou grato por todos os presentes que vamos receber e pelas gatas na minha vida." Tom disse, fazendo tia Angie o encarar com repreensão.
"Que ótimo espírito natalino, meu filho."
Ele deu ombros e continuou deitado do mesmo jeito.
"Sou grato por estar com minha família reunida esta noite e pela felicidade de todos nós, principalmente do Cody que andava triste pelos cantos e agora está completamente o oposto." Tio Brad disse.
"Eu sou grato por vocês estarem representando minha família neste natal, mesmo sentindo falta deles." Josh disse.
"E eu sou grata por toda a gratidão de vocês, por estarem aqui essa noite, fazendo desse natal bom, espero que a união dure pra sempre e a felicidade também." Pausou e olhou pro relógio. "E um feliz natal pra todos nós." Seus olhos pareciam marejados.
Já era 00h e meu coração acelerou ainda mais, nos abraçando trocando os típicos "feliz natal", mas eu estava perdida nos pensamentos. Alli foi a última a vir me abraçar, me puxando pra um canto em seguida.
"Você vai ser a primeira, eu estou realmente ansiosa pra ver a reação dos meus pais e do Cody quando abrir a caixa."
"Eu não consigo ser a primeira, Alli."
"É claro que consegue, o Cody está do seu lado, já sabe a reação dele, meus pais vão apoiar a gravidez tenho certeza."
"E se não?"
"É claro que vão, respira fundo e vai que você consegue."
"Ai, ok..."
Tio Brad serviu champagne nas taças que antes estavam no canto da mesa e nos entregou. Um pouco de champagne não faz mal, pensei comigo mesma, mas quando ia dar o segundo gole, Cody abaixou minha mão.
"Nada de bebida pra você."
"É só champagne, quase nem tem álcool."
"Não discute."
"Só mais um gole, poxa."
"Um gole." Soltou minha mão.
Bebi um gole bem maior que o anterior, quase deixando a taça pra baixo da metade.
"Caralho, como você é teimosa!" Tirou a taça da minha mão e despejou o conteúdo na sua.
"Que ótimo, agora você bebe tudo." Revirei os olhos.
"Estou apenas cuidando de você, besta."
"Champagne não faz mal."
"Mas acabou de acabar." Virou a taça em sua boca.
Me joguei no sofá, bufando e logo todos estavam sentados. Era estranho e não tinha nada a ver, mas sentia como se todos estivessem olhando pra mim, esperando uma atitude. Alli me fez sair de meu pensamento enquanto fitava minhas mãos em meu colo, com um quase grito dizendo que eu começaria. Minhas pernas tremiam no caminho até a árvore, peguei a caixa nas mãos e fui pro meio da sala.
"Não tenho muito o que dizer porquê eu não vou conseguir, então só quero entregar isso ao Cody e agradecê-lo por tudo." Estiquei a caixa na direção dele, que se levantou e ficou à minha frente.
Seus olhos pareceram trazer o mar pra ele quando a caixa foi aberta, vi algumas lágrimas tomarem o caminho de seu rosto e ele me puxou pra um abraço apertado, a essa altura eu já não continha mais minhas lágrimas, desabando junto com ele.
"Foi o melhor..." Ele fungou enquanto suas lágrimas eram derramadas sob meu ombro. "O melhor presente de todos."
"Eu amo você." Disse no mesmo tom que ele, quase sussurrando.
"E eu sempre vou te amar. Desde sempre, para sempre, lembra do nosso lema? Agora ele se concretiza mais ainda, nossa história será passada, nossa família está sendo gerada. E é a melhor coisa, a melhor coisa desse mundo todo." Beijou meu ombro.
"Nossa história sempre foi conturbada, tão conturbada... Mas agora parece que teremos o nosso merecido final feliz." Sorri em meio ao rio de lágrimas rolando.
Cody se afastou e segurou meu rosto com uma de suas mãos. "Final não, Ísa, esse é só nosso novo começo."
Sequei suas lágrimas e nos beijamos, nunca tínhamos tido um beijo com tanta doçura como esse, nos lábios iam em perfeita sincronia e nossos rostos eram acariciados com extrema delicadeza. Ao no separarmos, ambos sorrindo, Tom pegou a caixa da mão do Cody e colocou em seu colo, ficando boquiaberto ao olhar o conteúdo nela presente.
"Ih, caralho... Isso é sério?"
"O que é sério?" A mãe dele pegou a caixa e ficou sem a mínima reação, seus olhos foram se enchendo de lágrimas até transbordarem.
"Então vocês estão grávidos?" Tio Brad perguntou com um enorme sorriso estampando seu rosto.
O máximo que eu consegui foi assentir, escondi meu rosto no Cody com certo medo do que poderia vir. Ao contrário do que eu esperava, ele veio nos abraçar forte e em poucos segundos todos vieram também.
"Quando isso aconteceu? Digo, de quantos meses está?"
"Dois meses, foi na Austrália..."
"Isso é tão inacreditável, eu vou ser avó..."
"Agora eu entendi o suspense." Josh disse, rindo pelo nariz.
"Tínhamos que fazer um suspense." Disse.
"Estão tomando todos os cuidados, fazendo os ultras?"
"Na verdade, eu só soube a algumas horas, mãe."
"E eu estou tomando alguns cuidados e, quanto ao ultra, só fiz o primeiro, pretendo fazer o outro agora com o Cody."
"Quando?" Ele perguntou em um tom animado.
"Quando conseguirmos marcar, amor."
"Realmente no final do ano é mais difícil de marcar algo."
"Não se esqueçam de que eu sou Cody Simpson." Passou os braços por minha cintura. "Vamos conseguir uma consulta até dia 26, você vai ver."
"Está animado? Isso é tão lindo." Alli disse.
"Tenho que estar, são meus filhos."
"Filhos?" Meus pais, Tom e Josh arregalaram os olhos.
"Pode ser que sejam gêmeos." Disse. "Ainda nada confirmado."
"Meu Deus!"
"Gente, vamos aos presentes? Depois continuamos, ok?"
"Como a gente faz pra voltar o antigo Tom? Você ficou chato pra caralho."
"Que seja." Deu dedo pro Cody.
"Está perdendo a noção, moleque?" Abaixou a mão dele.
"Chega vocês dois, eu não quero brigas nessa sala."
"Tenha respeito com seu irmão, Tom."
Ele revirou os olhos e sentou, tia Angie quem foi entregando os presentes de cada um, íamos abrindo conforme recebíamos. Até o momento, tinha ganhado uma camisa da Chanel, uma pulseira com vários pingentes e dois sapatos, um de salto e o outro não.
~ POV Cody Simpson ~
Ísa estava com a última embalagem do presente na mão, sendo ele o que Josh e Alli tinham me dado. Não sabia se ela perceberia algo ou não, então me aproximei pra entregar a aliança, pra que ela não olhasse dentro. Ela arregalou os olhos e levou as mãos à boca quando viu as alianças, me senti mal por não ter pensado em comprar alianças de verdade... Me restava rezar pro número do dedo dela ser o mesmo que o da Alli.
"Eu não acredito! Finalmente você comprou." Seus olhos se encheram de lágrimas.
"É, eu comprei." Forcei um sorriso.
Tirei a aliança da caixinha e coloquei em seu dedo, a mesma parou no meio, ela tirou a aliança e me encarou ao girar pra ver dentro.
"Que porra é essa? AJ?"
"Devem ter errado as alianças, estava tão cheio."
"Não mente pra mim, sabe que eu odeio isso. Fala que porra você fez." Colocou a aliança de volta na caixinha.
A fechei e entreguei pro Josh, voltando a olhar pra ela em seguida. "Eu só não queria te decepcionar, pensei que já tinha comprado seu presente, mas lembrei de que você estava comigo e ia comprar depois... Josh e Alli me deram as alianças deles pra te dar, depois eu comprarias as nossas de verdade e devolveria a deles, na hora nem me passou pela cabeça o número do dedo ser diferente." Passei as mãos pelo cabelo. "Desculpa, sinto muito."
Ela não disse nada, permaneceu olhando pro chão sem hesitar em levantar os olhos pra me olhar.
"Vamos conversar lá em cima, vem comigo."
Subi na frente e ela veio me seguindo até o quarto, fechei a porta e olhei pra ela sentada na cama.
"Está chateada por eu ter esquecido?"
"Não por ter esquecido, mas sim por achar que poderia me enganar." Suspirou. "Deveria ter me dito antes, odeio descobrir as coisas e me chatear, sabe muito bem disso."
"Desculpa, de verdade, não me era minha intenção." Sentei ao seu lado.
"Eu sei que não, mas..."
"Desculpa?" Distribuí vários beijos por seu rosto.
"Desculpo."
"Prometo que vou te recompensar."
"Não precisa de recompensa."
"Mas eu tenho certeza de que vai gostar."
"Se estiver pensando em sexo, pode esquecer, meus seios começaram a doer."
"Não é sexo, nem tudo é sexo, senhorita."
Ela riu de leve. "Sei disso, mas achei que estivesse pensando nisso."
"Não estou, só quero te mimar um pouco. Que tal uma viagem, só nós dois?"
Antes que ela pudesse me responder, seu celular tocou.
"Alô? ... Feliz natal pra você também, pai. ... Ah, eu preciso te contar uma coisa." Sorriu mexendo os dedos na colcha. "Não te contei de manhã pelo Cody estar comigo e ele ainda não sabia de nada, mas vamos lá..." Riu de leve. "Você será avô pela segunda vez... Sim, está tudo correndo muito bem... Pode deixar que vou me cuidar." Riu. "Pode, só um minuto." Me entregou o telefone. "Meu pai quer falar com você."
"Comigo?"
"Sim."
~Ligação
"Senhor Dobrev?"
"Oi, rapaz... Primeiramente, eu quero te parabenizar pela gravidez da minha filha, espero que esteja amadurecendo por dentro."
"Estou e, se ainda não for suficiente, vou amadurecer tanto quanto eu espero. É um grande passo pra nós e eu estou feliz por isso."
"Eu imagino que sim." Percebi que podia estar sorrindo, por seu tom de voz. "Sei que não tenho direito de te pedir nada, mas me sinto responsável por pedir..."
"Pode falar."
Ouvi um suspiro do outro lado da linha. "Quero te pedir pra que não seja tão idiota quanto eu fui com a Helô, eu fui um péssimo pai pra ela, o pior que poderia existir, eu acho... Sei que ela merecia muito mais, merecia atenção e amor e ao invés disso ganhou desprezo. O que quero te pedir é que dê atenção a ela e seja um pai melhor do que eu fui, realize o sonho dela de ter uma família melhor do que a em que ela viveu, dê o máximo de si pra fazer sua família, porquê ser pai é um presente de Deus e eu sei que você tem potencial pra ser bom nisso."
Levantei com o telefone, indo pra sacada.
"Desculpe se fui evasivo, você age como quiser, mas foi um desabafo."
"Não foi evasivo, pelo contrário, estou agradecido pelo que disse e feliz por estar querendo o bem dela, eu sei o quanto ela sofreu por você estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe dela e esse gesto só mostra que se importa. Vou seguir o que me disse, fique tranquilo que vou tentar dar o melhor pela nossa família." Sorri.
"Não faça a Helô sofrer, ok?"
"Pode quebrar minha cara se eu fizer."
"Tenha um feliz natal, Cody."
"O senhor também, boa noite."
"Boa noite."
~ Ligação of
Coloquei o celular no meu bolso e me debrucei no parapeito, pensando no que o pai delas tinha me dito. Se eu já estava certo a ser o melhor pai e namorado do mundo, agora a certeza era maior ainda. Nossos filhos seriam os mais felizes do mundo e a Ísa seria a mulher mais feliz do mundo. Senti os braços da Ísa enlaçarem em meu tronco e me virei pra ela.
"O que vocês conversaram?"
"Nada de mais."
"Me fala, eu sei que foi alguma coisa que eu vá querer saber."
Passei os braços pelo pescoço dela. "Conversa de homem pra homem, de pai pra pai, tá ligada?"
Ela riu e ergueu levemente os braços. "Ok então..."
"E quanto à viagem que eu propus?"
"Não quero viajar agora, quero estar com minha família no ano novo."
"E depois do ano novo?"
"Apenas quando eles forem embora."
"Ok..." Suspirei. "Vou voltar lá pra baixo."
"E eu vou ficar aqui deitada."
"Porquê? Tem algo errado?"
"Meu sono, apenas."
"Quer ir pra casa, pequena?"
"Pensei em dormirmos aqui, pra relembrarmos os velhos tempos."
"Sério?" Perguntei com desânimo. "Eu tinha pensado em irmos pra nossa casa, pra amanhã eu te fazer um almoço especial, o que me diz?"
"Rendida." Riu. "Mas podemos ir agora?"
Descemos e eles estavam falando de nós, mas pararam ao nos ouvirem, juntamos todos os nossos presentes, nós despedimos de todos e fomos pro carro. Logo estávamos em casa, fui tomar banho primeiro e ao voltar ela já dormia profundamente. Balancei a cabeça e me deitei ao seu lado depois de apagar a luz. Pela manhã, levantei cedo, antes dela, fui pro mercado tentando achar alguma coisa pra fazer de almoço, tinha que ser algo especial, mas não fazia ideia do que. Passando pelo corredor de congelados até pensei em algo, mas ela riria de mim por isso, eu mesmo estava rindo... Aproveitei pra ir pegando as coisas do café antes de decidir o almoço, lembrei de uma receita de filés grelhados com molho parisiense, comprei todas as coisas que precisava e voltei pra casa. Arrumei o café na mesa, coloquei algumas rosas em um vaso e fui chamá-la, Ísa já estava se trocando.
"Bom dia." Abracei sua cintura.
"Bom dia, amor." Sorriu. "Aonde estava?"
"Pelas esquinas da vida."
 Ela se virou e me encarou. "Como é que é?" Arqueou um pouco as sobrancelhas, o bastante pra eu saber que tinha acreditado.
"Brincadeirinha." Ri de leve. "Estava no mercado decidindo o que fazer pra você no almoço e aprontando o café."
"Que prendado, já pode se casar."
"Próximo passo da lista."
"Vai me pedir em casamento?"
"Eu não disse isso." Dei ombros. "Mas vai saber, talvez um dia, talvez hoje, talvez amanhã... Quem sabe."
Ela deu um sorrisinho um pouco sem graça, talvez tímido. "Tudo bem."
"Ei, ouviu direito? Eu disse que vamos nos casar, antes de você ir pra França eu disse que nos casaríamos, lembra?" Ela assentiu. "E vamos nos casar."
Um sorriso estampou seu rosto, chegando a irradiar alegria.
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hey hey hey! Como vocês estão? Eu sei que demorei e isso não é novidade pra ninguém, mas bom, eu tô tentando aproveitar um pouquinho minhas férias, mentira estava sem ideias pakpskapas enfim, o que acharam do capítulo? Da reação do Cody sobre a gravidez? Da conversa com o pai da Ísa? E esse pedido de casamento, sai? pakspakpas Bom, bom ano novo pra vocês, que vocês aproveitem bastante no ano de 2014 e que continuem aqui comigo porquê tô cheia de ideias pra novas fics, das quais vocês vão saber ano que vem, ok? Muita paz, saúde, alegria e amor em suas vidas, beijão! CONTINUO COM +10 COMENTÁRIOS, COMENTEEEEEM! <3


domingo, 22 de dezembro de 2013

Capítulo 102 - Entrevista.

Entramos no carro e, depois de deixá-lo em casa, meu celular tocou, o atendi no viva-voz.

~ Ligação ~
"Alô?"
"Atrasado." Ela disse com uma voz sexy. "Ao chegar, vá direto pro quarto, vista apenas uma box e não me procure, direto pra cama, me entendeu?"
"Sim, senhora." Ri. "Será que vou encontrar uma mulher completamente nua na minha cama?" Perguntei ao parar no farol.
"Te garanto que não, mas ela está bem gostosa pra você." Riu, sapeca.
"Ah, é? Que delícia." Mordi o lábio inferior. "Minha mulher é muito gostosa."
"Acho que ela é criativa também, vai inovar na sua cama, baby."
"Vou fazer ela enlouquecer."
"Na verdade, ela quem vai te fazer."
"Enlouqueço facinho com ela, aquele corpo, os beijos que só ela tem, aqueles gemidos no meu ouvido."
"Se concentra na rua agora, ok?" Riu. "Estou te esperando do jeito que mandei."
~ 
Pouco depois de desligar, estava no estacionamento, antes de chegar à porta do apartamento, minha cabeça já começava a fantasiar com o que poderia ser essa tal surpresa. Uma imensa escuridão tomava todo o apartamento, se não soubesse que ela estava em algum lugar aqui, juraria estar sozinho. Do meio da sala notei uma iluminação, feita por velas, no corredor que levava pros quartos, me livrei das roupas na sala, ficando apenas com a box e segui pro quarto. Já na porta, um papel sulfite com uma máscara, daquelas de dormir, presa dizia pra colocá-la e não dar nem mais um passo. Assim o fiz, coloquei a máscara e esperei.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Pude ouvir ele chegar e os passos se aproximando do corredor, ao observar, vi que a máscara já estava em seu rosto. 
Parei atrás dele sem fazer barulho. "Boa noite, meu amor." Mordi o nódulo de sua orelha.
"Boa noite." Tentou se virar em minha direção, mas com os olhos tampados não se saiu bem. "Não curti essa venda."
"Mas vai curtir." Passei a frente e peguei em sua mão. "Vem comigo."
Puxei ele até a cama, pedi pra que ele deitasse e peguei as algemas no criado-mudo, prendi uma parte na cama e peguei o braço dele, prendendo-o na outra parte, daí ele reclamou.
"Ou, ou, espera. Eu não vou ficar preso."
"Não estraga! Apenas confia em mim." Selei os lábios dele. "Te prometo que vai gostar, agora fica quietinho."
"Caralho, viu."
"Shiu." 
Contornei a cama e prendi o outro braço, ele bufou, mas sabia que a marrinha logo acabaria. Liguei o som, conectado ao meu Iphone, na seleção de músicas escolhida, eram ambientes mas traziam toda a sensualidade necessária. Respirei fundo e me livrei do roupão que usava, olhei pro espelho pra verificar minha fantasia e voltei a me concentrar.
"Está nervoso?" Perguntei num tom divertido, mas sem perder a sensualidade.
"Só não sei o que esperar, é estranho estar numa posição abaixo, sempre eu quem controlo."
"Exatamente, hoje eu domino." Deslizei as mãos por seu abdômen, parando no cós de sua box e voltando. "Mas isso não quer dizer que não vai ser divertido." Meus lábios tocaram seu abdômen, subindo até seus lábios, iniciando um rápido beijo. "Relaxa e goza, baby."
Pude ver em sua expressão um certo ponto de surpresa, em seguida veio um sorrisinho meio safado. Alisei seu membro por cima da box, mesmo ele já estando com uma certa vida. Peguei o chicote que vinha junto com a fantasia e passei por sua barriga, só pra dar um sustinho chicoteei o colchão, mas sem querer acertou a perna dele, fazendo com que soltasse um urro de dor. Ok, Heloísa, o chicote não é um brinquedo pra você. 
"Caralho, Heloísa, que porra é essa?"
"Foi mal, não era a intenção."
Engatinhei por cima dele, sentando à altura de seu membro e dei uma boa rebolada, fazendo-o ganhar mais vida e quase me preencher por entre as nossas roupas íntimas. Me inclinei pra tirar sua máscara, o que acabou fazendo pressão e ele soltou um gemido baixo. Seus olhos foram de meu rosto pro meu decote em questão de mínimos segundos, depois seguiram pro resto de meu corpo e pros seios novamente.
"Que gostosa! Bem que poderia me soltar pra eu aproveitar um pouco seu corpo." 
"Por enquanto, a única coisa que pode usar é sua boca."

Me aproximei um pouquinho e seus lábios tomaram meu pescoço, descendo até a parte descoberta de meus seios. Aproveitei e beijei seu pescoço também, dando leves mordidinhas, como eu sabia que ele adorava. Seu tronco se arqueou um pouco, pressionando ainda mais nossos corpos, saí de cima da barriga dele e me fiquei de pé em frente à cama. Mudei a música pra uma com batida envolvente e deixei meu corpo ir no ritmo da música, seus olhos seguiam meus quadris de um lado pro outro, minhas mãos foram pro zíper na frente do que simulava ser um corpete. Cody mordia o lábio cada vez que descia mais, fiquei de costas pra ele e deixei o corpete cair, deslizei minhas próprias mãos por minha cintura e ele suspirou pesado. Tirei meus sapatos, os jogando em qualquer canto e pisquei pra ele, que soltou um riso safado.

"Vem pra cá, morena. Vem me dar prazer, vem."
Concordei com o pedido dele e me ajoelhei nos pés da cama, sua box foi pro chão, exibindo seu membro já bem duro. Punhetei a base de seu membro antes de levá-lo à boca, e quando o fiz foram apenas passadas de língua e sugadas na cabeça.
"Não provoca, vai."
Tomei seu membro com vontade, até onde conseguia, ele soltava gemidos baixos e longos conforme meus toques, íamos em perfeita sincronia até ele estar em ponto de bala. Arranquei a parte de baixo da minha fantasia, com uma enorme necessidade de senti-lo em mim. Soltei apenas um de seus braços, posicionei seu membro em minha entrada e fiquei provocando sem colocá-lo totalmente, ele fixou o olhar no meu, fazendo com que eu me perdesse por segundos e aproveitou com a mão livre pra me empurrar pra baixo, fazendo todo seu membro entrar em mim. Nossos gemidos tomaram o quarto juntamente com o bater de nossos corpos, sua mão livre apertava meus seios e brincava com os bicos hora ou outra. Soltei o outro braço dele e em segundos ele me colocou pra baixo, assumindo o controle com estocadas fortes, fazendo meu corpo todo se contorcer. Estávamos exaustos quando chegamos em nossos orgasmos. Ele caiu ao meu lado e me deu um selinho. Durante nosso banho, algumas carícias rolaram da parte dele, pra que compensasse ter ficado preso.

"Tá legal, o que foi isso?" Ele perguntou ao deitarmos.

Ri. "Eu sempre quis fazer alguém de submisso."
"Como assim? Tipo, porque?"
"Já fui submissa uma vez e eu já vi alguns filmes e etc."
"Wow, não conhecia esse seu lado."
"A velha Ísa às vezes ataca, mas já me recompus." Ri de leve e me juntei em seus braços.
"Às vezes é bom inovar." Sorriu. "Eu te amo."
"Também te amo."
"Estava pensando, vai ser o primeiro natal, em três anos, que passo com a mulher que eu amo."
"Na verdade, será nosso primeiro natal juntos."
"Ah, é verdade."
"Mas ainda faltam alguns dias."
"Meus pais vão fazer um almoço de natal, eu acho."
"Hm, que ótimo." Dei um selinho nele. "Boa noite."
"Não vamos jantar?"
"Eu não, mas se quiser, fique a vontade."
"Cozinhar? Passo." Riu e passou os braços por minha cintura, beijando minha cabeça em seguida. "Boa noite, amor."
[...] Estávamos a três dias do natal, os preparativos estavam à mil, tantos em Los Angeles quanto na casa dos Simpsons, tinha convencido o Cody a montarmos uma árvore de natal e parecemos duas crianças decidindo os enfeites. Estava esperando Alli em frente ao prédio pra irmos até o shopping comprarmos alguns dos presentes que faltavam. Já beirava os 2 meses de gravidez e uma pequena curva já se formava, por sorte Cody ainda não tinha notado, mas tinha me decidido em contar, não só pra ele mas pra família, no natal. Minha mãe me ligava quase todos os dias, fosse por telefone ou Skype, mas não perdíamos contato.
"Ei, Helô." Alli riu de dentro do carro. "Vamos?"
Ri, saindo da minha distração. "Vamos." Entrei no carro.
"Em que estava pensando aí tão concentrada?" Manobrou o carro.
"Coisas da vida." Sorri.
"Me conta, eu sou sua melhor amiga, não sou?"
"Claro que é, outra hora eu te conto."
"Você falando desse jeito me dá medo."
"Pode ficar com um pouquinho de medo."
"Ai meu Deus!"
Ri pelo nariz. "Estava falando com a Nick ontem à noite, seria legal se ela e Jake passassem o natal aqui com a gente."
"Sim, seria e muito, mas os dois vão voltar em janeiro."
"Ah..."
Chegamos no shopping quase sem conseguirmos entrar, já que estava muito lotado. Alli me puxou pra dentro de uma loja de roupas que na porta já estava lotada, lógico que conseguimos certa preferência, Alli separou várias peças e foi pro provador, saindo toda hora pra perguntar se tinha ficado bom. Minha pressão estava baixando dentro daquele lugar quente e lotado e meus olhos começavam a revirar juntamente com meu estômago. 
"Helô, vai ficar aí sentada, tem roupas maravilhosas aqui." Se olhou no espelho e depois pra mim. "Meu Deus! Você está pálida."
"Estou bem, relaxa." Respirei fundo. "Vou achar algo pra mim."
Ela estava com umas três sacolas cheias, enquanto eu só com uma peça na sacola. Umas quatro lojas depois, já não tinha mais estômago e uma tontura me consumiu, fazendo tudo ao meu redor ficar girando e girando. Me escorei na vitrine e Alli veio até mim.
"Amiga, o que está havendo?"
"Vamos pra praça de alimentação, preciso beber alguma coisa." Respirei fundo, soltando o ar pela boca depois.
Seguimos pra praça de alimentação, nunca parecia ter estado tão longe dela, peguei uma mesa enquanto Alli foi buscar os sucos. Bebemos até a metade em silêncio pra eu me recompor.
"E então, o que está acontecendo contigo?"
"Respira fundo, eu não sei como você vai encarar isso, mas vamos lá..."
"Ai meu Deus..."
"Não sei se o Cody chegou a te contar algo ou não, mas rolaram algumas coisas na Austrália..."
Ela negou com a cabeça. "Ele não quis nem tocar no assunto."
"Pois bem, dentre essas coisas, a gente transou e tudo, e essa transa vai mudar as nossas vidas pra sempre."
"Espera... Eu entendi bem?" 
"Eu estou grávida."
"Grávida?" Perguntou num tom alto, fazendo algumas pessoas olharem. 
"Parabéns, Alli." Murmurei. "Mas sim, eu e Cody vamos ter um bebê... Ou dois."
"Dois?" Arregalou os olhos.
"Para de gritar, logo mais todos estão sabendo." Revirei os olhos.
"Desculpa, eu só estou feliz, animada, radiante, eu já disse feliz?"
Ri pelo jeito como ela estava falando. "Exagerada."
"Como vocês não me contaram antes? Isso faz quanto tempo?"
"2 meses quase e porque o Cody ainda não sabe."
"Ainda não contou pra ele? Não acredito!"
"Acredite, não queria que ele pensasse que vim pra Los Angeles por causa da gravidez."
"Ele não pensaria isso."
"É claro que pensaria, conheço o Cody, ele poderia não falar, mas iria pensar."
"A senhorita pensou em tudo, ok." Riu. "Menino ou menina?"
"Não sei, não sei nem se é um bebê ou se são dois."
"Como é que não sabe?"
"No primeiro ultra não deu pra ver direito, quanto ao sexo, só no terceiro mês."
"Preciso dizer que estou mega ansiosa?"
"Não, não precisa." Acabei meu suco. "De volta às compras?"
"Só se estiver se sentindo bem."
"Eu estou. Ainda tenho que comprar os presentes do Cody."
"Presentes? Já se decidiu?"
"Um de verdade, pensei no perfume preferido dele, Acqua D'Gio, e um pra representar que ele vai ser pai, na verdade pensei em avisar a família desse jeito, ele abre e tãm tãm" Ri.
Ela riu. "Só você mesma, mas gostei, te ajudo a escolher."
No piso de baixo, tinham várias lojas de artigos pra bebês, em uma delas tinha comprado várias coisas pra Loren, então optamos por ela. Vi várias pessoas fotografando enquanto estávamos na loja, sabia que isso daria no que falar, evitamos ao máximo falar com os vendedores pra pedir dicas ou até entre nós mesmas. Escolhi com a ajuda dela dois bodys com a frase “mommy <3 daddy = me”, um azul e o outro rosa por não saber o sexo, o embrulho era uma caixa média, do mesmo jeito que eu estava imaginando. 
~ POV Cody Simpson ~
O apartamento ficava tão grande sem a Ísa, a presença dela ali já tinha se tornado indispensável pra mim, ela era minha companheira de tudo e em todos os sentidos, já não me via sem ela por nenhum dia. Depois de tanto perder, você começa a pensar nos valores importantes de recuperar, com o intuito maior de cuidar pra não ter outra vez a dor da perda. Tudo bem que o reencontro é reconfortante, mas independentemente disso, perdê-la não era sequer uma opção. Sem nada pra fazer, postei uma foto no Instagram com a legenda: "esperando meu amor" e marquei a Ísa nela, sabia bem que receberia xingamentos e gritos, mas estava disposto a comprovar o que não era novidade pra ninguém. Talvez não fosse uma das melhores formas de dizer, mas já tirava um grande peso de nossas costas, era estranho sair com ela e não poder nem tocá-la por causa dos paparazzis e do que diriam. Nisso já era tarde e Ísa chegou pouco depois cheia de sacolas, depois de deixar as sacolas no quarto, ela sentou no meu colo e me beijou.
"Oi." Sorriu.
"Oi, amor. Como foi?"
"Normal, comprei os presentes."
"Comprou tudo?"
"Tudinho. E você, o que fez?"
"Nada além de sentir sua falta e postar uma coisinha no Instagram."
"Que coisinha?" Arqueou as sobrancelhas.
"Abre aí e vê, só não me mate."
Ela me encarou e abriu em seu celular.
"Que legal, me marcou na sua boca."
"Sério que não está brava?"
"Claro que não!" Deu um tapa estalado no meu braço. "Idiota! Como você faz isso sem eu saber? Era pra assumirmos, mas não agora."
"Eu não aguento mais ficar dentro do apartamento, quero sair contigo pra poder te beijar em público, te abraçar, gritar aos céus que você é minha se for preciso."
"Quer que eu te beije?"
"Já sei que vai dizer "mas eu não vou"." Me imitou.
"Que pena, porque eu ia te beijar." Deu ombros.
Em um ato rápido, a deitei no sofá e fui por cima, colando nossos lábios em um beijo envolvente, porém apaixonado. 
"Nada mais do que beijo." Ela riu.
"Ah, sério?"
"Estou exausta, acha que fazer compras de natal com sua irmã é fácil?"
"Não quero nem imaginar." Ri.
"Mas foi legal, passamos um dia bom." Entrelaçou os braços no meu pescoço.
"Quer jantar comigo?" Mudei totalmente o assunto.
"Onde?"
"Recebi o convite pra inauguração de um restaurante no centro." 
"Ainda dá tempo de eu tomar banho?"
"Sim, ainda são 19h."
"19h? Fiquei todo esse tempo fora?"
"Pois é." Ri pelo nariz e bati dos lados da bunda dela, levantando em seguida. "Vou me trocar enquanto se arruma, já tomei banho."
"Ok."
Como de costume, ela demorou um século, mas em compensação, estava linda. Fomos pro restaurante mais à vontade com quem encontraríamos no caminho, etc. Não era tão longe, em dez minutos estávamos na porta, estava bem tumultuado de pessoas querendo entrar, então era provável que não tivessem mais mesas, mas de qualquer jeito fomos até a porta.
"É O CODY SIMPSON!" Alguém gritou, fazendo todos sacarem seus celulares pra tirarem fotos.
Acenei pra eles e puxei a Ísa até o cara que estava na porta.
"Ainda tem mesa pra nós?"
"Temos uma mesa reservada pro senhor."
"Sério?"
"Sim, digamos que a filha do dono seja sua fã."
"Nesse caso, pode nos levar pra mesa?"
"Podem ir com ela." Apontou pra uma moça loira com o uniforme do restaurante.
Seguimos com ela pra única mesa vaga do local, puxei a cadeira pra Ísa e sentei à sua frente. 
"Vou pegar os cardápios pra vocês, com licença." Se afastou.
"Não foi fácil?"
"Mais do que imaginava." Riu.
Peguei sua mão por cima da mesa. "Agora não precisamos esconder nada de ninguém."
"Você está certo, é bem mais fácil assim."
Beijei sua mão. "Amo você."
"Amo você também." Sorriu.
A moça trouxe os cardápios.
"Bebe um vinho comigo?" Perguntei pra decidirmos as bebidas depois dos pedidos.
"Não, eu parei de beber."
"É só vinho."
"De qualquer jeito, prefiro água."
"Ok..." Entreguei os cardápios. "Traga uma taça de vinho tinto e uma água pra ela."
"Pode deixar, com licença." Se afastou.
"Que novidade é essa de não beber?"
"Ah, Cody, novos hábitos..."
"Isso é estranho, um tanto quanto estranho."
"Não é não, você vai entender."
"Realmente espero te entender."

Não fomos muito tarde pra casa e isso possibilitou aos paparazzis nos fotografarem até o carro e, alguns deles, a fazerem várias perguntas. Nos desvencilhamos e entramos no carro, seguindo pra casa. Ísa foi direto pra cama, eu fiquei na sala assistindo ao final de um jogo de basquete que estava passando.

"Boa noite, amor." Beijei sua testa cuidadosamente pra que não acordasse e me deitei ao seu lado.
"Boa noite." Ela disse sonolenta e sem abrir os olhos.
Na manhã seguinte, acordei com um barulho vindo do banheiro, segundos depois Ísa saiu de lá mais branca do que nunca e se deitou, praticamente se jogou, na cama novamente.
"Tudo bem?"
"Tudo." Assentiu. "Meu estômago só não está legal."
"Quer ir pro médico ver isso?"
"Não!" Exclamou. "Estou bem, não se preocupe, Cody."
"Você está estranha desde ontem, o que aconteceu? Eu fiz alguma coisa?"
"É coisa minha." Suspirou.
"Deveria me contar, não vamos ficar escondendo as coisas do outro, somos um casal, um casal de melhores amigos acima de qualquer outra coisa."
"Não estou escondendo, é só... Sei lá."
"Ok, não vou forçar, quando quiser conversar eu estou aqui." Entrelacei a mão na dela.
"Ok." Aconchegou a cabeça no meu peito.
"Quer tomar café?" Brinquei com seu cabelo.
"Pode ir tomar, eu não quero."
"Prefiro ficar com você."
"Não precisa ficar sem comer só porquê eu não quero."
"Eu sei, só não quero levantar agora."
Meu celular deu bipe de mensagem e eu o peguei.
Will: "Entrevista hoje às 15h30, passo no seu apartamento às 14h30."
Cody: "O quê? Não, claro que não."
Will: "Eu já marquei."
Cody: "Deveria ter me consultado antes. Veja bem, hoje é dia 23 de dezembro, amanhã à meia-noite será natal, quem trabalha hoje?"
Will: "Você, eu, todos os interessados."
Cody: "Pqp! Isso está sendo exploração, qual sua dificuldade em entender que eu estou de férias? Não preciso ir nessa porra de entrevista se não quiser."
Will: "Cody Simpson nega entrevista e desaponta fãs por causa de seu novo relacionamento. Que tal isso nas manchetes de amanhã?"
Cody: "Deixa o meu relacionamento fora disso! Só estou cansado de ser explorado com trabalhos intermináveis."
Will: "Não foi você quem escolheu ser famoso? Agora aguente as consequências."
Coloquei o celular na cama e Ísa levantou os olhos pra me olhar.
"Íamos pro boliche hoje, mas não vai dar mais... Sinto muito, amor."
Suspirou. "Tudo bem..."
"É por uma entrevista, mas pode ir comigo, vai ser rápido."
Ela sentou na cama e balançou a cabeça. "Acho melhor eu ir me acostumando, não é?"
"Porquê diz isso?"
"Por seu empresário, ele sempre vai arrumar algo pra você fazer, não é como o Matt que te deixava ter uma vida parcialmente normal."
"É verdade..."
"Quem trabalha no dia 23 de dezembro?"
"Eu, como ele disse."
"Isso é ridículo." Levantou. "Mas enfim, já que vai sair, me deixa com o carro?"
"Pra?" Arqueei as sobrancelhas.
"Preciso passar na lavanderia e fazer compras pra casa."
"Achei que iria comigo pra entrevista."
"Não posso, a roupa não vai se lavar sozinha." Riu.
"Eu precisava de você, o assunto será nós."
"Vou estar com você, mas não fisicamente e, também, meu estômago não está bom."
"Ok, meu amor, novamente sinto muito."
Ela me deu um selinho. "Não tem problema, podemos ir outro dia."
"Não está chateada mesmo?"
"Fica tranquilo, não estou."
"Te amo."
"Te amo."
"Prometo que seremos sempre assim, apesar de todos os pesares que podem vir a nos atrapalhar."
"Me promete outra coisa?"
"O que?"
"Que vai estar ao meu lado sempre."
"Prometo."
Tomei café enquanto ela separava as roupas íntimas das outras pra mandar pra lavanderia. As peças íntimas foram pra máquina e as outras pra uma sacola grande.
"Podemos levar agora as roupas e mais tarde você faz as compras."
"Ok, pode ser."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Cody me levou até uma lavanderia, não sei se de propósito, mas justo uma em frente ao mercado onde fazíamos as compras. Ele tirou a sacola do carro e levou pra mim até o balcão, ia pedir pra retirar umas 16h, mas ele se apressou dizendo que viríamos lá pras 18h30.
"Era pra eu pegar umas 16h, Cody."
"E o que foi que eu disse?"
"Está ficando bobo?" Encarei ele.
"Só quero que esteja comigo." Suspirou.
"Eu ainda tenho as compras."
Ele olhou ao redor. "Que conhecidencia! Olha o mercado ali." Apontou.
"Você é idiota ou só está se fazendo?"
Ele fez beicinho e eu entrei no carro, ele estacionou no estacionamento do subsolo do mercado, pegamos um carrinho de compras e subimos. Algumas pessoas que passavam por nós quase viravam os pescoços a 360º pra nos olharem, alguns até sacavam os celulares pra tirarem fotos nossas. Cody passou os braços ao redor de minha cintura e beijou meu rosto enquanto andávamos. As compras demoraram mais ou menos uma hora, mas pelo menos tudo daria pra quase o mês inteiro.
"Como é difícil fazer compras." Ele riu no caminho pro carro.
"Achou que era fácil?"
"Achei, no máximo quando acompanhava minha mãe demorávamos dez minutos e só pegávamos coisas pro momento."
"Vá se acostumando, eu prefiro fazer compras por mês pra só ir complementando com o que falta."
"Vou me adaptar." Abriu o porta-malas.
[...] Acabei tendo que me arrumar pra ir à tal entrevista com o Cody, às 14h30 William passou no apartamento, mas não concordou muito em eu ir junto. Cody insistiu dizendo que seria melhor pra explicar o assunto e ele concordou, mesmo contraditório. A entrevista era pra uma rádio da cidade vizinha, várias fãs esperavam do lado de fora do local, Cody atendeu as que deu -e que o Will deixou- e entramos.
"Entram ao vivo em dez minutos." Ele disse.
"Cody Simpson e Heloísa Dobrev? Essa entrevista vai ser melhor do que eu esperava." O entrevistado e dono do programa "Ask Celebs", do qual íamos participar, apareceu. "É um prazer tê-los aqui na minha rádio!" Nos abraçou.
"O prazer é nosso." Dissemos juntos.
"Então, vocês estão mesmo juntos?"
"Saberemos na entrevista." Cody riu.
"Vou confiar nos meus instintos, sei bem que estão e são um casal lindo."
Nós rimos, eu ainda estava um pouco tímida com a mídia, não participava de uma entrevista haviam anos... Cody percebeu meu nervosismo, pegou em minha mão e depositou um beijo. Logo fomos chamados pra entrar no estúdio da rádio, três câmeras estavam posicionadas e uma mesa comprida estava com três microfones e um notebook, fora todos os equipamentos da rádio.
"Vamos começar?"
"Vamos." Cody disse.
"Oi, oi, oi gente, vamos começar agora mais um Ask Celebs, como sabem, amanhã o conteúdo em vídeo estará no site da rádio. Enfim, hoje temos Cody Simpson e, sua convidada especial, Heloísa Dobrev." Olhou pra nós. "Boa tarde."
"Boa tarde." Dissemos juntos.
"Ontem à noite eu coloquei um tópico pra fazerem perguntas e ele ainda está no ar, agora podem fazer perguntas pra Helô também. Vamos pra primeira pergunta pra iniciarmos a conversa de hoje." Deu uma analisada no computador. "Está na cara, mas vocês estão juntos?"
"Estamos." Cody entrelaçou a mão na minha, apoiando em seu colo.
"Cody admitiu contra sua vontade com a foto, Helô?"
"De certa forma, íamos falar depois das festas."
"Mas eu fui apressado." Cody balançou a cabeça.
"Vocês voltaram quando?"
"Quando ela veio pra Los Angeles."
"No mesmo dia?"
"Sim, no mesmo dia, por conta da viagem como vocês já sabem, não tínhamos mais dúvidas quanto ao que sentimos um pelo outro."
"O casal fofo está no ar novamente." Riu. "Quais os planos do casal pro futuro?"
"Os planos de qualquer outro casal, a ideologia de todos... Um casamento, filhos e uma casa, da qual já temos."
"Estão morando juntos?" Olhou pro computador outra vez. "Uma fã está perguntando se não é muito cedo pra esse passo."
"Não é cedo, porque nossa história vem de muito tempo."
"Podem explicá-la pra quem não sabe ou não conhece?"
"Eu e Cody nós conhecemos desde que éramos pequenos, eu era vizinha dele, nossas mães se tornaram próximas e nós também, fomos nos tornando melhores amigos, como somos até hoje. Ficamos 8 anos separados e agora acabamos nos separando agora de novo."
"Se vocês pudessem prever o futuro, acham que se veriam juntos?"
"Eu não tenho dúvidas de que sim." Sorriu e me deu um selinho.
"Por termos uma relação não só de casal, mas de melhores amigos também, acho que duramos sim."
"Amanhã vocês vão ver a cara de apaixonado que o Cody está fazendo pra ela, dá pra sentir o clima dos dois só de olhar."
"Isso é ótimo." Riu.
"Helô, de que parte do Cody mais gosta?"
"Parte emocional ou física?"
"Os dois."
"Emocional, eu gosto do jeito romântico e carinhoso que ele tem, é o cara que era rude e foi se tornando fofo e eu acho que é a melhor parte, fora que ele também é cuidadoso e sincero. E a parte física, vou ser sincera, é o rosto dele, o olhar, o sorriso, me perco nos olhos e nós lábios dele, são minhas partes favoritas."
O cara sorriu. "E você, Cody?"
"Parte emocional, ela é fofa e carinhosa, cuida de mim, é minha amiga sempre e eu também adoro a parte ciumenta dela." Riu. "Já que ela foi sincera na física, eu vou ser também, amo o sorriso dela, mas posso considerar os seios minha segunda parte favorita."
Senti meu rosto queimar de vergonha, só conseguia rir e os dois também.
"Cody!" Dei um tapa no braço dele.
"Só fui sincero, amor."
"Menos sinceridade na próxima pergunta dessa." Ri.
O restante da entrevista foi normal, perguntas sobre planos e tudo mais, Will não estava com uma cara nada boa quando saímos do estúdio, mas só foi falar no carro.
"Poderiam ter sido menos obscenos e melosos?"
"Poderia parar de se meter?" Revirei os olhos.
"Estou apenas aconselhando."
"Pelo que eu sei, o papel de mentor era do Justin."
"Está vendo ele aqui?"
Olhei pro Cody com indignação. "Demitiu ele?"
"Não, ele só está de férias, do mesmo jeito que eu pensei estar. Teve sorte de ter sido uma entrevista animada, ou eu te xingaria até as últimas."
"Nossa." Ele disse, indiferente.
Ao chegarmos no prédio, eu subi e Cody foi buscar as roupas. Aproveitei pra tirar as íntimas da máquina, dobrar e guardar em seus devidos lugares. Comecei a ficar tonta, então deitei e liguei a televisão, acabei quase por pegar no sono, fui acordar quando Cody chegou cantando no meu ouvido.
"You're my favorite song on the radio, I can listen at you all day, you're like a music video and I can look at you all day." Mordeu o nódulo de minha orelha.
Virei pra ele e demos um selinho demorado, depois ele passou por cima de mim e deitou ao meu lado.

"Pegou as roupas?"

"Sim, senhora."
"Obrigada."
"Por nada." Sorriu. "Seus pais vem pra cá passar o final de ano?"
"Talvez no ano novo, no natal não."
"E seu pai, vai visitar ele?"
"Amanhã, você vem comigo?"
"Tem certeza?"
"Claro que tenho, quero dizer pra ele que nós voltamos."
Ele coçou a nuca. "Mas da última vez..."
Interrompi. "Meu pai mudou, mudou de verdade e muito. É uma boa chance pra se tornarem amigos ou pelo menos se acertarem."
"Ok, eu vou com você..."
"Por vontade própria?"
"Sim, vai ser uma boa chance."
"Você é demais." Dei outro selinho nele e ele retribuiu.
"Hm... Eu sou mesmo." Riu.
"Como é modesto, até me impressiona."
Senti algo peludo passar no meu pé e em seguida Teddy estava no meio de nós dois, ficamos acariciando-o juntos enquanto sorríamos quando nós olhávamos.
"Ele deve estar feliz agora."
"Antes não estava?"
"Estava, mas agora a mãe dele também está aqui."
"Cody?" O chamei depois de algum tempo em silêncio.
"Fala, Ísa."
"Falou sério dos planos pro futuro?"
"Claro que sim, não quer se casar e ter filhos?"
"Quero, quero muito."
Ele beijou minha testa. "Vão ser nossos planos de uma vida a dois, concorda comigo?"
"Super concordo." Sorri.
Ficamos na cama com Teddy, conversando e brincando com ele, até escurecer. O vento frio entrava pelo vão da sacada e remetia que era provável que chovesse.
"Quer o que pro jantar?"
"Qualquer coisa que queira fazer."
"Ok, então vou lá fazer."
~ POV Jake Thrupp ~
Já era dia 24 de dezembro, enquanto meus pais estavam loucos com os preparativos da ceia de Natal, meus irmãos só estavam atrapalhando eles, então Nick deu a ideia de passarmos o dia na praia com os dois. Kipp e eu surfamos por boa parte da manhã, enquanto Nick e Poppy faziam castelos de areia. Meu irmão logo fez amizade com outros garotos que costumavam frequentar a praia sempre que vínhamos e eu fui pra areia.
"Estão se divertindo?" Aterrei a prancha de pé na areia.
"Sim, podemos morar nesse castelo se fizermos maior."
"Quer morar num castelo de areia?"
"Aham." Balançou a cabeça. "A Nick também vai morar comigo."
"Então vamos todos nós." Sentei ao lado da Nick. "Está distante, o que foi?"
"Nada, é só saudades de casa, do Justin... Nunca passamos o Natal separados."
"Sinto muito, amor..." Beijei a testa dela. "Logo estaremos em L.A. novamente."
"Eu sei, mas sei lá."
Abracei-a de lado, passando meu braço por seu ombro. Poppy logo veio chamá-la pra continuar o castelo, as duas se davam tão bem que às vezes era questionável se eu era o irmão ou a Nick, mas isso era bom, muito bom.
"Tão novos e já com uma filha." Uma senhora disse pra outra.
"Eu não sou filha deles, intrometida." Poppy disse sem parar o que estava fazendo.
"Que mal educada!"
"Ei, quem te ensinou a falar assim?" Nick questionou.
Ela apontou pra mim e pro Kipp na água, como eu já esperava que fizesse.
"Jake!"
"A gente só estava brincando de se intrometer na conversa dos outros e ela pegou isso."
"Poppy, é muito feio responder as pessoas desse jeito, não faz a mesma coisa que seus irmãos fazem, ok?"
"Ok, eu não vou fazer mais." Abraçou ela.
"E o senhor, Jake, não ensine essas coisas."
"Sim, senhora." Fiz sinal de quartel.
"Idiota." Riu.
"Jake..." Fez uma voz manhosa. "Quero almoçar."
"Ok, pequenininha, vamos almoçar."
Chamei Kipp pra irmos almoçar, mas ele preferiu ficar na água, seguimos pra um restaurante na areia mesmo, dali era o nosso preferido. Pedimos hambúrgueres e refrigerantes e ficamos conversando durante a espera.
"O que eu vou ganhar de natal?"
"Só vai saber de noite, depois que comermos."
"É brinquedo?"
"Não sei, seja paciente."
"Mas... Ah..." Fez beicinho.
"Não seja chata."
~ POV Cody Simpson ~
Logo ao acordar no dia 24, meu celular estava com várias notificações, incluindo uma sms da Alli.
Alli: "Animado pro primeiro natal com a Ísa?"
Cody: "Claro que sim."
Alli: "Já comprou todos os presentes?"
Cody: "Já, eu acho que já."
Alli: "Como "acha"? Comprou o que pra ela?"
Antes de responder, chequei minha sacola dos presentes de natal, vendo todas as etiquetas com os nomes. Olhei pra Ísa dormindo na cama e olhei a última etiqueta, não era pra ela.
Cody: "Qual a probabilidade de ter alguma loja aberta hoje?"
Alli: "1%, eu não acredito que esqueceu!"
Cody: "Eu não esqueci, eu achei que já tinha comprado. O que eu faço?"
Alli: "Fala a verdade, não vai achar nada aqui aberto."
Cody: "Porra, eu não podia ter feito isso... Ela vai se chatear, logo agora..."
Alli: "Devia ter pensado antes, tenho certeza de que ela vai ficar chateada contigo."
Cody: "O que eu faço? Não posso dar essa mancada, Alli, me ajuda."
Alli: "Não há nada pra se fazer."
Cody: "O que eu menos queria agora era magoar ela, eu te juro."
Alli: "Você já sabe?"
Cody: "De que?"
Alli: "Nada... Apenas fique com ela o máximo do seu tempo."

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hey girls, tá bem grande pra compensar o demoro, mas eu troquei de celular e não conseguia conectar o gmail pra escrever... Enfim, o que acharam? O que acham que a Ísa vai dizer/fazer quando souber que o Cody esqueceu? Como ele vai reagir quando souber da gravidez? O pai da Ísa e o Cody vão se acertar? Se eu não postar mais até o natal (eu espero postar, maaas...) feliz natal pra todas vocês, que todos os desejos e sonhos se realizem e que vocês sejam felizes pakpskpaks COMENTEM, CONTINUO COM +10 COMENTÁRIOS, xoxo <3