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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Capítulo 109 - Falsa.

Fiquei conversando com ela enquanto o pessoal estava na piscina, a maioria do lado de fora, apenas com os pés na água. Sarah já tínhamos soltado um pouco, estava conversando com Angie e com minha mãe, Matt com meu pai e Brad, mas às vezes os dois se olhavam e davam um leve sorriso pro outro. Já não esperávamos mais ninguém quando a campainha tocou, alguém foi abrir, voltando com o Willian, pra minha enorme surpresa.

"Nem me convidaram pra festa."
"Era uma festa surpresa." Alli disse, saindo da água e sentando ao meu lado.
"Garanto que a lista de convidados foi feita pela malinha aqui." Apontou pra mim.
"Não foi só por mim, mas, de qualquer forma, ninguém lembrou de você." Apoiei o corpo sob meus braços pra trás.
"Sem brigas, vai." Cody disse ainda da piscina.
"Não foi eu quem começou."
"Não dá trela, pequena."
"Não dou, mas se ele provocar..."
"Will, para de irritar ela, ela não pode passar nervoso."
Ele ergueu os braços e os deixou cair em suas pernas. "Não tenho culpa."
"Dá pra viver todos em paz? Minha nora não vai passar nervoso por sua causa e, se for pra vir provocar, é melhor que vá embora. Gostamos de você aqui, somos gratos por estar com o Cody, mas desse jeito não vai dar." Angie disse e eu sorri pra ela.
"Todos aqui resolveram defender a garotinha e me ofender? Muito legal."
"Não fode." Cody saiu da água, ficando de frente pra ele. "Está tudo certo por aqui hoje, não fode, por favor."
"Vamos embora, Cody?"
"Vamos, pequena."
"Já? Não me deixa, amiga." Alli fez beicinho.
"Vou jogar esse cara debaixo de um ônibus se eu continuar aqui."
"Nossa, que medo."
"Vai tomar no meio do seu cu, cara." Levantei e fui pro lado do Cody.
"É melhor a gente ir mesmo." Me puxou em direção à entrada. "Vou trocar de roupa lá em cima, tá mãe?"
Subi com ele até o quarto e me sentei na cama enquanto ele tentava achar uma roupa que quisesse colocar, enquanto isso o chão já tinha uma enorme poça de água abaixo dos pés dele.
"Está molhando tudo, Cody."
"Pega uma toalha pra mim no banheiro." Apontou.
Na boa vontade, levantei e segui pro banheiro, abri a ultima gaveta da pia e peguei uma das toalhas, assim que levantei, suas mãos envolveram minha cintura e seus lábios tocaram meu pescoço, seu corpo gelado contra o meu trazia os mais diversos arrepios. Sentia falta do toque dele e isso só me atiçava ainda mais, permaneci de olhos fechados e com as mãos fechadas apoiando meu corpo sob a pia. Seus lábios roçavam um caminho do fim de minha orelha até o meio de minhas costas, onde ele deu uma leve mordida, meu pescoço começou a ser alvo de seus chupões, doloridos e com voracidade, mas sem perder o carinho que ele me passava. Virei de frente pra ele, tomando seus lábios com tamanha rapidez, nos beijamos até perder completamente o fôlego, uma de suas mãos agarrava meu cabelo e a minha arranhava seu pescoço. Separamos os lábios, mas as testas continuaram coladas, nada podia dizer mais naquele momento que nossos olhares, decifráveis apenas pra nós mesmos. Ele queria me possuir tanto quanto eu queria ser possuída e isso fodia com meu intelecto, assim que sabia que não seria possível tal como eu imaginava.
"Eu te amo." Selou meus lábios e puxou o interior pra si.
"Também te amo." Depositei um beijo em seu pescoço. "Me desculpa por não poder suprir suas necessidades." Abracei ele, alojando minha cabeça em seu peito.
Ele beijou minha testa com suavidade. "Isso não importa, não mais do que seu bem estar e dos nossos meninos." Sorriu. "Mas saiba que, quando estiver boazinha, vai me recompensar."
"Com toda a certeza." Apertei seu corpo contra o meu. "Agora vá se trocar, me deixou toda molhada."
"Em que sentido?" Perguntou com malícia.
"Hm... Talvez nos dois." Mordi o lábio inferior.
"Assim que eu gosto." Piscou pra mim antes de tomar a toalha de minhas mãos e ir pro quarto.
Logo depois de ele se trocar, nos despedimos bem rápido de todos e fomos pro carro. Em 10 minutos estávamos estacionando no prédio, ele me abraçou por trás e fomos andando assim até chegarmos no sofá.
"Já marcou a consulta desse mês? Eu quero ir."
"Claro que quer, se não quisesse iria arrastado."
"Trate de marcar sempre pro dia 20 mais ou menos."
"Pode deixar, na consulta desse mês já vou marcar, é o nosso momento, quero muito que esteja comigo."
"É um dos melhores momentos da minha vida."
A tarde se passou rápido, até talvez por não termos ido dormir tarde da noite, a gravidez estava me matando de sono, ainda mais do que de enjoo.
No dia seguinte, recebi uma sms da Alli logo cedo, dizendo que o Josh estava a caminho de casa e ela estava sem sequer saber o que pensar. Estava tão cedo que nem eu mesma conseguia raciocinar... As mensagens começaram a vir seguidas, me fazendo ter que despertar, apertei meu rosto com as duas mãos depois de quase arrancar meus olhos os coçando e olhei pro celular.
Helô: "Como sabe que ele está vindo?"
Alli: "Antes de ir, ele me disse em qual dia e voo voltaria."
Alli: "E o voo acabou de chegar."
Alli: "Eu não sei o que fazer!"
Helô: "Primeiro espera ele chegar, depois você tenta tirar dele o que aconteceu."
Alli: "Eu não vou conseguir, vou gritar com ele."
Helô: "É só não gritar."
Helô: "Tenho que voltar a dormir, amiga, qualquer coisa vem aqui ou me liga."
Coloquei meu IPhone no modo "não perturbe" e voltei a deitar, Cody já estava com os olhos arregalados pra mim.
"Porquê diabos acorda a essa hora pra responder mensagem?"
"Era sua irmã, pode ver se quiser." Afundei a cabeça no travesseiro. "Agora me deixe dormir."
~ POV Alli Simpson ~
Depois das mensagens pra Helô, não podia mais incomodar ninguém, tinha que me virar. Olhava a hora de minuto em minuto, sabendo que, a qualquer momento ele estaria ao lado de casa, ou em casa. Eu não conseguia imaginar como seria minha reação, se pularia nos braços dele ou no pescoço... Não deva pra imaginar porra nenhuma que estava por vir, nem o que pensar eu sabia. Desci pra sala sem fazer barulho e sentei na janela que dava pra rua, dava pra se ver perfeitamente a frente da casa dos meninos. 8h40, 9h, 9h30... E enfim um táxi para lá, meu coração subiu até minha boca, desceu pro meu estômago e enfim voltou pro seu devido lugar. Droga, droga, droga! Não devia ter levantado, pensei comigo mesma em meus pensamentos assim que o vi pegar as malas e seguir pra dentro de sua casa.
"O que faz acordada, meu amor?"
"Estava vendo se o Josh iria chegar." Levantei uma das mãos e a deixei cair sob minha perna.
"E ele chegou?"
"Chegou..."
"Vai lá falar com ele."
"Não, ele que venha falar comigo, não retornava minhas ligações, não dava nem sinal de vida."
"Vai tirar satisfações com ele."
"Ele que venha até aqui." Dei ombros.
Ela riu de leve, balançando a cabeça em seguida. "Você quem sabe."
"E já me decidi, vou voltar pra cama."
Voltei pro meu quarto, fechei as cortinas pra deixar um pouco mais escuro e deitei, olhei o celular e tinha uma ligação perdida da casa dos meninos há, exatamente, 3 minutos atrás. Ignorei e tentei apertar os olhos pra dormir, não consegui resultado algum já que a ligação não saía da cabeça. Mais ou menos uns dez minutos depois de eu ter deitado, escutei batidas na porta, mesmo antes que dissesse "entra" a porta se abriu, exibindo um grande buquê na frente de alguém e esse alguém só podia ser Josh.
"Não vai falar nada, amor?" Tirou o buquê de sua frente.
"Claro, tenho muito o que falar." Cruzei os braços.
Ele entrou e fechou a porta com a mão livre, me entregou o buquê e sentou à minha frente. "Pode começar."
"Você quem tem que falar."
"Hãm? Mas você acabou de dizer que tinha que falar." Arregalou levemente os olhos.
"Mas não sou eu que tenho que falar, você me deve as mais diversas explicações."
"Sobre o que?"
"Sobre essa maldita viagem. Eu te liguei QUASE TODOS os dias e nunca recebi sequer uma resposta ou uma mensagem dizendo: "Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", ao invés disso, tudo o que eu ganhei foi a infelicidade de ver suas fotos com outra garota, muitas fotos. Foi uma das piores passagens de ano da minha vida graças a você, dai agora você vem e me entrega um buquê de rosas achando que vai ficar tudo bem? Está muito enganado, muito mesmo, não tem noção do quanto!"
"Posso explicar? Obrigado." Limpou a garganta. "Meu celular estourou quando eu estava andando de skate e, pra completar, caiu na água. Eu até quis te ligar, queria mandar mensagem dizendo: "Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", mas eu não sei seu número de cor, não sei o número de ninguém."
"Tinha twitter ainda. E quanto à menina?"
"A Stacy? É minha prima." Riu. "Ela é como se fosse uma irmã pra mim."
Dei um soco com toda a força no ombro dele. "Porquê nunca me falou dela? Estou com vontade de te matar!"
"A única coisa que vai matar, é a saudades que eu estou sentindo de você." Abriu um sorriso sapeca, enquanto a luz refletia seus olhos verdes.
"Com meus pais aqui não e ainda estou brava."
"Brava porque? Eu já te expliquei tudo."
"Você me traiu enquanto estava lá? Dormiu com outra? Pensou em outra?" Arqueei as sobrancelhas.
"Para de ser paranóica, a única pessoa em que eu pensei todos esses dias foi você, estava louco pra te ver e sou recebido aqui sem nem sequer um beijinho."
Fiz beicinho, rendida pela voz fofa que ele estava fazendo e me debrucei mais pra frente, chegando bem próximo de seus lábios. Iniciamos com um selinho, que foi se intensificando e tomando vontade.
"Parou, disse que aqui não." Selei os lábios dele outra vez. "Vou colocar as rosas na água."
"Ok, vou te esperar aqui." Deitou onde estava assim que eu levantei.
Desci em leves saltinhos pro andar de baixo, fazendo minha mãe rir assim que me viu. Deixei as rosas num caso da sala e subi novamente, depois de minha mãe ter dito que, quando o café estivesse pronto, nos chamaria. Josh estava deitado com as mãos atrás da cabeça e os olhos semicerrados, quase dormindo, deitei junto dele, me aninhando em seus braços.
"Senti sua falta." Beijou minha testa.
"Eu também, Josh."
"Não me chama de Josh."
"Quer que te chame do que?"
"Amor, como sempre."
"Que carência, heim."
"Óbvio, agora estou com a minha namorada e quero toda a atenção do mundo."
"Também quero muito atenção, você não imagina o quanto enchi o saco da Ísa por sua causa."
"Sinto muito, não queria te deixar preocupada ou algo do tipo."
"Tudo bem, já entendi, amor."
"Tenho que passar lá no Cody depois, trouxe umas coisas da viagem."
"O que?"
"Um presente pro quarto dos bebês, mas como não sei o sexo, trouxe dois."
"Awn!" Pausei. "Deixa eu ver?"
"Não, na hora você vê, ainda tenho que pegar na mala."
"Vamos lá mais tarde? Podemos chamar eles pra almoçar no shopping ou algo assim."
"Ligo pro Cody daqui a pouco."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Alli ligou pouco depois de termos tomado café e me prendeu no telefone por meia hora, falando sobre o Josh ter chego e como ele foi fofo, sobre o buquê que ele deu, ela falava tudo tão rápido que me fazia rir mais do que prestar atenção, mas consegui entender tudo, já que ela repetiu umas duas vezes cada coisa. Ao fim, ela marcou de almoçarmos no shopping, concordei e o Cody, por milagre, também. Passei um pano pela sala e cozinha, tirando o pó dos móveis e depois do chão.
"Para de se esforçar, vou contratar alguém pra limpar aqui."
"Cody, veja bem, não é esforço nenhum passar um pano pela casa, me sinto inútil sem fazer nada."
"Não quero que faça nada pra se esforçar, não estou brincando. Depois vou procurar alguma indicação e logo terá alguém pra te ajudar."
"Mas, se for pra colocar, não coloque ninguém aqui que fique o dia inteiro, uma vez por semana está ótimo."
"Tem certeza?"
"Absoluta, não preciso que alguém faça tudo por mim."
"Mas, quando a barriga já estiver grande, vai ter alguém aqui."
"Ok." Revirei os olhos.
"Vou tomar um banho, daqui uma hora e meia eles passam aqui."
"Não demora, também vou querer tomar banho."
"Não vou, amor, e ainda tem o banheiro do corredor."
Fui pro meu banho, lavei o cabelo, hidratei o corpo com um creme depois, já deixei o rosto com o make preparado, bem leve, apenas base, pra encobrir umas espinhas que estavam na minha testa, e um pouco de rímel. Separei uma roupa e a deixei na cama, coloquei um vestido solto e fui pra sala com a toalha enrolada no cabelo. Cody foi pro banho assim que eu saí, não demorou quase nada e ele estava na sala outra vez. Enrolei um pouco com um pote de sorvete antes de ir secar meu cabelo. Acabamos de nos arrumar pouco antes de eles chegarem.
"Como foi na Austrália, bro?"
"Estourei meu celular... Fora isso, tudo bem."
"Entrega logo, estou curiosa."
"Entregar o que?" Perguntei, me juntando a eles no sofá.
"Josh tem uma coisa pra vocês."
"O que?"
Ele pegou a sacola que estava no chão, escrita Alfred's nela e colocou no colo do Cody.
"Espero que vocês gostem, não sabia qual trazer, então trouxe os dois."
Ele abriu a sacola, eu peguei um dos embrulhos em plástico bolha e ele o outro.
"O que é?"
"Abre, ué."
Rasguei o plástico bolha com dificuldade, já que estava com muito e muito bem enrolado com durex, no meu tinha a parte de cima de uma prancha com o apoio atrás e a cor era azul, já a do Cody era rosa, ambos tinham detalhes não muito extravagantes. Meus olhos marejaram na mesma hora, Cody me olhou sorrindo bobo.
"Espero que vocês gostem, mandei fazer no Alfred's, sei que o Cody tinha uma de madeira quando era pequeno e ele adorava."
"Cara, eu adorava mesmo, achei que ninguém lembrava disso, nem minha mãe." Riu.
"Awn, Josh! É o primeiro presente pro quarto, você é demais!" Abracei ele.
"Fico honrado por isso." Sorriu e beijou meu rosto. "Se preparem por que esses bebês vão ser muito mimados."
"Eu não duvido nada disso." Cody sorriu bobo.
Fomos pro shopping logo em seguida, fazia tempo que não saía em casais com a Alli, ainda mais pro shopping. Não demorou pra que todos ali começassem a nos olhar quase quebrando seus pescoços, flashes piscavam de segundo em segundo.
"Pra onde vamos?" Josh ajeitou a mão na da Alli.
"As meninas decidem... Menos compras de horas e horas." Acrescentou.
"Vamos jogar?" Sugeri.
Após os três concordarem comigo, subimos pro penúltimo andar, onde a sala de jogos estava. Começamos jogando aquele de carros e motos, eram os únicos livres no momento, depois de eu e Alli perdemos feio pra eles resolvemos jogar naquela mesa que se bate no disquinho de um lado pro outro, eu contra ela, depois Cody contra Josh, ficaram Alli e Cody pra disputarem a final, ele ganhou, claro. Jogamos em quase todos os jogos ali, a única coisa desconfortável era o pessoal em cima de gente, fotografando sempre. Pra minha surpresa, não fui a primeira a pedir pra que fossemos comer, Alli se encarregou disso. Enquanto eu e ela pegávamos uma mesa, eles foram fazer os pedidos dos nossos lanches.
"Quero te fazer um pedido, na verdade é mais um convite."
"Pode falar, sou todinha ouvidos."
"Lembra da ideia daquele chá de bebê que eu te contei?"
"Lembro!" Seus olhos brilharam e ela levou uma das mãos pra apoiar seu queixo na mesa enquanto me olhava fixamente.
"Tenho ultrassom daqui a 10 dias, a partir do terceiro mês já tem chances de se saber o sexo, então quero saber se você está disposta a nos ajudar."
"ISSO É PERGUNTA QUE SE FAÇA?"
"Não grita!" Ri. "Todos olham pra nós quando faz isso." Revirei os olhos. "E depois não param mais de olhar."
"Ok, vou ficar quieta. Sua irmã vai participar também?"
"Não, eu acho que não, não temos nos falado desde o final do ano, ela não responde minhas mensagens, então..."
"Mas vocês só brigam."
"Não brigamos, na verdade." Dei de ombros, entortando de leve os lábios.
"Seja lá o que tenham feito, então." Voltou com seu semblante totalmente alegre. "Já estão pensando nos nomes?"
"Nomes? Não, é muito cedo, não fazemos ideia do sexo ainda."
"Mas deviam estar pensando, dai teriam muitas opções até que soubessem."
"Deixemos isso pra depois." Ri pelo nariz e olhei pra trás, me certificando de que eles não estavam vindo. "Está me incomodando saber que o Cody logo não vai ter mais tempo, no fim do mês começam os ensaios e depois já vem a turnê."
"Espera aí, mas você vai no primeiro round, não vai?"
"Vou, mas e depois? Vou passar vários dias sozinha em casa."
"Sozinha não, eu vou ficar com você."
"Vai é?"
"Sim, Cody não te disse? Não vou te deixar sozinha."
"Você é um anjo."
"Claro que eu sou."
"Modéstia parou aí, né?" Dei língua pra ela, que riu, mas nossa conversa parou por os meninos estarem vindo.
"Do que estavam rindo?" Cody perguntou.
"Nada, coisas de menina."
Mudamos totalmente o rumo do assunto e, do nada, eles começaram a falar sobre time, a chave pra chatice... Eu, particularmente, não era nada amiga de esportes com bola, na escola eu sempre era o "alvo" dela. Preferia me exercitar com academia, caminhada, dança e todas essas outras coisas mais leves. Depois de comermos, passamos pra comprar ingressos pra uma sessão de cinema, o filme seria A Menina Que Roubava Livros, era uma superprodução muito boa e bem recomendada, aderiu às minhas expectativas e até os meninos gostaram, um milagre. Compramos milkshakes depois, demos mais algumas voltas e sentamos em um banco que se esvaziou assim que viram que queríamos sentar. Bastou isso pra que nos cercassem, pedindo vários autógrafos pro Cody e tirando várias fotos, umas apenas com ele, outras com todos nós. Três seguranças correram até onde estávamos, afastando toda a multidão.
"Melhor irmos." Cody disse, me puxando pra levantar.
"Mas já?"
"Não quero causar tumulto aqui, pequena."
Ele acenou, fazendo "paz e amor" pras fãs no local, que acenaram de volta, pareciam ter entendido. Fomos pro estacionamento do shopping sem que nos cercassem por conta de os seguranças terem feito uma escolta até lá.
"Espera, espera, espera!"
"O que foi?" Os três me olharam.
"Eu quero um doce."
"Que doce, Ísa?"
"Torta, torta holandesa."
"A gente compra numa confeitaria por aí, pode ser?"
"Não, eu quero a do shopping."
"Não contradiga ela, Cody."
"Então vai lá com ela, esperamos vocês aqui no carro."
~ POV Cody Simpson ~
As duas saíram do carro e eu abri o vidro por ser muito abafado no estacionamento, com toda a certeza elas demorariam pra voltar, mulheres no shopping nunca vão comprar algo logo de cara, verão todas as vitrines a seu redor, mesmo que já tenham visto antes.
"E aí, bro, como está indo essa nova vida de pai?"
"Bem, cara, estou tão ansioso quanto ela, nunca pensei que fosse ser assim, sabe?"
"Entendo, ela te fez crescer, fico feliz com isso, vocês lutaram tanto, mereciam um final feliz mesmo."
"Não é um final ainda, não." Ri de leve, repousando as mãos sob o volante.
"Foi um modo de dizer, você sabe." Riu. "Eu e Alli nos acertamos também, parece que tudo está indo bem."
"Melhor não falarmos muito ou acaba estragando."
"Isso é." Pausou. "E a turnê?"
"Dia primeiro já vamos pra estrada, vamos começar com New York e eu não faço quase ideia de quais países ou cidades virão depois."
"Will quem organizou?"
"Sim, só escolhi os dias, os ultrassons estão sendo pro dia 20, mais ou menos, então escolhi até dia 15 na estrada e o restante em casa."
"Está mesmo empenhado."
Apenas sorri.
Esperamos por mais de meia hora e nada delas, estávamos quase indo atrás quando chegaram, ao invés de apenas um pedaço de torta, como achei que seria, cada uma trazia uma embalagem consigo.
"Esperamos acabar o tempo da geladeira, essas foram as últimas a sair." Ísa explicou antes mesmo de termos perguntado.
"Uma inteira não é muita coisa, amor?" Perguntei com ar de riso.
"Claro que não, está uma delícia, sabia?"
"Antes que pergunte, sim, ela já comeu um pedaço lá em cima." Alli riu, se ajeitando no banco de trás.
"Desse jeito vai virar uma bolinha."
"Você cala a boca, heim, Cody Simpson."
"Vou te amar mesmo uma bolinha." Abracei-a de lado e beijei seu rosto demoradamente.
"Awn!" Alli disse num quase grito.
Deixamos Alli e Josh em casa e seguimos pra nossa, Ísa veio falando com a mãe no telefone, que dizia que a Loren queria vir pra nossa casa, mas ela achou melhor no dia seguinte, dai conseguiria passar mais tempo e tudo mais. Eu adorava a Loren, ela era igualzinha a Ísa, em geral eu adorava crianças, mas ela era especial, não só por ser minha cunhada, mas pelo jeito carinhoso dela comigo, por sua fofura. Não deram nem cinco minutos que tínhamos chegado e Ísa já pegou a torta pra comer, me apoiei na bancada e fiquei observando ela comendo com ligeira rapidez, mas aproveitando cada segundo.
"Não quer um pedaço?"
"Talvez um pouquinho." Sentei do lado dela.
"Abre a boca." Cortou um pedaço da torta com a colher e depois me olhou. "Abre a boca." Repetiu.
Rindo, fiz o que ela pediu e ela equilibrou a torta na colher no caminho até minha boca.
"Pega um prato pra você, bebê."
"Não quero não, depois você deixa um pedaço pra mim."
"Não."
"Ah, é assim?"
"Sim, é assim, vou comer tudinho, meus filhos merecem."
"Nossos filhos, não esqueça." Cutuquei o braço dela.
"Não esqueço pode deixar, mas agora eu vou comer."
"Não vai não." Tirei a caixa da frente dela e levei pro balcão da cozinha. "Agora você vai me dar atenção até dizer chega." Deitei com a cabeça no colo dela.
"Carência?"
"Um pouco."
"Que fofo." Sorriu.
"Não é fofo."
"Claro que é." Distribuiu uma sequência de beijos em meu rosto.
"Não, Ísa, não é. Quero carinho, pode ser?"
Riu e colocou os dedos no meio do meu cabelo, eu não gostava muito de cafuné, mas não conseguia dizer não pra ela, o dela era simplesmente o melhor de todos.
"Adoro seu cabelo, tomara que nossos filhos puxem isso de você." Sorriu. "Na verdade, não só isso."
"Assim fica complicado, seria muito mais lindo se puxassem você."
"Não inventa."
Ficamos meio que discutindo com quem queríamos que eles parecessem, vieram até ideias de nomes, mas quando decidíssemos, isso ficaria em segredo.
~ POV Heloísa Dobrev ~
[...] Quase perto do almoço no dia seguinte, enquanto Cody foi buscar minha irmã pra ficar conosco, estava sozinha no apartamento quando a campainha tocou, estranho pois sempre o porteiro avisa que alguém está lá embaixo, a menos que seja Alli ou os pais do Cody, então pensei na possibilidade de ser eles ou a Nina e Ian. Levantei do sofá sem vontade alguma e fui abrir, quase caí pra trás ao ver Thomas ali, a primeira coisa que pensei foi "como ele chegou aqui e subiu sem ser identificado?".
"Posso entrar? Vim em paz." Me tirou dos pensamentos.
Assenti lentamente, ainda muito confusa, assim que ele entrou fechei a porta atrás de mim e o olhei, demonstrando toda a confusão em minha mente.
"O que está fazendo aqui? Como me encontrou? Como subiu?" Joguei todas as perguntas de uma vez.
"Posso sentar?"
"Senta." Dei ombros.
"Vim te pedir perdão."
"Perdão?"
"Sim, por ter te deixado ir sem cogitar, por ter sido um péssimo noivo... Enfim, por tudo. Nunca pensei que sentiria tanto a falta de alguém como sinto a sua."
"Eu não posso falar que sinto sua falta, porque não sinto, você nunca esteve comigo de corpo e alma, eu gostava de você, mas todos os poréns que juntei nos anos que ficamos juntos me fizeram perceber que não estava feliz com você. No começo era diferente, mas depois que conseguiu o que queria caiu na rotina e isso foi tirando minha admiração por você."
"Quer dizer que, quando terminou comigo, não sentia mais nada?" Seus olhos continham indignação.
"Não sei bem, eu esperava pelo menos que me pedisse pra reconsiderar."
"Eu estava puto da vida com você, não passou nem pela cabeça que você viajaria quase que em seguida."
"Mas eu viajei e não mudaria de ideia."
"Porquê fez isso? Tinha outro motivo se não o de amar o loiro narigurado com quem me traiu?"
Suspirei pela baita infantilidade dele. "Eu tinha acabado de descobrir que estava grávida."
"Você o que?" Alterou o tom e levantou do sofá. "Me traiu e ainda por cima engravidou?"
"Thomas, o que está fazendo aqui?" Passei as mãos pelo rosto.
"Você está grávida?" Me olhou dos pés à cabeça, parando na minha barriga.
"Estou, estou grávida do cara que eu amo e vou me casar com ele."
"Quem te garante que esse filho não é meu?"
"Quando descobri que estava com duas semanas de gravidez, exatamente o mesmo tempo em que estava na Austrália, eu e você não transávamos a mais de um mês, talvez quase dois."
"Não, Helô! Que porra, não pode ser!"
Me deu um pouco de dó ver ele ali arrependido e se lamentando, mas ele tinha escolhido isso e meu amor pelo Cody era muito maior do qualquer coisa que já tinha sentido por ele um dia.
"Eu queria que tivesse sido diferente."
"Mas não foi, você não se esforçou."
Ouvi a porta destrancar atrás de mim e respirei fundo, me virando pra porta. Antes de perceber Thomas ali, ele me deu um selinho e Loren me abraçou, vindo pro meu colo.
"Amor, cuidado, viu?"
"Ela não é pesada, Cody."
Ele olhou de relance pro sofá e me puxou pro lado pra ver melhor.
"O que esse babaca está fazendo aqui?" Me encarou.
"Calma! Calma!" Repeti, colocando uma mão no ombro dele.
""Calma" meu pau, que porra é essa?"
"Cody!" O repreendi por minha irmã estar aqui e a coloquei no chão. "Vai pro quarto, meu amor, liga a televisão lá que a gente já vai."
Ela cutucou a perna do Cody. Ele desfez a ignorância de antes e a pegou no colo.
"Não briga, tá bom?" Beijou o rosto dele.
"Espera lá no quarto, já vamos." Sorriu e a colocou no chão.
Loren foi pro quarto e fechou a porta, Cody já estava perto do Thomas e ele de pé, entrei no meio.
"Vocês não vão brigar." Olhei pro Thomas. "A única coisa que quero é saber como subiu e como chegou no prédio."
"Sua irmã."
"Ótimo, agora está bem explicado o porquê de ela ter sorrido pra mim lá em baixo." Balançou a cabeça e o ar saiu enfurecido por suas narinas.
"Cai fora daqui, Thomas, vai viver sua vida, vai arrumar alguém que te ame ou casa com seu trabalho e fica só nos pegas, mas vai embora daqui, me deixa ser feliz, caralho."
"É isso o que quer?"
"Sim, é isso o que eu quero."
"Bem, então espero que seja feliz, anjo."
Anjo? Mas que porra... Ele nunca tinha me chamado de nada, enfim, isso só provava que ele achava que eu era fácil e me conseguiria com palavras. Pois se pensava assim, estava totalmente enganado.
"Você não soube aproveitar e dar valor enquanto tinha e agora quer tirar ela de mim? Você é um puta dum babaca."
"Cala a boca, estou falando com ela."
"Não me manda calar a boca não." Levantou o indicador pra ele, sentia sua respiração pesada no meu pescoço.
"Parem os dois. Vai embora, Thomas."
"Posso te dar um abraço de despedida?"
Deixei que ele me abraçasse rapidamente e o empurrei depois, fui até a porta e a abri. Ele saiu, se despedindo com um meneio de cabeça, fechei a porta e olhei pro Cody, ele estava puto e aparentava isso.
"Eu não fazia ideia de que ele vinha aqui, não fazia mesmo."
"Desculpa a palavra, mas sua irmã é uma vadia."
"Eu acabei de perceber." Sentei ao lado dele. "Eu sei que ela não gosta de você, mas eu achei que agora que eu estou grávida seria melhor, sabe? Mas não, ela dá força pro meu ex vir quase arruinar meu relacionamento."
"Acho que ela não tem mais jeito."
Cody olhou pela janela que dava pra frente do prédio e me olhou incrédulo.
"O que foi?"
"Tem um bando de carros de televisão lá em baixo."
"O que?" Levantei num pulo. "Eu vou resolver isso agora."
"Eu vou com você, não pode pode passar nervoso."
"Eu vou, você fica aqui."
Saí do apartamento, parecia que justo hoje todos tinham resolvido pegar o elevador, que estava parando em todos os andares abaixo do nosso. Passei quase levando qualquer um que cruzasse meu caminho, tinha certeza de que Nina estava por trás disso e só confirmei minhas suspeitas ao chegar na multidão toda.
"Ora, ora, a gravidinha mais linda do mundo resolveu descer." Ele disse e Nina riu.
"Vocês são dois idiotas, na boa."
"Helô, você está grávida?" Todos perguntaram ao mesmo tempo.
"Isso não interessa!" Voltei a olhar pra eles. "Como você pode, Nina? Cara, o que você tem contra mim?"
Ela sorriu, com certeza, irônica. "Quer mesmo saber?"
"Lá em cima, acho que isso é um assunto particular."
"Porquê? Não quer bancar a coitadinha?"
"Nina!" Pisquei incrédula. "O que está dizendo?"
"Sempre você foi a coitadinha, não foi? "Ah, meu pai não gosta de mim", "Ah, meu namorado me traiu", garota, isso enchia minha paciência. Agora você roubou meu pai, minha mãe e quase o meu filho, como você é boazinha."
"Você é ridícula!" Balancei a cabeça. "Falsa do caralho."
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Hey angels, mil desculpas pela demora, sei que eu to demorando e tal, mas ta meio corrido esse ano, fui pro período da manhã e é mais puxado, alem de que eles estão cobrando muito em especial da minha sala... Enfim, mas eu prometo que tento postar logo, não desanimem nos comentários, por favor, é muito importante pra mim. O que acham que vai rolar? Como vai ficar tudo depois disso? Como o Cody vai reagir quando souber que a mídia já sabe da gravidez? Dá uma dó fazer a Nina ser má, mas ela é o tipo de “irmã estrela”, então não briguem comigo pljkasjkajspo CONTINUO COM COMENTÁRIOS, COMENTEM! xoxo

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Capítulo 108 - A thousand years.

"Amor?" Cody me chamou, parado na porta com um leve sorriso no rosto.
"Oi?"
"Estava distraída... Perguntei se precisa de alguma ajuda."
"Ah, não preciso, já acabei de colocar as roupas." Olhei pra máquina, vendo o primeiro ciclo acabar. "Não quis ficar com seus pais hoje porquê?"
"Não sei, estou cansado só, queria me distrair com os meninos."
"Eles me perguntaram, disse que não sabia."
"Amanhã falo com eles."
"Amanhã vamos depois do almoço pra casa dos seus pais, a encomenda do bolo é pras 15h."
"De chocolate?"
"Sim, de chocolate." Ri de leve.
"Vai ter só o bolo?"
"Não, tem uns docinhos também, e claro sua família e amigos."
"E você." Se aproximou, entrelaçando os braços na minha cintura e roçando nossos lábios. 
"Claro, né?! Quando disse família, me inclui, noiva é família."
"Tecnicamente, ainda não." Tocou meu nariz. "Você está nas duas coisas, amigos e família."
"Bom mesmo, ia te bater se dissesse que não estou em nenhuma das duas."
"Está nessas e muitas outras."
"Lindo." Selei os lábios dele em um beijo.
Alli me mandou tantas ideias por sms, mas nenhuma delas tocou pra que eu me entusiasmasse a fazer, eram todas complicadas e não tinha muito tempo. Ele entenderia se eu fizesse algo depois do aniversário, afinal, o que mais importa é estar do lado dele e ele saber disso, coisas matérias se vão. Acordamos cedo no outro dia, por sorte acordei antes, me debrucei encima dele e distribui vários beijos por seu rosto. Cantei um parabéns bem baixinho quando ele abriu os olhos, um sorriso enorme apareceu em seu rosto, mesmo com ele ainda sonolento. 
"Feliz aniversário, bebê, desejo tudo de melhor pra você e, principalmente, muitos anos mais. Toda a felicidade do mundo pra passar por mais esse aniversário, eu amo você."
"Amo você, pequena." Me abraçou e beijou minha cabeça. "Que tudo venha em dobro pra você."
"Vou fazer seu café." Dei um selinho nele.
"Não, agora não." Me apertou. "Vai ficar aqui."
"Hm, ok então." Passei os braços ao redor dele. "Quer ganhar seu presente agora?"
"Presente? Acho que eu já ganhei."
"Ganhou?"
"Claro que sim, em dose dupla." Sorriu.
"Awn, bobo!" Sorri também. "Mas eu te comprei uma coisa."
"Depois você me dá, agora só quero ficar assim com você."
Deitei a cabeça no peito dele e ele ficou mexendo no meu cabelo, o enrolando no dedo. Meu celular vibrou, uma nova mensagem da Alli, tirei da visão do Cody pra abrir.
Alli: "Traga todas as fotos suas com o Cody de pequenos."
Ísa: "Pra que? O que está aprontando?"
Alli: "Faz um vídeo com retrospectiva pra ele, fala um texto talvez."
Ísa: "Eu tenho vergonha."
Alli: "Vergonha? Vergonha do que?"
Ísa: "De ele não gostar, me achar idiota."
Alli: "Você pode se vestir de palhaça e sair na rua que ele não vai te achar idiota, o Cody te ama de qualquer jeito."
Ísa: "Ok, Alli, vou levar. Que horas é pra chegarmos?"
Alli: "Lá pras 11h, acho que vai dar tempo."
Ísa: "Ok, vou falar com ele."
Deixei o celular na cama e ele virou a cabeça pra me olhar. 
"Com quem falava?"
"Alli, estávamos combinando o horário."
"Que horas?"
"11h."
"11h? É muito cedo!"
"Não é não! É seu aniversário, tem que estar com sua família."
"Com parte dela não é suficiente?" Levou uma das mãos pra minha barriga.
"Porque está se esquivando da sua família?" Sentei de frente pra ele. "Pode me falar agora mesmo."
Suspirou. "O clima está pesado com meu irmão."
"Vocês tem que se acertar, não pode ficar assim."
"Se eu ficar muito tempo com ele, a gente vai discutir, como sempre, não tem como."
"Mas se nenhum dos dois orgulhosos der o braço a torcer vai continuar dessa jeito, poxa, vocês sempre se deram tão bem."
"Não tem volta, Ísa, só se ele amadurecer daqui pra frente, mas pelo visto não está indo muito bem nessa etapa."
"Ele só tem 16 anos, você também já teve, sabe como é isso."
Ele riu baixo. "Eu sei, mas fui um pouquinho melhor com 16."
"Pouquinho." Medi com uma pequena distância entre meu polegar e o indicador.
A manhã se passou como qualquer outra, a única diferença foi que comecei a me arrumar às 10h, Cody tomou banho depois de mim. Repassei a música e separei as fotos enquanto isso, estava meio nervosa quanto à música, parecia que minha voz não sairia na hora, mas tinha que sair, não podia travar na frente dele, afinal ele se decepcionaria e era o que eu menos queria. Quase ele me pegou com as fotos, não saberia o que inventar e ele acabaria descobrindo. Arrumei rapidamente o cabelo com uma escova meia boca e coloquei a roupa que tinha separado.
"Demorou de mais, credo, Ísa."
"Demorei pra escolher a roupa." Menti.
"Como sempre." Revirou os olhos e pegou as chaves do carro. "Vamos?" Passou um dos braços por minha cintura.
"Vamos, só vou pegar seu presente, estava esquecendo." 
~ POV Cody Simpson ~
Ela não demorou pra voltar pra sala e saímos logo, chegamos na casa dos meus pais eram 11h30. Respirei fundo antes que ela tocasse a campainha, realmente esperava não ter brigas por hoje. Depois de almoçarmos, Ísa começou a ficar um pouco estranha, passou mais tempo com a Alli no andar de cima do que comigo e, assim que subi, depois de minha mãe ter me chamado pra ir com ela buscar o bolo, encontrei a porta trancada. 
"Ela está passando um pouco mal, Cody." Alli disse por trás da porta.
"Eu posso vê-la?"
"Deixa ela descansar, já descemos."
"Vou com a mãe buscar o bolo, já volto, cuida da minha pequena."
"Vou cuidar, pode deixar."
~ POV Heloísa Dobrev ~
"Dá uma dózinha ver ele falando com esse tom de voz." Fiz beicinho, dando um pequeno tempo na ligação com o Flo.
"É por uma boa causa." Destrancou a porta e voltou pra cama. "Meu pai já deve ter começado a arrumar as coisas lá em baixo, vou ligar pro Jake."
"Vou acabar aqui, se quiser descer pra ajudar pode descer."
Ela desceu logo depois de ligar pro Jake, pra que ele viesse com o pessoal pra ajudarem na decoração do quintal, e eu continuei falando com o Flo pra que ele me instruísse a terminar o vídeo, até que estava ficando bom, Angie tinha deixado alguns vídeos de quando éramos pequenos no computador e isso me ajudou bastante. Brad ia montar o telão do datashow logo atrás de onde cantaríamos pro vídeo ficar passando. 
~
"Está preparada pra cantar?"
"Não! Eu vou morrer na hora, Flo."
Ele riu. "Não pode morrer, dai ele vai ficar viúvo antes do casamento."
"Tenho uma coisa pra te contar."
"O que?"
"Me desculpa por não ter te contado antes, ta?"
"Fala logo, não me deixa curioso."
"Estou grávida, Flo."
"GRÁVIDA? GRÁVIDA? Sério?"
"É." Ri. "Você é um dos culpados."
"Eu? Por acaso eu fiz algo que não estou sabendo?"
"Não! Você que levou Cody pra França."
"Então já faz tempo e você só me conta agora? Bela amiga, heim."
"Já disse que não falei antes por falta de tempo, a gente nem se falou."
"Só me liga quando precisa, né?"
"Ai, não faça eu me sentir mal." Disse com uma voz fofinha. "Acaba de me ajudar, vai, depois a gente conversa mais, eu te ligo."
"Vou embarcar amanhã, conversamos pessoalmente."
"Ok, agora me ajuda."
~ 
Ele acabou de me ajudar no final do vídeo e eu desci pra ajudar o pessoal na decoração e tudo o que faltava, mas não faltava muito, terminamos tudo em 20 minutos. Jake foi buscar o bolo com Justin pouco antes de acabarmos, nisso Angie mandou a mensagem de que estavam saindo de lá e que tinha dado certo, Cody estava chateado e tinha acreditado em tudo, ela enrolaria com ele um pouco antes de chegarem. Dei uns últimos retoques em mim no quarto da Alli e, ao passar pela sala, vi que Tom estava lá ouvindo música, ia falar com ele mas meu celular me impediu.
"Vai lá pra fora com a gente."
"Não, vai ser mais real se eu ficar aqui."
"Não conta nada, ta?"
"Não vou contar." Deu ombros.
Mandei a mensagem pra Angie quando o bolo já estava em seu devido lugar e todo o resto arrumado, o telão já estava pronto pro play e o palco pronto pra nós. Sentei no banquinho no centro do palco e Brad no do lado, Alli já estava atrás do notebook e Nick com a câmera preparada quando ouvimos o carro. Meu estômago revirou na mesma hora, tive que respirar fundo pra não desistir justo agora.
~ POV Cody Simpson ~
Esse com certeza estava pra ser o pior aniversário que eu já tinha passado, sequer teria um bolo pra comemorá-lo. A casa parecia estar vazia, nem meus amigos tinham vindo me desejar feliz aniversário, Tom estava jogado no sofá, deduzi que as meninas estivessem no andar de cima e subi até lá.
"Ótimo, até minha namorada me deixou." Disse depois de constatar que não estavam no quarto. 
"Quem sabe ela não foi dar uma volta com a Alli... Vou fazer um suco bem geladinho pra você, senta lá na piscina."
"Ok."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Gritamos o típico e ensaiado "surpresa" assim que Cody passou pela porta, o semblante dele estava decepcionado mas logo se transformou em um sorriso lindo. Sorri pra ele de cima do palco, minhas mãos tremiam mais que tudo, estava muito nervosa... 
"Posso?" Alli perguntou.
Fiz joinha pra ela e fechei os olhos, me preparando psicologicamente.
“O coração acelerado, cores e promessas... Como ser corajoso, como posso amar quando tenho medo de me apaixonar? Mas ao ver você na solidão toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira. (Um passo mais perto) Eu morri todos os dias esperando você, amor, não tenha medo. Eu te amei por mil anos e eu te amarei por mais mil. O tempo fica parado, há beleza em tudo que ela é. Terei coragem, não deixarei nada levar embora o que está na minha frente, cada suspiro, cada momento trouxe a isso. (Um passo mais perto) Eu morri todos os dias esperando você, amor, não tenha medo. Eu te amei por mil anos e eu te amarei por mais mil. O tempo todo eu acreditei que te encontraria, o tempo trouxe o seu coração ao meu, eu te amei por mil anos e eu te amarei por mais mil. (Um passo mais perto... Um passo mais perto...) Eu morri todos os dias esperando você, amor, não tenha medo. Eu te amei por mil anos e eu te amarei por mais mil. O tempo todo eu acreditei que te encontraria, o tempo trouxe o seu coração ao meu, eu te amei por mil anos e eu te amarei por mais mil.”

Estava tão nervosa, mas não desafinei, consegui ir até o fim, mesmo com o frio tomando meu estomago, ver o sorriso dele durante a música toda me fez entender o motivo de estar ali naquele momento.
"Antes de que eu possa ir aí te dar um beijo, eu tenho umas coisas pra dizer, nunca fui de te dizer coisas lindas como você diz, porquê eu nunca sei o que te dizer, fico sem palavras e começo a achar que não vai ser bom o suficiente o que eu disser. Também sei que não vai ser tão bom o que eu disser agora, mas vou dizer... 25 anos hoje, meu amor, passou tudo tão rápido, é clichê dizer isso." Ri. "Mas tudo tem que ter um pouco de clichê. Desde quando éramos pequenos, tal como no vídeo, acho que desde aí eu tive a certeza de que era você, só podia ser você, depois de tantas pessoas entrarem e saírem da minha vida essa certeza só foi aumentando. Como você mesmo disse outro dia, tudo o que passamos até hoje, as nossas memórias, só nós aproximaram mais, nós fizeram chegar até onde estamos agora. Eu amo cada parte de você, você é lindo por dentro e por fora, foi aprendendo a se tornar um homem melhor..." Sorri. "Porra, você realizou meu sonho de construir uma família, vamos nos casar, eu ainda não consigo acreditar, sabe? Espero que nós nunca nos esqueçamos de tudo o que nos fez chegar aqui, de todos os motivos que nós fizeram amar um ao outro. Acima de tudo somos melhores amigos e o que precisamos, além de amor, é confiança, uma das coisas que eu espero que não percamos um no outro nunca. Bom, feliz aniversário bebê, que muitos outros anos venham pra ti e muitos ao meu lado, claro. Eu amo você!" 
O sorriso estava radiante em seu rosto e seus olhos brilhavam levemente, ele veio correndo até mim, me pegou nos braços, me girando e me beijou em seguida.
"Eu
te amo, minha pequena, minha princesa, minha bebê, minha... Te amo mais do que qualquer outra coisa." Colocou meu rosto entre as mãos e selou meus lábios. "Sempre estarei aqui com você, muito obrigada por tudo." Me beijou outra vez.
Jake puxou um assobio, juntamente com palmas e todos o seguiram, fazendo eu corar em meio ao beijo. Em seguida, eles vieram dar "feliz aniversário" pra ele.
"Conseguiram me enganar direitinho, achei que não teria nada."
"Nem bolo." Jake riu.
"Pois é, nem bolo."
"Vamos comer o bolo? Estou morrendo de fome."
"Que novidade você com fome, amor, grande novidade mesmo." Me abraçou de lado, apertando minha cintura contra seu corpo.
"Eu não como nada desde o almoço, tenho direito de estar com fome."
Ele beijou meu rosto e fomos pra em volta da mesa, cantamos parabéns e eles pediram o discurso pra ele.
"Não sei o que dizer, vocês me surpreenderam e eu estou muito feliz por ter vocês, a minha família. Sempre foram e sempre serão parte da família, afinal, de que importa o sangue ser o mesmo quando o coração fala mais alto? Enfim, obrigado por tudo, mates."
"Awn que gay!" Jake fez uma voz meio de gay e passou as mãos embaixo dos olhos, fingindo chorar. "Deu até vontade de te beijar, gostoso." Mordeu o indicador na boca.
"Não vem não que o gostoso aí é meu." Bati no braço dele. 
"Sua grossa."
"Não vou te dar trela porque estou com fome."
"Ia perguntar pra quem vai o primeiro pedaço, mas eu já sei a resposta." Angie riu e entregou a espátula pra ele.
Ele riu também. "Erraram, o primeiro pedaço vai pra três pessoas, pra mulher da minha vida e pros meus dois anjos." Mandou um beijo no ar pra mim e deu a espátula pra Angie cortar. 
Conforme todos iam comendo seus pedaços de bolo, notei que o Tom não estava aqui e nem tinha dado sinal, o pessoal não parecia se importar com isso, já deviam ter se acostumado com o fato de ele não estar mais participando de nada. Pedi licença e fui pra dentro, dizendo que precisava descansar um pouquinho. Ele não estava mais na sala, então subi pro quarto, dei duas batidas na porta e a abri, mesmo sem ouvir o "entra".
"Posso?" Coloquei a cabeça pra dentro.
Ele deu de ombros, entrei e sentei de frente pra ele.
"Porque está aqui sozinho?"
"Não tenho motivos pra me juntar."
"Claro que tem, é a sua família que está lá em baixo."
"Alguém perguntou sobre mim, Helô? Já se conformaram com a porra toda, não é mais a minha família, são as pessoas que vivem na mesma casa que eu durmo."
"Não é bem assim, você se excluiu deles."
"Eu tenho motivos."
"Pode me contar, prometo que não vai sair daqui."
"Não sei..."
"Vai ser bom pra você desabafar."
"Não vai não, ninguém sabe o que eu estou passando, se sentir nas sombras... Vocês todos são amados."
Dei um sorriso pequeno e gentil pra ele. "Se sente nas sombras dos seus irmãos, é isso?" Ele não disse nada. "Acredite, eu já passei pelo mesmo, ser irmã de Nina Dobrev enquanto eu era apenas eu, uma garota normal vivendo das sobras de atenção que restavam."
"É isso mesmo, até meus pais já desistiram."
"Claro que não! O único problema é que você mudou, vive dando patadas, já parou pra pensar que isso magoa eles? Pois magoa, Tom, eles sempre te deram amor, carinho... E agora você não retribui isso a eles, do mesmo jeito que você não gosta de como te tratam, eles não gostam de como trata eles, entende?" Ele assentiu, ainda sem demonstrar qualquer emoção em seu rosto. "Já tentou falar com eles sobre como se sente?"
"Não, e não vou falar. Achei que quando o Cody saísse de casa, tomasse seu rumo, o mundo pararia de girar em torno dele, mas mesmo com ele longe, tudo em casa tem a ver com ele, ou então com a Alli, mas nunca comigo, sempre tenho que me virar sozinho, que fazer tudo sozinho, isso fode a minha vida, me sinto excluído da família."
"Se não falar com eles, se não tentar se juntar, eles nunca vão saber como se sente, tem que falar, a resposta pra todos os seus problemas é falar sobre eles e tentar achar soluções."
"Pra vocês, meninas, é mais fácil pra falar, Helô, homem é mais difícil de se abrir, ainda mais com os pais." Riu de leve.
"E porquê não com seus irmãos? Cody não queria vir hoje, ele não queria brigar contigo, porque é a única coisa que vocês tem feito, brigar, brigar, brigar... O que isso leva vocês? Ele adoraria ter uma relação com você como todo irmão mais velho, agora que você é mais "cabeça" daria pra vocês conversarem sobre diversos assuntos, ele te ajudar quando precisasse e tudo mais."
"Pensando por esse lado... Mas até seria mais fácil se o centro da irmandade dele não fosse resumido à Alli, ele diz desde sempre que o melhor dia da vida dele foi quando a Alli nasceu, dai me resta pensar como eu te disse antes, que eu sou excluído da família."
"O Cody te ama, Tom, com a Alli é diferente por causa da diferença mínima de idade entre eles, como se fossem irmãos gêmeos quase, me entende? Mas, com toda a certeza, posso dizer que ele não poderia querer outro irmão mais novo."
Novamente, ele deu de ombros, dessa vez um certo peso cogitava tomar seu semblante.
"Quando quiser conversar sobre outra coisa, talvez sobre a Alice, estarei aqui, ok?"
"Aham..."
"Ah..." Me virei pra ele quando já estava na porta. "Se sua consciência se acalmar, e você achar certo, desce pra dar parabéns pro seu irmão, ele vai adorar." Sorri.
Ele abriu um pequeno sorriso, mas foi sincero, o suficiente pra eu saber que tinha dado uma palavra que tinha entrado naquele cabecinha dura. Desci pro quintal e abracei o Cody por trás, depositando um beijo nas costas nuas dele, notei mais pessoas ali, meus pais e o Matt com a Sarah, cumprimentei eles, que estavam perto do Cody. 
"Como está a gravidez da senhorita?"
"Muito bem, pai, tudo como dizem ser o normal." Sorri.
"Mal posso esperar a hora de sua barriga crescer." Minha mãe disse. 
"Também quero muito que cresça logo." Cody passou os braços por minha cintura.
"Fiquei sabendo da sua gravidez, meus parabéns." Sarah disse depois de poucos segundos em silêncio, um sorriso sem vontade alguma tomou seu rosto.
"Obrigada..." Cocei a nuca sem jeito, sem mais saber o que dizer.
"Tão nova, não é?"
"Eu acho que cada um tem seu tempo, na vontade de uma força maior."
"Nem todo mundo." Deu as costas, indo pra outro lado.
Suspirei e olhei pro Matt. "Desculpa, eu não sabia o que dizer..."
Ele balançou a cabeça. "Tudo bem, Helô, disse que não estava fácil."
"Sinto muito..."
"Você não tem culpa." Sorriu. "Fica tranquila, hoje não é dia de deprê."
~ POV Cody Simpson ~
"Posso falar com meu irmão, Helô?" Tom apareceu depois de um tempo, tirando um sorriso da Ísa.
"Claro." Levantou da espreguiçadeira, indo se juntar com a Nick.
"Vim só te dizer feliz aniversário, presente eu não comprei porque não tenho grana, mas é isso."
"Valeu." Sorri.
"Ainda tem um pedaço de bolo pra mim?"
"Tem, claro." Levantei e o segui até a mesa.
Me encostei nela enquanto ele comia, fiquei rolando pelo Twitter pra ver as novidades e os tweets com mensagens de feliz aniversário das fãs. 
"Hm..." Tom começou enquanto acabava de mastigar, travei o celular e olhei pra ele. "Vamos fazer alguns coisa algum dia desses."
"Aham, kart talvez?"
"Opa, claro, mas dai a Helô não vai poder participar."
"Ela vai entender, Alli pode fazer algo com ela, se for o caso."
"Beleza, depois eu vejo o dia e falo com você, agora vou voltar pro meu quarto."
"Qual é, Tom? Fica aqui, logo vamos dar um pulo na piscina."
"Ok, então vou sentar ali." Apontou pra uma espreguiçadeira.
"Vai se misturar, você faz parte da família."
"Ah, sei lá, não tem assunto."
"Para de se excluir, maninho, porra, já que não me trouxe presente faz esse favor." Dei umas batidas no ombro dele.
"Ok." Passou as mãos no rosto pra evitar o riso leve que veio.
Peguei mais dois pedaços de bolo, um pra mim e outro pra Ísa, entreguei pra ela, mas sentei em outra espreguiçadeira, analisando todos ali, Tom estava se enturmando com as meninas e com o Jake. Ísa olhou pra mim e veio meio saltitante, parou ao meu lado e beijou meu rosto.
"Se acertaram?"
"Você tem a ver com isso?" Arqueei as sobrancelhas.
"Só falei com ele, ele precisava ser ouvido por alguém."
"Você é um anjo, sempre consegue resolver tudo." Puxei ela pra que sentasse no meu colo.
"Nem sempre, bebê." Enlaçou os braços no meu pescoço.
"Não seja modesta."
"Não estou sendo, não consigo resolver tudo, por exemplo o fato de a Sarah estar de cara ali."
"Não pode fazer nada quanto a isso, já que me impediu quando eu ia fazer."
"Eu não saberia o que falar mesmo... Mas tudo tem seu tempo, eles vão ter o deles, espero que não demore, porque o clima está bem chato assim."
"O Matt está malzão com isso."
"Eles podiam adotar um bebê, tem tantos abandonados em orfanatos."
"Acho que não seria a mesma coisa."
"Se você tivesse um filho adotado, não amaria igual?" Me olhou
"Amaria." Cocei a nuca. "Mas você entendeu, a Sarah quer todo o processo."
"Entendo totalmente, mas acho ridículo achar que todos tem culpa."
"Também acho, mas não podemos fazer nada." Bati na cintura dela pra que ela levantasse e me levantei em seguida. "Bora dar um pulo na piscina?"
"Hm..." Ela entortou os lábios. "Não, vou ficar com frio depois."
"Não vou judiar de você então." Beijei o rosto dela, que sentou na beira da piscina com o pés pra dentro. 
"Fica vendo, amor."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Cody falou algo com Jake e os dois passaram a conversar perto da Alli e da Nick, as duas estavam perto da piscina, então já imaginava o que estava por vir. Não me surpreendo muito ao ver os dois empurrando elas pra água, o legal foram os xingamentos que eles receberam, os dois não se aguentavam de tanto que riam, consequentemente, todos nós rimos junto. Tom e os meninos entraram na piscina também, sem se importarem com as roupas no corpo. 
"Eu queria entrar." Loren sentou na minha perna, molhando os pés na água.
"Depois vai pra casa molhada?"
Ela assentiu. "Não tem problema."
"Outro dia você trás seu biquíni e entra, pode ser, minha pequena? Também não vou entrar, vou ficar aqui com você."
Ela balançou a cabeça e a aconchegou no meu peito, afaguei seus cabelos delicadamente enquanto ela batia os pés na água.
"Você não disse que ia ter pessoas novas na família?"
"Disse."
"E onde estão? Eu quero ver."
"Ainda estão a caminho, vai demorar um pouquinho pra que possa ver."
"Mas porque?"
"Toda pessoa nova que vem, começa desse tamanho." Medo a distância entre meu dedo indicador e o polegar. "Dai vão crescendo mais e mais até ficar preparado pra que possamos ver."
"Já teve isso comigo?"
"Já, como com todo mundo."
"Vai demorar quanto?"
"Uns 6 meses."
"É muito." Estufou os lábios.
"Não tem como escolhermos, simplesmente acontece." Beijei a testa dela.
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oioi gente, o que acharam? acham que vai ficar assim o aniversário ou vai acontecer alguma coisa? Não estão sentindo falta de dois personagens ilustres? hahahaha COMENTEM, POR FAVOR, TIPO, TEM +- 130 VIEWS EM CADA CAPÍTULO E SÓ 7 COMENTÁRIOS? APENAS UM "CONTINUA" JÁ VAI ME DEIXAR FELIZ, VIU? ESTOU EM DÚVIDA ENTRE FINALIZAR NO 120 OU NO 130 (UM ACONTECIMENTO MARCANTE A MAIS), O QUE ACHAM? COMENTEEEM QUE EU CONTINUO, XOXO <3  

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Capítulo 107 - "Não mudaria nada."



Fomos até o quarto, sentei na cama e ela sentou à minha frente, fitando as mãos em seu colo, com vergonha de me encarar.

"Sinto muito, eu não sei onde enfiar minha cara." Ela disse, por fim. "Eu estava bêbada, foi sem noção."

"Sim, foi muito sem noção."

"Me desculpa, em sã consciência eu nunca faria isso."
"A bebida ajuda, eu sei."
"Não!"
"Pode admitir, eu confio no meu homem, pode dizer o que for."
Ela suspirou, o peso de sua consciência parecia tomá-la."Eu sempre achei o Cody bonito, naquela noite foi sem pensar, te juro."
Balancei a cabeça, com os lábios semicerrados. "Sabia."
"Mas não foi por mal, me desculpa, não vou aguentar voltar pra Inglaterra sem seu perdão."
"Vou te perdoar, mas que essa seja a última vez, e também perdoo por não ter ido mais longe."
"Obrigada, Helô, de verdade... Te juro que nunca mais vai acontecer."
"Espero que não, dessa vez eu não te perdoaria nem se quisesse e, acredite, eu não iria querer."
"Eu sei que não."
~ POV Cody Simpson ~
Ísa estava estranha comigo a dois dias do meu aniversário, um tanto quanto suspeito, mas não sabia se meu pensamento estava certo, exatamente por o "estranho" dela estar indecifrável. Gostava mais de descobrir uma surpresa antes de ela acontecer do que ser surpreendido, na real eu sempre descobria. Ela estava no quarto com a Karen, as duas não estavam gritando uma com a outra, então achei que tivessem se acertado.
"E ai, tudo certo?" Perguntei pra Ísa quando elas saíram.
"Tudo certo." Ela disse.
Karen se despediu dela e tomou o caminho da porta, Ísa voltou pro meu lado.
"Ela nem olhou pra mim." Ri.
"Isso é bom, muito bom."
"Desculpou ela?"
"Sim, não vale guardar magoa."
"Concordo."
"Quer fazer algo de noite?"
"Você, a senhorita vamos-ficar-em-casa-hoje, quer sair?"
"Quero, ué." Riu de leve. "Não pode?"
"Pode, mas hoje eu quero ficar em casa." Embalei ela nos meus braços. "Curtir um filminho contigo, sem agitação."
"Ok... E amanhã?"
"Amanhã é outro dia, pequena."
"Hm, podíamos ir pra casa dos seus pais amanhã."
"Fazer o que?"
"Não sei, não quer ficar um pouco com eles?"
"Amanhã vemos isso, ok?"
"Está chatinho, não quer fazer nada, credo..."
"Estou cansado."
"Cansado de que? Só fica jogado no sofá."
"Ficar sem fazer nada cansa mais do que fazer tudo, eu estava na estrada, estou acostumado com badalação, agora estou parado."
"Ah... Achei que gostasse de descansar."
"Até gosto, mas eu queria aproveitar fazendo algo."
Ela levantou, esticando um braço pra mim. "Levanta, nós vamos sair."
"Eu já disse não, amor."
"E eu disse sim, você está se deprimindo nesse sofá! Cadê o Cody por quem eu me apaixonei lá no início? O baladeiro, engraçado, divertido... Cadê?"
"Talvez ele tenha se perdido no meio da espuma do sofá ou então crescido."
Ela revirou os olhos, me puxando pelo braço depois. "Vamos mostrar seu carro novo pro mundo, de que adianta ser lindo e estar na garagem? Vamos, Cody!"
"Ok..." Disse, rendido, soltando as mãos em minhas pernas.
Não estava com um pingo de vontade de sair, estava preocupado com a tal agenda de shows que eu tinha que preparar, ela não entenderia isso bem, já que estava fazendo planos pra todos os dias e eu não tinha coragem de tirar aquele lindo sorriso de seu rosto. Talvez eu estivesse me equivocando e ela entendesse perfeitamente que é o meu trabalho, sempre foi e ela sempre esteve ao meu lado, mas agora... Agora era diferente. Eu tinha que fazer algo pra diverti-la, sei lá, só não podia ficar me deprimindo em um sofá, ela estava certa. Peguei uma camiseta básica preta no guarda-roupas, uma calça jeans e um sapato, arrumei o cabelo um pouco bagunçado pro lado e coloquei a touca preta. Sentei na cama e esperei enquanto ela se trocava. Depois de vários shorts sem fechar, ela optou por uma calça no fundo do guarda-roupas, um número a mais que o anterior dela, uma regata e camisa jeans por cima e Vans. Ela era a mulher mais linda que eu já tinha visto, vestindo o que quer que fosse, com maquiagem ou sem, ela era simplesmente linda. Fui por trás dela enquanto ela fechava os brincos e beijei seu rosto.
"Obrigado por me convencer."
Ela se virou pra mim com um sorriso nos lábios. "Na alegria e na tristeza."
Sorri e selei seus lábios com vários selinhos. Ela pegou a bolsa, eu meus pertences e saímos rumo ao estacionamento, abri a porta pra ela e entrei no banco do motorista.
"Pra onde quer ir, senhorita?"
"Podemos jantar e depois damos uma volta por aí."
"Ok." Assenti. "Quer jantar aonde?"
"Que tal um rodízio de pizza?"
"Vou te levar na melhor pizzaria daqui, é um pouquinho longe, pode aguentar?"
"Não estou com muita fome, posso aguentar." Riu pelo nariz.
Demoramos mais ou menos 40 minutos pra chegarmos na pizzaria, deixei o carro com o manobrista e peguei na mão da Ísa. Logo na porta, os olhares da maioria se viraram pra nós, uma das garçonetes nos levou até uma mesa discreta e no canto.
"Se tiverem algum pedido, é só falarem com quem estiver passando." Deixou os cardápios no suporte. "Com licença."
"Toda." Sorrimos e ela se afastou.
Ela pediu um suco e eu um uísque com bastante gelo.
"Pizza com uísque?" Fez uma careta.
"Pra animar um pouquinho." Ri.
"Vê se não fica bêbado."
"Só um copo, amor."
"Ok, porque eu não estou com nem um pingo de vontade de dirigir."
"Fica tranquila." Entrelacei os dedos nos dela por cima da mesa.
Ficamos conversando enquanto comíamos, um papo animado, tentei até tirar dela se iriam fazer alguma coisa pra mim, mas a resposta era sempre "você não disse que não queria? Então...", já estava me conformando com a resposta dela. Depois de estarmos satisfeitos, fomos de carro até a praia e ficamos andando de mãos dadas pelo calçadão.
"Cody!" Uma garota, provavelmente uma fã, veio correndo até mim. "Eu amo você, pode tirar uma foto comigo? Vai ser a melhor de toda a minha vida, faz isso por mim, por favor, por favor, por favor."
"Ok." Ri pelo jeito que ela colocava uma palavra junto com a outra por estar nervosa.
Tiramos dois selfies e ela saiu saltitando, olhei pra Ísa e nós dois rimos.
"Que maluquinha."
"Acho que eu deixei ela feliz, só acho."
"Acho que muito mais do que isso, numa escala, a felicidade dela deve estar em 1000%." Riu.
"Sentia falta de tirar foto com as fãs."
"Quando você volta a trabalhar?" O semblante dela murchou um pouco.
"E-eu não sei."
"Ah..."
"Gostaria que eu fosse?"
"De verdade?"
Assenti.
"Não."
"Porque não?"
"Queria que estivesse comigo na gravidez, em todos os momentos, sabe? Acho que você já trabalhou demais nesses três anos, vamos viajar, curtir..."
"Vamos ver, não sou só eu que decido, você sabe." Girei ela, pra que ficasse de frente pra mim. "Vamos lá pra areia?"
Ela concordou e descemos pra areia, andamos um pouco e sentamos nas pedras, lembrei que uma vez tínhamos transado ali e sorri comigo mesmo.
"De que está rindo?" Apoiou o corpo nos braços.
"Lembrei que transamos por aqui e, se você não estivesse grávida, a gente transaria de novo."
"E você queria que eu não estivesse?" Perguntou sem me encarar.
"Não! Claro que não. Eu não mudaria nada na nossa vida, tudo o que aconteceu, mesmo que tenha nos afastado de momento, nos aproximou mais agora."
"Não mudaria nada mesmo?" Me olhou. "Nadinha?" Arqueou um pouco a sobrancelha, sabia bem do que ela estava falando.
"Nem minhas traições, sabe porque?"
"Porque?" Me encarou com seriedade.
"Porque nenhuma delas foi como você, a cada traição eu via que ninguém seria melhor que a minha mulher. E hoje eu tenho plena certeza de que não há mulher melhor no mundo."
"Tem como ficar brava contigo?" Abriu um sorriso lindo, que iluminou seu rosto.
"Espero que não." Selei seus lábios, iniciando um beijo lento. "Hm... Talvez eu mudasse uma única coisa."
"O que?"
"Seu sequestro, não suportei aquela agonia, te ver toda marcada quando eu te encontrei, acho que foi a pior coisa do mundo, ainda mais por ter sido culpa minha."
"Esquece isso, já passou." Colocou as duas mãos em meu rosto. "Rebecca está fora de nossas vidas, meu amor."
"Espero nunca mais vê-la."
"Eu também, ela é uma vadia."
"E como é."
"Não vamos estragar nossa linda noite falando dela."
"Não mesmo." Entrelacei a mão na dela.
"Eu amo quando você usa essa touca, sabia? Mexe com meus sentidos mais loucos."
"Eu gosto disso." Beijei o pescoço dela.
"Não me provoca não, garoto." Levantou o indicador. "Eu não respondo por mim."
Olhei pra trás depois de um turbilhão de luzes começar a piscar, claro paparazzis, estava demorando pra nos flagrarem... Puxei a Ísa pela mão pra nos desvencilharmos deles.
"Que droga! Nunca podemos ter um momento só nosso." Ela disse ao entrarmos no carro, bufando.
"Fazer o que, não é? Fama traz isso."
"Eu sei, eu sei... Mas de qualquer jeito."
"Amor..." Peguei a mão dela antes de ligar o carro. "Não se estressa por besteira, ok? Não vale a pena, não vai mudar em nada."
"Ok... O importante é que eu te tirei de casa."
"Acho que só você consegue essas proezas."
"Que ótimo, vou sempre fazer isso por você, não é nada legal te ver triste pelos cantos."
Selei os lábios dela. "Amo você, garota."
"Também amo você." Retribuiu o selinho.
Voltamos pro apartamento e fomos pro banho juntos. Deitamos na cama e ela ligou a televisão, deixando em qualquer canal, em poucos minutos, ela se aninhou comigo, nossas pernas ficaram entrelaçadas e a cabeça dela no meu peito.
"Logo você faz 25, parece que ontem estávamos preparando sua festa de 21."
"Vamos combinar que foi uma festa foda."
"Foi." Riu. "Cada fantasia..."
"Podíamos fazer outra agora."
"Não! Está muito tarde pra pensarmos em festa grande, você que não quis, se tivesse dito antes eu até consideraria."
"Ainda dá tempo."
"Não, não dá."
"Que maldade, não vai ter nada pra mim? Beleza..." Fiz joinha pra ela.
"Vai ter uma reuniãozinha, um bolo, seus amigos, eu." Abriu os braços e apontou pra si mesma, depois beijou meu queixo.
"Só por você, já compensa, minha linda."
"Que amorzinho."
"Mas no ano que vem, não vou me importar se me surpreender com uma festa."
"Ok, mas não se esqueça que nossos filhos estarão pequenos coisa e tal."
"Eles vão nascer em...?"
"Em julho eu faço 9 meses, mas como são dois, geralmente não vai até o final."
"Podem nascer a partir de quando?"
"Acho que pode ser em junho, mais provável."
"Vou contar os meses."
Ela riu e se aconchegou novamente. "Boa noite, amanhã vamos comprar roupas."
"E quanto ao não comprar roupas até a barriga crescer?"
"Não tenho mais nenhum shorts pra usar, se não percebeu isso ainda."
Ri. "De qualquer modo, fica linda vestindo qualquer coisa."
"Ok, amanhã saio na rua vestindo qualquer coisa pra ver o que os outros falam."
"De que importa o que os outros falam quando eu estou falando?"
"Importam as opiniões, não me sinto segura."
Beijei a cabeça dela. "Não importa o que eles digam, você tem que acreditar e confiar em si mesma."
"Você não existe, é o melhor cara do mundo."
Apenas sorri. "Dorme bem, meu anjo."
Demorei mais do que ela pra pegar no sono, não estava lá numa posição muito confortável, já que depois de pegar no sono ela se jogou em cima de mim, mas não quis acordá-la e acabei por dormir do jeito que estava. Não foi uma das melhores noites, acordava no meio da noite com a cabeça cheia, pensando no trabalho, queria voltar, mas ao mesmo tempo estava sendo pressionado pra isso e essa ideia não me alegrava.
Pela manhã, ela levantou antes de mim, percebi isso ao esticar o braço na cama e não senti-la. Enrolei um pouco, me espreguicei e fui pro banheiro fazer as higienes. Segui pra sala e ela estava na sacada com a cabeça em uma das mãos enquanto olhava pra baixo, cheguei sem fazer barulho e a abracei por trás, ela se desvencilhou.
"O que aconteceu?"
"Porra nenhuma." Fungou.
"Ih... Porque o choro?"
Ela ensaiou um pouco e finalmente se virou pra mim. "O que é isso?" Levantou um maço de cigarros e a garrafinha de metal.
Vai dar merda, pensei comigo, enquanto coçava minha testa com o indicador.
"Heim? Te fiz uma pergunta e exijo uma resposta."
"Porque estava mexendo nas minhas coisas de turnê?" Mudei o rumo da conversa.
"Eu perguntei primeiro, não muda de assunto."
"E eu estou perguntando agora." Tirei da mão dela. "Que eu me lembre, não te dei direito de mexer nisso."
"Ia apenas arrumar suas coisas porque estão bagunçadas, mas isso é o que menos me importa agora!" Passou as mãos pela testa, me encarando com um semblante de raiva, mas completamente desapontado. "Você me disse que nunca ia colocar essa droga na boca! O que está fazendo?"
"Para com isso, é besteira. Me viu fumando alguma vez? Que porra, velho!"
"Não vi e espero não ver, faria você engolir, mas se está nas suas "coisas de turnê"." Fez aspas com os dedos. "É porque leva."
"Levo mesmo, isso me deixa mais relaxado, achou o que? Que eu bebia um leite quente antes de entrar no palco? De boa, né Ísa."
Não era pra tanto, claro que não, mas depois de uma noite estressante, acordar e já ser cercado de perguntas fode minha vida, ainda mais por ela ter mexido nas minhas coisas, eu odiava isso. Não que eu tivesse algo a esconder, a não ser isso, mas eu gostava do meu jeito de arrumar pra saber onde procurar.
"Eu não achava que você iria ser mais um que enriquece e passa a cultivar hábitos que antes não eram seus, eu confiava em que você era diferente deles, mas, pelo visto, não é." Sumiu de minha visão, mexendo em algo na sala.
Fazia um bom tempo que não colocava um cigarro na boca, bem que a situação toda me deu vontade, mas eu não fiz isso. Seria crime deixar algo cair da sacada? Bom, não sei, mas era tarde de mais. Apoiei os cotovelos no parapeito e fiquei pensando em tudo, desde fazer a agenda de shows até a ter sido duro com ela agora. Ouvi a porta da entrada bater e, talvez só então tenha percebido que ela havia ficado chateada comigo.
"Aonde você vai?" Perguntei ao abrir a porta, mudando totalmente o tom de minha voz.
"Vou fazer compras, não disse que ia? Pois bem..."
"Deixa eu me trocar e vou contigo."
"Não lembro de ter convidado." Ela disse e olhou pra porta do elevador, esperando que abrisse.
"Qualquer coisa me liga, pelo menos?"
"Não banca o bonzinho agora." Entrou no elevador.
As portas se fecharam, a tirando de minha visão. Ok, agora eu tinha que pensar em como pedir desculpas, mas também tinha que arrumar a situação dos dias de turnê. Ia apenas separar os dias e depois William se entenderia em arrumar os lugares, meu último mês teria que ser na Austrália, a menos que ela não concordasse comigo em dar a luz lá. Coloquei meu notebook em uma mochila e troquei de roupa, joguei a mochila no ombro e desci. Fui andando até um café, procurei uma mesa e me sentei nela, deixei o notebook preparado e escolhi o que iria comer, fazendo meu pedido pra uma garçonete. Me concentrei e comecei a procurar por datas no calendário, exatamente duas semanas na estrada e duas em casa, pra ser mais preciso, até dia 15 na estrada e o restante do mês em casa. Talvez não fosse tão ruim, estaria ganhando dinheiro, me despedindo das fãs, já que depois pegaria umas boas férias, e passaria um bom tempo em casa, acho que ela me entenderia, na verdade eu esperava que sim, seria foda ficarmos brigando agora. Depois de alguns goles de café, estava com os dias marcados, enviei pro William e mandei uma mensagem avisando.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Parei em um Starbucks antes de ir pro shopping, tomei meu café ali e enviei uma mensagem pra Alli, perguntando se ela poderia me encontrar, a resposta veio rápido, em pouco tempo ela estaria aqui.
"Vim o mais rápido que pude." Sentou à minha frente, soltando a bolsa em seu lado. "O que houve?"
"Tudo bem, não demorou." Bebi um gole do meu Chai. "Encontrei os cigarros do teu irmão, dai a gente começou discutir e eu fiquei chateada, tanto pelo que ele disse quanto por ele estar fumando."
Ela riu da minha cara. "Acho que pegou pesado, Cody não fuma mais tem um ano, mais ou menos."
"E porquê se estressou tanto quando eu perguntei pra ele? Não faz sentido."
"Talvez por você ter perguntado de algum jeito que ele achou estar sendo julgado, pressionado, não sei, mas eu te garanto que estão lá só por estar."
"Vou acreditar quando ele se livrar."
"Conversa com ele que ele fará isso, mas converse, não grite."
"Ok." Suspirei. "Não vou voltar pra casa agora, mas depois falo com ele." Levei uma das mãos à testa ao sentir uma tontura forte.
"Tudo bem?"
"Tu..."
E tudo se apagou.
~ POV Cody Simpson ~
Juntei minhas coisas de qualquer jeito, paguei a conta e tomei um taxi o mais rápido que pude depois de Alli me ligar desesperada, dizendo que Ísa tinha ido parar no hospital.
"Dá pra ir logo? Estou indo pra um hospital, não pra um parque de diversões." Bufei no banco de trás pra apressar o motorista, que parecia tirar com a minha cara indo a 35km/h.
O que era pra demorar uns 10 minutos, demorou 20. Fui direto pra recepção, perguntei por ela e eles me disseram um quarto no final do mesmo corredor. Respirei fundo e abri a porta, Alli estava ao lado dela, que tomava soro na veia. Assim que me viu, ela beijou a testa da Ísa.
"Já vou, qualquer coisa me liga, amiga." Ísa assentiu. "E lembre-se do que eu disse." Se aproximou de mim, colocando a bolsa no ombro. "Cuida dela e meça suas palavras."
Alli beijou meu rosto e saiu do quarto, Ísa ficou me olhando e eu fui sentar a seu lado.
"Desculpa pelo que eu disse, fui grosso sem motivos, admito."
"Me desculpa também, não devia ter questionado nada daquele jeito e nem mexido nas suas coisas, mas eu só queria tirar do meio pra te ajudar mesmo."
"Sei que foi com boas intenções." Beijei a mão dela. "Como se sente?"
"Melhor, não é nada legal desmaiar."
Ri e beijei a testa dela. "Depois vai descansar."
"Nada disso, eu vou comprar minhas roupas."
"Ah, mas não vai mesmo."
"Claro que vou! Eu preciso de pelo menos uma calça e um short."
"Mas eu vou com você, nem a pau que te deixo ir sozinha."
"Pode ir comigo, vou adorar, na verdade." Sorriu, olhando pro outro lado em seguida.
"Também vou adorar ir contigo, faz um tempo que não vamos no shopping."
"Faz mesmo, podemos começar a ver as coisas de bebê, claro que sem dar muita bandeira."
"Sem dar bandeira vai ser difícil."
"Vamos passar em casa e pegar alguns disfarces, que tal?"
"Pode ser." Ri outra vez.
Assim que o médico deu alta pra ela, fomos pro apartamento, era difícil se disfarçar, coloquei um boné e um óculos escuro e a Ísa prendeu bem o cabelo e colocou um óculos também. Fomos na Rang, paramos no shopping e subimos direto pra tal loja onde ela queria ir, uma loja enorme de artigos para bebês. Fiquei maluco junto com ela enquanto olhávamos roupinhas e móveis, imaginamos mil coisas juntos e cada um por si, mas no fim era a mesma coisa. Ao invés de comprar um short e uma calça, ela comprou uns 3 modelos de cada, mais algumas blusas e vestidos. Mulheres... Ela não quis comer nada, então voltamos pra casa.
"Gostou da loja? Pretendo fazer o enxoval lá." Perguntou enquanto passava um pano na bancada.
"Gostei, tem bastante opções."
"Eles fazem os móveis por encomenda do catálogo também."
"Bom saber, mas só poderemos ver essas coisas quando a mídia souber." Sentei num dos bancos.
"Sim, eu sei."
"Ísa..." Suspirei. "Vamos voltar no assunto de hoje cedo, ok? Já me livrei de coisas desnecessárias."
"Ah..."
"Estou falando sério, foram pela sacada."
"Jogou da sacada?" Arregalou levemente os olhos.
"Na raiva... Eram desnecessários, não tinha necessidade de arrumar um lugar pra jogar."
"Fico feliz que tenha jogado." Sorriu.
"Agora eu tenho um convite parte fazer."
"Convite?"
"Sim, vamos viajar por alguns dias?"
"Viajar? Ah, não sei... Pra onde?"
"Não sei, não precisamos demorar, podem ser uns dois ou três dias apenas, só quero respirar novos ares antes de..." Parei de falar quando percebi que ia falar de mais, mas ela captou.
"Antes de...?"
"De voltar ao trabalho."
Era melhor falar logo de uma vez do que ficar esperando e adiando... Se ela tivesse que brigar, seria agora ou depois de qualquer jeito. Por alguns segundos, ela evitou me olhar, fitando o chão, mas depois subiu pra mim.
"Vai voltar ao trabalho?"
Assenti.
"Porque me perguntou se eu queria ou não se já tinha uma opinião formada?"
"Eu não tinha, mas depois dessa turnê, eu vou parar por um bom tempo."
"Um bom tempo de quanto? Um mês?" Apoiou-se do outro lado do balcão, com um olhar irônico pra mim.
"Não vou passar o tempo todo na estrada, 15 dias sim e 15 não."
"E acha que vai ser bem facinho ficar longe de você por 15 dias todo mês? Eu estou grávida, quero atenção, quero que esteja comigo, mas não vai estar, você só fode comigo, literalmente."
"Não é pra tanto, não dramatiza. Eu estou aqui pra você, sempre estive e sempre vou estar. O tempo vai passar rápido e eu vou te compensar no nosso tempo juntos."
"Eu não quero ficar sozinha!"
"Pode ir comigo enquanto der."
Ela bufou, se virando pra pia sem querer me dar mais atenção. "O que mais eu posso esperar pra hoje, Senhor?"
"Viaja comigo, amor?" Fui pra trás dela, beijando de leve seu pescoço. "Por favor."
"Vou pensar."
"Pensa direitinho, ok? Eu amo você, amo demais, mas eu tenho que cumprir o que meu empresário diz, ele nem me daria os dias em casa, por isso eu discuti com ele naquele dia, não aguentaria ficar longe de você, no fundo você sabe disso."
"Eu sei disso, mas achei que não aguentaria e não ficaria." Se virou pra mim.
"Me desculpa, tá bom?" Tirei uma mecha de cabelo do rosto dela, levando pra trás de sua orelha. "Não queria ter que fazer isso, mas eu tenho. Prometo que vou te ligar por skype todos os dias, duas ou três vezes e vamos marcar as consultas pra quando eu estiver aqui."
"Se eu disser não, não vai mudar em nada, então tudo bem." Repousou as duas mãos em minha cintura e encostou a cabeça no meu peito.
Beijei a cabeça dela. "Vem comigo no primeiro tempo? Pra matar as saudades de ter você comigo na turnê."
"Só no primeiro?"
"Até quando você aguentar, digo por causa da barriga crescer, vai ficar desconfortável você dormir naquelas camas do ônibus com a barriga grande, ainda tem as viagens longas que vão enjoar você. Acredite, só quero que esteja bem, meu amor."
"Concordo com o que disse." Sorriu. "Vou ir no primeiro tempo, então."
"Vou pedir pra que a Alli fique aqui enquanto eu não estiver, com certeza ela topa."
"Você vai sair amanhã?"
"Não."
"Então para de se preocupar com isso agora."
"Vou parar." Enlacei os braços na cintura dela. "Vamos nos concentrar no agora, apenas nisso."
"Sim, ou vamos acabar brigando outra vez." Me deu um selinho.
Dei uma mão pra ela no almoço, comemos e ela começou a insistir pra irmos na casa dos meus pais, sinceramente, eu não estava muito a fim de ir.
"Posso ir sozinha?"
"Vai me deixar sozinho?"
"Poxa, eu tenho que falar com sua irmã."
"Chama ela pra vir aqui."
"Não, eu quero ir lá."
"Vai demorar?"
"Não sei."
"Vou ficar na casa dos meninos pra colocar o papo em dia."
"Por isso que eu te amo."
"Ah, só por isso?" Levantei, ficando de frente pra ela.
"Não, né idiota?! Por vários motivos, mas não vou listar pra irmos logo."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Ao chegarmos na casa dos Simpsons, Cody falou apenas um pouco com os pais e foi pra casa dos meninos. Ótimo, pensei comigo. Chamei o Brad e fomos pro lado de fora ensaiar a música. Já estávamos em sincronia, eu tinha ensaiado um pouco e ele também, pelo que parecia.
"Vamos nos sair bem amanhã."
"Com certeza. Já falou com a Angie do plano?"
"Não, ainda tenho que falar."
"Ela vai aceitar, já falei por alto e vai dar tudo certo."
"Espero que sim, vai ser importante fazer isso pro Cody, sei que ele vai gostar da festa, de tudo, mas já tirei da cabeça dele que vamos fazer."
"Parabéns, porque na maioria das vezes ele descobria." Riu de leve e apoiou o violão.
"Vou lá falar com a Angie." Levantei.
"Antes, como está indo a gravidez?"
"Tudo ótimo até agora e espero que continue assim." Sorri.
"É meio inacreditável ainda." Balançou a cabeça.
"Às vezes eu também acho, mas já estou conformada, quase pronta." Ri.
"Cody tem te ajudado? Pode falar a verdade que eu pego no pé dele se não estiver."
"Está sim, ele está sendo ótimo, na verdade, todo preocupado..."
"Qualquer coisa pode me falar, viu?"
"Pode deixar, obrigada, tio."
Ele entrou junto comigo, carregando o violão em uma das mãos. Falei com Angie sobre o plano de tirá-lo de casa no outro dia e ela tratou de acertar os últimos detalhes com um boleiro conhecido, ele faria parte do nosso plano, mesmo que quase sem saber. Cody me mandou uma mensagem pouco tempo depois, dizendo que ficaria uns 10 minutos com Matt e depois viria me buscar.
"Porquê o Cody está se esquivando de casa?" Alli perguntou.
"Não é da casa, e nem de vocês, ele está se esquivando da rua em geral, tenho que arrastar ele."
"Porque isso?"
"Não faço ideia, ele anda meio pra baixo, não sei porque."
"Faz uma enorme surpresa pra ele, mostra que ele não deve ficar assim, seja criativa." Riu.
"Não dá mais tempo, Als, talvez outro dia."
"Claro que dá, te mando umas ideias por mensagem, não precisa ser extravagante, só de coração."
"Está tão romântica esses tempos."
Ela deu de ombros, um sorriso duvidoso estampou seu rosto e eu a abracei, sabendo que o motivo era o Josh outra vez. A campainha logo tocou, Cody não quis entrar, preferiu ir pra casa direto e eu não discuti. Chegamos ao apartamento por volta das 16h20, arrumei algumas coisas que estavam jogadas pela casa, juntei as roupas pra lavar e coloquei na máquina. Cody ligou pro empresário pra ver algo sobre a turnê, consegui ouvir um pouco de onde estava, era referente a se ele tinha visto as datas que ele tinha enviado por email e se tinha alguma base de onde seriam os shows. Não gostava muito da ideia, na verdade quase chega a odiar, mas não podia fazer nada, ele queria estar no palco pra se despedir por um tempo, entendia isso, seria melhor ele agora ao invés de quando os bebês nascessem. Não poderia ser tão ruim ficar esperando por 15 dias, tinha minha família aqui, a família dele, e eles ocupariam meu tempo ocioso.

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oi, bom eu tenho me esforçado bastante pra fazer a fic e tal, tem algo errado? Porque estão me abandonando? :( enfim, o que acham que vai rolar? como vai ser a festa e tudo mais? vai tudo continuar um mar de rosas? comentem pra eu continuar, xoxo (p.s. o primeiro capítulo de Rebel Mistake já está no blog http://fic-rebelmistake.blogspot.com )