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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Capítulo 111 - Proposta. (+aviso)

Comecei a ler o email, mas fui pulando as palavras até achar uma parte que me prendesse:

"Nós teríamos o enorme prazer de te receber pra uma sessão de fotos, pois entra em nosso projeto de capa. Entramos de acordo em que seria formidável termos uma noiva grávida como proposta. Esperaremos que entre em contato o mais rápido possível pra marcarmos uma reunião e explicarmos melhor pra você.
Cordialmente, Henry e toda a equipe."
Estava boquiaberta ao fim, Alli veio da cozinha pra me chamar pra comer e ficou esperando que lhe desse atenção.
"Posso saber o que te deixa tão fixa aí?"
"Recebi uma proposta daquela revista que você estava me mostrando aqueles vestidos outro dia."
"SÉRIO?"
"Acha que eu devo ligar, responder o email ou falar com o Cody antes?"
"Responder agora mesmo, sem sombra de dúvidas, eu te acompanho se for ter uma reunião, cuido de tudo como ele faria, mas não perde essa oportunidade."
"Eu acho melhor perguntar pra ele antes."
"Eu me encarrego disso, fica tranquila! E agora vamos comer enquanto pensa no que responder."
Ri com a euforia dela, deixei o not no sofá e me apoiei pra levantar, minha barriga estava cada vez mais pesada, isso me deixava com dúvidas sobre posar pra revista ou não, não conseguia ficar muito de pé e nem andando, mas veríamos no que daria. Alli insistia em falar o tempo todo sobre o email, sem me deixar abrir a boca pra dar opinião, não que eu tivesse uma, já que ela já estava muito adiantada na linha de raciocínio, pensando no que proporcionaria, em como seria, nas lembranças e blábláblá.
"Chega, Als. Não se precipite, ainda não disse nada sobre aceitar ou não aceitar."
"Mas você vai aceitar!" Deu a volta na mesa, parando ao meu lado e juntando os pratos. "Já pensou na repercussão? No orgulho do Cody e dos bebês quando virem? Vai ser o auge, amiga." Colocou os pratos na pia e deixou um pouco de água cair neles. "Meu irmão vai te apoiar totalmente assim que souber."
"Eu acho que não, ele vive dizendo pra eu ficar em repouso." Dei de ombros.
"Ele vai concordar sim, eu tenho certeza absoluta."
"Como pode ter tanta certeza assim?" Arqueei as sobrancelhas.
"Ah, eu conheço ele, sei como iria amar seu progresso profissional."
"Continuo achando que não."
Ela analisou o relógio por um longo minuto. "Se não fosse tarde onde ele está, ligaria pra te mostrar como está erradíssima."
"Duvido." Fui pra pia. "Já que fez a maior parte do almoço, eu lavo a louça e não discuta quanto a isso."
Alli levava ao pé da letra o que o Cody tinha pedido de "ficar ao meu lado todo o tempo"... Nem por um segundo ela desgrudava, não que isso me incomodasse, pelo contrário, mas era estranho por ela "não ter" mais uma vida.
"Quando vamos pra Austrália?"
"Não faço a mínima, depende do Cody, ele disse que me passaria as datas quando voltasse." Encostei de costas na pia e acariciei minha barriga enquanto meu eu era tomado por mais um daqueles desejos loucos. "Pastel... Pastel de chocolate." Mordi o lábio.
"Oh, meu Deus!" Esticou as bochechas com as duas mãos. "Onde vou achar isso?"
"Não sei, vamos procurar."
"Mas onde, senhorita Dobrev?"
"Naquela rua onde tem comidas de todos os tipos, em outros lugares também tem restaurantes de comida brasileira e lá, com toda a certeza, tem."
"Então vamos." Riu.
Liguei o gps no carro depois de procurar a rua na internet, era a quase que a 3km de onde estávamos, mas Alli não reclamou. Chegamos em 40 minutos numa rua que era a verdadeira tentação dos deuses, era como ter o mundo todo resumido em uma rua extensa e larga. Tínhamos desde restaurantes japoneses até a indianos, uma pastelaria tinha uma fila grande, mas uma das garçonetes nos deu preferência nos pedidos.
~ POV Cody Simpson ~
Mais um show havia acabado, essa noite em . A equipe estava animada, o show tinha sido ótimo, a platéia nem se fale, mas todos nós sabíamos que faltava algo. No outro dia fizemos numa cidade da Itália e no seguinte em Roma, agora íamos à caminho do aeroporto pra um voo até a Alemanha.
"E aí, filhão." Meu pai passou o braço por meu ombro.
"E aí, pai."
"E essa cara?"
"Saudades de casa, não consigo falar com a Ísa e nem com a Alli desde ontem."
"Deve ser o fuso, Angie disse que as duas estão bem, passaram o dia com ela ontem."
"Menos mal, mas não muda a saudade."
"Logo estará em casa." Deu duas batidinhas nas minhas costas.
"É, eu sei." Voltei a olhar pra janela, vendo carros e mais carros ao redor. "Austrália no mês que vem e depois férias, férias com meus filhos já do meu lado, não dá pra acreditar ainda."
"Já se passaram 7 meses e ainda não acredita? Só pode estar brincando." Falou com ar de riso.
"Vou acreditar assim que os vir, pode acreditar nisso.
Avistei o aeroporto assim que fizemos a curva e um leve embrulho passou por meu estômago, estava com fome mas não chegava a tanto, então devia ser apenas uma sensação estranha como todas as demais. Fizemos o check-in e esperamos até que o jato fosse preparado pra nós com todos os equipamentos, havia sido assim desde que Willian saíra da equipe e cancelara o ônibus que nos levava, nada pode ser feito, já que demoraria até redigirem um novo contrato com a empresa e tudo mais. Em poucas horas desembarcamos na Alemanha. Uma legião de fãs ocupava o aeroporto, colocamos nossas malas em alguns carrinhos e os seguranças vieram para fazer a escolta, os equipamentos seriam levados com suas caixas em uma das vans do aeroporto. Chegávamos perto da porta que separava a sala de desembarque, várias fãs estavam grudadas no vidro com suas câmeras apontadas, quando todos pararam atrás de mim e começaram a falar ao mesmo tempo.
"O que está acon... MATT?" Larguei o carrinho e segui até ele sem conseguir fechar minha boca. "Que conhecidencia. Vai viajar com a Sarah?"
"Claro."
"Pra onde?"
"Hm... Pra onde vão?"
"Ficaremos por aqui por dois dias."
"Ótimo."
"Ótimo? Como assim?" Jake se meteu entre nós.
Matt sorriu, não sei como, mas eu decifrei em um segundo e o abracei, sem conter o sorriso no rosto.
"Você ta de volta?" Meu pai perguntou.
"Graças à sua noiva."
"A Ísa?" Arregalei os olhos.
"Tem outra?"
Ri de leve. "Como ela fez isso?"
"Depois nós conversamos, melhor irmos, não é?"
"Não antes de um abraço em grupo." Nick sugeriu.
Isso fez com que sentíssemos que, pela primeira vez em quase um ano, a equipe estava completa outra vez, exceto por Ísa e Alli não estarem aqui. Atendi as fãs que deram do lado de fora, mas os seguranças não deixaram que ficasse mais, pois logo o próximo voo chegaria e blábláblá. Uma van grande e dois carros já nós esperavam, o hotel não era muito longe do aeroporto, Matt já tinha um quarto reservado pra ele, isso parecia muito bem planejado.
"Pode ir contando." Disse depois de deixar minhas malas no quarto e seguir pro dele. "O que a Ísa tem a ver com isso? Como decidiu que voltaria?"
"Ele sempre quis voltar, a Ísa só deu uma luz no fim do túnel." Sarah disse após dar uma geral na vista que tinha da cidade, resumindo minha pergunta.
Pisquei os olhos pra tentar entender sem me esforçar. "Se queria voltar, porque não antes? Sabe, e sempre soube, que seu espaço aqui estava garantido, Matthew."
"Eu sei, Cody, mas eu estive aflito nesse tempo, não sabia como seria minha vida de casado se eu voltasse, sabe que as coisas não iam bem, não iam nada bem na verdade, e eu resolvi ficar na minha."
"E foi só a Ísa ir falar contigo que mudou de ideia?"
"Ela só abriu meus olhos, eu preciso de vocês, vocês precisam de mim..."
Meu celular vibrou, fazendo com que pedisse um minuto antes de voltar pra conversa, conseguiria colocar o raciocínio em ordem por esse curto espaço de tempo.
Alli: "Seu plano já está em ação (; agora é com você, xx"
Sorri comigo mesmo, tudo estava saindo como planejado, era uma das melhores coisas que eu poderia querer. Agora era hora de correr contra o tempo pra conseguir o resultado esperado. Matt analisava minha reação após ler a mensagem.
"Ísa?"
"Alli."
"O que aconteceu?"
"Hm... Logo eu conto, agora continue me contando como foi que chegou até aqui, o que ela te disse, etc etc etc."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Alli tinha me enchido o saco durante a tarde toda pra irmos passar a noite na casa dela, acabei aceitando, estava com saudades da Angie. Era difícil eu sair de casa e isso, meio que, tinha me afastado da família. Organizei rapidamente uma bolsa e saímos do apartamento rumo à casa dos Simpson.
"Trouxe uma surpresa." Alli gritou assim que abriu a porta. "Alô? Alguém em casa?"
"Porquê está gritando, maluca?" Tom apareceu vindo da cozinha, cabelo bagunçado e uma lata de energético em uma das mãos.
"Eca, você está um horror." Fechou a porta quando eu entrei. "Cade a mamãe?"
"Aqui ela não está." Deu ombros, estufando os lábios.
"E onde ela está?"
"Eu que vou saber?"
"Deveria, mal educado."
"Tive a mesma educação que você." Virou o energético na boca com um longo gole. "Não enche hoje não, viu?! Já tive uma noite foda ontem." Subiu.
"Cada vez pior." Disse. "Mas, enfim, onde a dona Angie se meteu?"
"Não sei, vou ligar."
Pra nossa não-surpresa, ela estava no shopping com minha mãe e minha irmã, as duas não se desgrudavam desde que minha mãe se mudara pra Los Angeles e eu achava isso ótimo.
"Enquanto ela não chega, quer comer, tomar banho, fazer algo?"
"Vou tentar falar com o Cody."
"Vou pegar o notebook pra você."
Chamei ele no skype e fui atendida prontamente.
~
"Oi, meu amor!"
"Não nos falamos mais, heim princesa."
"O fuso-horário está atrapalhando, não consigo ficar acordada por muito tempo."
"Eu entendo." Sorriu. "Como está esse barrigão?"
"Cada vez maior, nunca imaginei que minha barriga pudesse crescer tanto."
"E não para de se mexer." Alli disse, aparecendo atrás de mim.
"Queria estar aí pra sentir, sinto falta disso."
"Nem me fala de sentir falta, Cody, não aguento mais de saudades." Fiz beicinho.
"Logo eu estou aí, faltam apenas 5 shows."
"Ainda é bastante, sabia?"
"Eu sei." Suspirou com o peso parecendo tomar conta de seus ombros. "Mas vai passar bem rápido, viu?"
"Espero que sim."
"Agora, como é que conseguiu abrir a cabeça do Matt? Você não existe, amor."
"Foi bem fácil, só precisei dizer o quanto precisava e queria ele de volta."
"Impressionante, nem achava que ele poderia voltar, sabia? Mas, como sempre, você me surpreende."
Ri. "Sabia o quanto você amaria isso."



Não conversamos por muito tempo como das outras vezes, ele tinha que descer pra uma entrevista no saguão do hotel em que estava e minha mãe já tinha chegado com a Angie. Minha irmã sentou ao meu lado e em poucos segundos estava deitada no meu colo.
"Você e o Cody já decidiram o nome dos bebês, meu amor?"
"Hm... Mais ou menos."
"Quais as opções?" Alli arregalou os olhos com entusiasmo.
"Não posso falar, desculpem, mas eu prometi pro Cody."
"Como assim?" Elas perguntaram em coro.
"Vão nos deixar sem saber? Isso não é justo, viu?"
Ri de leve, enrolando o cabelo da Loren em meus dedos. "Sinto muito, mas vão ter que esperar. Vamos mudar de assunto antes que eu acabe não segurando a língua porque conheço muito nem vocês e vão ficar fazendo perguntas e perguntas."
"Pois vamos falar sobre a ida pra Austrália."
"Veremos isso com o Cody assim que ele vier."
"Não, temos que ir vendo isso logo, muito provavelmente vamos viajar antes de ele voltar pra turnê."
"Hãm? E ninguém me avisa de nada?"
"Já tínhamos comentado, querida, não poderá viajar com 8 meses de gravidez, seria se arriscar de mais."
"A médica vai embarcar com a gente, acho que não tem com que se preocupar."
O único modo de embarcar, era com um médico preparado pra um possível parto de emergência se chegasse a ocorrer, do contrário seria impossível seguir pra Austrália. Mas tudo já estava meio que acertado, inclusive por lá, já tinha uma consulta marcada, a maternidade já estava paga, não tínhamos mais com o que nos preocuparmos.
"Meus pais já arrumaram o quarto por lá." Angie disse. "Eu já vi a foto e está a coisa mais fofa."
"Me mostra? Acredito que esteja mesmo."
"Não vou mostrar não, vai ter que esperar."
Arregalei os olhos, fingindo-me de ofendida. "Não judiem de mim." Fiz beicinho.
"Dente por dente, meu bem." Alli piscou pra mim e riu em seguida.
Me ajeitei no sofá, estufando a barriga um pouco pra frente após sentir a dor que já era mais do que comum nos meus dias, a toda hora um deles resolvia repousar por perto das costelas, no começo me custava umas boas horas de dor e resmungo, mas fui aprendendo alguns modos de aliviá-la, tornando-a apenas mais uma das várias coisas da gravidez. Não durou muito e, minutos depois, parecia um carrossel dentro da minha barriga, cativando atenção das babonas de plantão. Alli fez um vídeo de poucos segundos e postou no instagram marcando o Cody nele. Passamos a noite de bobeira, acabando por ficarmos acordadas até altas horas. Na hora de dormir, fui pro antigo quarto do Cody. Olhando os detalhes das paredes, a cama, a vista, tudo estava igual, tudo remetia ao passado e à origem do que estamos vivendo hoje. A única parte vazia era o closet, se não fosse por algumas tralhas jogadas num canto qualquer. Luvas de boxe e equipamentos de golfe. Cody havia parado de se dedicar a outras coisas que não envolvessem palco nos últimos tempos, nem o surf chegava a fazer parte de seu lazer, ele andava cansado e estressado com a rotina, rotina imposta por um rígido sem coração... Mesmo não demonstrando, ele sentia falta das coisas mais simples e nós sabíamos disso. Mas o que podíamos fazer? Exatamente, nada.
~ POV Cody Simpson ~
[...] Em 6, quase 7, dias estava outra vez em Los Angeles. Eram exatamente 04h57 da manhã, o aeroporto estava vazio na sala de desembarque, meus olhos não se manteriam abertos por muito tempo, por mais que tivesse dormido um pouco sobre a viagem, não era a mesma coisa do que dormir em uma cama de verdade, o que, pra variar, não era uma coisa habitual dos últimos dias de turnê com agenda cheia e apertada. Sempre pedia pra minha mãe trouxesse o carro pro estacionamento do aeroporto num dia antes pra que pudesse ir embora sem precisar de táxi e toda a espera que se alongava quando não tinha nenhum no ponto. O pessoal preferiu ir de táxi pra não contarem meu caminho, mesmo isso não sendo um problema, mas estava cansado pra debater sobre. O sol já raiava quando entrei no apartamento. Lar doce lar. Deixei as malas ao lado do sofá e fui pro quarto, Ísa dormia feito um anjo, senti até um peso em acordá-la, mas a saudade falou mais alto. Distribuí vários beijos na bochecha dela.
"Cody!" Agarrou no meu pescoço. "Que saudades."
"Muitas, meu amor." Dei um selinho demorado nela e me deitei a seu lado. "Foi tranquilo por aqui?"
"Do mesmo jeito de sempre, e você? Me conta como foi a volta do Matt pra equipe, os shows e tudo."
"O Matt reviveu a equipe." Ri de leve. "Com ele lá foi tudo mais tranquilo, com mais brincadeiras."
"Era exatamente isso o que eu queria." Sorriu. "Fico muito feliz que tenha dado certo."
"Já disse que eu tenho a melhor noiva do mundo?"
"Hm... Faz um tempinho que não."
"Eu tenho a MELHOR noiva do mundo inteiro." Dei outro selinho nela. "Mas agora eu vou dar um pouco de atenção pros pequenos, se não se importa."
A barriga dela estava ainda maior do que o que eu lembrava antes de ir, assim que bati o olho pude imaginar os dois com mais clareza, melhor do que chegava a imaginar todas as noites nos hotéis antes de dormir. Às vezes debatíamos juntos sobre como achávamos que eles seriam, com quem iriam parecer e, claro, os nomes, mas não demorou pra que conseguíssemos entrar num acordo sobre quais seriam. Sem perceber, em meio à nossa conversa típica de como os imaginávamos, eu caí no sono, não sei que horas eram e nem em que parte da cama eu estava, mas o sono me levou ligeiramente, sem tempo algum de sequer um movimento.
~ POV Heloísa Dobrev ~
Era ótimo olhar pro lado da cama e não ver apenas um vazio, um pedaço de lençol sem seu sono habitual. Sentia uma paz interior incrível ao ter Cody do meu lado, era como se tudo se resumisse em nós, na nossa vida, no nosso tempo. Deslizei os dedos pelo rosto dele antes de levantar cepos de ouvir Alli arrastando os pés pelo corredor, na direção da sala. Fiz minhas higienes matinais, coloquei um vestido solto e fui pra cozinha.
"Bom dia." Sorriu.
"Bom dia, Als."
"Cody já chegou?" Apontou pras malas ao lado do sofá.
"Não faz muito tempo."
"Então já está na hora de eu tomar meu caminho e deixar vocês sozinhos."
"Não vai não." Fiz beicinho. "Vai tomar café comigo."
"Aí, ok, senhorita."
"Vou fazer panquecas pra nós."
"Deixa que eu faço."
"Eu vou fazer."
"Então vou fazer o recheio."
Dividimos o fogão durante o preparo do café, ela terminou pouco antes de mim e começou a arrumar a mesa com algumas outras coisas que estavam pelos armários.
"Já falou com ele sobre o convite da revista?" Bebeu um gole de suco.
"Ainda não, eu nem sei se é uma boa ideia."
"Claro que é, não devemos nem pensar nisso. É uma ótima proposta."
"Não cheguei nem a pensar tanto sobre isso." Cortei um pedaço da panqueca em meu prato.
"Pois trate de pensar, sua barriga não vai durar pra sempre, Helô."
"Eu sei que não, mas não queria trabalhar agora, não sei se eu vou aguentar, já pensou parar um ensaio no meio?"
"Não se recebe uma proposta assim todos os dias, pensa bem."
Ri pela insistência dela. "Vou conversar com o Cody depois, dai eu vejo e te falo."
Alli não demorou pra ir embora, dei uma ajeitada de leve na cozinha e sentei na sala, não querendo acordar o Cody, pois sabia que a viagem havia sido cansativa e as rotinas dele também. A saudade podia esperar mais um pouquinho pra ser domada. Não demorou pras dorzinhas começarem junto com os leves chutes de vez em quando, eles se acalmavam um pouco quando eu conversava ou que acariciava minha barriga. Senti uma bolinha de pelos passar por minhas pernas e em seguida Buddy estava ao meu lado no sofá. Não conseguia mais dar tanta atenção como ele precisava, por isso as vezes Tom me ajudava com o levar pra passear e brincar. Pouco depois, duas mãos taparam meus olhos, em seguida os lábios dele tomaram os meus em um beijo calmo e terno.
"Achei que ia dormir mais um pouco."
"Não consigo dormir, a saudade começa a apertar." Sentou ao meu lado.
"Não é por nada, mas que bom que acordou." Ri de leve.
"Já tomou café?"
"Já, antes de a Alli sair."
"Estou morto de fome."
"A mesa ainda está arrumada, vamos pra lá."
Ensaiei um pouco enquanto ele contava algumas coisas da turnê que eu não conseguia entender, queria achar um jeito de entrar no assunto da proposta da revista sem parecer que estava completamente confusa por não saber qual era minha própria opinião sobre o assunto. A deixa veio em alguns minutos...
"O que fez por aqui? Algo de novidade?"
"Nada fora do comum, mas tem uma coisa."
"Que coisa?"
"Uma proposta."
"Fala de uma vez." Rolou os olhos com um riso frouxo nos lábios.
"Uma revista de noivas me quer na capa assim, grávida."
"Isso é ótimo!"
"Ótimo? Como assim?"
"Seria uma grande coisa pra você, uma recordação a mais."
"Eu não aguento muito tempo em pé."
"Provavelmente, eles imaginam isso e irão se adequar às suas condições de trabalho."
"Não acho uma boa."
"Mas eu acho, a Alli também acha."
"Como sabe da Alli?"
"Não sei." Desconversou. "Acho que ela acha, disse errado."
Arqueei as sobrancelhas e entortei um pouco os lábios, não acreditando nem um pouco.
"É sério."
"Não preciso nem dizer que não acredito porque você não sabe mentir e sabe muito bem disso."
"Ok, ok... Ela me contou."
"Sabia."
"Mas eu concordo com ela, você tem que pensar muito bem, acho uma ótima oportunidade, você vai adorar, vai ver."
"Isso não é pra mim, sirvo pra trás das câmeras e não pra frente delas." Me ajeitei na cadeira, estufando a barriga.
"Todo mundo serve pra tudo, basta acreditar em você mesma."
"Chega do assunto, ok? Eu vou pensar sozinha."
Jurava que o Cody seria o primeiro a achar isso a maior loucura, que iria negar à qualquer custo, mas, pelo visto, eu estava enganada. Fora que ainda não tinha a mínima ideia de se aceitaria ou não.


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Oi meninas, que saudades daqui... Sei que eu demorei além da conta -mais de 1 mês-, mas eu não consigo me achar mais, minha rotina anda muito corrida e quase não tenho tempo pra sentar aqui no computador pra postar, tô estudando feito uma louca pra escola e pro inglês e tenho treino três vezes por semana, o reto do tempo eu uso pra tentar descansar (vocês que estão numa situação parecida vão me entender), não vou abandonar agora que está no final porque muita gente veio falar comigo pra não abandonar e vou tentar adiantar um pouquinho pra já usar as partes que eu tenho prontas aqui e não demorar muito pra postar. 
O que acharam do capítulo? E essa proposta? O tal plano mencionado? Os bebês à caminho? O que vai rolar? Deixem seus comentários que eu tento postar o mais breve possível. Ah, desculpem os erros de português se tiver, não deu tempo de conferir e eu escrevo pelo celular no dia-a-dia, então culpem a ele jjsugyusjkjfusj é isso, obrigada pela paciência e etc, bjuuuuuuuus <3

quarta-feira, 26 de março de 2014

Capítulo 110 - Chá de bebê.

Minha vontade agora era de pular no pescoço dela e arrancar cada fio de cabelo, mas eu tinha que me controlar, peguei o resto de minha compostura e voltei pro prédio, torcendo pra não derramar nenhuma lágrima no caminho. No elevador eu desabei, sentia uma dor forte apertar meu peito, como eu pude confiar todos esses anos em uma vadia que se diz irmã? Que porra! Eu não me fazia de coitadinha, era a minha vida. Abri a porta do apartamento e fui correndo pro quarto, tranquei a porta e me escorei por ela, deixando um mar de lágrimas banhar meu rosto, me esqueci completamente de que Loren estava ali. Ela se agachou à minha frente e ficou me olhando, esperando que eu dissesse algo, como nada foi dito, seus bracinhos curtos me abraçaram.
"Não chora." Ela disse com seus olhos transbordando. "Eu amo você." Duas lágrimas caíram, dando início às outras.
"Oh, meu amor..." Foi o máximo que eu consegui dizer.
"Não chora." Repetiu.
Passei a costa de minha mão por sua bochecha, limpando o rastro das lágrimas. "Vai lá na sala com o Cody, eu preciso ficar um minuto sozinha."
Cody estava batendo na porta feito louco, assim que a abri pra Loren sair, ele colocou o pé pra me impedir de fechar.
"Eu preciso ficar sozinha, por favor." Pedi num sussurro.
"Você vai ficar bem?"
Assenti.
"Não tranca a porta, por favor." A encostou.
Me joguei na cama, abafando o som de meu grito pelo travesseiro. Sentia a raiva me consumir por dentro, era a pior sensação do mundo, junto dela vinha tristeza e repulsa, droga... Peguei meu porta-retrato com ela no criado-mudo e o joguei contra qualquer lugar do quarto, nesse mesmo instante, Cody entrou e veio me abraçar.
"Calma, meu amor, já passou, calma..." Aconchegou minha cabeça em seu peito. "O que aconteceu?" Seu olhar desesperado se fixou no meu.
"Eu odeio ela." O abracei novamente.
"A Nina?" Afagou meus cabelos.
"Ela é a pior das vadias, Cody... A pior."
"Eu sei, o que ela fez dessa vez? Eu juro que parto ela em duas."
"Acha que eu me fiz de coitadinha todo esse tempo? Acha que eu roubei a "família dela"?"
Ele me olhou sem entender, franzindo um pouco o cenho. "O que quer dizer?"
"Acha ou não?"
"Não, claro que não."
"Está dizendo isso só por ser meu noivo." Sentei na cama, olhando pra frente, sem me fixar em nada.
"Não." Sentou na minha frente, segurando uma de minhas mãos. "Estou dizendo porque eu te conheço, Ísa." Tirou uma mecha de cabelo que caía sob meu rosto. "Você não pode ficar se estressando, lembra? Vai fazer mal aos nossos pequenos."
Respirei fundo, soltando o ar pela boca pra me recompor, olhei pra porta e Loren estava parada lá, com o nariz vermelhinho, abri os braços pra ela, que veio correndo.
"Você está melhor?"
"Estou sim, e a senhorita está mais calma?"
"Sim." Aconchegou a cabeça no meu peito.
Cody estava sorrindo enquanto nos olhava, abri o outro braço pra que ele se juntasse.
"Posso morar aqui por um mês?"
"Um mês? O papai e a mamãe sentiriam sua falta."
"Vamos fingir que eu estou viajando."
"Você não tem idade pra viajar."
"Você não sabe brincar de faz de conta?" Cruzou os bracinhos.
"É amor, cade sua imaginação infantil?"
"Acho que se perdeu no caminho... Mas, enfim, fala com a mamãe, pode ser?"
"Pode." Ela falou animada. "E se ela não deixar?"
"Aí você vem aqui quando quiser."
"Mas ela vai deixar, né?"
"Aí você tem que falar com ela pra saber." Pausei. "Amor?"
"Oi?"
"Falaram pra mídia..."
"Falaram o que?"
"Sobre a gravidez, já não dá mais pra esconder."
Ele suspirou. "Resta confirmar, e vamos fazer isso agora, antes que saia nos sites." Pegou o notebook na gaveta do criado-mudo a seu lado.
"Vai fazer o que?"
"Vamos fazer uma Ustream relâmpago."
"Não estou no clima."
"Mas vai estar, pode se ajeitar."
"O que é Ustream?" Loren perguntou.
"É uma conversa de vídeo, tipo quando eu falava com você e com a mamãe e o papai, lembra?"
"Ah, entendi."
~ POV Cody Simpson ~
Liguei o note na tomada e voltei pra cama com ele no colo, pedi pra Ísa tweetar sobre a Ustream no meu Twitter e no dela enquanto eu arrumava tudo pra começar. Logo que liguei a câmera, os acessos já começaram a aumentar ligeiramente, um piscar de olhos e vinham mais.
~
Cody: "Oi angels, sei que está sendo uma Ustream de última hora, mas eu também não tinha me programado pra isso. Estou aqui com a Ísa pra contarmos uma coisa pra vocês, já era pra termos contado, mas eu decidi esperar." Respirei fundo por poucos segundos, enquanto lia na tela o que me enviavam, a maioria dizendo que estavam ansiosas. "Vocês vão ler isso nas notícias daqui alguns minutos ou horas, então prefiro que saibam primeiro da minha boca."
Fã: "Está começando a nos deixar assustadas."
Ísa caçou minha mão por cima do lençol, sem deixar de encarar a câmera, Loren assistia a tudo quietinha do outro lado.
Fã: "Fala logo, Cody!"
"Isso pode assustar vocês, à princípio, mas saibam que nada vai mudar na minha carreira ou na relação com vocês. Bom, vamos ao ponto..." Nesse momento minha mão já era esmagada por ela. "Eu e a Ísa, a Ísa e eu, nós, estamos dando início à nossa família. Sim, pessoal, ela está grávida."
Por alguns segundos nada foi dito por ninguém, depois voltaram os comentários das minhas fãs, a maioria delas com comentários surpresos, outra parte com ofensivos e o restante com felizes. Não fiquei mais muito tempo online, falei um pouco do esquema de turnê e tudo, mas não era novidade pra elas, respondi algumas perguntas e então desliguei.
"Não foi tão difícil." Disse, olhando pra ela, estática.
"Devem estar me odiando ainda mais."
"Elas tem que aceitar, não tem porque te odiarem, cara." Beijei o ombro dela. "Mas, o que o Thomas te disse? Não engoli a desse cara aqui."
"Ele veio pedir perdão e blábláblá, mas com certeza não passou de teatro pra esse planinho idiota."
"Se eu me esbarrar com ele, juro que vai ficar sem dentes."
"Não seja besta de manchar sua imagem."
"Eu não gosto do Thomas." Loren disse e sentou na minha perna.
"Eu também não, pequena."
Aproveitamos bastante naquela tarde, era bom termos a Loren aqui, ela nos animava ainda mais. Ela caiu no sono era 19h, então eu e Ísa nós sentamos no chão da sala, ela à minha frente, no meio de minhas pernas.
"Posso postar o que eu sempre quis?"
"O que?"
"Posso ou não?"
"Depende do que."
"Você vai ver."
"Se ia postar de qualquer jeito, porque perguntou?"
Ri. "Quando puder ver eu te falo."
Procurei uma foto e comecei a preparar o texto, postei uma foto do ultrasson com a legenda:
"Não há palavras pra descrever a alegria que eu sinto nesse momento, na verdade, desde o dia 25/12 eu não sou mais o mesmo, as caras fechadas viraram apenas sorrisos pra todos os lados, as brigas viram reconciliações rápidas, o dois virou quatro, o casal virou família... Nunca imaginaria que eu pudesse ficar tão feliz com uma notícia como fiquei quando recebi a notícia de que seria pai, de início foi um leve choque, mas acredito que seja normal. Como explicar o amor que eu sinto por esses dois pedacinho de gente que eu não posso ver e nem tocar? Só posso ter a certeza de que estão ali, quentinho e protegidos, esperando a hora de saírem pra enfrentar esse mundo afora, garanto que estão muito melhor dentro da barriga da mamãe do que estarão aqui fora, no mundo em que vivemos hoje, cheio de perigos... Mas uma hora terão de sair e, quando essa hora chegar, serão os bebês mais amados e paparicados do mundo e será minha missão de pai protegê-los. Ao mesmo tempo em que o medo consome, a vontade de segura-los, olhá-los, senti-los é muito maior. Sei que ainda é extremamente cedo, mas não vejo a hora de ser chamado de "papai", de ensinar a andar, falar, brincar, jogar futebol ou brincar de casinha, ensinar os princípios da vida e prepará-los pra vida que os espera, pois essa será minha missão juntamente com a Ísa. Torçam por nós, amo vocês."
No meio do texto, ela já começou a chorar, tive que acabar de ler pra ela, o que acabou me emocionando também.
"Porquê sempre me faz chorar? Que droga." Riu, limpando as lágrimas em seu rosto.
Dei ombros. "Talvez pra depois ver que está chorando de alegria e não de tristeza."
"Não é legal, sabia?"
"Vou me controlar, prometo."
~ POV Heloísa Dobrev ~
[...] 4º mês de gravidez
No ultrasson anterior e no desse mês, Alli havia ido conosco pra tentarmos ver o sexo dos bebês, mas até agora não tínhamos dado sorte. No primeiro tempo de turnê acompanhei a equipe, mas não me sentia bem viajando com o William, nem ele comigo, isso causou um clima estranho durante todos os dias. Cody me ligava todos os dias pelo menos duas vezes, pra saber como eu estava, contar algo do seu dia, nem dava pra sentir tanta saudade dele. Meus pais e os dele estavam sempre encima pra ver se eu precisava de algo, indo até em casa e etc, sem falar na Alli, que passou a ser minha companheira fiel de todos os dias.

5º mês de gravidez
Finalmente, conseguimos descobrir o sexo dos dois, não era preciso dizer que nós dois estávamos hiper ansiosos, mas o chá de bebê seria apenas na outra semana, um dia antes do Cody voltar pra turnê... Alli não quis que eu me metesse em nada, teve ajuda apenas da Nick, reservaram um dos salões do prédio, compraram tudo e prepararam nos mínimos detalhes.
"Ao invés de fazermos o bolo, decoramos tudo com rosa ou com azul, então, vou pedir pra que os dois coloquem isso." Levantou duas vendas da mesa. "E sem reclamar."
"Não vou reclamar, se é isso o que está pensando." Cody veio pra trás de mim, repousando as mãos em minha barriga.
"Vou esperar os dois do lado de fora, não demorem!" Encostou a porta.
"Animada, pequena?" Cody perguntou, me puxando pra sentar no sofá.
"Claro! Não vejo a hora de descer."
"Pois então vamos." Riu.
"Ei, ei, ei!" O chamei antes de que chegasse na porta.
"Oi?"
"Vem sentir eles chutando, você nunca consegue."
Cody apressou os passos e ajoelhou ao meu lado, colocando as duas mãos em minha barriga, mas eles sempre paravam com a afobação dele.
Ri. "Parece que não foi dessa vez, amor."
"Eles não colaboram comigo, impressionante."
"Você vem muito afobado, assusta eles, sabia?" Me apoiei pra levantar. "Mas agora vamos."
Alli nos vendou no elevador e nos guiou até o salão de festas, tudo estava no maior silêncio quando entramos. Meu coração palpitava forte, parecia que rasgaria meu peito, só foi piorando quando senti alguém desatar o nó que segurava a venda. Desabei no choro ao ver a decoração toda em rosa e azul, o máximo que consegui foi abraçar o Cody, que derramou algumas lágrimas no meu ombro também.
"Um casal, meu amor." Colocou meu rosto entre suas mãos. "Um casal." Me deu dois selinhos seguidos, seu sorriso estava totalmente bobo.
"Eu amo você, só tenho a te agradecer." Dei um selinho demorado nele.
"Amo você, muito mais do que você imagina, minha pequena." Se agachou na minha frente e beijou minha barriga com toda a delicadeza. "O papai ama vocês dois."
Em poucos minutos todos já tinham abraçado a gente e foi a hora de abrirmos os presentes, não ia fazer aqueles joguinhos como em todo chá de bebê tradicional, apenas abri-los. Passamos uma tarde animada com o pessoal, não tinha palavras pra descrever o quanto eu estava feliz com a notícia do sexo dos bebês. Já era noite quando devolvemos o salão, eu e Cody fomos pro apartamento levando todos os presentes, deixamos tudo no quarto onde seria o deles e fomos pro nosso, tínhamos que aproveitar um pouquinho, afinal ele iria voltar pra turnê na tarde do dia seguinte.
"Môzinho, vou ficar com saudades." Fiz beicinho.
"Eu também vou." Passou o braço por meu ombro. "Mas eu prometo te compensar depois, ok?"
"Eu vou cobrar."
"Pode cobrar." Beijou meu ombro. "Você já tem um resposta pra mim, pequena?"
"Eu pensei bastante... Bastante mesmo e eu topo se meu médico permitir."
"Caralho!" Deu um pulo da cama e me abraçou bem forte. "Não acredito que você aceita ter nossos filhos na Austrália."
"Claro que aceito, foi lá onde tudo começou." Sorri. "Seria ótimo que eles fossem australianos como você."
"Você não existe." Beijou um lugar do meu rosto a cada palavra. "Eu te amo, garota."
"Também te amo." Bocejei, aconchegando a cabeça no peito dele. "Estou morta de sono."
"Ah, não dorme não, amanhã eu vou viajar..."
"Não me lembra disso, eu não quero ficar sozinha, Cody."
"Alli vai ficar contigo, não vai estar sozinha."
"Mas eu quero ficar com você, não achei que seria tão difícil, Cody. Queria que você estivesse aqui comigo, passando todos os dias, vendo minha barriga crescer, sentindo os chutes dos bebês..."
"Logo eu vou estar com você de novo, ok?" Beijou minha testa. "Não vou demorar, vai passar bem rápido, eu te prometo."
"Queria ir com você."
"Sabe que não vai te fazer bem." Acariciou meu rosto. "Só quero o seu melhor e você sabe disso." Fez uma pausa rápida. "Mudando de assunto, agora podemos começar a ver as coisas do quarto, vou te ligar num dia que não tiver nada de tão urgente pra fazer pra vermos algum site, ok?"
"Ok..." Suspirei.
"Não fica com essa carinha, por favor." Deslizou os dedos por meu rosto. "Prometo que vou te ligar como sempre e te compensarei depois, você vai ver."
"O que vai aprontar, senhor Simpson?"
"Nada que vá te interessar agora, mas logo vai."
"Eu tenho vontade de te bater quando faz com que fique curiosa." Cerrei o punho próximo ao rosto dele.
"Não teria coragem de acertar meu rosto tão lindo a um dia da turnê."
"Vou, claro que vou! Agora me fale."
"Para de estragar minhas surpresas, amor."
"Quando eu vou saber?"
"Hm... Quando acabar a turnê."
"Vai demorar, não é justo."
"Vai passar rapidinho."

7º mês de gravidez
Estava passando tudo tão rápido... O quarto e o enxoval já estavam prontos, tínhamos visto a maioria das coisas pela internet. Os avós do Cody estavam montando um quarto na Austrália, onde nós ficaríamos quando fossemos pra lá, não iríamos voltar logo que eles nascessem, esperaríamos mais ou menos um mês, pra que nos acostumássemos com eles e tudo. Meus pais iriam pra lá também e, como a turnê terminaria por lá, a equipe também estaria lá. A diferença agora era que não tinha mais o William pra empacar tudo, o contrato tinha acabado o prazo e o Cody não pensou duas vezes antes de não assiná-lo novamente, o único problema era que agora ele estava meio que sozinho nessa, Brad estava acompanhando a carreira dele junto com Justin, mas não era a mesma coisa. Estava super disposta a ajudá-lo a conseguir o Matt de volta, tão disposta que fui até a casa dele pra tentar. Estacionei lá na frente com um enorme frio na barriga, mas respirei fundo e segui caminho. Sarah já não estava mais em pé de guerra com Matt, ao invés disso os dois tentavam um tratamento médico, não bem fertilização, era mais uma terapia.
"Oi, Ísa." Ela abriu um sorriso assim que me viu e me puxou pra um abraço apertado. "Quanto tempo!"
"Realmente." Ri de leve. "Tenho evitado sair muito, não consigo dirigir muito bem e, digamos, que o Cody meio que proibiu."
"Entendo o cuidado dele, gravidez gemelar não pode correr muito risco."
"Não reclamo, acho fofo tudo o que ele anda fazendo por mim."
"Ísa?" Matt veio do sofá da sala e colocou a cabeça por cima do ombro da Sarah pra olhar. "Amor, chama ela pra entrar." Riu.
"Nem me liguei, desculpa."
Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias até entrarmos na parte em que perguntaram do Cody, da turnê e tal... Estava receosa com o que receberia em resposta, e com um pouco de medo de falar, mas ficar calada não traria o Matt de volta.
"Então..." Apertei as mãos em meu colo e me arrumei no sofá, de modo com que conseguisse olhar pros dois simultaneamente. "Matt, eu vim te perguntar se você não sente falta do Cody, do pessoal, das fãs, dos shows..."
Um pequeno sorriso estampou seu rosto enquanto ele balançava a cabeça. "Sinto, claro."
"O Cody está sem empresário, Matt."
"Eu não posso, Helô."
"Porque não? Seria só até acabar a turnê, Sarah pode ir com você, como nos velhos tempos."
Ele olhou pra ela, analisando sua expressão intacta e sem nenhum sentimento explícito. Já era de se esperar a resposta...
"Ele vai voltar sim." Ela disse depois do intervalo de silêncio e Matt a olhou mais surpreso do que eu. "É, eu sei o quanto você quer voltar a trabalhar com o Cody, sei que não diz nada, mas está estampado na sua testa. Sei que vai ser bom pra você, querido."
"Espera, você está falando sério?"
"Claro que estou, a menos que não queira, por mim você pode ir agora mesmo."
"Mas não vai comigo?"
"Se quiser que eu vá, eu vou."
"Claro que eu quero."
"Eu não estou acreditando ainda, isso é sério?"
"Claro que é sério, Ísa."
"Vou ligar pro Cody agora mesmo!"
"Não, deixa o Matt fazer surpresa, vai ser mais legal."
Quase não reconheci a Sarah depois da ideia, era como se esse tempo sozinha com o Matt tivesse feito com que ela meio que amadurecesse, ficava feliz por isso, ela é uma pessoa legal, só restava parar de ser tão mimada, achando que tudo teria de ser como ela quisesse. Voltei pra casa sem conseguir conter o sorriso no rosto, Cody ficaria irradiante quando tivesse Matt de volta com ele.
"Senhorita Dobrev?" O segurança da portaria me chamou quando passei pela porta que trazia do estacionamento.
"Sim?"
"A senhorita Simpson te espera lá em cima."
"A muito tempo?"
"Quase nenhum."
"Obrigada." Apertei o botão do elevador, agora parado no 5º andar.
"Por nada, tenha um bom dia."
"Bom dia." Sorri.
Alli andava de um lado pro outro em frente a porta do apartamento quando eu desci, ri da cena, mas sabia que levaria uma certa bronca.
"Bom dia, flor do dia." Beijei o rosto dela.
"Bom dia? Bom dia? Você não pode sair assim, sua maluca! Se o Cody souber, ele me mata, me corta em pedacinhos."
"Calma!" Ri. "Quase não demorei nada, fui resolver uma coisa." Destranquei a porta e dei passagem pra ela.
"Aonde você foi?" Deixou algumas sacolas na mesa da cozinha.
"Resolver umas coisas."
"Que coisas?"
"Você vai saber logo."
"Odeio isso." Revirou os olhos.
Preparamos o almoço juntas, nada muito demorado, enquanto acabava de assar, peguei meu notebook e sentei no sofá com ele, demorei pro achar uma posição que me permitisse ficar confortável e digitar ao mesmo tempo, mas era cada vez mais impossível de se conciliar as duas coisas. Abri meu email, lotado como sempre, e fui excluindo ofertas desnecessárias e vírus que sempre vinham, o único que me chamou atenção foi o de uma revista de noivas famosa no mundo todo, principalmente aqui em Los Angeles.

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oi meninas, demorei mais de um mês pra postar, mas eu estava enrolada com a escola -ainda estou-, mas consegui um tempo pra postar, e ai, o que acham que vai rolar? deixem suas opiniões, ok? prometo que posto mais assim que possível e espero que seja logo pklosalojsalos enfim, desculpem a demora e comenteeeeeem! xoxo <3

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Capítulo 109 - Falsa.

Fiquei conversando com ela enquanto o pessoal estava na piscina, a maioria do lado de fora, apenas com os pés na água. Sarah já tínhamos soltado um pouco, estava conversando com Angie e com minha mãe, Matt com meu pai e Brad, mas às vezes os dois se olhavam e davam um leve sorriso pro outro. Já não esperávamos mais ninguém quando a campainha tocou, alguém foi abrir, voltando com o Willian, pra minha enorme surpresa.

"Nem me convidaram pra festa."
"Era uma festa surpresa." Alli disse, saindo da água e sentando ao meu lado.
"Garanto que a lista de convidados foi feita pela malinha aqui." Apontou pra mim.
"Não foi só por mim, mas, de qualquer forma, ninguém lembrou de você." Apoiei o corpo sob meus braços pra trás.
"Sem brigas, vai." Cody disse ainda da piscina.
"Não foi eu quem começou."
"Não dá trela, pequena."
"Não dou, mas se ele provocar..."
"Will, para de irritar ela, ela não pode passar nervoso."
Ele ergueu os braços e os deixou cair em suas pernas. "Não tenho culpa."
"Dá pra viver todos em paz? Minha nora não vai passar nervoso por sua causa e, se for pra vir provocar, é melhor que vá embora. Gostamos de você aqui, somos gratos por estar com o Cody, mas desse jeito não vai dar." Angie disse e eu sorri pra ela.
"Todos aqui resolveram defender a garotinha e me ofender? Muito legal."
"Não fode." Cody saiu da água, ficando de frente pra ele. "Está tudo certo por aqui hoje, não fode, por favor."
"Vamos embora, Cody?"
"Vamos, pequena."
"Já? Não me deixa, amiga." Alli fez beicinho.
"Vou jogar esse cara debaixo de um ônibus se eu continuar aqui."
"Nossa, que medo."
"Vai tomar no meio do seu cu, cara." Levantei e fui pro lado do Cody.
"É melhor a gente ir mesmo." Me puxou em direção à entrada. "Vou trocar de roupa lá em cima, tá mãe?"
Subi com ele até o quarto e me sentei na cama enquanto ele tentava achar uma roupa que quisesse colocar, enquanto isso o chão já tinha uma enorme poça de água abaixo dos pés dele.
"Está molhando tudo, Cody."
"Pega uma toalha pra mim no banheiro." Apontou.
Na boa vontade, levantei e segui pro banheiro, abri a ultima gaveta da pia e peguei uma das toalhas, assim que levantei, suas mãos envolveram minha cintura e seus lábios tocaram meu pescoço, seu corpo gelado contra o meu trazia os mais diversos arrepios. Sentia falta do toque dele e isso só me atiçava ainda mais, permaneci de olhos fechados e com as mãos fechadas apoiando meu corpo sob a pia. Seus lábios roçavam um caminho do fim de minha orelha até o meio de minhas costas, onde ele deu uma leve mordida, meu pescoço começou a ser alvo de seus chupões, doloridos e com voracidade, mas sem perder o carinho que ele me passava. Virei de frente pra ele, tomando seus lábios com tamanha rapidez, nos beijamos até perder completamente o fôlego, uma de suas mãos agarrava meu cabelo e a minha arranhava seu pescoço. Separamos os lábios, mas as testas continuaram coladas, nada podia dizer mais naquele momento que nossos olhares, decifráveis apenas pra nós mesmos. Ele queria me possuir tanto quanto eu queria ser possuída e isso fodia com meu intelecto, assim que sabia que não seria possível tal como eu imaginava.
"Eu te amo." Selou meus lábios e puxou o interior pra si.
"Também te amo." Depositei um beijo em seu pescoço. "Me desculpa por não poder suprir suas necessidades." Abracei ele, alojando minha cabeça em seu peito.
Ele beijou minha testa com suavidade. "Isso não importa, não mais do que seu bem estar e dos nossos meninos." Sorriu. "Mas saiba que, quando estiver boazinha, vai me recompensar."
"Com toda a certeza." Apertei seu corpo contra o meu. "Agora vá se trocar, me deixou toda molhada."
"Em que sentido?" Perguntou com malícia.
"Hm... Talvez nos dois." Mordi o lábio inferior.
"Assim que eu gosto." Piscou pra mim antes de tomar a toalha de minhas mãos e ir pro quarto.
Logo depois de ele se trocar, nos despedimos bem rápido de todos e fomos pro carro. Em 10 minutos estávamos estacionando no prédio, ele me abraçou por trás e fomos andando assim até chegarmos no sofá.
"Já marcou a consulta desse mês? Eu quero ir."
"Claro que quer, se não quisesse iria arrastado."
"Trate de marcar sempre pro dia 20 mais ou menos."
"Pode deixar, na consulta desse mês já vou marcar, é o nosso momento, quero muito que esteja comigo."
"É um dos melhores momentos da minha vida."
A tarde se passou rápido, até talvez por não termos ido dormir tarde da noite, a gravidez estava me matando de sono, ainda mais do que de enjoo.
No dia seguinte, recebi uma sms da Alli logo cedo, dizendo que o Josh estava a caminho de casa e ela estava sem sequer saber o que pensar. Estava tão cedo que nem eu mesma conseguia raciocinar... As mensagens começaram a vir seguidas, me fazendo ter que despertar, apertei meu rosto com as duas mãos depois de quase arrancar meus olhos os coçando e olhei pro celular.
Helô: "Como sabe que ele está vindo?"
Alli: "Antes de ir, ele me disse em qual dia e voo voltaria."
Alli: "E o voo acabou de chegar."
Alli: "Eu não sei o que fazer!"
Helô: "Primeiro espera ele chegar, depois você tenta tirar dele o que aconteceu."
Alli: "Eu não vou conseguir, vou gritar com ele."
Helô: "É só não gritar."
Helô: "Tenho que voltar a dormir, amiga, qualquer coisa vem aqui ou me liga."
Coloquei meu IPhone no modo "não perturbe" e voltei a deitar, Cody já estava com os olhos arregalados pra mim.
"Porquê diabos acorda a essa hora pra responder mensagem?"
"Era sua irmã, pode ver se quiser." Afundei a cabeça no travesseiro. "Agora me deixe dormir."
~ POV Alli Simpson ~
Depois das mensagens pra Helô, não podia mais incomodar ninguém, tinha que me virar. Olhava a hora de minuto em minuto, sabendo que, a qualquer momento ele estaria ao lado de casa, ou em casa. Eu não conseguia imaginar como seria minha reação, se pularia nos braços dele ou no pescoço... Não deva pra imaginar porra nenhuma que estava por vir, nem o que pensar eu sabia. Desci pra sala sem fazer barulho e sentei na janela que dava pra rua, dava pra se ver perfeitamente a frente da casa dos meninos. 8h40, 9h, 9h30... E enfim um táxi para lá, meu coração subiu até minha boca, desceu pro meu estômago e enfim voltou pro seu devido lugar. Droga, droga, droga! Não devia ter levantado, pensei comigo mesma em meus pensamentos assim que o vi pegar as malas e seguir pra dentro de sua casa.
"O que faz acordada, meu amor?"
"Estava vendo se o Josh iria chegar." Levantei uma das mãos e a deixei cair sob minha perna.
"E ele chegou?"
"Chegou..."
"Vai lá falar com ele."
"Não, ele que venha falar comigo, não retornava minhas ligações, não dava nem sinal de vida."
"Vai tirar satisfações com ele."
"Ele que venha até aqui." Dei ombros.
Ela riu de leve, balançando a cabeça em seguida. "Você quem sabe."
"E já me decidi, vou voltar pra cama."
Voltei pro meu quarto, fechei as cortinas pra deixar um pouco mais escuro e deitei, olhei o celular e tinha uma ligação perdida da casa dos meninos há, exatamente, 3 minutos atrás. Ignorei e tentei apertar os olhos pra dormir, não consegui resultado algum já que a ligação não saía da cabeça. Mais ou menos uns dez minutos depois de eu ter deitado, escutei batidas na porta, mesmo antes que dissesse "entra" a porta se abriu, exibindo um grande buquê na frente de alguém e esse alguém só podia ser Josh.
"Não vai falar nada, amor?" Tirou o buquê de sua frente.
"Claro, tenho muito o que falar." Cruzei os braços.
Ele entrou e fechou a porta com a mão livre, me entregou o buquê e sentou à minha frente. "Pode começar."
"Você quem tem que falar."
"Hãm? Mas você acabou de dizer que tinha que falar." Arregalou levemente os olhos.
"Mas não sou eu que tenho que falar, você me deve as mais diversas explicações."
"Sobre o que?"
"Sobre essa maldita viagem. Eu te liguei QUASE TODOS os dias e nunca recebi sequer uma resposta ou uma mensagem dizendo: "Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", ao invés disso, tudo o que eu ganhei foi a infelicidade de ver suas fotos com outra garota, muitas fotos. Foi uma das piores passagens de ano da minha vida graças a você, dai agora você vem e me entrega um buquê de rosas achando que vai ficar tudo bem? Está muito enganado, muito mesmo, não tem noção do quanto!"
"Posso explicar? Obrigado." Limpou a garganta. "Meu celular estourou quando eu estava andando de skate e, pra completar, caiu na água. Eu até quis te ligar, queria mandar mensagem dizendo: "Ah, eu estou bem, feliz ano novo, te amo", mas eu não sei seu número de cor, não sei o número de ninguém."
"Tinha twitter ainda. E quanto à menina?"
"A Stacy? É minha prima." Riu. "Ela é como se fosse uma irmã pra mim."
Dei um soco com toda a força no ombro dele. "Porquê nunca me falou dela? Estou com vontade de te matar!"
"A única coisa que vai matar, é a saudades que eu estou sentindo de você." Abriu um sorriso sapeca, enquanto a luz refletia seus olhos verdes.
"Com meus pais aqui não e ainda estou brava."
"Brava porque? Eu já te expliquei tudo."
"Você me traiu enquanto estava lá? Dormiu com outra? Pensou em outra?" Arqueei as sobrancelhas.
"Para de ser paranóica, a única pessoa em que eu pensei todos esses dias foi você, estava louco pra te ver e sou recebido aqui sem nem sequer um beijinho."
Fiz beicinho, rendida pela voz fofa que ele estava fazendo e me debrucei mais pra frente, chegando bem próximo de seus lábios. Iniciamos com um selinho, que foi se intensificando e tomando vontade.
"Parou, disse que aqui não." Selei os lábios dele outra vez. "Vou colocar as rosas na água."
"Ok, vou te esperar aqui." Deitou onde estava assim que eu levantei.
Desci em leves saltinhos pro andar de baixo, fazendo minha mãe rir assim que me viu. Deixei as rosas num caso da sala e subi novamente, depois de minha mãe ter dito que, quando o café estivesse pronto, nos chamaria. Josh estava deitado com as mãos atrás da cabeça e os olhos semicerrados, quase dormindo, deitei junto dele, me aninhando em seus braços.
"Senti sua falta." Beijou minha testa.
"Eu também, Josh."
"Não me chama de Josh."
"Quer que te chame do que?"
"Amor, como sempre."
"Que carência, heim."
"Óbvio, agora estou com a minha namorada e quero toda a atenção do mundo."
"Também quero muito atenção, você não imagina o quanto enchi o saco da Ísa por sua causa."
"Sinto muito, não queria te deixar preocupada ou algo do tipo."
"Tudo bem, já entendi, amor."
"Tenho que passar lá no Cody depois, trouxe umas coisas da viagem."
"O que?"
"Um presente pro quarto dos bebês, mas como não sei o sexo, trouxe dois."
"Awn!" Pausei. "Deixa eu ver?"
"Não, na hora você vê, ainda tenho que pegar na mala."
"Vamos lá mais tarde? Podemos chamar eles pra almoçar no shopping ou algo assim."
"Ligo pro Cody daqui a pouco."
~ POV Heloísa Dobrev ~
Alli ligou pouco depois de termos tomado café e me prendeu no telefone por meia hora, falando sobre o Josh ter chego e como ele foi fofo, sobre o buquê que ele deu, ela falava tudo tão rápido que me fazia rir mais do que prestar atenção, mas consegui entender tudo, já que ela repetiu umas duas vezes cada coisa. Ao fim, ela marcou de almoçarmos no shopping, concordei e o Cody, por milagre, também. Passei um pano pela sala e cozinha, tirando o pó dos móveis e depois do chão.
"Para de se esforçar, vou contratar alguém pra limpar aqui."
"Cody, veja bem, não é esforço nenhum passar um pano pela casa, me sinto inútil sem fazer nada."
"Não quero que faça nada pra se esforçar, não estou brincando. Depois vou procurar alguma indicação e logo terá alguém pra te ajudar."
"Mas, se for pra colocar, não coloque ninguém aqui que fique o dia inteiro, uma vez por semana está ótimo."
"Tem certeza?"
"Absoluta, não preciso que alguém faça tudo por mim."
"Mas, quando a barriga já estiver grande, vai ter alguém aqui."
"Ok." Revirei os olhos.
"Vou tomar um banho, daqui uma hora e meia eles passam aqui."
"Não demora, também vou querer tomar banho."
"Não vou, amor, e ainda tem o banheiro do corredor."
Fui pro meu banho, lavei o cabelo, hidratei o corpo com um creme depois, já deixei o rosto com o make preparado, bem leve, apenas base, pra encobrir umas espinhas que estavam na minha testa, e um pouco de rímel. Separei uma roupa e a deixei na cama, coloquei um vestido solto e fui pra sala com a toalha enrolada no cabelo. Cody foi pro banho assim que eu saí, não demorou quase nada e ele estava na sala outra vez. Enrolei um pouco com um pote de sorvete antes de ir secar meu cabelo. Acabamos de nos arrumar pouco antes de eles chegarem.
"Como foi na Austrália, bro?"
"Estourei meu celular... Fora isso, tudo bem."
"Entrega logo, estou curiosa."
"Entregar o que?" Perguntei, me juntando a eles no sofá.
"Josh tem uma coisa pra vocês."
"O que?"
Ele pegou a sacola que estava no chão, escrita Alfred's nela e colocou no colo do Cody.
"Espero que vocês gostem, não sabia qual trazer, então trouxe os dois."
Ele abriu a sacola, eu peguei um dos embrulhos em plástico bolha e ele o outro.
"O que é?"
"Abre, ué."
Rasguei o plástico bolha com dificuldade, já que estava com muito e muito bem enrolado com durex, no meu tinha a parte de cima de uma prancha com o apoio atrás e a cor era azul, já a do Cody era rosa, ambos tinham detalhes não muito extravagantes. Meus olhos marejaram na mesma hora, Cody me olhou sorrindo bobo.
"Espero que vocês gostem, mandei fazer no Alfred's, sei que o Cody tinha uma de madeira quando era pequeno e ele adorava."
"Cara, eu adorava mesmo, achei que ninguém lembrava disso, nem minha mãe." Riu.
"Awn, Josh! É o primeiro presente pro quarto, você é demais!" Abracei ele.
"Fico honrado por isso." Sorriu e beijou meu rosto. "Se preparem por que esses bebês vão ser muito mimados."
"Eu não duvido nada disso." Cody sorriu bobo.
Fomos pro shopping logo em seguida, fazia tempo que não saía em casais com a Alli, ainda mais pro shopping. Não demorou pra que todos ali começassem a nos olhar quase quebrando seus pescoços, flashes piscavam de segundo em segundo.
"Pra onde vamos?" Josh ajeitou a mão na da Alli.
"As meninas decidem... Menos compras de horas e horas." Acrescentou.
"Vamos jogar?" Sugeri.
Após os três concordarem comigo, subimos pro penúltimo andar, onde a sala de jogos estava. Começamos jogando aquele de carros e motos, eram os únicos livres no momento, depois de eu e Alli perdemos feio pra eles resolvemos jogar naquela mesa que se bate no disquinho de um lado pro outro, eu contra ela, depois Cody contra Josh, ficaram Alli e Cody pra disputarem a final, ele ganhou, claro. Jogamos em quase todos os jogos ali, a única coisa desconfortável era o pessoal em cima de gente, fotografando sempre. Pra minha surpresa, não fui a primeira a pedir pra que fossemos comer, Alli se encarregou disso. Enquanto eu e ela pegávamos uma mesa, eles foram fazer os pedidos dos nossos lanches.
"Quero te fazer um pedido, na verdade é mais um convite."
"Pode falar, sou todinha ouvidos."
"Lembra da ideia daquele chá de bebê que eu te contei?"
"Lembro!" Seus olhos brilharam e ela levou uma das mãos pra apoiar seu queixo na mesa enquanto me olhava fixamente.
"Tenho ultrassom daqui a 10 dias, a partir do terceiro mês já tem chances de se saber o sexo, então quero saber se você está disposta a nos ajudar."
"ISSO É PERGUNTA QUE SE FAÇA?"
"Não grita!" Ri. "Todos olham pra nós quando faz isso." Revirei os olhos. "E depois não param mais de olhar."
"Ok, vou ficar quieta. Sua irmã vai participar também?"
"Não, eu acho que não, não temos nos falado desde o final do ano, ela não responde minhas mensagens, então..."
"Mas vocês só brigam."
"Não brigamos, na verdade." Dei de ombros, entortando de leve os lábios.
"Seja lá o que tenham feito, então." Voltou com seu semblante totalmente alegre. "Já estão pensando nos nomes?"
"Nomes? Não, é muito cedo, não fazemos ideia do sexo ainda."
"Mas deviam estar pensando, dai teriam muitas opções até que soubessem."
"Deixemos isso pra depois." Ri pelo nariz e olhei pra trás, me certificando de que eles não estavam vindo. "Está me incomodando saber que o Cody logo não vai ter mais tempo, no fim do mês começam os ensaios e depois já vem a turnê."
"Espera aí, mas você vai no primeiro round, não vai?"
"Vou, mas e depois? Vou passar vários dias sozinha em casa."
"Sozinha não, eu vou ficar com você."
"Vai é?"
"Sim, Cody não te disse? Não vou te deixar sozinha."
"Você é um anjo."
"Claro que eu sou."
"Modéstia parou aí, né?" Dei língua pra ela, que riu, mas nossa conversa parou por os meninos estarem vindo.
"Do que estavam rindo?" Cody perguntou.
"Nada, coisas de menina."
Mudamos totalmente o rumo do assunto e, do nada, eles começaram a falar sobre time, a chave pra chatice... Eu, particularmente, não era nada amiga de esportes com bola, na escola eu sempre era o "alvo" dela. Preferia me exercitar com academia, caminhada, dança e todas essas outras coisas mais leves. Depois de comermos, passamos pra comprar ingressos pra uma sessão de cinema, o filme seria A Menina Que Roubava Livros, era uma superprodução muito boa e bem recomendada, aderiu às minhas expectativas e até os meninos gostaram, um milagre. Compramos milkshakes depois, demos mais algumas voltas e sentamos em um banco que se esvaziou assim que viram que queríamos sentar. Bastou isso pra que nos cercassem, pedindo vários autógrafos pro Cody e tirando várias fotos, umas apenas com ele, outras com todos nós. Três seguranças correram até onde estávamos, afastando toda a multidão.
"Melhor irmos." Cody disse, me puxando pra levantar.
"Mas já?"
"Não quero causar tumulto aqui, pequena."
Ele acenou, fazendo "paz e amor" pras fãs no local, que acenaram de volta, pareciam ter entendido. Fomos pro estacionamento do shopping sem que nos cercassem por conta de os seguranças terem feito uma escolta até lá.
"Espera, espera, espera!"
"O que foi?" Os três me olharam.
"Eu quero um doce."
"Que doce, Ísa?"
"Torta, torta holandesa."
"A gente compra numa confeitaria por aí, pode ser?"
"Não, eu quero a do shopping."
"Não contradiga ela, Cody."
"Então vai lá com ela, esperamos vocês aqui no carro."
~ POV Cody Simpson ~
As duas saíram do carro e eu abri o vidro por ser muito abafado no estacionamento, com toda a certeza elas demorariam pra voltar, mulheres no shopping nunca vão comprar algo logo de cara, verão todas as vitrines a seu redor, mesmo que já tenham visto antes.
"E aí, bro, como está indo essa nova vida de pai?"
"Bem, cara, estou tão ansioso quanto ela, nunca pensei que fosse ser assim, sabe?"
"Entendo, ela te fez crescer, fico feliz com isso, vocês lutaram tanto, mereciam um final feliz mesmo."
"Não é um final ainda, não." Ri de leve, repousando as mãos sob o volante.
"Foi um modo de dizer, você sabe." Riu. "Eu e Alli nos acertamos também, parece que tudo está indo bem."
"Melhor não falarmos muito ou acaba estragando."
"Isso é." Pausou. "E a turnê?"
"Dia primeiro já vamos pra estrada, vamos começar com New York e eu não faço quase ideia de quais países ou cidades virão depois."
"Will quem organizou?"
"Sim, só escolhi os dias, os ultrassons estão sendo pro dia 20, mais ou menos, então escolhi até dia 15 na estrada e o restante em casa."
"Está mesmo empenhado."
Apenas sorri.
Esperamos por mais de meia hora e nada delas, estávamos quase indo atrás quando chegaram, ao invés de apenas um pedaço de torta, como achei que seria, cada uma trazia uma embalagem consigo.
"Esperamos acabar o tempo da geladeira, essas foram as últimas a sair." Ísa explicou antes mesmo de termos perguntado.
"Uma inteira não é muita coisa, amor?" Perguntei com ar de riso.
"Claro que não, está uma delícia, sabia?"
"Antes que pergunte, sim, ela já comeu um pedaço lá em cima." Alli riu, se ajeitando no banco de trás.
"Desse jeito vai virar uma bolinha."
"Você cala a boca, heim, Cody Simpson."
"Vou te amar mesmo uma bolinha." Abracei-a de lado e beijei seu rosto demoradamente.
"Awn!" Alli disse num quase grito.
Deixamos Alli e Josh em casa e seguimos pra nossa, Ísa veio falando com a mãe no telefone, que dizia que a Loren queria vir pra nossa casa, mas ela achou melhor no dia seguinte, dai conseguiria passar mais tempo e tudo mais. Eu adorava a Loren, ela era igualzinha a Ísa, em geral eu adorava crianças, mas ela era especial, não só por ser minha cunhada, mas pelo jeito carinhoso dela comigo, por sua fofura. Não deram nem cinco minutos que tínhamos chegado e Ísa já pegou a torta pra comer, me apoiei na bancada e fiquei observando ela comendo com ligeira rapidez, mas aproveitando cada segundo.
"Não quer um pedaço?"
"Talvez um pouquinho." Sentei do lado dela.
"Abre a boca." Cortou um pedaço da torta com a colher e depois me olhou. "Abre a boca." Repetiu.
Rindo, fiz o que ela pediu e ela equilibrou a torta na colher no caminho até minha boca.
"Pega um prato pra você, bebê."
"Não quero não, depois você deixa um pedaço pra mim."
"Não."
"Ah, é assim?"
"Sim, é assim, vou comer tudinho, meus filhos merecem."
"Nossos filhos, não esqueça." Cutuquei o braço dela.
"Não esqueço pode deixar, mas agora eu vou comer."
"Não vai não." Tirei a caixa da frente dela e levei pro balcão da cozinha. "Agora você vai me dar atenção até dizer chega." Deitei com a cabeça no colo dela.
"Carência?"
"Um pouco."
"Que fofo." Sorriu.
"Não é fofo."
"Claro que é." Distribuiu uma sequência de beijos em meu rosto.
"Não, Ísa, não é. Quero carinho, pode ser?"
Riu e colocou os dedos no meio do meu cabelo, eu não gostava muito de cafuné, mas não conseguia dizer não pra ela, o dela era simplesmente o melhor de todos.
"Adoro seu cabelo, tomara que nossos filhos puxem isso de você." Sorriu. "Na verdade, não só isso."
"Assim fica complicado, seria muito mais lindo se puxassem você."
"Não inventa."
Ficamos meio que discutindo com quem queríamos que eles parecessem, vieram até ideias de nomes, mas quando decidíssemos, isso ficaria em segredo.
~ POV Heloísa Dobrev ~
[...] Quase perto do almoço no dia seguinte, enquanto Cody foi buscar minha irmã pra ficar conosco, estava sozinha no apartamento quando a campainha tocou, estranho pois sempre o porteiro avisa que alguém está lá embaixo, a menos que seja Alli ou os pais do Cody, então pensei na possibilidade de ser eles ou a Nina e Ian. Levantei do sofá sem vontade alguma e fui abrir, quase caí pra trás ao ver Thomas ali, a primeira coisa que pensei foi "como ele chegou aqui e subiu sem ser identificado?".
"Posso entrar? Vim em paz." Me tirou dos pensamentos.
Assenti lentamente, ainda muito confusa, assim que ele entrou fechei a porta atrás de mim e o olhei, demonstrando toda a confusão em minha mente.
"O que está fazendo aqui? Como me encontrou? Como subiu?" Joguei todas as perguntas de uma vez.
"Posso sentar?"
"Senta." Dei ombros.
"Vim te pedir perdão."
"Perdão?"
"Sim, por ter te deixado ir sem cogitar, por ter sido um péssimo noivo... Enfim, por tudo. Nunca pensei que sentiria tanto a falta de alguém como sinto a sua."
"Eu não posso falar que sinto sua falta, porque não sinto, você nunca esteve comigo de corpo e alma, eu gostava de você, mas todos os poréns que juntei nos anos que ficamos juntos me fizeram perceber que não estava feliz com você. No começo era diferente, mas depois que conseguiu o que queria caiu na rotina e isso foi tirando minha admiração por você."
"Quer dizer que, quando terminou comigo, não sentia mais nada?" Seus olhos continham indignação.
"Não sei bem, eu esperava pelo menos que me pedisse pra reconsiderar."
"Eu estava puto da vida com você, não passou nem pela cabeça que você viajaria quase que em seguida."
"Mas eu viajei e não mudaria de ideia."
"Porquê fez isso? Tinha outro motivo se não o de amar o loiro narigurado com quem me traiu?"
Suspirei pela baita infantilidade dele. "Eu tinha acabado de descobrir que estava grávida."
"Você o que?" Alterou o tom e levantou do sofá. "Me traiu e ainda por cima engravidou?"
"Thomas, o que está fazendo aqui?" Passei as mãos pelo rosto.
"Você está grávida?" Me olhou dos pés à cabeça, parando na minha barriga.
"Estou, estou grávida do cara que eu amo e vou me casar com ele."
"Quem te garante que esse filho não é meu?"
"Quando descobri que estava com duas semanas de gravidez, exatamente o mesmo tempo em que estava na Austrália, eu e você não transávamos a mais de um mês, talvez quase dois."
"Não, Helô! Que porra, não pode ser!"
Me deu um pouco de dó ver ele ali arrependido e se lamentando, mas ele tinha escolhido isso e meu amor pelo Cody era muito maior do qualquer coisa que já tinha sentido por ele um dia.
"Eu queria que tivesse sido diferente."
"Mas não foi, você não se esforçou."
Ouvi a porta destrancar atrás de mim e respirei fundo, me virando pra porta. Antes de perceber Thomas ali, ele me deu um selinho e Loren me abraçou, vindo pro meu colo.
"Amor, cuidado, viu?"
"Ela não é pesada, Cody."
Ele olhou de relance pro sofá e me puxou pro lado pra ver melhor.
"O que esse babaca está fazendo aqui?" Me encarou.
"Calma! Calma!" Repeti, colocando uma mão no ombro dele.
""Calma" meu pau, que porra é essa?"
"Cody!" O repreendi por minha irmã estar aqui e a coloquei no chão. "Vai pro quarto, meu amor, liga a televisão lá que a gente já vai."
Ela cutucou a perna do Cody. Ele desfez a ignorância de antes e a pegou no colo.
"Não briga, tá bom?" Beijou o rosto dele.
"Espera lá no quarto, já vamos." Sorriu e a colocou no chão.
Loren foi pro quarto e fechou a porta, Cody já estava perto do Thomas e ele de pé, entrei no meio.
"Vocês não vão brigar." Olhei pro Thomas. "A única coisa que quero é saber como subiu e como chegou no prédio."
"Sua irmã."
"Ótimo, agora está bem explicado o porquê de ela ter sorrido pra mim lá em baixo." Balançou a cabeça e o ar saiu enfurecido por suas narinas.
"Cai fora daqui, Thomas, vai viver sua vida, vai arrumar alguém que te ame ou casa com seu trabalho e fica só nos pegas, mas vai embora daqui, me deixa ser feliz, caralho."
"É isso o que quer?"
"Sim, é isso o que eu quero."
"Bem, então espero que seja feliz, anjo."
Anjo? Mas que porra... Ele nunca tinha me chamado de nada, enfim, isso só provava que ele achava que eu era fácil e me conseguiria com palavras. Pois se pensava assim, estava totalmente enganado.
"Você não soube aproveitar e dar valor enquanto tinha e agora quer tirar ela de mim? Você é um puta dum babaca."
"Cala a boca, estou falando com ela."
"Não me manda calar a boca não." Levantou o indicador pra ele, sentia sua respiração pesada no meu pescoço.
"Parem os dois. Vai embora, Thomas."
"Posso te dar um abraço de despedida?"
Deixei que ele me abraçasse rapidamente e o empurrei depois, fui até a porta e a abri. Ele saiu, se despedindo com um meneio de cabeça, fechei a porta e olhei pro Cody, ele estava puto e aparentava isso.
"Eu não fazia ideia de que ele vinha aqui, não fazia mesmo."
"Desculpa a palavra, mas sua irmã é uma vadia."
"Eu acabei de perceber." Sentei ao lado dele. "Eu sei que ela não gosta de você, mas eu achei que agora que eu estou grávida seria melhor, sabe? Mas não, ela dá força pro meu ex vir quase arruinar meu relacionamento."
"Acho que ela não tem mais jeito."
Cody olhou pela janela que dava pra frente do prédio e me olhou incrédulo.
"O que foi?"
"Tem um bando de carros de televisão lá em baixo."
"O que?" Levantei num pulo. "Eu vou resolver isso agora."
"Eu vou com você, não pode pode passar nervoso."
"Eu vou, você fica aqui."
Saí do apartamento, parecia que justo hoje todos tinham resolvido pegar o elevador, que estava parando em todos os andares abaixo do nosso. Passei quase levando qualquer um que cruzasse meu caminho, tinha certeza de que Nina estava por trás disso e só confirmei minhas suspeitas ao chegar na multidão toda.
"Ora, ora, a gravidinha mais linda do mundo resolveu descer." Ele disse e Nina riu.
"Vocês são dois idiotas, na boa."
"Helô, você está grávida?" Todos perguntaram ao mesmo tempo.
"Isso não interessa!" Voltei a olhar pra eles. "Como você pode, Nina? Cara, o que você tem contra mim?"
Ela sorriu, com certeza, irônica. "Quer mesmo saber?"
"Lá em cima, acho que isso é um assunto particular."
"Porquê? Não quer bancar a coitadinha?"
"Nina!" Pisquei incrédula. "O que está dizendo?"
"Sempre você foi a coitadinha, não foi? "Ah, meu pai não gosta de mim", "Ah, meu namorado me traiu", garota, isso enchia minha paciência. Agora você roubou meu pai, minha mãe e quase o meu filho, como você é boazinha."
"Você é ridícula!" Balancei a cabeça. "Falsa do caralho."
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Hey angels, mil desculpas pela demora, sei que eu to demorando e tal, mas ta meio corrido esse ano, fui pro período da manhã e é mais puxado, alem de que eles estão cobrando muito em especial da minha sala... Enfim, mas eu prometo que tento postar logo, não desanimem nos comentários, por favor, é muito importante pra mim. O que acham que vai rolar? Como vai ficar tudo depois disso? Como o Cody vai reagir quando souber que a mídia já sabe da gravidez? Dá uma dó fazer a Nina ser má, mas ela é o tipo de “irmã estrela”, então não briguem comigo pljkasjkajspo CONTINUO COM COMENTÁRIOS, COMENTEM! xoxo