Capítulo 28 - "Não chora mais, pequena."

"Já ta ficando tarde."

"Eu não me importo, você se importa?" Mordeu o lábio inferior.

"Provoca mesmo."

Ela sentou no meu colo, de frente pra mim. "Não era você que estava com saudade?"

"E eu estou." Pressionei a cintura dela contra mim, de modo que ficássemos bem colados.

"Não ta parecendo."

A deitei e fui por cima, dei início a um beijo voraz enquanto minhas mãos levantavam sua blusa. Por mais que estivéssemos 'fechados' entre as pedras, o medo de sermos pegos dava mais adrenalina. Parei de beijá-la e me livrei do moletom que estava usando. Ela subiu as mãos pelo meu abdômen  antes que ela acabasse, eu guiei suas mãos, as fazendo parar em meu membro. Ela massageou por cima da calça, soltei um gemido abafado e ela sorriu. Deitei novamente, a pedra gelada nos trazia uma sensação nova quando junta ao calor de nossos corpos. Depositei beijos e alguns chupões por seu pescoço e seu colo, procurei pelo botão de seu short e, logo, ela estava só com as roupas íntimas. Dessa vez ela me colocou por baixo, desceu com lambidas até chegar na minha bermuda, ela abriu os três botões e a tirou, voltou pra cima de mim e me beijou, sentou em cima do meu membro em meio ao beijo e começou a rebolar. 

"P... Pa... Para."

"Tem medo de não aguentar?" Me lançou um olhar safado.

"Vamos ver se você aguenta." 

Novamente ela estava por baixo, abri seu sutiã e comecei a lamber o bico de seus seios, enquanto apertava de leve o outro. Seus gemidos me deixavam ainda mais louco para tê-la, pra piorar ela gemia ao pé do meu ouvido. Desci chupando seu corpo e tirei sua calcinha, passei a chupar sua intimidade e penetrei dois dedos dentro dela, fazia movimentos circulares e hora ou outra sugava seu clitóris. Parei quando ela deu sinais de gozo, ela relaxou por segundos e foi até meu membro. Tirou minha box e começou uma punheta. Passou a língua na cabecinha e caiu de boca, lembrei da noite em que estávamos bêbados e hoje estava ainda melhor. Não podia gemer tão alto, então tentava segurá-los cerrando os lábios, não dava tão certo assim. Como eu sempre tinha no bolso da calça, peguei a camisinha e entreguei pra ela, que a colocou e já posicionou meu membro na entrada de sua intimidade. Ísa rebolava e depois deu início a um vai e vem, chegamos juntos ao orgasmo. Ela deitou no meu peito e me beijou. 

"Valeu a pena esperar." Sorriu. 

"E se valeu." Passei meus braços por sua cintura. "Mas acho que temos que nos trocar."

Colocamos a roupas e fomos pro mar, seria melhor irmos molhados pra casa do que 'melados'. Saímos correndo e fomos bem pro meio. Tiramos o suor do corpo e eu a beijei.

~ POV Manuella Brittes ~

Cambo e eu resolvemos ir dar uma volta depois de jantarmos, andamos pelo bairro mesmo, mas nos distanciamos bastante vendo os enfeites de natal nas casas. Íamos com as mãos entrelaçadas.

“Está ficando frio, porque não vamos pra casa?”

“Minha casa ta longe, princesa.”

“A minha não.” Sorri com segundas intenções.

Fomos até meu apartamento e já entramos nos beijando, deixei minha bolsa no sofá e ele me levou até o quarto, com as pernas em sua cintura.

"Tem certeza disso?"

"Absoluta." Sorri e voltei a beijá-lo.

Ele me colocou na cama sem parar o beijo e se deitou por cima. Cambo era tão cuidadoso, o que me deixava cada vez mais apaixonada por ele. Antes dele, eu que tirei sua camiseta, ele pegou embalo e tirou minha blusa. Ficamos ajoelhados de frente um pro outro, ele me olhou nos olhos e abriu um sorriso. Ele beijou meu pescoço e desceu as mãos até minha cintura, as subiu de volta meio que por cima da pele, fazendo com que eu me arrepiasse e desabotoou meu sutiã, o ajudei a tirá-lo. Cambo passou a depositar beijos por toda extremidade dos meu seios, gemia baixo. Deixaria ele conduzir, garotos gostam disso quando se é a primeira vez. Pra dar um pouco mais de rapidez, abri a calça dele e a tirei, acariciei seu membro e percebi ele ganhando vida. Ele me deitou novamente, desceu até o botão do meu short e o tirou, já se livrando da calcinha também. Ele começou com passadas de língua por toda minha intimidade e penetrou um dedo, tirando e colocando.

"Cam... Cambo..."

Ele riu safado. Colocou a camisinha e se posicionou. Iniciou as penetrações devagar, mas foi aumentando conforme meus gemidos. Cheguei antes dele ao orgasmo e fiz uma punheta pra completar. Cambo me deu um selinho e sorriu.

~ POV Heloísa Dobrev ~

“Vocês estão molhados, onde estavam?” Angie perguntou logo que entramos.

“Na praia.” Cody coçou a nuca rindo.

“Não quero nem perguntar o que estavam fazendo lá... Vão tomar um banho antes que se resfriem.”

Ele me abraçou por trás pra subirmos, fiquei desconfortável pela mãe dele estar ali, mas ela nem ligou. Como já tínhamos jantado, foi cada um pro seu quarto dormir. No meio da noite, Alli entrou no meu quarto, olhei pro relógio, já passavam das 3 da manhã.

“O que aconteceu? Não consegue dormir?” Cocei os olhos e sentei na cama.

“Não, posso ficar aqui?”

“Quer desabafar?”

“É por causa da menina nova.” Suspirou e sentou ao meu lado.

“A Nick?”

“É... Ela e o Jake só ficam colados agora.”

“Ele ta apresentando o pessoal pra ela, amiga.”

“Tinha que ser logo ele?”

“Devem ter se identificado.”

“Até de mais.”

“Já não ta na hora de desencanar dele?”

“Não sei se consigo...”

“Tenta, vai te fazer melhor.” Toquei o rosto dela. “Não gosto de te ver triste, Alli.”

Ela me abraçou. “Obrigada, Helô.”

A porta se abriu com todo cuidado, Cody, claro. Tentei fazer sinal pra que ele não entrasse, mas Alli o viu antes disso.

“Hm, Cody aqui às 3 da manhã?”

“Eu só vim ver onde você estava.”

“Ah, claro.” Pausou. “Pode ficar aqui com ela.” Riu e levantou. “Não conto pra ninguém, boa noite.” Saiu do quarto.

Cody trancou a porta e se jogou ao meu lado.

“Idiota! O que eu disse sobre isso? Segredo, lembra?”

“Não imaginava que ela estaria aqui. Mas eu posso ficar?” Fez beicinho.

Ri. “Tudo bem, fica, mas pra dormir.”

Ele passou os braços em volta de mim. “Boa noite.”

Virei a cabeça e dei um selinho nele. “Boa noite.”

Dormimos de conchinha e eu acordei antes dele. Quando acabei de me trocar, ele falou comigo.

“Só mais 3 dias com você...”

“Ah, a viagem.”

“Não quer mesmo ir?”

“Não, vou ficar com meu pai.”

“Quando ele chega?” Colocou as mãos debaixo da cabeça.

“Não sei, ou hoje ou amanhã, eu acho.”

“E se eu pedisse pra ele deixar você ir?”

“Não conhece meu pai...” Suspirei e sentei ao lado dele. “Ele não vai deixar.”

“Posso tentar?”

“Se prepare pro não.”

“Vamos fugir?” Ele perguntou rindo.

“Não, louco.”

Ele veio por cima de mim, me fazendo deitar. “Vou ficar na seca por 10 dias?”

“Espero que sim.” Olhei séria pra ele. “Não vai na onda do Thrupp.”

“Não confia em mim?”

“Na verdade, não.”

“No seu lugar eu também não confiaria... Mas, eu vou mudar.”

“Só o lado galinha, de resto deixa tudo como está, eu gosto de tudo.”

“Gosta de tudo?” Beijou meu pescoço.

“O restante de você é fofo e safado.” Ri. “Agora sai, meu celular ta tocando.”

Cody me deu um selinho e deitou de novo.

~ Ligação Onn ~

“Alô?”

“Bom dia, Helô.”

“Bom dia, irmã.”

“Tudo bem?”

“Melhor impossível e por aí?”

“É... O papai está na cidade, ele chega aqui em 10 minutos, tem como vir super rápido pra cá?”

“Acho que sim, vou ver aqui.”

“Helô?”

“Oi?”

“Ele trouxe o Spencer.”

“O que? O Spencer?”

“Melhor você se preparar.”

“Logo eu chegou ai...”

~ Ligação Off ~

“Spencer?” Ele perguntou olhando pro teto.

“Meu pai que trouxe, eu não tenho nada a ver com isso.”

“Eu te levo e vou ficar lá com você.” Levantou e foi pra seu quarto.

~ POV Alli Simpson ~

Não estava a fim de ficar de vela em casa, então fui pra dos meninos. Como sempre, só o Flo estava acordado, depois os meninos foram descendo, só o Cambs não estava em casa. Ficamos conversando na cozinha, Jake estava com a cabeça longe, eu nem queria imaginar o motivo, mas a curiosidade era maior.

“O que houve com Jake?”

“Não sei, ele está assim há um tempo.” Josh me abraçou por trás, apoiando a cabeça no meu ombro.

A campainha tocou e Flo foi abrir. Me segurei ao ver Nick entrar na cozinha, ela nos cumprimentou e só ai Jake a viu, ele abriu um sorriso e eu me senti mal. Josh percebeu e me abraçou mais forte.

“Porque me chamou, Jake?”

“Queria te convidar pra ir na praia.”

“Só eu?”

“Não, você e o pessoal, se eles quiserem ir.”

“Vamos ir?’ Perguntei olhando pro Josh e pro Flo.

Jake me lançou um olhar mortal, mas ninguém percebeu. Fomos pra praia. Ele tentava ficar sozinho com ela, mas ela queria ficar com a gente, então ele se rendeu e sentou também.

“Vocês todos vão viajar?”

“Eu e a Helô não.” Flo respondeu.

“Então eu vou ter companhia.” Ela sorriu.

“São 10 dias, depois vem o aniversário do Cody. Vai ter festa, Alli?”

“Vou ver com meus pais, com o restante do pessoal, ai quem sabe, mas acho que sim. Afinal, são 20 anos.”

“Tipo uma mega festa?”

“Isso, baladona.”

~ POV Heloísa Dobrev ~

Até Cody se trocar, tirarmos o carro e chegarmos, tinham dado 25 minutos. Toquei a campainha e Ian abriu.

“O que faz aqui, Simpson?”

“Vim com ela, não posso?”

“Não.”

“Sem brigas, meu pai já chegou?”

“Há 15 minutos, ele é bem pontual.”

“Droga.”

Entrei, seguida pelo Cody, meu pai não tinha uma cara boa e Spencer estava a seu lado, Cody e ele se encararam. Abracei meu pai.

“Onde estava? Quem é o garoto?”

“Olá, senhor, eu sou o...”

“Perguntei pra ela.”

Olhei pra Nina e ela deu ombro com olhar de “não posso fazer nada”.

“Ele é o Cody, um amigo.”

“Estava com ele e essa hora?”

“Ela deve ter dormido com ele, senhor Dobrev.”

“Não se mete, garoto, nem sei o que você ta fazendo aqui.”

“Seu pai quer que voltemos.”

“Mas não vamos, você me traiu.”

“E vai me dizer que não me traiu com esse aí? Já estão até namorando, por isso não quer voltar, não é?”

“E se for?”

“Não ajuda, Cody.”

Meu pai estava nos encarando, sentei e puxei o Cody, não era confiável ficar, nem um centímetro, longe dele. Ele fez várias perguntas pra minha irmã e depois chegou minha vez, eu odiava isso...

“Sua irmã namorando um Somerhalder e você?”

“Não estou namorando.”

“E ele?” Apontou pro Cody.

“Um amigo, já disse.”

“O que você faz?” Perguntou pra ele.

“Eu sou cantor.”

“Cantor? Nossa.” Me olhou com repreensão.

“Pai, por favor...”

“Está trabalhando, Heloísa?”

“Sou fotógrafa.”

“De modelos? Daquela revista?”

“De shows.” 

“Alguma banda famosa?”

“Dos shows do Cody, sou uma das oficiais, somos em quatro, eu e o Josh...”

“Eu não quero saber.” Me interrompeu. “Você acha que deve se vangloriar desse trabalho? Fotógrafa de showzinhos? Por favor...” Bufou.

Abaixei a cabeça e Cody entrelaçou a mão na minha, ele foi discreto. Olhei pra ele, que sorriu de leve, o que me deu forças.

“Pai, eu tenho que ir, a irmã do Cody está nos esperando.”

“Ela pode esperar mais.”

“É importante, teremos tempo nas férias.”

“Quando vai pra minha casa?”

“Dia 23.”

“Espero que se arrependa de ser fotógrafa.”

“Não vou, eu já cobri uma turnê e amei. Minha mãe vai apoiar, eu tenho certeza.”

“Sua mãe é como você, vocês duas se contentam com pouco, só sua irmã pra salvar essa família, ela se estabilizou, é alguém na vida...”

“Eu já sei do seu sermão todo e não preciso ouvir isso de novo.”

Me despedi rapidamente, sai do apartamento com Cody. Passei minhas mãos pelo rosto, eu não queria chorar... Isso sempre me deixava mal e minha irmã nunca dizia nada... Ao entramos no elevador, não aguentei e as lágrimas rolaram. Cody me abraçou forte.

“Não chora, por favor.”

“Me desculpa por ele ter te tratado assim.”

“Tudo bem, ele devia se desculpar com você.”

“Foi sempre assim, Cody... A minha vida inteira.”

Ele me abraçou ainda mais forte. “Não se abala por ele, você pode não ser atriz e nem uma fotógrafa famosa da revista que você quer ser, mas logo você vai conseguir, você é capaz disso.”

“E se não?”

“Se não, vai continuar sendo minha fotógrafa, se quiser. Você é especial, Ísa, não importa em que esteja trabalhando e, no fundo, ele sabe disso.” Colocou meu rosto entre as mãos e secou minhas lágrimas. “Não chora mais, pequena.”

Chegamos no térreo e fomos direto pro carro. Paramos em um Starbucks pra comermos algo.

“O que vai querer?”

“Nada.”

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