Capítulo 101 - love, love and love.

"O que quer fazer no dia lindo que está fazendo?"

"Por mim, qualquer coisa."

"Vamos pra praia ou almoçar fora?"

"Almoçar e depois dar uma volta, pode ser?"

"Pode, claro."

Levei as coisas pra cozinha e mostrei o apartamento todo pra ela.

"Acho que eu vou na casa da Nina."

"Se estressar mais?"

"Não, só quero acertar as coisas com ela."

"Quer que eu vá?"

"Não, quero conversar à sós."

"Então ok."

~ POV Heloísa Dobrev ~

Segui pro andar de cima, toquei a campainha do apartamento e esperei que ela ou Ian, ou seja lá quem fosse, viesse abrir. 

"Oi, Helô." Ian me cumprimentou.

"Oi." Dei um leve sorriso. "A Nina está aí?"

"No quarto, pode ficar à vontade, vou buscar o Liam na escola."

"Ok."

Depois de ele sair, fiquei questionando a mim mesma de ir ou não falar com ela, mas a decisão não foi minha. Ela veio do quarto e me encarou ao me ver ali.

"Se cansou dele já?"

Suspirei. "Vim conversar com você."

"Eu tenho umas coisas pra te falar. Primeiro, que você agiu errado, não deveria ter vindo pra Los Angeles por causa dele, nem saído em todas aquelas fotos com ele na Austrália, passou uma imagem de puta pra todo mundo."

"Nina..." Disse com lágrimas já invadindo meus olhos. Hormônios...

Me interrompeu. "Eu não acabei. Reclama de eu me meter nas suas escolhas, mas você não sabe escolher nada direito, saiu da revista, terminou seu noivado com um cara que te daria o mundo nas mãos. Como pode fazer isso?"

"Do jeito que fala, parece que está com o Ian só por interesse, até onde eu me lembro, você gostava dele, ou eu estou enganada?"

"Eu amo o Ian, mas estou tentando arrumar a sua vida."

"QUE DROGA! EU NÃO PRECISO QUE SE META, NÃO PRECISO! EU AMO O CODY E EU VIM PRA CÁ CONSTRUIR A MINHA FAMÍLIA COM ELE." Algumas lágrimas já rolaram.

"Família? Ficou maluca?"

"Nina..." Respirei fundo. "Eu estou grávida."

"Grávida? GRÁVIDA?"

"Não fala isso pra ninguém, acho que ainda posso confiar em você."

Um tempo de silêncio se formou entre nós, olhei pra ela com meus olhos transbordados, Nina estava com as mãos no cabelo e os cotovelos apoiados em suas pernas. Quando ela me olhou, lágrimas tomavam seu rosto.

"Vem cá." Abriu os braços pra mim, me juntei a ela em um abraço. "Desculpa... Eu não vou mais me meter, eu te prometi, estou do seu lado pro que precisar. Me desculpa..."

"Eu fiquei muito chateada com tudo o que me disse, eu sei que você não gosta do Cody, mas não esperava."

"Desculpa... A gravidez não vai me fazer gostar dele, mas eu vou estar do seu lado nela pra te ajudar no que precisar." Beijou minha testa.

"Não conta pra ninguém ainda, só a mamãe e o George sabem."

"Não contou pro pai ainda?"

"Não, vou esperar um pouquinho ainda."

"De quanto tempo você está?"

"Quase 6 semanas."

"Tem certeza de que é dele?"

"Absoluta, foi na Austrália."

"Não apoio seu relacionamento, você sabe bem, mas agora com sua gravidez, vou ter que me conformar."

"É, vai."

Estava feliz por ter me acertado com minha irmã, mesmo ela ainda não aceitando meu relacionamento já era um grande e bom passo. Ian apareceu com Liam e ele veio correndo pro meu colo.

"Saudades, titia."

"Saudades, meu amor." Beijei seu rosto seguidamente.

"Você vai ficar aqui?"

"Não, mas estou nesse prédio."

"Onde?"

"No apartamento do Cody."

"DO CODY?" Deu quase um pulo no meu colo. "Me leva, me leva!"

Olhei pra Nina, em busca de uma resposta, ela suspirou.

"Vá se trocar antes."

Sem delongas, ele desceu de meu colo, jogou a mochila no chão e saiu correndo pro quarto.

"Se acertaram?" Ian perguntou e nós assentimos. "Acho bom mesmo." Me abraçou de lado.

"Cuida do meu filho, heim."

"Nina!"

"Ok, ok... Eu não disse nada."

Em menos de 5 minutos, Liam estava na sala me puxando em direção à porta. Pegamos o elevador e fomos pro apartamento, Cody ficou feliz ao vê-lo ali e os dois se abraçaram.

"Está cada vez maior, heim."

"Tenho que crescer pra ficar do seu tamanho, bem grandão."

"Falta bastante." Bagunçou o cabelo dele.

"Ei, não falta. Falta, titia?" Me olhou.

Eu ri. "Um pouco."

"Ah..." Fez beicinho.

"Quer jogar bola comigo lá embaixo?"

"Quero!"

Cody pegou uma bola na área de serviço e descemos pra quadra vazia do prédio. Sentei num canto e fiquei observando os dois. Cody se divertia tanto com as crianças, em especial com o Liam, e isso me fazia pensar que ele seria um bom pai, ele deixava o Liam fazer gols pra que não ficasse triste, pode até parecer besta, mas estava achando fofo.

"Vem jogar, titia." Liam veio até mim.

"Estou bem aqui." Ri. "Não quero jogar, meu amor."

"Ah, ok então."

Os dois ficaram jogando por um bom tempo, minha barriga começou a roncar de fome, avisei ao Cody e segui pro mercado mais próximo. Comprei o essencial pro almoço e pro jantar e voltei, observei de longe que os dois ainda estavam na quadra e subi direto. Organizei os armários, coloquei o almoço pra fazer e sentei no sofá pra descansar enquanto eles não vinham.

"Estávamos esperando você, amor."

"Eu subi pra fazer o almoço."

"Vocês vão morar juntos?" Liam perguntou.

"Por enquanto." 

"Por enquanto?" Cody me olhou.

"Talvez eu arranje um apartamento pra mim, amor."

"De jeito nenhum, você tem que ficar aqui, pequena."

"Ah, Cody, não sei ainda... Vamos ver."

Liam almoçou conosco e logo depois Nina veio buscá-lo, sentei no sofá com Cody, que ficou alisando meu ombro. 

"Que história foi essa de apartamento?"

"Não posso depender de você..."

"Isso não é dependência, só quero estar com você sempre que possível."

"Tipo 24 horas por dia?"

"25 se fosse possível."

Sorri, entrelaçando a mão na dele. "Cody?"

"Oi?"

"Cadê o cachorro que eu comprei?"

"Estava com a Alli, ia trazê-lo quando fui na casa dos meus pais, mas você chegou e eu me esqueci completamente."

"Achei que tinha se desfeito dele."

"Claro que não, ele é nosso filho."

Sorri. "Acabou que a gente nem foi pra praia."

"O dia ainda não acabou, quer ir?"

"Vou me trocar."

Ele assentiu, fui pro quarto dele, peguei um biquíni e um short e coloquei, mas na hora de fechar o short, o zíper não subia.

"Droga!"

Olhei meu corpo no espelho e ainda não era possível notar nenhuma diferença, não quis me espremer no short por saber que não faria bem, então optei por um vestido solto. 

"Vai de vestido, amor?"

"Vou, não fiquei bem de short."

"Impossível."

"Possível, bem possível."

"Não vou discutir... Vamos?" Levantou.

"Vamos."

Pegamos o carro no estacionamento e ele dirigiu até a praia, cuja a mesma estava um pouco cheia. Andamos distantes, mas o que eu queria mesmo era entrelaçar a mão na dele e nos beijarmos, mas duvido que isso não ocuparia a capa de alguma revista... 

"Quer fazer o que?"

"Te beijar é uma opção?"

Ri olhando pro chão. "Não, não é." Pausei. "Se bem que eu também estou louca pra te beijar."

"Então beija."

Dizíamos tudo olhando pra frente, como se nem estivéssemos conversando.

"É um convite tentador, mas não."

"Temos que assumir logo a nossa volta."

"Vamos com calma."

"Mas logo vamos dizer, não é?"

"Logo, logo."

"Amo você."

"Também amo você." Disse. "Agora aja naturalmente, o Cody de sempre, mas com moderação."

Ele riu. "Sempre ciumenta."

Sentamos na areia, ele observava o mar enquanto eu o movimento, a maioria das pessoas nos olhava e comentavam algo, mas ninguém se aproximava, o que era bom. Cody me olhou de canto e deu um sorriso, me fazendo rir também. 

"Para, estão olhando."

"Quero que se danem."

"Cody!"

"Mas é, seria bom nessas horas ser um anônimo."

"Eu também acho." Ri de leve.

"Não vai tirar esse vestido pra tomar sol, não?"

"Acho que não."

"Poxa, estava louco pra te ver de biquíni." Mordeu o lábio.

"Safado." 

"E seu."

"Espero que só meu."

"Tem alguma dúvida?"

"Hm... Acho que não."

Ele fez uma pausa. "Sabe quem eu vi esses dias?"

"Quem?"

"Dylan..." Fez uma careta.

"Ah, e ele está bem?"

"Porque quer saber? Vai mudar em que a sua vida?"

"Ei, calma!" Ri. "Estava brincando."

"Que bela brincadeira." Levantou.

"Onde você vai?"

"Pra beira da água."

"Para de bobeira, só estava brincando." Levantei também.

"Não faça brincadeiras assim."

"Desculpa, não faço mais."

"Eu acho bom mesmo."

"Para de ser chatinho."

"Chatinho o caralho."

"Parou, Cody." Disse, agora olhando pra ele. "Ia te fazer uma surpresinha, mas acho que você não merece mais."

Ele deu ombros e continuou olhando pro chão. 

"Não aceita nem brincadeira, pelo amor... Se eu quisesse algo com qualquer outro cara que fosse, eu não estaria aqui contigo nesse exato momento."

Ele permaneceu em silêncio, balancei a cabeça e andei até o carro, me encostei no capô e fiquei olhando ele. 

"Esse é o carro do Cody Simpson?" Uma voz feminina perguntou atrás de mim.

"Não interessa, queridinha."

"Claro que interessa, eu tenho um lance com ele."

Me virei pra trás e encarei a garota, sabia que a conhecia de algum lugar... Claro, das manchetes antigas com ele.

"O que está fazendo nesse carro?"

"Esperando o meu namorado voltar."

"Pode esperá-lo num lugar que não seja nesse carro?"

"Queridinha, olha..." Sorri irônica. "Esse carro é do Cody Simpson, sendo assim, é do meu namorado."

Ela riu. "Fã iludida ou prostituta de uma noite?"

"Sou Heloísa Dobrev, meu amor. Eu e o Cody voltamos e você já era."

"Erin?" Cody perguntou espantado atrás de mim. "O que está fazendo aqui?"

"Que bom que chegou, bebê. Avisa pra essa mocoronga que eu e você somos quase namorados."

"Erin..."

Fiquei olhando pro Cody, esperando que ele dissesse algo, mas nada foi dito, o encarei e empurrei seu peito pra longe. 

"Ísa, espera." Segurou meu braço.

"Me solta e não vem atrás de mim!"

"Ísa, eu só..."

Interrompi. "Em casa, eu não vou discutir porra nenhuma na frente dessazinha."

"Então entra no carro."

"Não."

"Entra."

"Já disse."

"Entra, Heloísa, caralho!"

Soltei meu braço, acertando um soco na barriga dele e entrei no carro. Fui de cara fechada até o apartamento, chegando lá, ele ficou me olhando.

"Se espera que eu diga alguma coisa, a única pessoa que tem que falar algo é você."

Ele passou as mãos pelo cabelo. "Eu não sabia o que falar pra Erin, se eu dissesse que voltamos, você iria brigar comigo."

"Adiantou alguma coisa pra você?"

"Não, não adiantou. Desculpa."

"Ainda tem algo com ela?"

"A gente não se via há muito tempo e, quando via ela, era só sexo, sem sentimento." Se aproximou. "Eu amo você, só você, e te juro que vai ser sempre assim, até o fim dos meus dias."

"Para de me iludir." Dei outro soco nele.

"Para de me bater." Fixou os olhos nos meus. "Eu te amo, para de agir feito uma idiota."

"Eu sou a idiota?"

"Claro, não acredita em mim."

"Ah, pode parar."

"Parar com que?"

"Parar de ser fofo e me fazer acreditar."

"Só te faço acreditar na verdade, minha pequena."

"Para, se espera um beijo, não vai ganhar."

"Ah, não?"

Neguei com a cabeça e ele me abraçou.

"Abraço pode?"

"Só abraço."

"E a surpresa que ia me dar?"

"Hoje não."

"Porquê?"

"Porque eu ainda não tenho o que eu preciso."

"E do que precisa?"

"Se eu disser não vai mais ser surpresa."

"Que chata."

Bocejei e me separei dele. "Vou deitar."

"São dez pras 16h." Me olhou.

"Isso não me impede de ter sono."

"Depois não dorme de noite."

Revirei os olhos e sentei no sofá. "Ok, papai, ok."

Ele deitou ao meu lado, colocando a cabeça no meu colo, passamos a tarde no sofá vendo televisão, era ótimo estar com ele outra vez, sentindo seu toque, seus beijos e, principalmente, seu amor.

"Amor?" Sentou, virando de frente pra mim. "Ainda quer trabalhar comigo?"

"Se tiver um espacinho pra mim..."

"Claro que tem, vou falar com meu empresário e o emprego é seu."

"E se ele não aceitar?"

"Ele não tem que se meter, esse emprego sempre foi seu."

"Isso há três anos."

"Vou chamá-lo pra vir aqui agora mesmo."

"Não se apresse."

Ele insistiu e ligou pro empresário, que depois de 20 minutos estava no apartamento.

"O que tem de tão importante pra me dizer?" Perguntou logo que Cody abriu a porta.

"Antes, quero que conheça minha namorada, Heloísa Dobrev." Apontou pra mim, esticando o braço.

"Então é você?" Perguntou, se referindo a mim.

"É, sou eu."

"Estão morando juntos?"

"Estamos." Cody disse.

"Da última vez que vim aqui, ela não estava aqui."

"Cheguei há dois dias."

"Dois dias e já moram juntos?"

"Nossa história é antiga, mas não vem ao caso. Vamos direto ao ponto, quero o emprego dela de volta."

"E eu com isso?"

"Ela era fotógrafa da equipe."

"Então quer dizer que a vaga não foi ocupada até agora e, quando ela chega, você quer contratá-la? E quanto ao "não precisamos de ninguém, nos viramos com dois fotógrafos"? Não precisamos dela."

"Você não está entendendo, EU preciso dela, a equipe precisa dela."

"Não precisamos pagar mais um salário, ainda mais sendo desnecessário."

"Ok, já entendi que não tem mais lugar pra mim." Disse.

"Tem, e se não tiver, eu me demito."

"Se demite?" Riu sarcasticamente.

"Vou trabalhar sem um empresário, por conta própria, sem dúvidas a equipe viria comigo."

"Vai fazer o que sem empresário, Cody? Se liga! Não sabe cuidar nem da sua vida e vai conseguir cuidar da carreira? Ah, por favor..."

"Meu pai me ajudaria." Dei ombros. "Todos ali me ajudariam."

"Sabe o que significa contrato? Pois bem, tenho o meu até maio, daqui 6 meses faça o que quiser, e se fizer antes, arque com as consequências e com os gastos."

"Will, você querendo ou não, ela está contratada."

"Sua decisão final?"

"Sim, é minha decisão final."

Willian saiu do apartamento, ele parecia puto com o Cody, na verdade não só com ele mas comigo também. Ótimo, conheço a pessoa em um dia e, minutos depois, já sou odiada. 

"Que empresário legal, adorei ele."

"Está falando sério?" Me olhou perplexo. "Ah, claro que não, está sendo irônica..."

"Lerdeza." Ri. 

"Ele foi ridículo."

"Costuma ser sempre assim?"

"Na maioria das vezes."

"Nossa."

"Vamos parar de pensar nele?" Me prensou na parede. "Vamos pensar em nós dois, só isso importa."

"Quer me levar pra cama, pode falar." Lancei um olhar sedutor.

"Claro que não, se bem que não seria nada mal, sabe?" Sorriu pervertido e seus lábios foram pro encontro do meu pescoço.

"Guarde suas energias."

"Pra?"

"Pra minha surpresa." Pisquei pra ele.

"Hm, obrigada pela dica." Pressionou minha cintura contra seu corpo. "Mas não me importaria de transar hoje, agora, em qualquer lugar dessa casa."

"Que sede de sexo." Ri.

"Sede, fome, tudo o que possa imaginar."

"Guarda esse fogo, moço."

~ POV Cody Simpson ~

No outro dia, Ísa saiu logo depois do café com Alli, não fazia a mínima ideia de pra onde as duas iam que eu não podia ir. Alguns minutos depois de elas saírem, recebi uma sms.

Ísa: "Se quiser sair, pode ir, mas esteja em casa às 19h30."

Cody: "19h30? Vai voltar essa hora?"

Ísa: "Exatamente, tenho juízo (;"

Cody: "Você também."

Ísa: "Terei, fica tranquilo."

Liguei pro Josh, perguntando se ele queria fazer algo e a resposta foi imediata, assistir um jogo dos Yankees às 17h, concordei. Almocei fora e o encontrei logo depois, resolvemos ir pro kart, que era perto do estádio. O jogo foi bom, ganhamos de 2, já estava escuro quando conseguimos sair. 

"Puta que pariu, já são 20h." Passei as mãos pelo cabelo. "A Ísa vai me matar."

"Relaxa, elas iam chegar tarde."

"Ela disse pra eu estar em casa 19h30."

"Pra?"

"Pra tal surpresa."

"Surpresa, hm..." Ele disse com malícia.

"Se ainda tiver uma..." 

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oi gente, desculpem minha demora, não sabia o que escrever então demorou e ficou toda essa melosidade pakspkapaks isso que dá escrever meio apaixonada, mas enfim... O que acharam? O que pode ser essa surpresa? O que acham que vai acontecer? Deixem seus comentários e eu vou agilizar no próximo capítulo paksaaskps CONTINUO COM +10 COMENTÁRIOS, COMENTEEEEM! xoxo <3