Capítulo 43 - Só amigos.

~ POV Cody Simpson ~

Olhei o colar em minha mão e a fechei, demorei pra processar tudo o que ela tinha dito. Nesse momento, ela devia me odiar e estava certa, eu estava perdendo ela, a minha pequena. Destravei o carro e guardei o colar no porta-luvas, o travei de novo e fui andando na direção que ela tinha ido.

“Aonde você pensa que vai?” Jake cruzou os braços à minha frente.

“Sai da minha frente, cara.” Passei as mãos pelo rosto, bufando, e fui pro outro lado.

Josh surgiu de trás de mim e parou como Jake tinha feito. “Você não vai atrás dela nem morto, não vai fazer ela chorar mais.”

“Eu vou falar com ela, vocês não tem nada a ver com a nossa vida, não mandam em mim.”

“VOCÊ NÃO VAI ATRÁS DELA, CARALHO!”

“PAREM!” Alli se meteu no meio antes que saísse uma briga entre eu e o Josh.

Matt me puxou pelo braço, pedindo pra que me acalmasse pra conversarmos, mas me soltei com brutalidade e segui meu caminho novamente, dessa vez sem me interromperem. Procurei por ela dentro de lugares ou mesmo nas ruas, quando a encontrei, respirei fundo e fui até onde estava.

“Ísa?”

“SAI, GAROTO! EU DISSE PRA FINJIR QUE NÃO ME CONHECE, NÃO FALA COMIGO.”

“Preciso de você, não posso te perder.” Meus olhos formaram algumas lágrimas.

“Pensasse antes de fazer tudo o que fez!” Suas lágrimas não paravam sequer por segundos.

“Eu não estava pensando direito, queria te provocar e acabei indo longe de mais, eu sentia sua falta, queria que me desse atenção de novo.” Balancei a cabeça. “Eu te amo, Ísa.”

“ME AMA? VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM ALÉM DE VOCÊ MESMO, SÓ SUAS NECESSIDADES IMPORTAM, VOCÊ É O CENTRO DO SEU MUNDO, NÃO SE IMPORTA COM NADA.” Ela tinha raiva na voz e me quebrava cada vez mais.

“Me importo com você. Você é tudo o que eu preciso.”

“PARA! PARA DE TENTAR ME ENGANAR DE NOVO, PARA!” Se levantou. “ME ESQUECE, VOU SAIR DA SUA VIDA. ASSIM QUE EU ARRANJAR UM LUGAR PRA FICAR EU ME MUDO DA SUA CASA, NÃO QUERO MAIS TE VER, TE SENTIR, VIVER SOBRE O MESMO TETO QUE VOCÊ. EU NUNCA DEVERIA TER ACEITADO VIR PRA CÁ, MUITO MENOS MORAR NA SUA CASA!”

Dois ou três paparazzis começaram a nos fotografar e foram se aproximando.

“Podem explicar a situação pra nós?”

“Porque estão brigando? Este é o fim do namoro?”

“Vão pra puta que pariu.” Ela disse e saiu andando.

Eles me cercaram, impossibilitando que eu a alcançasse, quando consegui me livrar deles, não a acharia se fosse a pé. Voltei pra praia o mais rápido que pude e fui pra casa em disparada, pensei que ela pudesse ter ido pra lá.

“Ísa?” A chamei enquanto subia as escadas. “Ísa?”

“Ela não está em casa, filho.” Meu pai disse.

“Como não? Pra onde ela foi? Preciso falar com ela.”

“Eu não sei pra onde ela foi.”

“Se ela chegar, me liga, pai.”

Rodei o bairro atrás dela, passei no apartamento da Nina, mas a empregada disse que ela não estava lá e que eu poderia conferir se quisesse, mas confiei. Meu celular não tocava e isso me deixava louco de preocupação.

Dei um soco no volante. “Porque você tem que sumir?”

Meu pai finalmente ligou, mas disse que ela chegou, se trocou e saiu novamente. Estranhei, mas voltei pra casa.

“Pra onde ela foi?” Perguntei logo ao entrar, fui pra cozinha e peguei um copo de água.

“Não sei, ela e o garoto moreno saíram na hora que eu te liguei.”

“Garoto moreno? Que garoto moreno, pai?”

“É...” Tentou se lembrar. “Dy...”

“DYLAN?” Perguntei num pulo do sofá.

“Isso, Dylan.”

“Cara! Ela não toma jeito mesmo.”

“Porque tanto nervosismo? Eles são só amigos, não são?”

“Ela quase foi estuprada por ele, preciso saber onde ela está. A Alli já chegou?”

Antes que ele pudesse terminar o “sim”, subi correndo e entrei no quarto dela.

“Onde o Dylan mora?” Ela não me respondeu. “ONDE O DYLAN MORA, ALLI?”

“Não grita comigo!”

“Me fala.” Passei as mãos pelo rosto. “A sem noção está com ele.”

“A Ísa?”

“É, vai logo, não tenho tempo a perder.”

Ela me deu um endereço e eu dirigi até lá feito louco. Cheguei em um prédio. Droga, pensei, não me deixariam subir.

“Eu preciso ir ao apartamento 65.”

“Vou interfonar.”

“Não!” Tentei parecer o menos desesperado possível. “É uma surpresa pro meu amigo, Dylan, não nos vemos há um tempão.”

“Acho que ele não vai gostar de ser interrompido, subiu com uma morena bem gostosa.” Deu ombros.

O fuzilei com o olhar. “Ela está me ajudando.” Disse por entre os dentes. “Sou quase irmão do Dylan, na infância nem desgrudávamos.” Sorri falso.

“Bom, tudo bem.” Ele disse.

“Obrigado.”

“5º andar.”

Dei sorte e o elevador estava parado no térreo. Pareceu uma eternidade até chegar no andar, procurei pelo apartamento 65 e toquei a campainha, ficando longe da visão do olho mágico. A cada segundo de espera, já pensava no pior, ela estava vulnerável e seria uma presa fácil pra ele.

“Cadê ela, otário?” Disse já entrando. “Heloísa?” Gritei pela sala. “CADÊ ELA?” O peguei pela gola da camisa, torcendo meus lábios.

“O que você faz aqui?”

“Você pirou de vez?” A peguei pelo braço, sem aperto algum. “Esse cara quase te estuprou, esqueceu?”

“Não foi muito diferente de você.”

“Lógico que foi, ele não estava sob efeito de álcool. Esse cara só te trouxe pra cá pra te comer.”

“Eu vou cuidar dela, diferente de você, olha como a deixou. Sai do meu apartamento!”

“Saio com todo prazer.” Puxei a ísa, que se soltou. “Você vem comigo.”

“Você não manda em mim.”

“Não vou te deixar com esse maníaco.”

“Maníaco? Nossa.”

“Está rindo de que, trouxa?”

“Do único palhaço que tem aqui.” Fez uma pausa. “Ela vai ser minha.” Dublou, Ísa não pôde ver porque estava atrás dele.

“Vai ser sua só por cima do meu cadáver.”

“Quer mesmo que eu chegue a esse ponto?” Riu silenciosamente, estalando os nervos dos dedos em seguida.

“Heloísa, você escolhe, fica com ele ou vai comigo?”

“Fico com ele.”

“Não faz isso pra me provocar...” Me aproximei ela. “Vem comigo.” Pedi, temendo a resposta dela.

“Vou ficar, já disse! Vai curtir sua loira.”

“Ísa...” Disse nem suspiro. “Por favor.”

Meu celular tocou, li “mãe” no visor e mostrei pra ela.

“Olha aí, minha mãe deve estar preocupada. Vem pra casa.”

Ela pensou por segundos e beijou a bochecha dele. “Obrigada, Dyl.”

A puxei pra fora o mais rápido que pude e o caminho inteiro foi um completo silêncio. Com o decorrer dos dias, 3 semanas pra ser mais exato, o silêncio continuava entre nós, trocávamos poucas palavras e esse assunto não era nem tocado. Sentia falta dela e sabia que ela sentia a minha, mas passava o dia fora, hora com as meninas, hora com a irmã e os preparativos pro casamento. Pra não pensar tanto assim nela, depois dos ensaios, ia malhar e passava a tarde fazendo isso. Faltava apenas uma semana pra entrarmos no ônibus, exatamente no dia seguinte ao casamento. Antes de irmos, estava disposto a tentar que ela me desculpasse, pedi pra que meus pais e meus irmãos saíssem de casa apenas por essa noite e Alli tratou de fazer com que ela ficasse o dia todo com a Nina. Fiquei arrumando as coisas durante o dia todo, quando acabei, tomei um banho e me arrumei pra esperá-la. Ouvi a porta da sala se fechar, do topo da escada, observei enquanto ela lia o primeiro cartão, em seguida o outro e começou a olhar o caminho das pétalas de rosas. Voltei pro quarto e arrumei a camisa, peguei a rosa que estava em cima da cama e respirei fundo. Em questão de segundos, ela entrou no quarto e deu meia volta ao me ver. 

"Ísa?"

"Já disse pra me esquecer, Cody Simpson."

"Por favor, pelo menos me escuta."

"Eu não quero."

"Preparei tudo isso pra você e não vai nem me ouvir?"

A casa estava à luz de velas e o chão cheio de pétalas, marcando o caminho até o quarto dela, o quarto estava praticamente igual ao resto da casa. 

"Preparei o jantar pra nós."

"Pizza?" Disse com sarcasmo.

"Não." Balancei a cabeça. "Janta comigo?" Entreguei a rosa pra ela.

"Tá, eu vou tomar um banho."

Desci pra esquentar o jantar enquanto ela tomava banho. O jantar já estava quente e nada de ela descer, me questionei em se ela desceria mesmo ou todo esse esforço havia sido em vão... Sentei em uma das cadeiras e passei as mãos pelo rosto, bufando. Ouvi saltos batendo na escada e logo ela estava na cozinha com um vestido creme que realçava todas as curvas de seu corpo. Levantei e fui até ela.

"Você está linda."

"Obrigada."

"Vamos comer?"

Ela assentiu e sentou. 

"Sabe que eu não costumo cozinhar, mas eu tentei." Disse ao colocar a refratária na mesa. 

Comemos em completo silêncio, retirei os pratos e coloquei o sorvete e a calda quente na mesa.

"O jantar estava delicioso." Disse enquanto se servia de sorvete.

Sorri. "Gostou mesmo?"

"Sim, já pode se casar." Soltou um leve riso.

"Se quiser se casar comigo." Dei ombros e ri.

O silêncio ficou até levantarmos da cozinha.

"Ísa, me escuta agora?"

"Quer conversar ou quer outra coisa?"

"De que outra coisa está falando?"

"De me levar pra cama, o caminho de rosas leva até lá, não é?"

"Leva, mas a intenção não é essa." Peguei uma das mãos dela. "Eu preciso me desculpar com você, fui um idiota e reconheço isso. Preciso que me perdoe, preciso de você comigo de novo."

Ela ignorou tudo o que eu disse e se aproximou de mim, os centímetros entre nós iam sumindo aos poucos e nossas respirações estavam em plena sintonia. 

"É isso o que você quer, não é?" Disse com uma voz sedutora ao pé do meu ouvido.

Nossos olhares se fixaram e eu a beijei, um beijo quente e, pelo que parecia, com desejo. Ela foi me levando em direção à escada e, nessa hora, uma confusão tomou conta de mim, mas ignorei. Ela entrelaçou as pernas na minha cintura e subimos. A joguei na cama e fui por cima, beijei o pescoço dela, que suspirou com os olhos fechados, me dediquei àquela parte por algum tempo. Desci o beijo para seu colo e ela me cortou antes que pudesse me livrar de seu vestido.

"O comando é meu." Piscou.

O tesão já estava grande quando ela veio por cima. Desabotoou minha camisa, que logo estava no chão, seus dedos fizeram um caminho até minha calça e, em questão de segundos, ela se juntou à camisa. Ísa se livrou de meus sapatos e foi pra beirada da cama, ficando de joelhos. Lentamente abriu o pequeno zíper de seu vestido, permitindo que ele caísse aos poucos. Ela foi pra perto da minha box e passou a massagear meu membro por cima dela, cada vez ele ganhava mais vida e os gemidos saíam hora ou outra. A box foi pro chão e ela passou a me masturbar com movimentos rápidos.

"Era isso o que queria o tempo todo, né?"

"Na verdade, não."

Ela apertou meu membro. "A verdade."

"Era, mas queria que me perdoasse." Disse ofegante.

"Vem cá." Me chamou com o dedo indicador.

Me sentei na esperança de receber um beijo, mas ao invés disso, ela cerrou os lábios e virou um tapa no meu rosto.

"Porque fez isso?" Massageei o local.

"Estava te testando, Cody. Obrigada por me mostrar quem você se tornou." Pegou seu vestido do chão. "Sai do meu quarto!"

"Foi você quem praticamente me forçou, só ia conversar com você." Coloquei minha box. "Você é louca, garota." Peguei minhas roupas e saí do quarto, batendo a porta.

Logo que saí, ouvi algo bater contra a porta e em seguida veio o barulho de vidro. Pensei em entrar, mas desisti. Fui pro meu quarto e dei um murro no batente da porta. Joguei as roupas em qualquer canto e fui pro chuveiro, tomei um banho hiper gelado pra me livrar de qualquer vestígio de desejo que poderia ainda estar presente. 

~ POV Heloísa Dobrev ~

Após quebrar o vidro de perfume na porta, afoguei minha cabeça no travesseiro, chorei durante horas e acabei por não conseguir dormir. Minha cabeça latejava e meus olhos ardiam demais. Ia descer pra pegar um copo de água, me esqueci completamente de que os cacos ainda estavam ali, senti um choque subindo por minhas veias, em seguida veio a forte dor, e um grito saiu junto com algumas lágrimas. A porta se abriu com brutalidade, fazendo com que batesse com toda a força no meu joelho.

"Ai!"

"Você está bem?" Se abaixou.

"Pareço bem?" Ia olhar o pé, mas desisti ao ver o sangue escorrendo.

"Quem mandou jogar essa porra contra a porta?"

"Eu mandei."

"Vou te levar pro hospital." Ia me pegar no colo, mas o empurrei.

"Não quero ir com você, prefiro ficar sangrando."

"Você é louca?" Passou as mãos pelo rosto.

"Para de me chamar de louca! Já é a segunda vez."

"Vou por uma roupa e te levo pro hospital." Ignorou o que eu tinha dito e foi pra fora do quarto.

Sentia meu pé latejando e a dor era imensa, as lágrimas voltaram a rolar, mas dessa vez eram de dor. Em poucos minutos ele voltou, me pegou em seus braços e me sentou na cama.

"Onde estão seus documentos?"

Apontei pra bolsa preta em cima do criado-mudo, ele a pegou e me entregou.

"Da próxima, não seja irresponsável." Me pegou novamente.

"Se você for reclamando, eu prefiro ir de taxi."

Ele bufou e saiu do quarto comigo, desviando dos vidros. Cody me deixou no banco de trás e foi pro do motorista.

"Logo chegaremos, aguenta um pouquinho."

Antes de sairmos, tinha pego uma toalha, pra não permitir que o sangue escorresse no carro.

"Sente muita dor?"

"Acho que o vidro entrou fundo, dói demais."

"Calma, vai ficar tudo bem."

O restante do caminho foi em silêncio e ele dirigia rápido, passando até em alguns faróis vermelhos. Ao chegarmos, ele me pegou novamente e me levou até a recepção.

"Boa noite, ela cortou o pé e está sangrando muito, pode ver pra atenderem ela o mais rápido possível?"

A recepcionista reconheceu ele e já me encaminhou pra um consultório, pedindo pra que ele fizesse a ficha enquanto isso.

"Bom, senhorita Heloísa, o vidro continua aqui e faremos uma pequena cirurgia para retirá-lo." Disse depois de examinar meu pé.

"Cirurgia?" Arregalei os olhos.

"Sim, antes, faremos um exame de sangue rápido."

Enquanto tiravam meu sangue, Cody entrou e puxou um banquinho pra sentar ao meu lado.

"Está melhor?"

"Vão fazer uma pequena cirurgia, estou com medo."

"Não precisa ter medo, eu vou ficar com você." Beijou minha testa.

"Não precisa, tem ensaio amanhã."

"São quase 2 da manhã, acha mesmo que eu vou conseguir dormir e me concentrar em ensaio com você aqui?" Abriu um pequeno sorriso.

"Obrigada por ficar."

Me deram um calmante antes de começarem a cirurgia e eu apaguei porque era bem forte. Quando acordei, a primeira coisa que vi foi o Cody, que estava cochilando numa poltrona, já devia ser manhã, pois o sol iluminava o quarto. Acabei fazendo barulho ao me mexer e ele acordou.

"Oi." Disse.

"Oi." Sorriu.

"Ficou aqui o tempo todo?"

"Fiquei, desde a sala de cirurgia, até te trazerem pra cá."

"Não precisava ter feito isso."

"Fiz porque, acima de tudo, eu amo você."

"Cody..." Fechei os olhos. "Não vamos ser mais do que amigos."

"Amigos também se amam e eu não vou deixar de te amar."

Suspirei. "Eu também não vou, mas espero que entenda."

"Um dia vai me dar outra chance?"

Dei ombros. "Não sei o que o futuro nos reserva."

Ele balançou a cabeça. "Seu pé dói?"

"Está dormente, não consigo sentir muito."

"Tenta pensar da próxima vez..."

"Era meu perfume preferido."

"A intenção era mentalizar que estava me acertando?"

"Bom, era..." Pausei. "Pega meu celular?"

Ele levantou, pegou o celular na minha bolsa e me entregou. 15 ligações perdidas...

"Seus pais estão preocupados, liga pra eles e pro Matt."

Cody pegou meu celular e fez o que eu havia pedido, disse pra não se preocuparem em vir, porque logo estaríamos em casa.

~ POV Monique Stirling ~

Todos da equipe estavam presentes no ensaio de hoje, estávamos esperando Cody e Helô chegarem, quando Matt voltou depois de uma ligação.

“O cantor vem ou não?” Florent perguntou em um tom divertido.

“Não, Cody e Helô tiveram um contratempo.”

“Hm, contratempo...” Dissemos com malícia.

“Não levem na malícia, eles estão no hospital.”

“Hospital?”

“O que aconteceu, Matt?” Alli perguntou com tom de preocupação.

“Ele não explicou bem, parece que ela cortou o pé e fez uma pequena cirurgia, mas hoje mesmo ela tem alta. Depois ficamos sabendo.”

Jake batia os pés constantemente enquanto assistíamos o ensaio.

“Aconteceu algo?”

“Não, porque?” Ainda batia os pés.

“Está nervoso com alguma coisa.”

“Não estou.” Seu riso foi de nervosismo.

“Ok...”

Não deu pra ensaiarem tanto, já que o principal, Cody, não estava. Após o ensaio ter acabado, Jake pediu pra que eles ficassem por alguns minutos.

“Nick, vem aqui.”

Fui pra frente dele sem entender.

“Eu quero que fiquem, pra testemunharem o meu pedido. Nick, não sei se é um bom lugar pra isso ou do jeito que você imaginava, mas...” Procurou algo nos bolsos, tirando uma caixinha de veludo de lá. “Eu nunca fiz isso antes, sei que já estamos juntos há algum tempo, mas esse é o pedido oficial.” Abriu a caixinha e respirou fundo. “Quer namorar comigo?”

Levei as mãos à boca, sem acreditar no que estava acontecendo. Jake estava mesmo fazendo um pedido oficial de namoro e na frente dos nossos amigos.

“Quero, Jake, quero namorar com você. Quero ser sua pra sempre.” Disse em meio a um sorriso.

Ele sorriu também e beijou minha mão, pegando uma das alianças e colocando em meu dedo. Peguei a outra e coloquei em seu dedo também. Sorrimos, Jake colocou meu rosto entre as mãos e nos beijamos. Ouvimos as comemorações do pessoal e eu corei.

“Ei, ei, ei, já pensaram em perguntar o que o irmão dela acha disso tudo?” Justin cruzou os braços, se fazendo de bravo.

“Justin, eu achei que você quisesse que eu firmasse um compromisso com a sua irmã...” Jake disse com uma ponta de desaponto.

“Ele é um palhaço, amor, está só brincando.” Ri.

Justin acabou rindo também e fez um toque com o Jake. “Espero que cuide bem da minha menina.” Me envolveu em seus braços, me deixando hiper apertada.

“Não precisa me esmagar, maninho.” Ri e tomei ar.

“Desculpa.” Fez beicinho.

“Eu vou cuidar dela, vou fazer ela feliz.” Jake sorriu.

“Awwwn.” Ouvi alguns dizerem e corei novamente.

~ POV Cody Simpson ~

Logo depois de darem o café pra ela, já entregaram o papel de alta. Ela não quis que eu a levasse no colo, então foi se apoiando em meu pescoço até chegarmos no carro.

“Se sente melhor?”

“Sim, mas meu pé ainda dói.”

“Agora vai ter que se cuidar.”

“Eu vou pro casamento da minha irmã e pra turnê do mesmo jeito.”

“Não pode usar salto.”

“Vou ter que poder.”

“Teimosa, meu Deus.” Balancei a cabeça.

“Não sou teimosa.”

“Imagina se fosse.” Ri. “Vou ficar de olho em você.”

Ela fez uma careta. “Blé.”

“A senhorita não sabe se cuidar sozinha.” Disse prestando atenção na rua.

Quando chegamos, minha mãe andava de um lado pra outro.

“Que bom que chegaram, você está bem, querida?”

“Sim, tia, agora estou.” Desapoiou do meu pescoço e sentou no sofá. “Cansei.”

“O que aconteceu exatamente?”

“Eu joguei um vidro de perfume contra a porta e me esqueci dos cacos de vidro quando ia pra cozinha beber um copo de água, daí me fizeram uma pequena cirurgia.”

“Porque jogou o perfume contra a porta?” Meu pai perguntou.

“Porque fiquei com raiva do Cody.” Baixou os olhos.

“Então nem vou perguntar se vocês se acertaram.” Ergueu os braços.

“Somos amigos.” Disse.

“Já é um bom começo pra duas pessoas que se estranharam durante 3 semanas.”

“É...” Suspirei.

Minha mãe me lançou um sorriso de compaixão.

“Não é melhor descansar no quarto?” Sugeri.

“Não quero ficar sozinha.” Deu ombros enquanto fazia beicinho.

“Eu fico com você.”

A peguei nos braços e levei pro meu quarto, já que o dela ainda estava com as pétalas de rosas e o sangue na porta.

“Depois peço pra minha mãe limpar seu quarto.”

“Eu dou um jeito por lá.”

“Nem pensar.” Deitei ao lado dela. “Você vai ficar quietinha descansando.”

“Como você é chato, sua mãe não é obrigada a limpar.”

“E depois eu que sou chato.”

Ela me deu língua.

“O que quer fazer?”

“Só ficar deitada.” Riu.

Depois de minha mãe ter trazido um chá bem quentinho pra nós e pego um cobertor, nós acabamos dormindo. Acordei com a Alli entrando desesperada no quarto.

“Shiu!” Apontei pra Ísa, que ainda dormia.

“Desculpa.” Disse mais baixo. “Como vocês estão?”

“Estava dormindo, mas alguém me acordou...”

“Desculpa por estar preocupada.” Revirou os olhos.

“É brincadeira, a Ísa já está bem melhor, mas deve doer ainda.”

“Vocês se aceraram? Estão até no mesmo quarto, na mesma cama...”

“Somos amigos, Alli... Amigos.”

“Sei.” Pausou. “Tenho um babado pra te contar.”

“Ai, sério, amiga?” Fiz uma voz gay. “Eu não sou a Ísa.”

“Mas ela não está acordada, então serve você.”

Revirei os olhos, mas acabei rindo.

“Jake pediu a Nick em namoro na frente de nós, estão usando aliança e tudo.”

“Sério isso?”

“Sério, o Jake está o maior fofo ultimamente, a Nick tem sorte.”

Levantei o rosto dela pelo queixo. “Você ainda gosta dele?”

“Não, já me conformei que ele não gosta de mim e que seremos só amigos.”

“E o Josh?”

“Como eu disse pra Helô, estamos deixando com o destino.”

“Mas vocês nem estão conversando direito.”

~~~~~~~~~~~~ 

Oi meninaaaaaas! Caralhooooo, 18 comentários? Vocês me surpreenderam, sério! Eu amei os coments e espero que tenham gostado do capítulo, não sei se algumas coisas se encaixaram, isso vocês que irão dizer haahaha (: Bom, continuo com mais de 10 comentários <3 xx