Fiquei conversando com ela
enquanto o pessoal estava na piscina, a maioria do lado de fora, apenas com os
pés na água. Sarah já tínhamos soltado um pouco, estava conversando com Angie e
com minha mãe, Matt com meu pai e Brad, mas às vezes os dois se olhavam e davam
um leve sorriso pro outro. Já não esperávamos mais ninguém quando a campainha
tocou, alguém foi abrir, voltando com o Willian, pra minha enorme surpresa.
"Nem me convidaram pra festa."
"Era uma festa surpresa." Alli disse,
saindo da água e sentando ao meu lado.
"Garanto que a lista de convidados foi
feita pela malinha aqui." Apontou pra mim.
"Não foi só por mim, mas, de qualquer
forma, ninguém lembrou de você." Apoiei o corpo sob meus braços pra trás.
"Sem brigas, vai." Cody disse ainda da
piscina.
"Não foi eu quem começou."
"Não dá trela, pequena."
"Não dou, mas se ele provocar..."
"Will, para de irritar ela, ela não pode
passar nervoso."
Ele ergueu os braços e os deixou cair em suas
pernas. "Não tenho culpa."
"Dá pra viver todos em paz? Minha nora não
vai passar nervoso por sua causa e, se for pra vir provocar, é melhor que vá embora.
Gostamos de você aqui, somos gratos por estar com o Cody, mas desse jeito não
vai dar." Angie disse e eu sorri pra ela.
"Todos aqui resolveram defender a garotinha
e me ofender? Muito legal."
"Não fode." Cody saiu da água, ficando
de frente pra ele. "Está tudo certo por aqui hoje, não fode, por
favor."
"Vamos embora, Cody?"
"Vamos, pequena."
"Já? Não me deixa, amiga." Alli fez
beicinho.
"Vou jogar esse cara debaixo de um ônibus
se eu continuar aqui."
"Nossa, que medo."
"Vai tomar no meio do seu cu, cara."
Levantei e fui pro lado do Cody.
"É melhor a gente ir mesmo." Me puxou
em direção à entrada. "Vou trocar de roupa lá em cima, tá mãe?"
Subi com ele até o quarto e me sentei na cama
enquanto ele tentava achar uma roupa que quisesse colocar, enquanto isso o chão
já tinha uma enorme poça de água abaixo dos pés dele.
"Está molhando tudo, Cody."
"Pega uma toalha pra mim no banheiro."
Apontou.
Na boa vontade, levantei e segui pro banheiro,
abri a ultima gaveta da pia e peguei uma das toalhas, assim que levantei, suas
mãos envolveram minha cintura e seus lábios tocaram meu pescoço, seu corpo
gelado contra o meu trazia os mais diversos arrepios. Sentia falta do toque
dele e isso só me atiçava ainda mais, permaneci de olhos fechados e com as mãos
fechadas apoiando meu corpo sob a pia. Seus lábios roçavam um caminho do fim de
minha orelha até o meio de minhas costas, onde ele deu uma leve mordida, meu
pescoço começou a ser alvo de seus chupões, doloridos e com voracidade, mas sem
perder o carinho que ele me passava. Virei de frente pra ele, tomando seus
lábios com tamanha rapidez, nos beijamos até perder completamente o fôlego, uma
de suas mãos agarrava meu cabelo e a minha arranhava seu pescoço. Separamos os
lábios, mas as testas continuaram coladas, nada podia dizer mais naquele
momento que nossos olhares, decifráveis apenas pra nós mesmos. Ele queria me
possuir tanto quanto eu queria ser possuída e isso fodia com meu intelecto,
assim que sabia que não seria possível tal como eu imaginava.
"Eu te amo." Selou meus lábios e puxou
o interior pra si.
"Também te amo." Depositei um beijo em
seu pescoço. "Me desculpa por não poder suprir suas necessidades."
Abracei ele, alojando minha cabeça em seu peito.
Ele beijou minha testa com suavidade. "Isso
não importa, não mais do que seu bem estar e dos nossos meninos." Sorriu.
"Mas saiba que, quando estiver boazinha, vai me recompensar."
"Com toda a certeza." Apertei seu
corpo contra o meu. "Agora vá se trocar, me deixou toda molhada."
"Em que sentido?" Perguntou com
malícia.
"Hm... Talvez nos dois." Mordi o lábio
inferior.
"Assim que eu gosto." Piscou pra mim
antes de tomar a toalha de minhas mãos e ir pro quarto.
Logo depois de ele se trocar, nos despedimos bem
rápido de todos e fomos pro carro. Em 10 minutos estávamos estacionando no
prédio, ele me abraçou por trás e fomos andando assim até chegarmos no sofá.
"Já marcou a consulta desse mês? Eu quero
ir."
"Claro que quer, se não quisesse iria
arrastado."
"Trate de marcar sempre pro dia 20 mais ou
menos."
"Pode deixar, na consulta desse mês já vou
marcar, é o nosso momento, quero muito que esteja comigo."
"É um dos melhores momentos da minha
vida."
A tarde se passou rápido, até talvez por não
termos ido dormir tarde da noite, a gravidez estava me matando de sono, ainda
mais do que de enjoo.
No dia seguinte, recebi uma sms da Alli logo
cedo, dizendo que o Josh estava a caminho de casa e ela estava sem sequer saber
o que pensar. Estava tão cedo que nem eu mesma conseguia raciocinar... As
mensagens começaram a vir seguidas, me fazendo ter que despertar, apertei meu
rosto com as duas mãos depois de quase arrancar meus olhos os coçando e olhei
pro celular.
Helô: "Como
sabe que ele está vindo?"
Alli: "Antes
de ir, ele me disse em qual dia e voo voltaria."
Alli: "E
o voo acabou de chegar."
Alli: "Eu
não sei o que fazer!"
Helô: "Primeiro
espera ele chegar, depois você tenta tirar dele o que aconteceu."
Alli: "Eu
não vou conseguir, vou gritar com ele."
Helô: "É
só não gritar."
Helô: "Tenho
que voltar a dormir, amiga, qualquer coisa vem aqui ou me liga."
Coloquei meu IPhone no modo "não
perturbe" e voltei a deitar, Cody já estava com os olhos arregalados pra
mim.
"Porquê diabos acorda a essa hora pra
responder mensagem?"
"Era sua irmã, pode ver se quiser."
Afundei a cabeça no travesseiro. "Agora me deixe dormir."
~ POV
Alli Simpson ~
Depois das mensagens pra Helô, não podia mais
incomodar ninguém, tinha que me virar. Olhava a hora de minuto em minuto,
sabendo que, a qualquer momento ele estaria ao lado de casa, ou em casa. Eu não conseguia imaginar
como seria minha reação, se pularia nos braços dele ou no pescoço... Não deva
pra imaginar porra nenhuma que estava por vir, nem o que pensar eu sabia. Desci
pra sala sem fazer barulho e sentei na janela que dava pra rua, dava pra se ver
perfeitamente a frente da casa dos meninos. 8h40, 9h, 9h30... E enfim um táxi
para lá, meu coração subiu até minha boca, desceu pro meu estômago e enfim
voltou pro seu devido lugar. Droga, droga, droga! Não devia ter levantado,
pensei comigo mesma em meus pensamentos assim que o vi pegar as malas e seguir
pra dentro de sua casa.
"O que faz acordada, meu amor?"
"Estava vendo se o Josh iria chegar."
Levantei uma das mãos e a deixei cair sob minha perna.
"E ele chegou?"
"Chegou..."
"Vai lá falar com ele."
"Não, ele que venha falar comigo, não
retornava minhas ligações, não dava nem sinal de vida."
"Vai tirar satisfações com ele."
"Ele que venha até aqui." Dei ombros.
Ela riu de leve, balançando a cabeça em seguida.
"Você quem sabe."
"E já me decidi, vou voltar pra cama."
Voltei pro meu quarto, fechei as cortinas pra
deixar um pouco mais escuro e deitei, olhei o celular e tinha uma ligação
perdida da casa dos meninos há, exatamente, 3 minutos atrás. Ignorei e tentei
apertar os olhos pra dormir, não consegui resultado algum já que a ligação não
saía da cabeça. Mais ou menos uns dez minutos depois de eu ter deitado, escutei
batidas na porta, mesmo antes que dissesse "entra" a porta se abriu,
exibindo um grande buquê na frente de alguém e esse alguém só podia ser Josh.
"Não vai falar nada, amor?" Tirou o
buquê de sua frente.
"Claro, tenho muito o que falar."
Cruzei os braços.
Ele entrou e fechou a porta com a mão livre, me
entregou o buquê e sentou à minha frente. "Pode começar."
"Você quem tem que falar."
"Hãm? Mas você acabou de dizer que tinha
que falar." Arregalou levemente os olhos.
"Mas não sou eu que tenho que falar, você
me deve as mais diversas explicações."
"Sobre o que?"
"Sobre essa maldita viagem. Eu te liguei
QUASE TODOS os dias e nunca recebi sequer uma resposta ou uma mensagem dizendo:
"Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", ao invés disso, tudo o
que eu ganhei foi a infelicidade de ver suas fotos com outra garota, muitas
fotos. Foi uma das piores passagens de ano da minha vida graças a você, dai agora
você vem e me entrega um buquê de rosas achando que vai ficar tudo bem? Está
muito enganado, muito mesmo, não tem noção do quanto!"
"Posso explicar? Obrigado." Limpou a
garganta. "Meu celular estourou quando eu estava andando de skate e, pra
completar, caiu na água. Eu até quis te ligar, queria mandar mensagem dizendo:
"Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", mas eu não sei seu número
de cor, não sei o número de ninguém."
"Tinha twitter ainda. E quanto à
menina?"
"A Stacy? É minha prima." Riu.
"Ela é como se fosse uma irmã pra mim."
Dei um soco com toda a força no ombro dele.
"Porquê nunca me falou dela? Estou com vontade de te matar!"
"A única coisa que vai matar, é a saudades
que eu estou sentindo de você." Abriu um sorriso sapeca, enquanto a luz
refletia seus olhos verdes.
"Com meus pais aqui não e ainda estou
brava."
"Brava porque? Eu já te expliquei
tudo."
"Você me traiu enquanto estava lá? Dormiu
com outra? Pensou em outra?" Arqueei as sobrancelhas.
"Para de ser paranóica, a única pessoa em
que eu pensei todos esses dias foi você, estava louco pra te ver e sou recebido
aqui sem nem sequer um beijinho."
Fiz beicinho, rendida pela voz fofa que ele
estava fazendo e me debrucei mais pra frente, chegando bem próximo de seus
lábios. Iniciamos com um selinho, que foi se intensificando e tomando vontade.
"Parou, disse que aqui não." Selei os
lábios dele outra vez. "Vou colocar as rosas na água."
"Ok, vou te esperar aqui." Deitou onde
estava assim que eu levantei.
Desci em leves saltinhos pro andar de baixo,
fazendo minha mãe rir assim que me viu. Deixei as rosas num caso da sala e subi
novamente, depois de minha mãe ter dito que, quando o café estivesse pronto,
nos chamaria. Josh estava deitado com as mãos atrás da cabeça e os olhos
semicerrados, quase dormindo, deitei junto dele, me aninhando em seus braços.
"Senti sua falta." Beijou minha testa.
"Eu também, Josh."
"Não me chama de Josh."
"Quer que te chame do que?"
"Amor, como sempre."
"Que carência, heim."
"Óbvio, agora estou com a minha namorada e
quero toda a atenção do mundo."
"Também quero muito atenção, você não
imagina o quanto enchi o saco da Ísa por sua causa."
"Sinto muito, não queria te deixar
preocupada ou algo do tipo."
"Tudo bem, já entendi, amor."
"Tenho que passar lá no Cody depois, trouxe
umas coisas da viagem."
"O que?"
"Um presente pro quarto dos bebês, mas como
não sei o sexo, trouxe dois."
"Awn!" Pausei. "Deixa eu
ver?"
"Não, na hora você vê, ainda tenho que
pegar na mala."
"Vamos lá mais tarde? Podemos chamar eles
pra almoçar no shopping ou algo assim."
"Ligo pro Cody daqui a pouco."
~ POV
Heloísa Dobrev ~
Alli ligou pouco depois de termos tomado café e
me prendeu no telefone por meia hora, falando sobre o Josh ter chego e como ele
foi fofo, sobre o buquê que ele deu, ela falava tudo tão rápido que me fazia
rir mais do que prestar atenção, mas consegui entender tudo, já que ela repetiu
umas duas vezes cada coisa. Ao fim, ela marcou de almoçarmos no shopping,
concordei e o Cody, por milagre, também. Passei um pano pela sala e cozinha,
tirando o pó dos móveis e depois do chão.
"Para de se esforçar, vou contratar alguém
pra limpar aqui."
"Cody, veja bem, não é esforço nenhum
passar um pano pela casa, me sinto inútil sem fazer nada."
"Não quero que faça nada pra se esforçar,
não estou brincando. Depois vou procurar alguma indicação e logo terá alguém
pra te ajudar."
"Mas, se for pra colocar, não coloque
ninguém aqui que fique o dia inteiro, uma vez por semana está ótimo."
"Tem certeza?"
"Absoluta, não preciso que alguém faça tudo
por mim."
"Mas, quando a barriga já estiver grande,
vai ter alguém aqui."
"Ok." Revirei os olhos.
"Vou tomar um banho, daqui uma hora e meia
eles passam aqui."
"Não demora, também vou querer tomar
banho."
"Não vou, amor, e ainda tem o banheiro do
corredor."
Fui pro meu banho, lavei o cabelo, hidratei o
corpo com um creme depois, já deixei o rosto com o make preparado, bem leve,
apenas base, pra encobrir umas espinhas que estavam na minha testa, e um pouco
de rímel. Separei uma roupa e a deixei na cama, coloquei um vestido solto e fui
pra sala com a toalha enrolada no cabelo. Cody foi pro banho assim que eu saí,
não demorou quase nada e ele estava na sala outra vez. Enrolei um pouco com um
pote de sorvete antes de ir secar meu cabelo. Acabamos de nos arrumar pouco
antes de eles chegarem.
"Como foi na Austrália, bro?"
"Estourei meu celular... Fora isso, tudo
bem."
"Entrega logo, estou curiosa."
"Entregar o que?" Perguntei, me
juntando a eles no sofá.
"Josh tem uma coisa pra vocês."
"O que?"
Ele pegou a sacola que estava no chão, escrita Alfred's
nela e colocou no colo do Cody.
"Espero que vocês gostem, não sabia qual
trazer, então trouxe os dois."
Ele abriu a sacola, eu peguei um dos embrulhos
em plástico bolha e ele o outro.
"O que é?"
"Abre, ué."
Rasguei o plástico bolha com dificuldade, já que
estava com muito e muito bem enrolado com durex, no meu tinha a parte de cima
de uma prancha com o apoio atrás e a cor era azul, já a do Cody era rosa, ambos
tinham detalhes não muito extravagantes. Meus olhos marejaram na mesma hora,
Cody me olhou sorrindo bobo.
"Espero que vocês gostem, mandei fazer no
Alfred's, sei que o Cody tinha uma de madeira quando era pequeno e ele
adorava."
"Cara, eu adorava mesmo, achei que ninguém
lembrava disso, nem minha mãe." Riu.
"Awn, Josh! É o primeiro presente pro
quarto, você é demais!" Abracei ele.
"Fico honrado por isso." Sorriu e
beijou meu rosto. "Se preparem por que esses bebês vão ser muito
mimados."
"Eu não duvido nada disso." Cody
sorriu bobo.
Fomos pro shopping logo em seguida, fazia tempo
que não saía em casais com a Alli, ainda mais pro shopping. Não demorou pra que
todos ali começassem a nos olhar quase quebrando seus pescoços, flashes
piscavam de segundo em
segundo.
"As meninas decidem... Menos compras de
horas e horas." Acrescentou.
"Vamos jogar?" Sugeri.
Após os três concordarem comigo, subimos pro
penúltimo andar, onde a sala de jogos estava. Começamos jogando aquele de
carros e motos, eram os únicos livres no momento, depois de eu e Alli perdemos
feio pra eles resolvemos jogar naquela mesa que se bate no disquinho de um lado
pro outro, eu contra ela, depois Cody contra Josh, ficaram Alli e Cody pra
disputarem a final, ele ganhou, claro. Jogamos em quase todos os jogos ali, a
única coisa desconfortável era o pessoal em cima de gente, fotografando sempre.
Pra minha surpresa, não fui a primeira a pedir pra que fossemos comer, Alli se
encarregou disso. Enquanto eu e ela pegávamos uma mesa, eles foram fazer os
pedidos dos nossos lanches.
"Quero te fazer um pedido, na verdade é
mais um convite."
"Pode falar, sou todinha ouvidos."
"Lembra da ideia daquele chá de bebê que eu
te contei?"
"Lembro!" Seus olhos brilharam e ela
levou uma das mãos pra apoiar seu queixo na mesa enquanto me olhava fixamente.
"Tenho ultrassom daqui a 10 dias, a partir
do terceiro mês já tem chances de se saber o sexo, então quero saber se você
está disposta a nos ajudar."
"ISSO É PERGUNTA QUE SE FAÇA?"
"Não grita!" Ri. "Todos olham pra
nós quando faz isso." Revirei os olhos. "E depois não param mais de
olhar."
"Ok, vou ficar quieta. Sua irmã vai
participar também?"
"Não, eu acho que não, não temos nos falado
desde o final do ano, ela não responde minhas mensagens, então..."
"Mas vocês só brigam."
"Não brigamos, na verdade." Dei de
ombros, entortando de leve os lábios.
"Seja lá o que tenham feito, então."
Voltou com seu semblante totalmente alegre. "Já estão pensando nos
nomes?"
"Nomes? Não, é muito cedo, não fazemos
ideia do sexo ainda."
"Mas deviam estar pensando, dai teriam
muitas opções até que soubessem."
"Deixemos isso pra depois." Ri pelo
nariz e olhei pra trás, me certificando de que eles não estavam vindo.
"Está me incomodando saber que o Cody logo não vai ter mais tempo, no fim
do mês começam os ensaios e depois já vem a turnê."
"Espera aí, mas você vai no primeiro round,
não vai?"
"Vou, mas e depois? Vou passar vários dias
sozinha em casa."
"Sozinha não, eu vou ficar com você."
"Vai é?"
"Sim, Cody não te disse? Não vou te deixar
sozinha."
"Você é um anjo."
"Claro que eu sou."
"Modéstia parou aí, né?" Dei língua
pra ela, que riu, mas nossa conversa parou por os meninos estarem vindo.
"Do que estavam rindo?" Cody
perguntou.
"Nada, coisas de menina."
Mudamos totalmente o rumo do assunto e, do nada,
eles começaram a falar sobre time, a chave pra chatice... Eu, particularmente,
não era nada amiga de esportes com bola, na escola eu sempre era o
"alvo" dela. Preferia me exercitar com academia, caminhada, dança e
todas essas outras coisas mais leves. Depois de comermos, passamos pra comprar ingressos
pra uma sessão de cinema, o filme seria A Menina Que Roubava Livros, era uma
superprodução muito boa e bem recomendada, aderiu às minhas expectativas e até
os meninos gostaram, um milagre. Compramos milkshakes depois, demos mais
algumas voltas e sentamos em um banco que se esvaziou assim que viram que
queríamos sentar. Bastou isso pra que nos cercassem, pedindo vários autógrafos
pro Cody e tirando várias fotos, umas apenas com ele, outras com todos nós.
Três seguranças correram até onde estávamos, afastando toda a multidão.
"Melhor irmos." Cody disse, me puxando
pra levantar.
"Mas já?"
"Não quero causar tumulto aqui,
pequena."
Ele acenou, fazendo "paz e amor" pras
fãs no local, que acenaram de volta, pareciam ter entendido. Fomos pro
estacionamento do shopping sem que nos cercassem por conta de os seguranças
terem feito uma escolta até lá.
"Espera, espera, espera!"
"O que foi?" Os três me olharam.
"Eu quero um doce."
"Que doce, Ísa?"
"Torta, torta holandesa."
"A gente compra numa confeitaria por aí,
pode ser?"
"Não, eu quero a do shopping."
"Não contradiga ela, Cody."
"Então vai lá com ela, esperamos vocês aqui
no carro."
~ POV
Cody Simpson ~
As duas saíram do carro e eu abri o vidro por
ser muito abafado no estacionamento, com toda a certeza elas demorariam pra
voltar, mulheres no shopping nunca vão comprar algo logo de cara, verão todas
as vitrines a seu redor, mesmo que já tenham visto antes.
"E aí, bro, como está indo essa nova vida
de pai?"
"Bem, cara, estou tão ansioso quanto ela,
nunca pensei que fosse ser assim, sabe?"
"Entendo, ela te fez crescer, fico feliz
com isso, vocês lutaram tanto, mereciam um final feliz mesmo."
"Não é um final ainda, não." Ri de
leve, repousando as mãos sob o volante.
"Foi um modo de dizer, você sabe."
Riu. "Eu e Alli nos acertamos também, parece que tudo está indo bem."
"Melhor não falarmos muito ou acaba
estragando."
"Isso é." Pausou. "E a
turnê?"
"Dia primeiro já vamos pra estrada, vamos
começar com New York e eu não faço quase ideia de quais países ou cidades virão
depois."
"Will quem organizou?"
"Sim, só escolhi os dias, os ultrassons
estão sendo pro dia 20, mais ou menos, então escolhi até dia 15 na estrada e o
restante em casa."
"Está mesmo empenhado."
Apenas sorri.
Esperamos por mais de meia hora e nada delas, estávamos
quase indo atrás quando chegaram, ao invés de apenas um pedaço de torta, como
achei que seria, cada uma trazia uma embalagem consigo.
"Esperamos acabar o tempo da geladeira,
essas foram as últimas a sair." Ísa explicou antes mesmo de termos perguntado.
"Uma inteira não é muita coisa, amor?"
Perguntei com ar de riso.
"Claro que não, está uma delícia,
sabia?"
"Antes que pergunte, sim, ela já comeu um
pedaço lá em cima." Alli riu, se ajeitando no banco de trás.
"Desse jeito vai virar uma bolinha."
"Você cala a boca, heim, Cody
Simpson."
"Vou te amar mesmo uma bolinha."
Abracei-a de lado e beijei seu rosto demoradamente.
"Awn!" Alli disse num quase grito.
Deixamos Alli e Josh em casa e seguimos pra
nossa, Ísa veio falando com a mãe no telefone, que dizia que a Loren queria vir
pra nossa casa, mas ela achou melhor no dia seguinte, dai conseguiria passar
mais tempo e tudo mais. Eu adorava a Loren, ela era igualzinha a Ísa, em geral
eu adorava crianças, mas ela era especial, não só por ser minha cunhada, mas
pelo jeito carinhoso dela comigo, por sua fofura. Não deram nem cinco minutos
que tínhamos chegado e Ísa já pegou a torta pra comer, me apoiei na bancada e
fiquei observando ela comendo com ligeira rapidez, mas aproveitando cada
segundo.
"Não quer um pedaço?"
"Talvez um pouquinho." Sentei do lado
dela.
"Abre a boca." Cortou um pedaço da
torta com a colher e depois me olhou. "Abre a boca." Repetiu.
Rindo, fiz o que ela pediu e ela equilibrou a
torta na colher no caminho até minha boca.
"Pega um prato pra você, bebê."
"Não quero não, depois você deixa um pedaço
pra mim."
"Não."
"Ah, é assim?"
"Sim, é assim, vou comer tudinho, meus
filhos merecem."
"Nossos filhos, não esqueça." Cutuquei
o braço dela.
"Não esqueço pode deixar, mas agora eu vou
comer."
"Não vai não." Tirei a caixa da frente
dela e levei pro balcão da cozinha. "Agora você vai me dar atenção até
dizer chega." Deitei com a cabeça no colo dela.
"Carência?"
"Um pouco."
"Que fofo." Sorriu.
"Não é fofo."
"Claro que é." Distribuiu uma
sequência de beijos em meu rosto.
"Não, Ísa, não é. Quero carinho, pode
ser?"
Riu e colocou os dedos no meio do meu cabelo, eu
não gostava muito de cafuné, mas não conseguia dizer não pra ela, o dela era
simplesmente o melhor de todos.
"Adoro seu cabelo, tomara que nossos filhos
puxem isso de você." Sorriu. "Na verdade, não só isso."
"Assim fica complicado, seria muito mais
lindo se puxassem você."
"Não inventa."
Ficamos meio que discutindo com quem queríamos
que eles parecessem, vieram até ideias de nomes, mas quando decidíssemos, isso
ficaria em
segredo.
[...] Quase perto do almoço no dia seguinte,
enquanto Cody foi buscar minha irmã pra ficar conosco, estava sozinha no
apartamento quando a campainha tocou, estranho pois sempre o porteiro avisa que
alguém está lá embaixo, a menos que seja Alli ou os pais do Cody, então pensei
na possibilidade de ser eles ou a Nina e Ian. Levantei do sofá sem vontade
alguma e fui abrir, quase caí pra trás ao ver Thomas ali, a primeira coisa que
pensei foi "como ele chegou aqui e subiu sem ser identificado?".
"Posso entrar? Vim em paz." Me tirou
dos pensamentos.
Assenti lentamente, ainda muito confusa, assim
que ele entrou fechei a porta atrás de mim e o olhei, demonstrando toda a
confusão em minha mente.
"O que está fazendo aqui? Como me
encontrou? Como subiu?" Joguei todas as perguntas de uma vez.
"Posso sentar?"
"Senta." Dei ombros.
"Vim te pedir perdão."
"Perdão?"
"Sim, por ter te deixado ir sem cogitar,
por ter sido um péssimo noivo... Enfim, por tudo. Nunca pensei que sentiria
tanto a falta de alguém como sinto a sua."
"Eu não posso falar que sinto sua falta,
porque não sinto, você nunca esteve comigo de corpo e alma, eu gostava de você,
mas todos os poréns que juntei nos anos que ficamos juntos me fizeram perceber
que não estava feliz com você. No começo era diferente, mas depois que
conseguiu o que queria caiu na rotina e isso foi tirando minha admiração por
você."
"Quer dizer que, quando terminou comigo,
não sentia mais nada?" Seus olhos continham indignação.
"Não sei bem, eu esperava pelo menos que me
pedisse pra reconsiderar."
"Eu estava puto da vida com você, não
passou nem pela cabeça que você viajaria quase que em seguida."
"Mas eu viajei e não mudaria de
ideia."
"Porquê fez isso? Tinha outro motivo se não
o de amar o loiro narigurado com quem me traiu?"
Suspirei pela baita infantilidade dele. "Eu
tinha acabado de descobrir que estava grávida."
"Você o que?" Alterou o tom e levantou
do sofá. "Me traiu e ainda por cima engravidou?"
"Thomas, o que está fazendo aqui?"
Passei as mãos pelo rosto.
"Você está grávida?" Me olhou dos pés
à cabeça, parando na minha barriga.
"Estou, estou grávida do cara que eu amo e
vou me casar com ele."
"Quem te garante que esse filho não é
meu?"
"Quando descobri que estava com duas semanas
de gravidez, exatamente o mesmo tempo em que estava na Austrália, eu e você não
transávamos a mais de um mês, talvez quase dois."
"Não, Helô! Que porra, não pode ser!"
Me deu um pouco de dó ver ele ali arrependido e
se lamentando, mas ele tinha escolhido isso e meu amor pelo Cody era muito
maior do qualquer coisa que já tinha sentido por ele um dia.
"Eu queria que tivesse sido
diferente."
"Mas não foi, você não se esforçou."
Ouvi a porta destrancar atrás de mim e respirei
fundo, me virando pra porta. Antes de perceber Thomas ali, ele me deu um
selinho e Loren me abraçou, vindo pro meu colo.
"Amor, cuidado, viu?"
"Ela não é pesada, Cody."
Ele olhou de relance pro sofá e me puxou pro
lado pra ver melhor.
"O que esse babaca está fazendo aqui?"
Me encarou.
"Calma! Calma!" Repeti, colocando uma
mão no ombro dele.
""Calma" meu pau, que porra é
essa?"
"Cody!" O repreendi por minha irmã
estar aqui e a coloquei no chão. "Vai pro quarto, meu amor, liga a
televisão lá que a gente já vai."
Ela cutucou a perna do Cody. Ele desfez a
ignorância de antes e a pegou no colo.
"Não briga, tá bom?" Beijou o rosto
dele.
"Espera lá no quarto, já vamos."
Sorriu e a colocou no chão.
Loren foi pro quarto e fechou a porta, Cody já
estava perto do Thomas e ele de pé, entrei no meio.
"Vocês não vão brigar." Olhei pro
Thomas. "A única coisa que quero é saber como subiu e como chegou no
prédio."
"Sua irmã."
"Ótimo, agora está bem explicado o porquê
de ela ter sorrido pra mim lá em baixo." Balançou a cabeça e o ar saiu
enfurecido por suas narinas.
"Cai fora daqui, Thomas, vai viver sua
vida, vai arrumar alguém que te ame ou casa com seu trabalho e fica só nos
pegas, mas vai embora daqui, me deixa ser feliz, caralho."
"É isso o que quer?"
"Sim, é isso o que eu quero."
"Bem, então espero que seja feliz,
anjo."
Anjo? Mas que porra... Ele nunca tinha me
chamado de nada, enfim, isso só provava que ele achava que eu era fácil e me
conseguiria com palavras. Pois se pensava assim, estava totalmente enganado.
"Você não soube aproveitar e dar valor enquanto
tinha e agora quer tirar ela de mim? Você é um puta dum babaca."
"Cala a boca, estou falando com ela."
"Não me manda calar a boca não."
Levantou o indicador pra ele, sentia sua respiração pesada no meu pescoço.
"Parem os dois. Vai embora, Thomas."
"Posso te dar um abraço de despedida?"
Deixei que ele me abraçasse rapidamente e o
empurrei depois, fui até a porta e a abri. Ele saiu, se despedindo com um
meneio de cabeça, fechei a porta e olhei pro Cody, ele estava puto e aparentava
isso.
"Eu não fazia ideia de que ele vinha aqui,
não fazia mesmo."
"Desculpa a palavra, mas sua irmã é uma
vadia."
"Eu acabei de perceber." Sentei ao
lado dele. "Eu sei que ela não gosta de você, mas eu achei que agora que
eu estou grávida seria melhor, sabe? Mas não, ela dá força pro meu ex vir quase
arruinar meu relacionamento."
"Acho que ela não tem mais jeito."
Cody olhou pela janela que dava pra frente do
prédio e me olhou incrédulo.
"O que foi?"
"Tem um bando de carros de televisão lá em
baixo."
"O que?" Levantei num pulo. "Eu
vou resolver isso agora."
"Eu vou com você, não pode pode passar
nervoso."
"Eu vou, você fica aqui."
Saí do apartamento, parecia que justo hoje todos
tinham resolvido pegar o elevador, que estava parando em todos os andares
abaixo do nosso. Passei quase levando qualquer um que cruzasse meu caminho,
tinha certeza de que Nina estava por trás disso e só confirmei minhas suspeitas
ao chegar na multidão toda.
"Ora, ora, a gravidinha mais linda do mundo
resolveu descer." Ele disse e Nina riu.
"Vocês são dois idiotas, na boa."
"Helô, você está grávida?" Todos
perguntaram ao mesmo tempo.
"Isso não interessa!" Voltei a olhar
pra eles. "Como você pode, Nina? Cara, o que você tem contra mim?"
Ela sorriu, com certeza, irônica. "Quer
mesmo saber?"
"Lá em cima, acho que isso é um assunto
particular."
"Porquê? Não quer bancar a
coitadinha?"
"Nina!" Pisquei incrédula. "O que
está dizendo?"
"Sempre você foi a coitadinha, não foi?
"Ah, meu pai não gosta de mim", "Ah, meu namorado me
traiu", garota, isso enchia minha paciência. Agora você roubou meu pai,
minha mãe e quase o meu filho, como você é boazinha."
"Você é ridícula!" Balancei a cabeça.
"Falsa do caralho."
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Hey angels, mil desculpas pela demora, sei que eu to demorando e tal, mas ta meio corrido esse ano, fui pro período da manhã e é mais puxado, alem de que eles estão cobrando muito em especial da minha sala... Enfim, mas eu prometo que tento postar logo, não desanimem nos comentários, por favor, é muito importante pra mim. O que acham que vai rolar? Como vai ficar tudo depois disso? Como o Cody vai reagir quando souber que a mídia já sabe da gravidez? Dá uma dó fazer a Nina ser má, mas ela é o tipo de “irmã estrela”, então não briguem comigo pljkasjkajspo CONTINUO COM COMENTÁRIOS, COMENTEM! xoxo
Hey angels, mil desculpas pela demora, sei que eu to demorando e tal, mas ta meio corrido esse ano, fui pro período da manhã e é mais puxado, alem de que eles estão cobrando muito em especial da minha sala... Enfim, mas eu prometo que tento postar logo, não desanimem nos comentários, por favor, é muito importante pra mim. O que acham que vai rolar? Como vai ficar tudo depois disso? Como o Cody vai reagir quando souber que a mídia já sabe da gravidez? Dá uma dó fazer a Nina ser má, mas ela é o tipo de “irmã estrela”, então não briguem comigo pljkasjkajspo CONTINUO COM COMENTÁRIOS, COMENTEM! xoxo