Capítulo 41 - De príncipe a ogro.

~ POV Cody Simpson ~

Fomos em silêncio o caminho todo e ela estava emburrada no banco do passageiro.

“Amor?” Disse ao estacionar na garagem.

Ela tirou o cinto e me olhou.

“Vai ficar emburrada?”

Ela deu ombros.

“Odeio que faça isso.”

“E eu odeio que não terminem um assunto.”

“Eu já disse que não era importante!”

Ela saiu do carro e bateu a porta, fui atrás dela, a fazendo parar no meio do jardim.

“Se não era importante, porque começou?”

“Por que... Não sei por quê.”

“Me fala logo!”

“Para, Heloísa.”

“ENTÃO ME FALA!”

Passei as mãos pelo rosto, subindo pelo cabelo. “DÁ PRA VOCÊ PARAR?”

“DÁ PRA VOCÊ ME FALAR?”

“NÃO, NÃO DÁ!”

“O QUE ESTÁ ME ESCONDENDO TANTO?”

“EU AMO VOCÊ, ERA ISSO, PORRA.”

O semblante de raiva dela se transformou em um sorriso. Acabei por não saber se era mesmo a hora de ter dito isso pra ela, fui andando na direção de casa e ela me segurou pelo braço.

Suspirei. “O que foi agora?”

“Diz que me ama e sai andando?”

“Queria que eu falasse mais o que?”

“Estava processando a informação, pelo menos poderia esperar.”

“Desculpa... Brigar com você me deixa nervoso e eu ajo como idiota.”

Ela abriu um leve sorriso. “Eu também amo você.”

A puxei pela cintura e nos abraçamos, um beijo calmo se iniciou, mas não aumentamos o ritmo, possibilitando que curtíssemos o momento.

“Porque faz isso comigo?” Ri.

“Isso o que?” Entrelaçou os braços no meu pescoço.

“Me deixa louco por você, não consigo ficar sem ver seu sorriso, sem te beijar, sem te ter perto de mim. Eu me perdi e, finalmente, encontrei o tão famoso amor.” Ri de novo, ao perceber o que tinha dito. “Está vendo? Eu nunca diria nada disso.”

“Numa hora dá pra ouvir os gritos lá de dentro e agora já estão assim?” Minha mãe perguntou num tom divertido.

“Bem vinda ao nosso mundo, mãe."

“Bom saber que já se acertaram e não tenho que me preocupar com o senhor.”

“Porque comigo?”

“Porque é meio irresponsável quando está com raiva.”

“Não precisa se preocupar, tia.”

“Vão ficar aqui?”

“Daqui a pouco a gente decide.”

“Venham comer daqui a pouco.” Voltou pra dentro de casa.

“Vamos comer?” Perguntou.

“Deixa eu te curtir mais um pouquinho.” Entrelacei os braços na cintura dela.

“Está carente?” Bateu o dedo indicador na ponta do meu nariz.

“Acho que sim.”

Ela me encheu de selinhos. “Porque? Eu estou com você.”

“Sim, está, mas...”

“Mas?”

“Nada, deixa, vamos comer?”

Ísa suspirou. “Tá, vamos.”

~ POV Alli Simpson ~

Os dias foram se passando e dia 24 chegou, as coisas estavam corridas em casa, Cody ia pros ensaios todos os dias agora, Tom ia pra escola de manhã e jogava futebol dois dias por semana, Helô ia a maioria dos dias pra casa da Nina pra ajudar com os preparativos do casamento e às vezes eu ia também. Estava tudo certo pro dia seguinte e minha mãe estava mais animada do que eu com as fotos.

“Vamos pro salão, meninas? Já está quase na hora.”

Levamos os vestidos pro carro e seguimos pra lá, meu pai, Cody e Tom iriam mais tarde. Saímos de lá eram 19h15, levamos meia hora pra chegarmos no buffet e meus pais foram conferir tudo, já que a festa começaria às 20h00.

“Tem alguma coisa pra comer?”

“Larga de ser fominha, Cody.”

“Algum problema em eu querer comer?”

“O problema é que a festa ainda não começou.”

“Então porque estamos aqui?”

“Larga de ser chato.”

“Eu também estou com fome.”

“Não podemos negar que são irmãos.”

“Não podemos negar que você é chata pra caralho.”

“Dá pra parar de tratar sua irmã assim no dia do aniversário dela?”

“Obrigada, pai.”

“O que está acontecendo com vocês dois?” Apontei pra ele e pra Helô.

“Nada.” Responderam juntos.

“Falta de sexo.”

Eles me encararam.

“Ok, não me meto.”

“Mãe, estou com fome.” Tom disse.

“Pega alguma coisa pra nós comermos?”

Minha mãe foi até a cozinha do buffet.

“Helô, vem comigo pra retocar o make?”

“Ok, Alli.”

Fomos até o banheiro, retoquei o gloss e passei pra ela.

“O que está acontecendo?”

“Eu já não sei mais.” Me entregou o gloss de volta.

“Cody está chato esses dias.”

“Eu que o diga.”

“Vocês andam brigando muito?”

“Não, nós nem nos falamos direito...” Se apoiou no balcão.

“Porque isso?”

“Eu não sei, Alli... Sinceramente, não sei.”

“Já tentou falar com ele?”

“Não vai adiantar.”

“Você já tentou?”

“Hoje não é um bom dia pra isso, vamos focar na sua festa, ouvi dizer que teremos surpresas.”

“Surpresas? Que surpresas?”

“Surpresa é surpresa, certo?” Abriu um pequeno sorriso.

“Sua irmã vem?”

“Acho que sim, não falei muito com ela hoje.”

“E o casamento?”

“Estão correndo com os preparativos, acho que eles marcaram pra muito em cima.”

“Dia 10?”

“Isso, não sei pra que tanta pressa.”

“Porque eles se amam.”

“Deve ser.”

“Ela tem sorte.”

“Muita sorte, Ian ama ela como ninguém, eles se completam e são o que o outro precisa, segundo eles, e dá pra se notar de longe.”

Abracei ela de lado, apoiando minha cabeça em seu ombro. “Será que eu vou ter essa sorte um dia?”

“Claro que vai, amiga. Você tem tudo pra ser feliz.”

“Só falta um cara pra me amar.”

“Errado, só falta você deixar de besteiras e dar uma chance.”

“Está falando do Josh?”

Ela deu ombros e piscou, saindo do banheiro e me deixando em meio aos pensamentos. Balancei a cabeça pra me livrar deles e voltei pra mesa. Os convidados foram começando a chegar, não seria muita gente, já que eu preferi algo mais íntimo, apenas pra amigos e familiares. Cumprimentei todos conforme foram chegando, a música começou a ficar mais alta e animada mais ou menos 1 hora depois.

~ POV Heloísa Dobrev ~

Estava na pista com o Cody e a Alli, mas logo voltei pra mesa, não estava muito no clima. Esvaziei meu copo em dois goles e Josh me olhou com os olhos arregalados.

“Você está bem?”

Assenti mesmo sem ter plena certeza disso.

“E o Cody?”

Apontei pra pista, onde ele dançava perto de uma garota com uma regata e uma saia colada.

“E você vai deixar?”

“O que eu posso fazer?” Chamei o garçom e peguei mais um copo.

Cody me olhou com provocação, o que fez com que meu sangue fervesse. Outro copo vazio...

“Para de beber ou não vai ficar em pé.”

“Não importa, Josh... Não importa...”

“Levanta daí, amiga, vamos pra pista!” Nick disse ao se aproximar com Jake.

“Não, podem ir.”

“Porque não, Helô?”

“Não estou afim, Jake.”

“E o Cody?”

“Parem de me perguntar dele e comecem a perguntar pra aquela puta com quem ele está.”

“Hãm?” Os dois perguntaram.

Apontei com um meneio de cabeça pra pista. Jake negou com a cabeça e voltou a me olhar.

“O que aconteceu com vocês?”

“Não sei, pergunta pra aquele idiota.”

“É isso mesmo que eu vou fazer.” Jake disse e foi em direção a ele.

Nick me puxou pela mão. “Vem comigo pra pista, muda essa carinha.”

Vencida, fui com ela pra pista e, com mais um copo, comecei a dançar com ela, as músicas estavam até que animadas e, logo, Alli se juntou a nós. Senti alguém pegar forte em meu braço e me puxar, me virando pra si.

“Está louco?”

“Quem está louca é você, fica chamando os outros pra me dar lição de moral? Eu não sou mais uma criança.”

“Sim, tem razão, não é mais uma criança, bem que eu queria que fosse.” Nisso, meus olhos já estavam cheios de lágrimas.

Ele cerrou os lábios e me puxou pra fora do buffet, me soltando com brutalidade.

“Porque faz isso, Cody? Porque?”

“Porque você me força a isso?”

“Eu não te forço a nada! Se eu te faço tão mal assim, porque não se separa de mim logo?”

Ele passou as mãos pelo cabelo e suspirou. “Desculpa, eu estou estressado.”

“Não percebe que suas palavras e ações machucam? Eu não sou de ferro, Cody Simpson.”

“Desculpa.”

“De que adianta me pedir desculpas e voltar pra aquela pista pra se pegar com aquela garota?”

“Não estava me pegando com ninguém.”

“Estavam dançando colados, parecia que você nem tinha uma namorada e, muito menos, que ela estava presente ali, assistindo a tudo de camarote.”

“Desculpa, de verdade.”

“Tá, Cody.”

“Vamos voltar pra dentro?”

Assenti e entramos, Josh estava impaciente na mesa.

“Já está na hora, não?”

“Sim, falta coragem.”

“Vai logo, seu discurso e o vídeo ficaram lindos.”

“Acha que ela vai gostar?”

“Com toda a certeza, garotas adoram surpresas. Coragem, Josh.”

“Obrigado.” Levantou e se perdeu em meio à multidão, indo pra algum lugar do salão.

“O que ele vai fazer?”

“Fica vendo.” Dei ombros.

“Não fica assim comigo, Ísa, por favor.”

“Uma hora eu acabo te perdoando, querendo ou não. O que ia pensar se me visse daquele jeito com um cara?”

“Eu agi errado contigo, sei disso e estou admitindo. Já é um começo, não é?”

“Talvez seja.”

“Seja menos dura comigo, eu tenho minhas necessidades de vez em quando.”

Josh limpou a garganta em cima do pequeno palco. “Boa noite pessoal, boa noite aniversariante. A maioria aqui me conhece, mas eu sou o Josh, um dos melhores amigos da Alli. Nós crescemos juntos e eu queria fazer algo especial pra ela nesse aniversário.” Fez sinal pro Flo, que colocou o vídeo.

O vídeo foi com a música “A Thousand Years”, o que fez com que nos emocionássemos ao vermos as fotos de quando crianças, focando eles dois, claro. Já estava lá na frente com a Alli, que estava em lágrimas constantes. Quando o vídeo acabou, Josh voltou ao palco com um papel em mãos e sorriu pra Alli.

“Não sei se o que eu escrevi ficar tão bom quanto eu queria, mas vamos lá... Em pensar que eu já passei todas as festas com você e a menininha loira de olhos claros, que queria viver em um conto de fadas, onde tudo se acaba no felizes para sempre, hoje está fazendo 19 anos. Todos os ralados nos joelhos, os abraços, as fotos, lembro de tudo como se fosse ontem. Eu te conheço à minha vida toda e foram poucas as vezes que te disse isso, mas eu amo você. Sei que você sabe disso, mas não custa reforçar. Obrigado por ser quem é e por me ensinar tudo o que me ensinou. Feliz aniversário, Alli.”

Josh pegou o buquê que tinha deixado com o DJ e a chamou no palco. Entregou o buquê e, entre lágrimas, os dois se abraçaram. Senti um braço passar por minha cintura e Cody apoiou o queixo em meu ombro.

“Tem dedo seu nisso, não é?”

“Mais ou menos, talvez um pouquinho.” Dei um leve riso.

Josh e Alli desceram do palco e foram pra fora do buffet. Voltamos pra mesa, onde Nick e Jake estavam com Cambo e Manu. Percebi os olhares do Jake pro Cody e o clima na mesa pesou.

“Acham que depois disso vai rolar Jolli?” Perguntei pra quebrar o clima.

“Jolli?”

“É, Josh e Alli.”

“Ele estava super confiante, espero que sim.”

“A Alli merece que dê certo.” Manu disse.

“E o Josh também.”

Pouco tempo depois, tia Angie pediu pra que cantássemos o parabéns, Alli e Josh entraram com sorrisos de orelha a orelha e Alli foi pra mesa onde estava o bolo. Cantamos o parabéns, ela fez um pequeno discurso e as duas horas seguintes se passaram muito rápido, logo estávamos no carro conversando no caminho pra casa. Tom tinha chamado Alice e a deixamos em casa antes de irmos pra nossa.

“Alli, Alli, Alli... Não fuja.” Ri quando ela estava subindo as escadas.

“O que foi, senhorita?”

Tio Brad e tia Angie subiram carregados de presentes, Tom foi pra seu quarto e Cody tomar banho, o que possibilitou que ficássemos sozinhas.

“Me conte como foi com o Josh.”

“Nada de mais.” Desceu os degraus que havia subido.

“Nada de mais? Me conta, vai.” Fiz beicinho.

“A gente conversou e eu disse pra deixarmos nas mãos do destino.”

“Cabeça dura.” Revirei os olhos. “Josh está super apaixonado por você, para de ser dura ou pode perdê-lo.” Pausei. “Quer isso?”

“Não, mas também não quero apressar as coisas. Ele me entendeu.”

“Entendeu ou não quis rebater pra não acabarem brigando? Eu conheço o Josh, Alli, ele pensou que depois de tudo, vocês se entenderiam como casal.” Beijei o rosto dela. “Não magoa ele, por favor. Boa noite, amiga.”

Alli ficou parada no mesmo lugar. Não sei se ela ficaria brava ou não, mas tinha que dizer, por ela e pelo Josh. Os dois estavam loucos um pelo outro e ela insistia em negar, não era legal pra ele. Entrei no banho e outro assunto me atormentou, “tenho minhas necessidades de vez em quando”, sabia do que ele estava falando. Desde o aborto, não tínhamos mais do que beijos, achei que ele entendesse que aquilo havia mexido com meu emocional, mas tudo tem seu tempo e ele não estava sendo capaz de esperar o meu. Finalizei o banho e voltei pro quarto com uma toalha enrolada em meu corpo e os cabelos presos em um coque, me surpreendi ao vê-lo esparramado na minha cama.

“Oi.” Disse.

“Não quis dormir sozinho.”

“Ah...” Procurei meu baby-doll na primeira gaveta do armário, onde sempre deixava o que estava em uso.

“Está procurando isso?” Sacudiu meu baby-doll.

“Sim.” Fui pra perto da cama pra pegá-lo.

Cody o colocou debaixo de si. “Não vai ser tão fácil.”

“Já deu uma olhada na hora? Não estou pra brincadeiras, quero dormir.” Voltei pro armário pra pegar um outro.

Senti sua respiração quente em meu pescoço após ter colocado meu cabelo pro lado oposto. Suas mãos pressionaram minha cintura contra seu corpo.

“Quero ter você.” Disse num sussurro perto do meu rosto, só ai pude sentir o cheiro de bebida.

“Sai, Cody.” O empurrei levemente.

Em questão de segundos, suas mãos forçaram em minha cintura novamente, dessa vez com mais força, sua respiração estava bufante, como se estivesse com raiva. Me virei de frente pra ele, na esperança de que parasse, mas ele deu o passe para um beijo, o gosto forte da bebida ainda estava em sua boca e o junto com o cheiro me fazia querer me soltar logo, forcei seu peito pra longe o que só fez com que me apertasse mais. 

"Me solta, por favor."

"Já disse que eu quero ter você!" Disse por entre os dentes. "O que quer pra isso? Dinheiro?"

Suas palavras me atingiram profundamente e eu o olhava incrédula, balancei a cabeça e ele se afastou, achei que não tentaria mais nada e comecei a me vestir, tirando a toalha apenas quando tinha acabado. Cody mordia o lábio e o volume de seu membro já era visível, não queria transar com ele, não com ele bêbado. Voltei pra cama, o ignorando completamente ou tentando. Seus olhares me deixavam incomodada, ele estava fora de si e me assustava um pouco, ele nunca ficava violento, mas hoje estava agitado e por pouco não caía nesse estado. 

"A princesa vai se render ou eu vou precisar forçar?" Disse com uma voz embargada.

"Para com isso, Cody."

Ele subiu na cama de joelhos, ficando de frente pra mim. "Quero te ouvir urrar meu nome, quero que chegue ao ápice comigo de novo, seja boazinha." Se aproximava cada vez mais.

Ia levantar, mas ele me puxou, fazendo com que caísse em seu colo, seu membro roçava minha coxa, mas qualquer pingo de prazer foi apagado por lembrar que ele havia me chamado de puta, praticamente. 

"Vai ser boazinha ou eu vou ter que ser mal?" Puxou meu cabelo, enrolando os fios em seus dedos, pra que eu virasse a cabeça em direção a ele. 

Engoli um seco, pela primeira vez, senti medo dele. Cody esticou o braço pro outro lado da cama, pegando a garrafa de Absolut e bebendo dois goles generosos. Fechei os olhos tentando me livrar de tudo, suas mãos começaram a levantar a pequena blusa do pijama que eu usava e seus lábios molhados tomaram conta do meu pescoço, seu membro ficava cada vez mais volumoso. 

"Vira pra mim." Novamente grudou a mão em meu cabelo. 

Ele tirou o braço que me impedia de levantar e eu pensei por instantes.

"Vira pra mim!" Disse num tom mais autoritário e bebeu outro gole.

Olhei pra porta e me fixei nela, saí correndo em direção a ela e ele veio atrás, mas andava cambaleante. Fiz com que descemos algumas voltas e entrei no quarto novamente, tranquei a porta e a fitei, pensando no que acabara de acontecer, meu príncipe virou ogro em questão de dias e tudo por sexo.

Após trancar a porta do quarto, me joguei na cama, fitei o teto por um longo tempo. Uma sensação horrível me dominou, podia dizer que, nesse momento, sentia nojo dele, por mais que estivesse bêbado e “não responsável por seus atos”, era ele e isso era o que mais doía. Ele havia me tratado com uma puta qualquer, como antes de firmarmos um compromisso, não queria pensar na possibilidade de o antigo Cody voltar à tona. Talvez no dia seguinte ele nem se lembrasse de nada, mas eu não ia esquecer e passei a pensar em como o trataria. No dia seguinte, provavelmente, ficaríamos sozinhos já que tia Angie e Alli iriam pra sessão de fotos e Tom pra escola, tio Brad também podia ter um compromisso e isso me atormentou. Resolvi não ter que lidar com a situação sozinha com ele e mandei uma sms pra Alli, pedindo que me chamasse na hora de ir pra sessão. Afoguei a cabeça no travesseiro, torcendo pra que dormisse o mais rápido possível.

~ POV Cody Simpson ~

Minha cabeça doeu assim que abri os olhos, no criado-mudo estava o motivo dela, mas não conseguia me lembrar de ter começado a beber essa garrafa e muito menos o motivo. Rolei na cama por algum tempo antes de levantar. A casa estava extremamente silenciosa, encontrei meu pai na sala vendo algumas coisas no notebook.

“Bom dia, filho.” Disse tirando o olhar da tela em direção a mim.

“Bom dia.” Pressionei minha cabeça pra tentar me livrar da dor.

“Dor de cabeça?”

“Sim, devo ter bebido demais.”

“Sua mãe deixou café pra você.”

“Elas já foram?”

“Tem bastante tempo.”

“E a Ísa? Cadê?”

“Ela resolveu ir junto, não sabia?”

“Não.”

Tomei meu café rapidamente e tirei as coisas da mesa.

“Algum problema se eu não for pro ensaio hoje?”

“Não terá ensaio hoje, Cody, combinamos isso, lembra?”

“Na verdade não, obrigado por lembrar, pai. Vou descansar um pouco, ver se passa essa maldita dor.”

~ POV Heloísa Dobrev ~

Depois das fotos, um carro nos levou até a porta de casa, mas não queria estar ali, não queria ver o Cody.

“Tia, eu vou pro apartamento da minha irmã, ok?”

“Está fugindo de casa?” Alli riu.

“É, pode ser...”

“Aconteceu alguma coisa, querida?” Tia Angie perguntou num tom de preocupação.

“Não, tudo bem.” Abri um pequeno sorriso sem vontade alguma. “Mais tarde eu venho pra cá.”

Me despedi delas e segui pro apartamento. Estávamos perto das 15h40 e as ruas estavam cheias. A babá de Liam quem abriu a porta, avistei Ian e Nina na varanda e fui até lá.

“Oi.”

“Helô!” Beijou meu rosto.

“Oi, Helô.” Ian me cumprimentou.

“Posso ficar um pouco por aqui?”

“Não precisa nem pedir.”

Sorri. “Porque não foram à festa ontem?”

“Tivemos um imprevisto. Na hora de te levarmos, falamos com a Alli.”

“Como foi lá?” Ian perguntou enquanto íamos na direção do sofá.

“A festa estava agitada, mas pra mim não foi muito boa.”

“Quer falar sobre?”

“Não.” Balancei a cabeça.

“Foi aquele moleque, tenho certeza.”

Entortei o lábio e ele entendeu como um sim.

“Ele não aprende?”

“Ian, deixa ela, ela disse que não quer falar sobre.”

“Tudo bem, tudo bem...” Me abraçou de lado. “Você está bem?”

“Sim, acho que sim, voltei de uma sessão de fotos com a Alli quase agora, isso me deixou um pouco melhor, fico feliz por ela.”

“No dia seguinte do aniversário ela foi pra uma sessão de fotos?”

“Acordamos hiper cedo e fomos dormir super tarde.” Ri.

“Que loucura.” Os dois riram.

“Bem vindos ao mundo de Alli Simpson.”

O tempo passou quase que voando, coisa que eu queria que não tivesse acontecido. Eles me levaram pra casa, pra poderem falar com a Alli e entregar o presente dela. Respirei fundo antes de destrancar a porta de entrada. Todos estavam reunidos na sala e antes de sairmos, tinha pedido pra que Ian se controlasse e não perguntasse nada pro Cody.

“Amor.” Cody levantou e veio em minha direção, aproximando seus lábios dos meus.

Virei meu rosto e não disse uma só palavra, deixando eles confusos e Cody também ficou.

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Oi meninas, bom, não sei se ficou tão bom quanto eu queria, mas... O que acharam e o que acham que vai acontecer depois disso? E o Josh e a Alli? Talvez eu demore um pouquinho pra postar, mas é por conta da escola e talz :( CONTINUO COM 10 OU MAIS COMENTÁRIOS, COMENTEM (: xx